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16 de fevereiro de 2020 1 DRENAGEM URBANA FUNDAMENTOS BÁSICOS E MICRODRENAGEM PROFESSOR: VANDERSON AGUIAR SANTOS ENG. CIVIL E DE SEGURANÇA NO TRABALHO ESPEC.: SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Pode-se dividir a história da Drenagem Urbana, em três estágios: Primeiramente o Higienismo - o mais antigo; Em segundo lugar o Período da Racionalização; E mais recentemente no terceiro estágio de sua evolução, chamado Período Científico. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA O movimento higienista urbano surgiu na Europa do século XIX, tendo como idéia central a necessidade de evacuação rápida das águas paradas ou empoçadas nas cidades, uma vez que representavam uma ameaça à saúde pública. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA 16 de fevereiro de 2020 2 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Naquela época as cidades e as áreas industriais cresciam rapidamente sem nenhum planejamento e os serviços mais elementares não funcionavam, tais como a limpeza das ruas, o fornecimento de água e os serviços sanitários. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Urgia, portanto, eliminar do meio urbano toda água residual que, via de regra, encontrava-se contaminada por dejetos humanos e de animais. O higienismo urbano, ainda segundo Silveira, chegou ao Brasil logo após seu surgimento na Europa, tendo sido impulsionado com a proclamação da República em 1.889. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA A conseqüência desta deterioração urbana foi o reaparecimento das grandes epidemias de doenças contagiosas veiculadas pelas águas imundas, notadamente a cólera - que reconquistou a Europa a partir de 1.831 - e o tifo, provocando efeitos terríveis nas populações das cidades. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA 16 de fevereiro de 2020 3 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA O Período Racionalista inicia-se com o estabelecimento de cálculos hidrológicos dito “racionais”, surgidos à partir da formulação do Método Racional nos EUA para dimensionamento de obras hidráulicas destinadas ao escoamento de águas pluviais. Esta nova metodologia obteve imediata aceitação geral em virtude de sua simplicidade de aplicação. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA O simplismo do método, no entanto, levou e tem levado inúmeros projetistas a incorrer em soluções freqüentemente inadequadas para os problemas da drenagem urbana, por vezes super-dimensionando as estruturas, e, em outros casos, sub- dimensionando-as. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Sua concepção, essencialmente mecanicista, exclui qualquer abordagem que leve em conta a complexidade dos efeitos da urbanização nos componentes do ciclo natural da água. No Brasil, o Método Racional foi e continua sendo amplamente utilizado nos projetos para os sistemas de drenagem. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA No Período Racionalista prevaleceu a concepção da evacuação rápida das águas de chuva, levando à construção de canais urbanos revestidos e retificados com seções gradativamente maiores e, portanto, cada vez mais caros para os cofres públicos. 16 de fevereiro de 2020 4 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA SISTEMA DE DRENAGEM URBANA O surgimento das grandes concentrações populacionais, o avanço técnico e científico acompanhado da vulgarização do uso de meios computacionais e a crise dos sistemas tradicionais de drenagem urbana, criaram as bases para a superação do empirismo e a transformação da Hidrologia Urbana em uma disciplina científica. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Ao lado das mudanças de cunho científico, ocorre também uma forte demanda ambiental voltada para a preservação dos cursos d'água nas cidades no sentido de incorporá-los à paisagem urbana. Para isso exige-se o saneamento destes cursos d'água. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Despolui-los e preservar suas margens tornam-se diretrizes para os projetos de drenagem. Valorizar o curso d'água passa a ser um dos paradigmas desse período. Encontrar soluções alternativas de menor custo também é uma meta a ser alcançada. A estocagem de águas de chuva nas cidades passa a ser considerada uma solução viável e preferencial, no lugar da evacuação rápida. 16 de fevereiro de 2020 5 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA SISTEMA DE DRENAGEM URBANA O sistema de drenagem faz parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma área urbana, assim como as redes de água, de esgotos sanitários, de cabos elétricos e telefônicos, além da iluminação pública, pavimentação de ruas, guias e passeios, parques, áreas de lazer, e outros. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Em relação aos outros melhoramentos urbanos, o sistema de drenagem tem uma particularidade: o escoamento das águas das tormentas sempre ocorrerá, independente de existir ou não sistema de drenagem adequado. A qualidade desse sistema é que determinará se os benefícios ou prejuízos à população serão maiores ou menores. 16 de fevereiro de 2020 6 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Outra característica, de certo modo única, do sistema de drenagem é a sua solicitação não permanente, isto é durante e após a ocorrência de tormentas, contrastando com outros melhoramentos públicos que são essencialmente de uso contínuo. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA SISTEMA DE DRENAGEM URBANA O sistema tradicional de drenagem urbana deve ser considerado como composto por dois sistemas distintos que devem ser planejados e projetados sob critérios diferenciados: o Sistema Inicial de Drenagem e o Sistema de Macro-drenagem. 16 de fevereiro de 2020 7 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA O Sistema Inicial de Drenagem ou de Micro-drenagem ou, ainda, Coletor de Águas Pluviais, é aquele composto pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais e, também, canais de pequenas dimensões. Esse sistema é dimensionado para o escoamento de vazões de 2 a 10 anos de período de retorno. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA LEGISLAÇÃO Artigo 1288 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 (CÓDIGO CIVIL) Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Quando bem projetado, e com manutenção adequada, minimizar os inconveniências ou as interrupções das atividades urbanas que advém das inundações e das interferências de enxurradas. 16 de fevereiro de 2020 8 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Já o Sistema de Macro-drenagem é constituído, em geral, por canais (abertos ou de contorno fechado) de maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de retorno. Do seu funcionamento adequado depende a prevenção ou minimização dos danos às propriedades, dos danos à saúde e perdas de vida das populações atingidas, seja em conseqüência direta das águas, seja por doenças de veiculação hídrica. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS ÁREA DE DRENAGEM É a área plana (projeção horizontal) inclusa entre os seus divisores topográficos. A área de uma bacia é o elemento básico para o cálculo das outras características físicas. É normalmente obtida por planialmetria. 16 de fevereiro de 2020 9 CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS FORMA DA BACIA É uma das características da bacia mais difíceis de serem expressas em termos quantitativos. Ela tem efeito sobre o comportamento hidrológico da bacia, como por exemplo, no tempo de concentração (Tc), é definido como sendo o tempo, a partir do início da precipitação, necessário para que toda a bacia contribua com a vazão na seção de controle. CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS FORMA DA BACIA Existem vários índices utilizados para se determinar a forma das bacias, procurando relacioná-las com formas geométricas conhecidas: a) coeficiente de compacidade (Kc): é a relação entre o perímetro da bacia e o perímetro de um círculo de mesma área que a bacia. CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS Coeficiente decompacidade (Kc) O Kc é sempre um valor > 1 (se fosse 1 a bacia seria um círculo perfeito). Quanto menor o Kc (mais próximo da unidade), mais circular é a bacia, menor o Tc e maior a tendência de haver picos de enchente. 16 de fevereiro de 2020 10 CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS b) fator de forma (Kf): é a razão entre a largura média da bacia (L) e o comprimento do eixo da bacia (L) (da foz ao ponto mais longínquo da área) CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS Quanto menor o Kf, mais comprida é a bacia e portanto, menos sujeita a picos de enchente, pois o Tc é maior e, além disso, fica difícil uma mesma chuva intensa abranger toda a bacia. CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) É o intervalo de tempo entre o início da precipitação e o instante em que toda a bacia contribui para a vazão na seção estudada. CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) Existem numerosas fórmulas empíricas para calcular o tempo de concentração em função do comprimento (L) do curso principal, do desnível total (H), e eventualmente da área (A), ou de outros parâmetros escolhidos. A maioria dessas fórmulas é restrita a áreas pequenas. 16 de fevereiro de 2020 11 CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) Serão apresentados os métodos de estimativa do tempo de concentração em bacias urbanas: CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) VENTURA Tc - tempo de concentração (min); A - área de drenagem (km²); L - comprimento do talvegue (km); ∆H - diferença de cota entre o ponto mais alto do talvegue e o exutório (m). CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) TEMEZ tc [h], L= comprimeto da linha de água principal [km], i = declive médio da linha de água principal da bacia [m/m]. CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) KIRPICH tc[min], L = comprimento do talvegue principal, em km; e H = desnível entre a parte mais elevada e a seção de controle, em m 16 de fevereiro de 2020 12 CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) KIRPICH O valor de tc obtido deve ser multiplicado por 0,2 ou 0,4, conforme sejam canais ou superfícies asfaltadas, respectivamente; é recomendado para bacias rurais (0,50 - 45,3 ha) com canais bem definidos e de declives situados entre 3 a 10%. CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) DODGE tc[h], A[km²], e S [m/m] Obtidas a partir de dados de dez bacias rurais com áreas de 140 a 930 Km² SISTEMA DE DRENAGEM URBANA CHUVAS / PRECIPITAÇÕES As águas de drenagem superficial são fundamentalmente originárias de precipitações pluviométricas cujos possíveis transtornos que seriam provocados por estes escoamentos, devem ser minimizadados pelos sistemas de drenagem pluviais ou esgotos pluviais. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA As precipitações pluviométricas podem ocorrer tanto da forma mais comum conhecida como chuva, como em formas mais moderadas como neblinas, garoas ou geadas, ou mais violentas como acontece nos furacões, precipitações de granizo, nevascas, etc. No entanto nas precipitações diferentes das chuvas comuns as providências coletivas ou públicas são de natureza específica para cada caso. 16 de fevereiro de 2020 13 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Tipos de Chuva São três os tipos de chuvas para a Hidrologia: chuvas convectivas (1), chuvas orográficas(2) e chuvas frontais (3). (3) (2) (1) SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Medição de Chuva Dois aparelhos são comumente empregados nas medições das chuvas. São eles: (1°) Pluviômetro SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Medição de Chuva (2°) Pluviógrafo SISTEMA DE DRENAGEM URBANA DURAÇÃO DE UMA CHUVA ( d ) É a medida do tempo de ocorrência de uma precipitação qualquer. As unidades utilizadas para duração dependem do tipo de estudo que se pretende realizar. Assim, por exemplo, as precipitações em meio urbano são medidas em hora ( h ). 16 de fevereiro de 2020 14 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA INTENSIDADE DE UMA CHUVA ( I ) É a relação entre a altura ( H ) e a duração ( d ) de uma precipitação chuvosa. I = H / d A unidade da intensidade expressa-se usualmente em mm / h. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA REPRESENTAÇÃO DE UMA CHUVA Uma chuva pode ser representada por um gráfico H x d ou I x d. Pluviograma H x d Observando o gráfico acima, tem-se que : a duração total da precipitação foi de 19 horas; a altura total da chuva foi de 32 mm; a intensidade da precipitação foi de 1,68 mm / h. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA REPRESENTAÇÃO DE UMA CHUVA Uma outra forma de representar graficamente uma precipitação (ou conjunto de precipitações) é o hietograma, onde se mostram os valores discretizados da altura (H) ou da precipitação ( I ) ao longo da duração de uma chuva (ou de um período chuvoso como são os gráficos apresentados a seguir). SISTEMA DE DRENAGEM URBANA REPRESENTAÇÃO DE UMA CHUVA mat 16 de fevereiro de 2020 15 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA EXEMPLO - REPRESENTAÇÃO DE UMA CHUVA Representar graficamente a precipitação indicada no quadro abaixo, discretizada em intervalos de 30 min. t (min) H (mm) 30 4,0 60 9,8 90 2,0 120 42,5 150 26,0 180 3,5 210 8,5 240 3,7 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 30 60 90 120 150 180 210 240 H ( m m ) t (min) HIETOGRAMA DA PRECIPITAÇÃO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA EXPRESSÕES TÍPICAS As equações de chuva, que são expressões empíricas das curvas intensidade/duração/frequência, presentam-se normalmente nas seguintes formas: 1) i = a / ( t + b ), 2) i = c / tm, 3) i = a .T n/ ( t + b )r, SISTEMA DE DRENAGEM URBANA EXPRESSÕES TÍPICAS onde , i - intensidade média em milímetros por minutos ou milímetros por hora; t - tempo de duração da chuva em minutos; T - tempo de recorrência em anos; a, b, c, d, e, m, n e r - parâmetros definidos a partir das observações básicas para elaboração da equação. 16 de fevereiro de 2020 16 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA EXPRESSÕES TÍPICAS Chuvas intensas no Brasil (Engº Otto Pfafstetter - 1957) P = Tx [ at + b.log(1 + ct)] onde x = [ a + ( b /Tg )] P - altura pluviométrica máxima em milímetros T - período de retorno em anos t - duração da chuva em horas x - valor em função da duração da chuva a , b , g , a, b e c - valores constantes para cada posto de coleta de dados ( total de 98 postos) SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Período de retorno de uma chuva ( T ) Tempo (ou período) de recorrência (T) ou de retorno de uma determinada chuva (conhecidas sua duração e intensidade) é o intervalo de tempo em que esse evento terá a probabilidade de ocorrer ou ser superada em pelo menos uma vez. Esse parâmetro hidrológico está, portanto, associado à noção de risco. NOT 21/08 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Período de retorno de uma chuva ( T ) No campo da engenharia hidráulica, por exemplo, risco é a probabilidade de uma determinada obra hidráulica vir a falhar (transbordar, romper etc), pelo menos uma vez durante sua vida útil. O parâmetro T, então, pode ser definido como o inverso da probabilidade de um evento hidrológico ser igualado ou superado em um ano qualquer. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Período de retorno de uma chuva ( T ) Portanto, uma obra projetada para um período de retorno T, expõe-se, todo ano, a uma probabilidade 1/T de vir a falhar. Ao admitir um período de retorno T a um empreendimento qualquer, também estará sendo conferido um grau de proteção à população. Trata-se, em última análise, de escolher o risco (R) aceitável pela comunidade. 16 de fevereiro de 2020 17 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Período de retorno de uma chuva ( T ) O risco (R) de um obra, em função de sua vida útil e do tempo de retorno adotado no projeto, pode ser calculado pela seguinte expressão : R = 100x [1 – (1 – 1/T)N] Onde N é a vida útil esperada. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Período de retorno de uma chuva ( T ) O risco (R) também pode serdeterminado pela tabela abaixo : T Vida útil da obra (anos) – N (anos) 2 5 25 50 100 2 75 97 99,9 99,9 99,9 5 36 67 99,9 99,9 99,9 10 19 41 93 99 99,9 25 8 18 64 87 98 50 4 10 40 64 87 100 2 5 22 39 63 500 0,4 1 5 9 18 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Exemplo : Adotando-se uma recorrência de 100 anos para a calha de um ribeirão, o risco de ocorrência de uma inundação em um ano qualquer será de 2%. Caso seja admitida uma vida útil de 50 anos, o risco de inundação neste período será de 39%. Reduzindo-se o tempo de retorno para 50 anos e mantendo-se a mesma vida útil, qual seria no novo risco dessa obra?. MICRO DRENAGEM CONCEITO A microdrenagem urbana é definida pelo sistema de condutos pluviais no loteamento ou na rede primária urbana (Principalmente). 16 de fevereiro de 2020 18 MICRO DRENAGEM CONCEITO O dimensionamento de uma rede de pluviais é baseado nas seguintes etapas: subdivisão da área e traçado; determinação das vazões que afluem à rede de condutos; dimensionamento da rede de condutos; dimensionamento das medidas de controle. MICRO DRENAGEM ESQUEMA GERAL DO PROJETO TRAÇADO DA REDE PLUVIAL A rede coletora deve ser lançada em planta baixa (escala 1:2.000 ou 1:1.000) de acordo com as condições naturais de escoamento superficial. Algumas regras básicas para o traçado da rede são: MICRO DRENAGEM ESQUEMA GERAL DO PROJETO TRAÇADO DA REDE PLUVIAL 1 ) os divisores de bacias e as áreas contribuintes a cada trecho deverão ficar convenientemente marcadas nas plantas; 2 ) os trechos em que o escoamento se dê apenas nas sarjetas devem ficar identificados por meio de setas; MICRO DRENAGEM ESQUEMA GERAL DO PROJETO TRAÇADO DA REDE PLUVIAL 3 ) as galerias pluviais, sempre que possível, deverão ser lançadas sob os passeios; 4 ) o sistema coletor em uma determinada via poderá constar de uma rede única, recebendo ligações de bocas-de-lobo de ambos os passeios; 16 de fevereiro de 2020 19 MICRO DRENAGEM ESQUEMA GERAL DO PROJETO TRAÇADO DA REDE PLUVIAL 5 ) a solução mais adequada em cada rua é estabelecida economicamente em função da sua largura e condições de pavimentação. MICRO DRENAGEM ESQUEMA GERAL DO PROJETO MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Principais dispositivos utilizados no dimensionamento de um sistema pluvial são: MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM SARJETAS São canais, em geral de seção transversal triangular, situados nas laterais das ruas, entre o leito viário e os passeios para coletar as águas de escoamento superficial. 16 de fevereiro de 2020 20 MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Bocas de Lobo As bocas-de-lobo devem ser localizadas de maneira a conduzirem adequadamente as vazões superficiais para as galerias. Nos pontos mais baixos do sistema viário deverão ser necessariamente colocadas bocas-de-lobo com visitas a fim de se evitar a criação de zonas mortas com alagamento e águas paradas. MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Bocas de Lobo MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Poços de Visita Os poços de visita devem atender às mudanças de direção, de diâmetro e de declividade, à ligação das bocas-de-lobo, ao entroncamento dos diversos trechos e ao afastamento máximo admissível. MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Galerias circulares – O diâmetro mínimo das galerias de seção circular deve ser de 0,30m. Os diâmetros comerciais correntes são: 0,30; 0,40; 0,50; 0,60; 0,80; 1,00; 1,20 e 1,50m. Alguns dos critérios básicos de projeto são os seguintes: 16 de fevereiro de 2020 21 MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Galerias circulares – 1) As galerias pluviais são projetadas para funcionamento a seção plena com a vazão de projeto. A velocidade máxima admissível determina-se em função do material a ser empregado na rede. Para tubo de concreto, a velocidade máxima admissível é de 4,0m/s, a velocidade mínima é de 0,80 m/s; MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Galerias circulares 2) O recobrimento mínimo da rede deve ser de 0,8 m, quando forem empregadas tubulações sem estrutura especial. Quando, por condições topográficas, forem utilizados recobrimentos menores, as canalizações deverão ser projetadas do ponto de vista estrutural; • MICRO DRENAGEM DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Galerias circulares 3) Mudanças de diâmetro, os tubos deverão ser alinhados pela geratriz superior; MICRO DRENAGEM DISPOSIÇÃO DOS COMPONENTES Traçado preliminar - através de critérios usuais de drenagem urbana, devem ser estudados diversos traçados da rede de galerias, considerando-se os dados topográficos existentes e o predimensionamento hidrológico e hidráulico. A definição da concepção inicial é mais importante para a economia global do sistema do que os estudos posteriores de detalhamento do projeto, de especificação de materiais, etc. 16 de fevereiro de 2020 22 MICRO DRENAGEM DISPOSIÇÃO DOS COMPONENTES A via urbana exerce, entre outras funções, a de condução dos deflúvios superficiais. Para isso, sua geometria é concebida para atender às condições do escoamento superficial direto. Sua declividade longitudinal mínima é fixada em 0,5%, enquanto as declividades transversais (passeio em 2% e pista em 3%) visam a concentração dos escoamentos junto às guias, nas sarjetas. É nas sarjetas, portanto, que se concentram os escoamentos das vias. MICRO DRENAGEM DISPOSIÇÃO DOS COMPONENTES MICRO DRENAGEM DISPOSIÇÃO DOS COMPONENTES Coletores - existem duas hipóteses para a locação da rede coletora de águas pluviais: -(i) no passeio, a 1/3 da guia (meio-fio) e; -(ii) sob o eixo da via pública. Além disso, deve possibilitar a ligação das canalizações de escoamento das bocas-de- lobo. MICRO DRENAGEM DISPOSIÇÃO DOS COMPONENTES Bocas de lobo - A locação das bocas de lobo deve considerar as seguintes recomendações: 1) Quando for ultrapassada sua capacidade de engolimento, ou houver saturação da sarjeta, deve haver bocas-de-lobo em ambos os lados da via; 16 de fevereiro de 2020 23 MICRO DRENAGEM DISPOSIÇÃO DOS COMPONENTES Bocas de lobo – 2) Caso não se disponha de dados sobre a capacidade de escoamento das sarjetas, recomenda-se um espaçamento máximo de 60 m entre as bocas-de-lobo; 3) A melhor localização das bocas-de-lobo é em pontos um pouco à montante das esquinas; MICRO DRENAGEM DISPOSIÇÃO DOS COMPONENTES Bocas de lobo – 4) Não se recomenda colocar bocas-de- lobo nas esquinas, pois os pedestres teriam de saltar a torrente em um trecho de descarga superficial máxima para atravessar a rua, além de ser um ponto onde duas torrentes convergentes se encontram. MICRO DRENAGEM DISPOSIÇÃO DOS COMPONENTES Bocas de lobo MICRO DRENAGEM CAIXA DE LIGAÇÃO São utilizadas quando se faz necessária a locação de bocas-de-lobo intermediárias ou para se evitar a chegada em um mesmo poço de visita de mais de quatro tubulações. Sua função é similar à do poço de visita, dele diferenciandose por não serem visitáveis. 16 de fevereiro de 2020 24 MICRO DRENAGEM CAIXA DE LIGAÇÃO MICRO DRENAGEM ÁREA DE DRENAGEM A definição de uma área de drenagem de uma via levará em conta a faixa da pista que contribui para o escoamento em uma sarjeta (sua largura é igual a “F/2”, sendo “F” a largura total da pista) e uma faixa da quadra lindeira (com largura “a”). MICRO DRENAGEM ÁREA DE DRENAGEM MICRO DRENAGEM CAIXA DE LIGAÇÃO Boca de lobo Poço de visita Eixo da rua Calçamento Canal principal Sarjeta Canal secundário Caimento 9° mat 16 de fevereiro de 2020 25 MICRO DRENAGEM DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO RUAS E SARJETAS As águas, ao caírem nas áreas urbanas, escoam, inicialmente, pelos terrenos até chegarem às ruas. Sendo as ruas abauladas (declividade transversal) e tendo inclinação longitudinal, as águas escoarão rapidamente para as sarjetas e, destas, ruas abaixo. MICRO DRENAGEM DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO RUAS E SARJETAS Se a vazão for excessiva poderão ocorrer: (i) alagamento das ruas e seus reflexos; (ii) inundação de calçadas; (iii) velocidades exageradas, com erosão do pavimento. MICRO DRENAGEM DIMENSIONAMENTOHIDRÁULICO RUAS E SARJETAS A capacidade de condução da rua ou da sarjeta pode ser calculada a partir de duas hipóteses: 1) a água escoando por toda a calha da rua; ou 2) a água escoando somente pelas sarjetas. 16 de fevereiro de 2020 26 MICRO DRENAGEM VAZÃO - RUAS E SARJETAS Seja Q a vazão numa área específica: Q = 2,78 C I A 10-4 Sendo: C = coeficiente de escoamento superficial; I = Intensidade da chuva de projeto; A = Área de contribuição em m²; 9° mat. MICRO DRENAGEM Vazão Específica em uma Sarjeta (q) É a vazão em marcha segundo a geometria da via, por metro linear, expressa em l/s.m. A vazão específica é a vazão por metro linear dos escoamentos superficiais diretos oriundos da meia largura da via (F/2) e da largura “a” da quadra lindeira de acordo com a classificação da via frontal. q = q1 + q2 MICRO DRENAGEM VAZÃO - RUAS E SARJETAS q = q1 + q2 Seja q = vazão específica total Seja q1 a vazão específica da faixa de largura “a” da quadra, em l/s.m; Seja q2 a vazão específica da meia pista do logradouro; MICRO DRENAGEM Calculo de q1: q1 = 2,78 C I A 10-4 Sendo: C = coeficiente de escoamento superficial = 0,70 A = a x 1 m, em m2, sendo a = largura da faixa lindeira da quadra, em m. I = (mm/h)Intensidade da chuva de projeto no município ou área em estudo, podemos admitir para o município de Montes Claros. 16 de fevereiro de 2020 27 MICRO DRENAGEM Calculo de q1: i = intensidade de precipitação, em mm/h; T = tempo de recorrência, em anos, considerando T = 10 anos (micro drenagem); t = 10 mim . I = 134,00 mm/h MICRO DRENAGEM Calculo de q1: q1 = 0,0265.a Calculo de q2: q2 = 2,78 C I A 10-4 C = coeficiente de escoamento superficial = 0,90 I = Intensidade da chuva de projeto para T = 10 anos e duração (D) de 10 min = 134,0 mm/h A = F/2 x 1 m, em m², sendo F = largura da via em m. MICRO DRENAGEM Calculo de q2: q2 = 0,0150.F Onde no município de Montes Claros a equação da vazão específica total pode ser determinada pela equação: q = q1 + q2 q = 0,0265.a + 0,0150.F MICRO DRENAGEM Cálculo da capacidade teórica A capacidade teórica de descarga das sarjetas pode ser computada, usando-se a fórmula de Manning modificada por IZZARD, ou seja: Qs = 0,00175.[ z / n ].[ y ]8/3.[ i ]1/2 16 de fevereiro de 2020 28 MICRO DRENAGEM Cálculo da capacidade teórica Qs = 0,00175.[ z / n ].[ y ]8/3.[ i ]1/2 Sendo: Qs =capacidade (vazão) da sarjeta, em l/s y = altura máxima da lâmina d’água na sarjeta junto ao meio-fio de acordo com a Tabela 4 Z = (= yo /wo) inverso da declividade transversal, em m/m; i = declividade longitudinal da via, em m/m n = coeficiente de rugosidade média de Manning (adotado n = 0,015) MICRO DRENAGEM Cálculo da capacidade teórica MICRO DRENAGEM Cálculo da capacidade teórica A vazão transportada Q (< Qo) é calculada aplicando-se a fórmula anterior substituindo-se "yo" por "y" ( y < yo ) MICRO DRENAGEM Descarga Admissível No dimensionamento das sarjetas deve-se considerar uma certa margem de segurança na sua capacidade, tendo em vista problemas funcionais que tanto podem reduzir seu poder de escoamento como provocar danos materiais com velocidades excessivas. Nas declividades inferiores é freqüente o fenômeno do assoreamento e obstruções parciais através de sedimentação de areia e recolhimento de pequenas pedras reduzindo, assim, a capacidade de escoamento. 16 de fevereiro de 2020 29 MICRO DRENAGEM Descarga Admissível Nas declividades maiores a limitação da velocidade de escoamento torna-se um fator necessário para a devida proteção aos pedestres e ao próprio pavimento. Essa margem de segurança é conseguida pelo emprego do "fator de redução F“. Neste caso, quando se calcula a capacidade máxima de projeto a expressão anterior assume o seguinte aspecto: Qadm = F.Qo = F. 0,00175.[ z / n ].[ y ]8/3.[ i ]1/2 MICRO DRENAGEM Descarga Admissível MICRO DRENAGEM Pode-se escolher larguras limites para os caudais dos escoamentos que, uma vez atingidos, as águas superficiais são captadas. Em Belo Horizonte, adota-se o limite de 1,67 m para a largura do alagamento nas sarjetas, é admitida para os trechos iniciais (trecho entre o divisor de águas e a primeira boca-de-lobo) das vias locais (vias com até 15 m de largura), onde se adota uma largura alagamento máxima de 2,17 m para o caudal do escoamento. MICRO DRENAGEM A faixa de alagamento pode ser representada como: -1,67 m; - 2,17 m. 16 de fevereiro de 2020 30 MICRO DRENAGEM Tomemos com padrões de sarjetas os modelo da SUDECAP – Superintendência de Desenvolvimento da Capital – Belo Horizonte, onde são definidos três modelos de sarjetas: MICRO DRENAGEM TIPO A MICRO DRENAGEM TIPO B MICRO DRENAGEM TIPO C 16 de fevereiro de 2020 31 MICRO DRENAGEM Em função da faixa de alagamento e do padrão da sarjeta, as alturas “y” da lâmina d’água nas guias dos passeios alcançarão os valores indicados na Tabela abaixo. Altura da lâmina d’água nas guias dos passeios MICRO DRENAGEM Em função da faixa de alagamento e do padrão da sarjeta, as alturas “y” da lâmina d’água nas guias dos passeios alcançarão os valores indicados na Tabela Altura “y” (cm) Greide longitudinal ( i ) Sarjeta padrão Largura do alagamento na sarjeta (m) 1,67 2,17 i > 16% A 5,0 6,5 16% ≥ i ≥ 0,5% B 11,0 12,5 i < 0,5% C 16,0 17,5 MICRO DRENAGEM Capacidade das sarjetas – Faixa de 1,67 Tipo de sarjeta Vazão (Qs) (l/s) Velocidade (Us) (m/s) A 284,429.[ i ]1/2 6,913.[ i ]1/2 B 553,766.[ i ]1/2 9,762.[ i ]1/2 C 855,946.[ i ]1/2 12,364.[ i ]1/2 MICRO DRENAGEM BOCAS DE LOBO São elementos colocados nas sarjetas com a finalidade de captar as águas veiculadas por elas. Além de conduzir as águas até as galerias ou tubulações subterrâneas que as levarão até os rios. 16 de fevereiro de 2020 32 MICRO DRENAGEM BOCAS DE LOBO Pontos Intermediários das sarjetas: localizam- se em trechos contínuos e de declividade constante. A entrada das águas pluviais ocorre apenas por uma extremidade. MICRO DRENAGEM BOCAS DE LOBO Pontos Baixos das sarjetas: pontos de mudança de declividade da rua ou junto a curvatura das guias no cruzamento das ruas. A entrada das águas pluviais ocorre pelas duas extremidades MICRO DRENAGEM BOCAS DE LOBO Pontos Baixos das sarjetas: pontos de mudança de declividade da rua ou junto a curvatura das guias no cruzamento das ruas. A entrada das águas pluviais ocorre pelas duas extremidades MICRO DRENAGEM BOCAS DE LOBO Basicamente existem 3 tipos de bocas-de-lobo: 1 ) Simples; 2 ) Com grelha; 3 ) Combinada; Todos estes tipos podem ainda ser utilizadas com ou sem depressão, no meio da sarjeta ou nos pontos baixos das mesmas. 16 de fevereiro de 2020 33 MICRO DRENAGEM Tipos de bocas-de-lobo: MICRO DRENAGEM Capacidade de engolimento das Bocas de Lobo: Para as BL localizadas em pontos baixos (inclusive nos cruzamentos das vias) deverá ser adotado o método baseado nas experiências do U.S. Army Corps of Engineers, sendo utilizado o seguinte formulário : MICRO DRENAGEM Capacidade de engolimento das Bocas de Lobo: Vazão de engolimento de uma grelha para boca de lobo simples : Sendo : Q = vazão de engolimento, em l/s y = carga hidráulica sobre a grelha, em cm Vazão de engolimento das grelhas de uma boca de lobo dupla : MICRO DRENAGEM Capacidade de engolimento das Bocas de Lobo: Vazão de engolimento da cantoneira de uma boca de lobo simples(fórmula válida para valores de y < 12 cm): Sendo : Q = vazão de engolimento da cantoneira, em l/s y = carga hidráulica sobre a grelha, em m L = comprimento da abertura da cantoneira, em m 16 de fevereiro de 2020 34 MICRO DRENAGEM Capacidade de engolimento das Bocas de Lobo: Vazão de engolimento da cantoneira de uma boca de lobo dupla (fórmula válida para valores de y < 12 cm): MICRO DRENAGEM Para as aplicações práticas nos estudos e projetos de microdrenagem, foram elaboradas as tabelas para faixa de alagamento de 1,67 m E 2,17 m, conforme descritas a seguir: Capacidade das BL de Grelha (l/s) MICRO DRENAGEM Capacidadedas BL de Cantoneira (l/s) Capacidade das BL de Combinada (l/s) MICRO DRENAGEM Capacidade das BL de Grelha (l/s) Capacidade das BL de Cantoneira (l/s) 16 de fevereiro de 2020 35 MICRO DRENAGEM Capacidade das BL de Combinada (l/s) Capacidade das BL para greide contínuo - Faixa de alagamento de 1,67 m Capacidade das BL para greide contínuo - Faixa de alagamento de 2,17 m MICRO DRENAGEM Para se calcular o comprimento da sarjeta em que o caudal varia de uma largura de zero até o limite de alagamento, chamado de comprimento útil (Lu), aplica-se a seguinte relação: Onde: Lu = comprimento útil, em m Qs = capacidade de escoamento na sarjeta, em função da declividade longitudinal e do tipo de sarjeta, em l/s q = vazão específica da via, em l/s.m conforme tabela 16 de fevereiro de 2020 36 MICRO DRENAGEM LOCAÇÃO DAS BOCAS-DE-LOBO EM PONTOS BAIXOS Os pontos baixos nos greides das vias devem ser providos de caixas de captação (bocas-de-lobo combinadas), obrigatoriamente. LOCAÇÃO DE BOCAS-DE-LOBO NOS CRUZAMENTOS DAS VIAS A locação destas bocas-de-lobo deve ser imediatamente à montante dos pontos de tangência ou de curvatura dos passeios situados nos cruzamentos, preservando os rebaixos para passagem de pedestres. MICRO DRENAGEM LOCAÇÃO DE BOCAS-DE-LOBO INTERMEDIÁRIAS As bocas-de-lobo intermediárias serão locadas com auxílio das tabelas para determinação dos comprimentos úteis (Lu). Entretanto, é conveniente que os espaçamentos sejam igualados à partir da primeira BL, de maneira a equalizar os caudais dos escoamentos.
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