Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TESTE DE SIGNIFICÂNCIA TESTE QUI-QUADRADO (2) O teste do 2 é um artifício que auxilia o pesquisador na determinação do Grau de Concordância de um evento. O teste leva em conta o Tamanho da amostra e os Desvios da proporção esperada. O teste 2 é, essencialmente, um mecanismo pelo qual os desvios de uma proporção hipotética são reduzidos a um único valor, baseado no tamanho da Amostra. Isto permite ao pesquisador determinar a probabilidade de que uma determinada soma de desvios venha a ocorrer ao acaso. Portanto o 2 é um número com o auxílio do qual se pode testar a hipótese de que os desvios entre as proporções submetidas à comparação podem ser consideradas como casuais, contra a de que tais desvios são significativos. Para uma amostra que consiste de 2 Classes fenotípicas (3:1 ou 1:1) o 2 é calculado da seguinte maneira: TESTE QUI-QUADRADO (2) (o1 – e1) 2 (o2 – e2) 2 2 = ------------- + -------------- e1 e2 Onde o1 é o número de observados para a Classe 1 e1 é o número de esperados para a Classe 1 o2 é o número de observados para a Classe 2 e2 é o número de esperados para a Classe 2 (o – e) é o desvio entre cada valor observado e esperado da classe em questão Portanto para várias classes: (o – e)2 2 = Σ ------------ e TESTE QUI-QUADRADO (2) Se os desvios entre os eventos esperados e observados são pequenos, o 2 se aproxima de zero e o Grau de Concordância é bom. Se os desvios entre os eventos esperados e observados são grandes, o 2 aumenta e o Grau de Concordância se torna menor. O valor do 2 está relacionado com o tamanho da amostra, tanto quanto com a variabilidade dentro da amostra (desvios). TESTE QUI-QUADRADO (2) Exemplo: Um certo pesquisador fez dois experimentos e utilizou o cruzamento teste para uma herança monogênica de dominância completa, calculando o 2. Experimentos: 1) 15 vagens amarelas : 35 vagens verdes; 2) 240 vagens amarelas : 260 vagens verdes H0: Para uma dada planta, a hipótese de proporção fenotípica é de 1:1. 1) n= 50; 15 amarelas : 35 verdes (15 – 25)2 (35 - 25)2 (-10)2 (10)2 200 2 = ---------------- + ---------------- = ------- + ------- = -------- = 8,0 25 25 25 25 25 (o – e)2 2 = Σ ------------ e (240 – 250)2 (260 - 250)2 (-10)2 (10)2 200 2 = ---------------- + ---------------- = ------- + ------- = -------- = 0,8 250 250 250 250 250 2) n= 500; 240 amarelas : 260 verdes TESTE QUI-QUADRADO (2) O valor do 2 está relacionado com o tamanho da amostra, tanto quanto com a variabilidade dentro da amostra (desvios). A média dos desvios é nula, porém a elevação ao quadrado transforma todos os desvios em valores positivos, tornando possível a soma dos desvios sem haver cancelamento. 1) n=50; 2 = 8,0 2) n=500; 2 = 0,8 DISTRIBUIÇÃO DO QUI-QUADRADO (2) Ao fazermos uma infinidade de tentativas para um dado teste com duas classes (cara e coroa), obteríamos uma distribuição que se aproxima do seguinte gráfico: Portanto podemos esperar que os valores de 2 menores que 3,841 tenham 95% de probb//e de ocorrência e que os valores de 2 menores que 6,635 tenham 99% de probb//e de ocorrerem. NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA É o risco, expresso como uma probb//e, que o pesquisador ocorre em rejeitar uma hipótese verdadeira. É estabelecido que antes da análise de dados, seja fixada a probb//e acima da qual a hipótese é aceita (P ≥ 0,05). Para interpretar o 2 em termos de probb//e é necessário saber o número de classes, no qual o 2 se baseia. NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA O efeito do número de classes independentes está incluído no conceito matemático como Graus de Liberdade (G.L.). G.L. – Número de eventos possíveis – aqueles que se pode calcular G.L. – Número de classes menos 1 ou número de tratamentos menos 1. Graus de Liberdade A situação de falta de independência entre os resultados leva à introdução do conceito de Grau de Liberdade do 2, que pode ser expresso como o nº de classes de resultados menos o nº de informações da amostra que são necessárias ao cálculo dos valores esperados nessas classes. NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA Considerando que um dado tem 6 faces, são 6 as classes de resultados a serem levadas em conta e, sabendo apenas uma informação da amostra, isto é, o número total de lances, dizemos imediatamente o número esperado em cada classe. Assim se hipóteses fossem testadas a partir de uma série de 120 lances de dão, saberíamos de imediato, que o número esperado em cada uma das 6 classes é 20. Nesse caso, portanto, tem-se que o número de classes (6) menos o número de informações da amostra necessário ao cálculo dos valores esperados em cada classe (1) é 5 (graus de liberdade. O valor de 2 é estimado como 2 = (o – e)2/e , para aceitarmos ou não a hipótese, isto é, para verificar se os desvios observados foram devidos exclusivamente ao acaso, deve-se comparar o valor do 2 calculado com o valor tabelado (Tabela do 2). NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA 1) n=50; 2 = 8,0 1) n=500; 2 = 0,8 Exemplo: Um certo pesquisador fez dois experimentos e utilizou o cruzamento teste para uma herança monogênica de dominância completa, calculando o 2. Experimentos: 1) 15 amarelas : 35 verdes; 2) 240 amarelas : 260 verdes Graus de Liberdade (GL): 2 – 1 = 1 TESTE DE HIPÓTESES Com base em um único experimento pode-se concluir se os desvios entre as proporções observadas e esperadas devem ter alguma significação ou se os desvios podem ser considerados como ocorridos casualmente. Para tanto há necessidade de se formular hipóteses: 1) Hipótese da Nulidade ou Hipótese Nula – H0 2) Hipótese Alternativa – H1 TESTE DE HIPÓTESES Hipótese da Nulidade – H0 é expressa: H0: Não há diferença do observado para o esperado H0: p = q H1: p ≠ q H0: Observado = Esperado Exemplo: Um certo pesquisador fez dois experimentos e utilizou o cruzamento teste para uma herança monogênica de dominância completa, calculando o 2. Experimentos: 1) 15 amarelas : 35 verdes; 2) 240 amarelas : 260 verdes H0: Para uma dada planta, a hipótese de proporção fenotípica é de 1:1. TESTE DE HIPÓTESES TESTE DE CONCORDÂNCIA TESTE DE CONTINGÊNCIA TESTE DE CONCORDÂNCIA: as proporções Esperadas são calculadas com base em alguma teoria. H0: Para uma dada planta, a hipótese de proporção fenotípica é de 1:1. Exemplo: Um certo pesquisador fez dois experimentos e utilizou o cruzamento teste para uma herança monogênica de dominância completa, calculando o 2. Experimentos: 1) 15 amarelas : 35 verdes; 2) 240 amarelas : 260 verdes TESTE DE CONCORDÂNCIA: as proporções Esperadas são calculadas com base em alguma teoria. Exemplo: Um pesquisador no intuito de conhecer o controle genético da cor da flor de uma determinada espécie vegetal, realizou o seguinte experimento: a) Deixou as plantas se autofecundarem por várias gerações até que elas gerassem descendentes com flores da mesma cor, ou seja, ficassem puras (linhagem pura); b) Selecionou plantas puras e contrastantes (roxa e branca); c) Cruzou-as obtendo F1, onde todos os indivíduos tiveram flores roxas; d) Através da autofecundação da F1, obteve-se na F2: 700 plantas na proporção de 523 indivíduos com flores roxas:177 com flores brancas. TESTE DE CONCORDÂNCIA: as proporções Esperadas são calculadas com base em alguma teoria. Exemplo: Um pesquisador no intuito de conhecer o controle genético da cor da flor de uma determinada espécie vegetal, realizou o seguinte experimento: H0: O controle genéticoda cor da flor desta espécie vegetal concorda com a 1ª Lei de Mendel com a proporção na F2 de ¾ para o fenótipo dominante de ¼ para o fenótipo recessivo. P: Roxa X Branca B/B X b/b F1: Roxa B/b 100% F1 X F1 : Roxa X Roxa B/b X B/b F2: B/B : B/B: B/b: b/b 3/4 1/4 FENÓTIPO Obs Esp d (o - e) d2/e Roxa 523 525 -2 0,0076 Branca 177 175 2 0,0229 Total 700 700 0 0,0305 2 Calculado 2 Tabelado = 3,841 G.L. = 1 ACEITA H0 2 Calculado < 2 Tabelado H0: O controle genético da cor da flor desta espécie vegetal concorda com a 1ª Lei de Mendel com a proporção na F2 de ¾ para o fenótipo dominante de ¼ para o fenótipo recessivo. TESTE DE CONCORDÂNCIA TAREFA: Um fiscal deseja saber se os dados de um cassino são “viciados” ou não. Para tanto, o fiscal realiza 6.000 lançamentos, observando, respectivamente para 1, 2, 3, 4, 5 e 6 lados do dado, os valores de 1.005, 995, 890, 1.110, 970 e 1.030. TESTE DE CONTINGÊNCIA Neste caso, o teste do 2 pode ser aplicável a casos em que NÃO dispomos de uma teoria para nos informar a respeito da probb//e de ocorrência dos elementos nas diferentes classes esperadas. Assim, por exemplo, quando queremos saber se uma característica qualquer se distribui igualmente em amostras de indivíduos de ambos os sexos, ou de diferentes grupos raciais, ou de grupos etários, etc., isto é, se tal característica pode ser considerada independente do sexo ou raça, ou grupo etário dos indivíduos, não temos uma teoria que nos permita deduzir os valores esperados para as diferentes classes. TESTE DE CONTINGÊNCIA Exemplo: Suponhamos que queremos verificar se 2 caracteres (reação positiva e reação negativa à uma dada vacina) se distribuem igualmente em 3 amostras de indivíduos (A, B e C), nas quais foram encontrados valores expressos abaixo: AMOS- TRAS Reação + Reação - total A B C total H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras H0: As três amostras possuem a mesma reação com relação as vacinas. TESTE DE CONTINGÊNCIA Exemplo: Suponhamos que queremos verificar se 2 caracteres (reação positiva e reação negativa à uma dada vacina) se distribuem igualmente em 3 amostras de indivíduos (A, B e C), nas quais foram encontrados valores expressos abaixo: AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 45 70 B C total H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras H0: As três amostras possuem a mesma reação com relação as vacinas. TESTE DE CONTINGÊNCIA AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 45 70 B 15 25 40 C total H0: As três amostras possuem a mesma reação com relação as vacinas. H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras TESTE DE CONTINGÊNCIA AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 45 70 B 15 25 40 C 10 30 40 total H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras H0: As três amostras possuem a mesma reação com relação as vacinas. TESTE DE CONTINGÊNCIA AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 45 70 B 15 25 40 C 10 30 40 total 50 100 150 H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras A+ A+ 70 50 150 A+ = 23,33 TESTE DE CONTINGÊNCIA AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 23,33 45 70 B 15 25 40 C 10 30 40 total 50 100 150 H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras B - B- 40 100 150 B- = 26,67 TESTE DE CONTINGÊNCIA AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 23,33 45 70 B 15 25 26,67 40 C 10 30 40 total 50 100 150 H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras C+ C+ 40 50 150 C+ = 13,33 TESTE DE CONTINGÊNCIA AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 23,33 ? ?? 45 70 B 15 25 26,67 40 C 10 13,33 30 40 total 50 100 150 H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 23,33 +1,67 0,1195 45 70 B 15 25 26,67 40 C 10 13,33 30 40 total 50 100 150 TESTE DE CONTINGÊNCIA H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras CALCULEM O RESTANTE AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 23,33 +1,67 0,1195 45 46,67 -1,67 0,0598 70 B 15 13,33 +1,67 0,2092 25 26,67 -1,67 0,1046 40 C 10 13,33 -3,33 0,8319 30 26,67 +3,33 0,4158 40 total 50 0 100 0 150 TESTE DE CONTINGÊNCIA H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras AMOS- TRAS Reação + obs esp d d2/e Reação - obs esp d d2/e total A 25 23,33 +1,67 0,1195 45 46,67 -1,67 0,0598 70 B 15 13,33 +1,67 0,2092 25 26,67 -1,67 0,1046 40 C 10 13,33 -3,33 0,8319 30 26,67 +3,33 0,4158 40 total 50 0 1,1606 100 0 0,5802 150 TESTE DE CONTINGÊNCIA 2 calculado = 1,7408 2 tabelado = 5,991G.L. = 2 ACEITA H0 H0: As reações das vacinas se distribuem igualmente entre as três amostras H0: As três amostras possuem a mesma reação com relação as vacinas. G.L. = (número de linhas – 1) X (número de colunas – 1) TESTE DE CONTINGÊNCIA TAREFA: Um grupo de 669 indivíduos (365♂ e 304♀) com idade superior a 50 anos, inoculados com lepronina integral, verificou-se que entre os ♂, 144 apresentaram reação tardia negativa (-), 60 reação positiva pouco intensa (+), 111 reação positiva forte (++) e 50 reação positiva forte com ulceração (+++). Entre as mulheres, a distribuição encontrada foi de 122 (-), 55 (+), 91 (++) e 36 (+++). Exercício para casa: Os tomateiros altos são produzidos pela ação do alelo dominante D e as plantas anãs por seu alelo recessivo d. Os caules pilosos são produzidos pelo alelo dominante H e os não pilosos pelo alelo recessivo h. Uma planta dihíbrida alta, pilosa é submetida ao cruzamento teste. Como resultados deste cruzamento, tem-se: 118 plantas altas, pilosas: 121 anãs não pilosas: 112 altas não pilosas: 109 anãs pilosas. Demonstre estatisticamente se há diferença entre os resultados observados e os esperados.
Compartilhar