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FISIOLOGIA HUMANA (prova)

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Aula 1
	Para a célula sobreviver ela precisa de nutrientes, que vem da alimentação. Depois da alimentação os nutrientes ficam no meio extracelular, e entram na célula. Existem concentrações diferentes no meio intracelular e extracelular porque existe uma membrana plasmática que separa esses meios. As membranas celulares atuam como barreiras seletivas entre os compartimentos intra e extracelulares. A membrana não é só uma bicamada lipídica, existem proteínas ancoradas na membrana que são responsáveis pelo transporte e sinalização. A sinalização ocorre através de receptores, que vão fazer o processo de transdução. Esse processo é muito importante quando tomamos um medicamento, porque ele age no receptor. 
	A membrana pode exercer várias funções: separação de compartimentos (importante para separação de nutrientes, eletrólitos, regulação de trocas), regulação das trocas com o meio externo: entrada de íons e nutrientes, eliminação de resíduos celulares, comunicação (a célula perceber através de receptores o que está acontecendo em volta dela), suporte da célula, juntamente com o citoesqueleto.
	Se dividirmos em grandes grupos, os gases conseguem passar livremente pela bicamada lipídica, o que facilita o nosso processo de respiração. Moléculas hidrofóbicas passam direto. Moléculas hidrossolúveis pequenas conseguem passar facilmente, mas as maiores não passam. Isso ocorre porque na membrana existem pequenos poros, que permitem que essas pequenas moléculas passem. Moléculas carregadas não conseguem passar pela bicamada, eles passam através de transportes.
	Transportes: 
Transporte passivo: ocorre quando substâncias se movimentam para dentro ou fora da célula, orientadas somente por um gradiente de concentração/elétrico. Não há gasto de energia;
1-Difusão simples pela membrana
2-Difusão facilitada por carregador
	● Difusão simples: É um transporte (fora pra dentro, ou dentro pra fora) onde a molécula pode passar facilmente; não depende de proteína; não há gasto de energia. Sempre passando do meio mais concentrado para o menos concentrado.
	● Difusão facilitada: É um transporte facilitado por proteínas; não há gasto de energia. 
Transporte ativo: ocorre contra um gradiente de concentração/elétrico e é mediado por carreadores, chamados de bombas. A atividade da bomba requer energia (ATP).
	- Primário: acoplado à energia metabólica
	Ex: bomba de sódio e potássio 
	A tendência é o sódio entrar na célula e o potássio sair por canais. O transporte ativo faz o movimento contrário.
	Sempre onde tem bomba ATPase o transporte está ocorrendo contra o gradiente de concentração.
- Secundário: O organismo aproveita o potencial eletroquímico de algumas substâncias para impulsionar a entrada ou a saída de outras.
A bomba de sódio e potássio retira o sódio (3 íons) de dentro da célula e lança o potássio (). Isso vai gerar um gradiente para a entrada de sódio do meio extra para o intracelular por um outro transportador. Esse outro transportador só funciona a favor do gradiente, e para ter esse gradiente a bomba tem que tá funcionando. Se inibir a bomba, não vai diminuir a quantidade de Na dentro da célula e não vai ter gradiente. 
	Esse outro transportador é secundário, pois precisa da bomba para funcionar.
*Na difusão simples, a proteína é um poro. Na facilitada é uma proteína que vai fazer o transporte.
Osmose: 
Etapa 1: tem um tubo que tá sendo dividido por uma membrana semipermeável (permite a passagem dos pontos azuis que são água e não permite a passagem do roxo que é glicose). Do lado direito existe uma quantidade muito grande de glicose (mais concentrado), o lado esquerdo está pouco concentrado. Os dois estão com o mesmo volume.
Etapa 2a: com o passar do tempo o volume do lado direito vai aumentar e o do esquerdo diminuir deixando os dois lados com a mesma concentração. 
Certas moléculas tem capacidade diferente de puxar a água, isso se chama diferenças osmoticamente ativas. Eles são osmoticamente ativos diferentes. O sal é muito mais forte que o açúcar, por exemplo. 
O sentido da osmose é de onde tem mais agua livre pra onde tem menos agua livre. 
Etapa 2b: a pressão que foi exercida para que não ocorresse a osmose= pressão osmótica.
Pressão osmótica é a pressão que deve ser aplicada sobre uma membrana semipermeável para evitar que o solvente a atravesse, ou seja, é a força contrária à osmose. 
Três conceitos diferentes para osmose: 
- A osmose sempre ocorre de onde tem menor pressão osmótica para onde tem maior pressão osmótica;
- A osmose ocorre pelo número de moléculas osmoticamente ativas- a agua passa de onde tem menos moléculas osmoticamente ativas pra onde tem mais;
- Pela diferença de agua livre.
As soluções são classificadas de duas maneiras diferentes: em relação a tonicidade e a osmolaridade. 
Osmolaridade: Concentração de partículas osmoticamente efetiva em uma solução.
Na solução A tem agua e na B soro. Para classificar em relação a osmolaridade é só ver onde tem mais partículas osmoticamente ativas. O lado B tem esse número maior, então ele é uma solução hiperosmótica. No lado A não tem partículas osmoticamente ativas, então comparado ao lado B, o A é uma solução hiposmótica. 
Para fazer essa classificação é necessário comparar. A água em relação ao soro é hipoosmótica porque tem baixa concentração de moléculas osmoticamente ativas em relação ao soro. O soro em relação a agua é hiperosmítico. Isoosmótico é quando é igual. (essa classificação é em relação a osmolaridade)
Tonicidade: Capacidade de uma solução “tracionar” a água.
Aqui nós temos uma solução 1, 2 e 3, que possuem a mesma osmolaridade. A hemácia na solução 1 não se altera, na 2 a hemácia murchou e na 3 inchou. Na solução 1 a osmolaridade da solução e da hemácia são iguais (isoosmótica), e ela é isotônica porque não teve movimento. A solução 2 é hiperosmótica em relação a hemácia; a hemácia perdeu agua; a solução é considerada hipertônica; e a hemácia é considerada hipotônica. A solução 3 é hiposmótica em relação a hemácia; é hipotônica.
De acordo com a comparação dos valores das pressões osmóticas de duas soluções, uma pode ser classificada em relação à outra da seguinte maneira:
Solução hipertônica: quando a sua pressão osmótica é maior que a da outra solução;
Solução hipotônica: quando a sua pressão osmótica é menor que a da outra solução;
Solução isotônica: quando a sua pressão osmótica é igual à da outra solução.
A célula tem receptores e estes receptores são classificados em dois grandes grupos: 
Receptores de membrana:
- Receptor associado a proteína G
- Receptor que é um canal iônico 
- Receptor que é uma enzima
Receptores intracelulares (nucleares, citoplasmáticos...).
Existem moléculas lipossolúveis (hormônios) que atravessam a bicamada. As moléculas sinalizadoras hidrossolúveis não conseguem chegar até o núcleo, então a célula precisa de receptores de membrana. Os receptores de membrana são muito importantes para as moléculas hidrossolúveis. Receptor intracelular não é importante para molécula hidrossolúvel. Receptor intracelular é muito importante pra molécula lipossolúvel.
Aula 2
Potencial de membrana e potencial de ação 
 A eletricidade é um processo natural em nosso organismo e está envolvida na função específica de certas células especiais no cérebro e nos músculos estriados e lisos. Cada padrão de luz, som, calor, dor, cada piscar de olhos, estalar de dedos, cada pensamento traduz-se em uma sequência de pulsos elétricos. 
As células nervosas possuem propriedades similares às outras células em muitos aspectos: elas alimentam-se, respiram, passam por processos de difusão e osmose em suas membranas etc., mas diferem em um aspecto importante: elas processam informação. A habilidade das células nervosas processarem informação depende de propriedades especiais da membrana do neurônio, a qual controla o fluxo de substâncias ao lado interno da célula (íons sódio, cálcio, potássio etc.)
Todas as células vivas do nosso corpo têm, no meio intracelular, uma voltagem menor do que no meio extracelular. Para ficarmais fácil didaticamente, os livros falam que no meio intracelular nossas células tem carga negativa e no meio extracelular tem carga positiva. O certo era dizer que o meio extracelular é zero, mas zero é maior que qualquer número negativo, então para ficar didático o meio intracelular é negativo e o extra é positivo, sempre um em relação ao outro.
Os íons estão espalhados no meio intracelular e no meio extracelular.
Os íons conseguem passar através da membrana pelos dos canais iônicos. Os íons não conseguem passar pela membrana plasmática sozinhos. A membrana vai ser uma barreira, que vai permitir essa diferença de concentrações.
Então esses íons eles conseguem passar por canais, esses canais podem ser poros (canais de repouso) ou transportadores (canais regulados). Os poros vão ser “buracos” na membrana que não se fecham, então a passagem depende do gradiente de concentração. Os transportadores dependem de algum estímulo para abrir. 
Canais de repouso:
 Estão normalmente abertos e sua importância é manter o potencial de membrana no repouso, estes canais também são conhecidos como canais de vazamento.
Canais regulados:
Durante o repouso, os canais regulados estão fechados, eles são controlados por alterações do potencial de membrana, presença de ligante ou estiramento da membrana plasmática.
	Um canal iônico pode ser específico. Por exemplo, esse canal iônico vai ser específico para o potássio:
	
	O canal é uma proteína, que são formadas de aminoácidos, os quais apresentam grupos carboxílicos, alguns são carregados negativamente. Já que esse grupamento carboxílico no interior do canal é carregado negativamente, a carga positiva tem mais facilidade de passar nesse canal, diferente da negativa. 
	Um outro tipo de seleção é o tamanho desse poro, existe poros que são específicos para o tamanho de determinado íon. 
Gradiente químico: Diferença de concentração de determinada substância entre dois meios;
Gradiente elétrico: Diferença de potencial elétrico entre os compartimentos (carga do íon); 
Gradiente eletroquímico: Diferença de potencial eletroquímico entre os compartimentos intra e extracelular;
Aqui nós temos uma célula. O potássio é mais concentrado dentro da célula do que fora. Por gradiente químico ele sai da célula, sempre que ele sai da célula deixa o interior da célula mais negativo, aumentando a diferença gradiente elétrico. A medida que o potássio sai, vai ficando positivo fora e negativo dentro. O potássio é positivo e o interior da célula está cada vez mais negativo, isso dificulta a saída do potássio pela atração das cargas. 
Do lado 1 tem mais potássio que o lado 2. Essa membrana só permite a passagem do potássio. O potássio passa do lado 1 para o lado 2, deixando o lado 1 mais negativo e o 2 mais positivo. O momento que essa solução vai chegar em equilíbrio? 
O gradiente de voltagem (potencial de membrana) no qual esse equilíbrio ocorre é chamado de potencial de equilíbrio. 
	A equação de Nernst acha a voltagem que vai entrar em equilíbrio, mas ela só é importante quando somente um íon é permeável na célula. Quando tem vários íons que são permeáveis na célula usa-se essa outra equação. Ela é basicamente igual a outra, o diferencial é que ela envolve a questão da permeabilidade. O íon que é pouco permeável transita menos que um que é pouco permeável. A equação de Nernst não envolve a permeabilidade. 
	Por que a célula em repouso tem uma voltagem negativa em relação ao meio extracelular?
	- Uma célula em repouso tem uma grande quantidade de canais para potássio, consequentemente tem uma alta condutância ao potássio. Assim, o potássio vai sair deixando o meio interno negativo e o externo positivo. 
	- O sódio é pouco concentrado dentro da célula, e muito fora.
- A célula tem baixa condutância ao sódio
- Presença de Proteína carregadas negativamente no citoplasma.
- Bomba de Na+/K+: Eletrogênica.
Não entra em equilíbrio porque existe a bomba eletrogênica que deixa a célula negativa. Ela tira 3 Na e coloca pra fora, e pega 2 K e coloca dentro (contra o gradiente de concentração). Sempre que ela trabalha ele ajuda a célula a ficar negativa.
	Sempre que tem condutância tem permeabilidade, mas quando tem permeabilidade não quer dizer que tem condutância. Permeabilidade: tem canal. Condutância: o íon passa.
Em toda condutância existe permeabilidade, mas nem toda permeabilidade existe condutância.
Todas as células são negativas dentro, mas possuem diferentes voltagens, isso ocorre porque como são células diferentes possuem quantidades diferentes de canais.
Os neurônios não existem isoladamente: eles também se conectam uns aos outros, formando as chamadas cadeias neuronais, as quais transmitem informações a outros neurônios ou músculos. Por essas cadeias, caminham os impulsos nervosos. Dois tipos de fenômenos estão envolvidos no processamento do impulso nervoso: elétrico e químico. Os eventos elétricos propagam um sinal dentro de um neurônio, e o químico transmite o sinal de um neurônio a outro ou a uma célula muscular. O "engate" ou junção entre um neurônio e outro,é denominado sinapse. 
Um impulso nervoso é a transmissão de uma alteração elétrica ao longo da membrana do neurônio a partir do ponto em que ele foi estimulado. A direção normal do impulso no organismo é do corpo celular para o axônio. Esse impulso nervoso, ou potencial de ação, é uma alteração brusca e rápida da diferença de potencial transmembrana. Normalmente, a membrana do neurônio é polarizada em repouso, sendo que o potencial é negativo (-70 mV). O potencial de ação consiste de uma redução rápida da negatividade da membrana até 0 mV e inversão desse potencial até valores de cerca de +30 mV, seguido de um retorno também rápido até valores um pouco mais negativos que o potencial de repouso de -70mV. 
O mais importante exemplo de transporte ativo presente na membrana das células excitáveis é a Bomba de Sódio e Potássio. Tal bomba transporta, ativa e constantemente, íons sódio de dentro para fora da célula e, ao mesmo tempo, íons potássio em sentido contrário, isto é, de fora para dentro das células. Mas os íons (sódio e potássio) não são transportados com a mesma velocidade: A Bomba de Sódio e Potássio transporta mais rapidamente íons Sódio (de dentro para fora) do que íons Potássio (de fora para dentro). Para cada cerca de três íons sódio transportados (para fora), dois íons potássios são transportados em sentido inverso (para dentro). Isso acaba criando uma diferença de cargas positivas entre o exterior e o interior da célula, pois ambos os íons transportados pela bomba (sódio e potássio) são cátions (com uma valência positiva), e a Bomba de Sódio e Potássio transporta, portanto, mais carga positiva de dentro para fora do que de fora para dentro da célula. 
Cria-se assim um gradiente elétrico na membrana celular: No seu lado externo, acaba formando-se um excesso de cargas positivas, enquanto que no seu lado interno ocorre o contrário, isto é, uma falta de cargas positivas faz com que o líquido intracelular fique com mais cargas negativas do que positivas. 
O gradiente elétrico então formado é conhecido como Potencial de Membrana Celular. Na maioria das células nervosas, tal potencial equivale a algo em torno de 90 mv. 
Potencial de Repouso
No potencial de repouso, ocorre a alternância entre o transporte passivo e ativo de íons. Há a entrada passiva de íons sódio (Na+), que posteriormente são expulsos ativamente, ao mesmo tempo em que íons potássio (K+) entram ativamente. Em seguida, o K+ sai passivamente da célula, tornando o meio externo positivo em relação ao meio interno. Com isso, a célula fica polarizada.
Quando está em repouso, a diferença de potencial (d.d.p.) do neurônio é aproximadamente -75 mV, indicando que o interior da célula está negativo em relação ao meio exterior. O potencial de repouso ocorre quando o potencial de membrana não é alterado por potenciais de ação.
	Quando chega um estímulo e a célula sofre uma perturbação ocorre uma mudança na voltagem:
	Potencial de Ação
O potencial de açãoconsiste em uma variação brusca do potencial de membrana, provocada por um estímulo. Quando uma célula nervosa é excitada por um estímulo que atinja o seu limiar de despolarização (-65mV), um potencial de ação é gerado dentro da lei do tudo ou nada. O potencial de ação é caracterizado por três etapas diferentes: despolarização, repolarização e hiperpolarização. 
Existem células que conseguem mudar drasticamente a sua voltagem: neurônios, células cardíacas, intestino. 
A célula tá lá em repouso e sofre um estímulo, e atinge uma certa voltagem. Quando ela chegar em uma voltagem ocorre o potencial de ação. Para chegar no potencial precisa de uma voltagem especifica, chamada de limiar. Se esse estímulo não conseguir chegar no limiar não ocorre o potencial de ação. 
Quando chega no limiar abre os canais regulados. Como o sódio tá muito concentrado fora e pouco dentro, entra muito sódio, o potencial de membrana (voltagem) vai ficando positivo. Esses canais regulados só se abrem quando atinge o limiar. Isso é a despolarização (2).
Esse limiar é pra abertura tanto para canais de sódio quanto para canais de potássio. A repolarização (3) é a saída do potássio, o potássio tá muito concentrado, os canais de sódio se fecham, e o potássio sai da célula, deixando o meio intracelular cada vez mais negativo. Com o tempo a célula vai chegar no seu repouso (4) de novo. 
Então, teve uma perturbação e atingiu o limiar, vai abrir tanto canais de potássio quando de sódio. Porém, os canais de sódio se abrem muito mais rápido, tendo uma influência maior. Quando os canais de sódio já estiverem quase todos fechados aí que os de potássio vão estar quase todos abertos. Por isso que falam que a despolarização é a entrada de sódio, e a repolarização a saída de potássio. Como os canais de potássio se abrem mais tardiamente, vão fechar mais tardiamente. Por isso a célula fica com uma voltagem menor do que ela em repouso: hiperpolarização. Pelo fato de os canais de potássio fecharem mais tardiamente, a célula vai ficar mais permeável ao íon potássio do que ela em repouso. Essa hiperpolarização não ocorre em todas as células. 
Como a informação caminha por todo o axônio? 
O canal de sódio, para passar do estado fechado para ficar aberto ele precisa atingir um certo limiar. Então esse canal se chama de canal de sódio voltagem dependente. 
O estímulo caminha porque o sódio vai estimular o resto do axônio, vai fazer ele atingir o limiar como se fosse um caminho.
Por que o sinal é unidirecional?
O canal de sódio voltagem dependente pode estar em três formas:
	Tem um estado que ele vai tá aberto (atingiu e limiar e ele se abriu), outro estado que ele vai tá fechado mas quando fecha um estímulo ele se abre. Depois que ele se abriu ele demora um certo tempo para se abrir de novo, ele precisa que a célula se repolarize e de um certo tempo.
Período refratário relativo: quando houver um estímulo, ele vai abrir. Chega um estímulo e o canal abre. 
Período refratário absoluto: há uma comporta de inativação que inativa o canal e mesmo com a chegada de estímulos esse canal não se abrirá e não permitirá a passagem do sódio.
*Resumo: nós temos o estado que o canal vai estar fechado mas pode se abrir (período refratário relativo), vai chegar um estímulo e ele vai se abrir e sódio vai entrar na célula. Depois que se fechou ele vai entrar no período refratário absoluto, aí a célula precisa se repolarizar e precisa de um certo tempo para produzir um outro potencial de ação. 
	Isso explica o porquê do potencial de ação não voltar, pois os canais que se abriram vão entrar no período refratário absoluto. Existem duas regras para que eles voltem a se abrir: repolarização e tempo.
	O neurônio é revestido por bainha de mielina e de ponto em ponto há o nódulo de ranvier e de ponto em ponto o potencial vai ser renovado. O potencial de ação não diminui, é renovado. O nódulo é rico em canais de sódio voltagem dependente.
Por que a atividade elétrica é tão rápida? Por que alguns estímulos são respondidos tão rapidamente? Ex: dedo em prego, retirada rápida. 
	A bainha de mielina facilita a transmissão. Quanto maior o calibre do neurônio, mais rápida a informação será levada. A bainha de mielina diminui a resistência longitudinal, dessa forma a atividade elétrica percorre mais rápido o neurônio.
Aula 3
Transmissão sináptica 
Agora não vamos estudar só um neurônio. A sinapse é uma comunicação entre neurônios. 
A sinapse é dependente do potencial de ação. Vem o potencial de ação, atinge a extremidade terminal do axônio, abre os canais de voltagem dependente, vai ter influxo de íon, liberação de vesícula e comunicação com outro neurônio. O outro neurônio vai produzir um potencial de ação também. 
A sinapse é realizada principalmente pelos neurônios. 
- Mecanismo de comunicação celular
Autócrina (a célula produz e ela mesma reage a molécula sinalizadora)
Parácrina (uma célula produz e a célula vizinha reage a molécula sinalizadora)
Endócrina (uma célula produz e libera a MS na corrente sanguínea para atingir uma célula alvo)
Sináptica (a MS é liberada próxima a célula alvo – sinapse) –existem dois tipos.
Junções comunicantes (ambas as células compartilham de “mesmo citoplasma”. Ex: no tecido muscular cardíaco).
- Tipos de sinapse
Elétrica (1% dos neurônios): precisa de uma proteína muito importante: junções comunicantes. Essa junção comunica os citoplasmas das células, isso ajuda na comunicação da célula. Isso ajuda a compartilhar ao vários nutrientes, íons. Se uma dessas células tem muitos íons, eles podem passar para a outra. Essas junções comunicantes são poros muito pequenos, então o que vai passar vai ser principalmente íons. Essa sinapse é muito importante para o coração funcionar como o sincício (estímulo a uma célula ativa as células adjacentes), fazendo a contração ser ao mesmo tempo.
- precisa de conexina (proteína que comunica as células), pois por ela passará os íons (eletricidade).
- sincício: estímulo aplicado a qualquer célula leva à ativação de células adjacentes
- as células que farão sinapse possuem função comum e coordenada.
Química (99% dos neurônios): ela vai precisar do sinal elétrico (potencial de ação). Na fenda sináptica ocorre a liberação de neurotransmissores. Quando o neurotransmissor é liberado na corrente sanguínea não é sinapse, é um meio de comunicação endócrino. Esse neurotransmissor vai interagir com a célula e pode produzir várias coisas: potencial de ação (se for um outro neurônio ou uma célula excitável) e podem se despolarizar (células não excitáveis).
- o sinal elétrico é convertido em mensagem química
- célula pós-sináptica 
Excitável: potencial de ação
Não excitável: despolarização
O potencial de ação atinge a parte terminal do axônio que é rico em canais de Ca voltagem dependente. A partir do momento que altera a voltagem no meio intracelular, muda a voltagem, entra sódio, esse sódio faz com que ocorra a despolarização pela abertura de canais de sódio voltagem dependente, esse sódio vai fazer com que essa parte do neurônio atinja o limiar e entrar mais sódio. Esse sódio faz com que esse canal de cálcio atinja o limiar dele. Então precisa entrar sódio, a célula precisa se despolarizar aí o canal regulado por voltagem abre, o cálcio entra na célula. 
No terminal do axônio existem várias vesículas já armazenando o neurotransmissor. A entrada de cálcio (aumento do cálcio no meio intracelular) faz com que a vesícula faça a exocitose. Alguns livros dizem que o aumento do cálcio faz com que a membrana da vesícula funda com a membrana da célula, outros livros falam que o cálcio é o sinal para essa vesícula se ligar a uma proteína ancoradora, consequentemente essa proteína vai facilitar essa fusão. Depois disso ocorre a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica.
Os neurotransmissores liberados na fenda sinápticas podem ter vários destinos: 
- Se ligar em receptores e produzir um efeito (principal);
- Receptação: O neurotransmissor pode ser reaproveitado para ser utilizado novamente;
- Degradação enzimática: Éum controle, para a resposta não ser muito grande existem enzimas que degradam esses neurotransmissores;
- Difusão: Difusão ao longo da fenda sináptica.
Os neurônios estão sobrepostos, então os neurotransmissores vão se difundir e se ligar com vários outros neurônios. Não é necessariamente de um neurônio para outro. Existem células da glia que dão suporte ao neurônio, e esses neurotransmissores difundidos podem interagir com as células da glia.
- Diferenças quanto ao tipo de sinapse
Elétrica
Requerem continuidade citoplasmática;
Enviam sinais simples de despolarização;
Não são capazes de produzir ações inibitórias ou mudanças duradouras na célula pós sináptica;
Comunicação bidirecional.
Química:
Fenda sináptica: Retardo na transmissão do estímulo;
Podem produzir alterações mais complexas;
Podem produzir ações excitatórias e inibitórias;
Comunicação unidirecional.
Tipos de receptores de neurotransmissores:
- ionotrópicos: são proteínas canais na membrana que se abrem quando estimulados (no caso, quando é estimulado diretamente pelo neurotransmissor). Essa interação caracterizará uma alteração rápida e de duração reduzida no potencial de membrana da célula pós-sináptica. 
- metabotrópicos: a ligação com o neurotransmissor irá ativar a resposta de uma proteína de membrana, a proteína G. Quando ativada essa proteína, sua subunidade alfa de libera das subunidades beta e gama, migrando na membrana para ativar (em uma atividade à base de GTP) a enzima adenilato ciclase, o que culmina com a produção do segundo mensageiro em questão: AMP cíclico (cAMP). O efeito de excitação ou inibição induzido por essa forma de recepção indireta dos neurotransmissores gera um potencial resultante mais lento e de maior duração.
Receptores que alteram a função do canal iônico são chamados de ionotrópicos; receptores que atuam por meio de segundo mensageiro são chamados metabotrópicos.
Os principais neurotransmissores que são liberados no SNC são: acetilcolina (neurotransmissão colinérgica), catecolaminas (epinefrina, noraepinefrina, dopamina). 
O potencial pós-sináptico pode ser excitatório, ocorrendo quando os íons se movimentam em relação à membrana celular de modo a tornar o neurônio mais positivo interiormente. Tipicamente, os canais ativados pelas proteínas receptoras serão catiônicos, ocasionando grande entrada, geralmente, de íons sódio, contra uma pequena saída de íons potássio, com balanço final positivo para o interior celular.
 O potencial pode ser também inibitório, quando o movimento de íons vem tornar a célula mais negativa interiormente. Os canais aniônicos ativados geralmente transportam íons cloreto para dentro do neurônio, causando uma hiperpolarização que impede que a célula atinja o limiar de ação e gere, consequentemente, um potencial de ação.
Quando falamos se foi inibitório ou excitatórios estamos analisando o neurônio pós ganglionar.
Sinapse
A sinapse química é a região em que a informação é transmitida por meio de mediadores químicos chamados NEUROTRANSMISSORES. Eles irão atuar em proteínas receptoras da membrana da célula pós-sináptica (outro neurônio ou um miócito), podendo ter ação excitatória ou inibitória.
No terminal axonal do neurônio pré-sináptico existem vesículas repletas de neurotransmissores (vesículas sinápticas). Quando acontece um potencial de ação na célula, sua membrana é despolarizada, havendo a indução da abertura de canais de cálcio. O Ca2+ se liga a proteínas chamadas "sítios de liberação", que se encontram na superfície interna da membrana pré-sináptica. As proteínas dessa superfície ancoram as vesículas sinápticas, fazendo com que haja a fusão das membranas do neurônio pré-sináptico e da vesícula, resultando na liberação do neurotransmissor na fenda sináptica.
Essas vesículas, soltas na fenda sináptica, passam para o terminal pós-sináptico. A membrana do neurônio pós-sináptico possui um grande número de proteínas receptoras que darão continuidade na propagação do sinal: o transmissor altera a permeabilidade da membrana pós-sináptica a um ou mais íons, o que altera o potencial da membrana pós-sináptica (despolarização ou hiperpolarização) e, assim, a informação é propagada.
Os neurotransmissores não podem ficar na fenda sináptica depois de cumprir sua função. Portanto, existem mecanismos que fazem com que eles retornem para o neurônio pré-sináptico (transporte ativo ou por difusão) ou que sejam destruídos por enzimas específicas. 
Resumo do mecanismo de liberação dos neurotransmissores:
Despolarização da Membrana Pré-Sináptica (Potencial de Ação)
Abertura dos Canais de Ca⁺⁺ (influxo)
Fusão das Vesículas com a Membrana (SNAREs)
Exocitose do Conteúdo Vesicular na Fenda Sináptica;
Interação do Transmissor com seu Receptor Específico (na Célula Pós-Sináptica)
Abertura de Canais Pós-Sinápticos com a Entrada ou Saída de Íons, o que causa um Potencial Pós-Sináptico (Hiper/Despolarização)
Reciclagem da Membrana Vesicular
Remoção dos Neurotransmissores da Fenda Sináptica por: difusão, destruição enzimática ou recaptação (transporte ativo para a terminação pré-Sináptica). 
Aula 5
Sistema nervoso
O sistema nervoso é dividido em central e periférico. O sistema nervoso periférico ainda é dividido em sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático.
O estímulo é percebido por um receptor e chega até o SNC através da via de condução de informação, especificamente a via aferente. A via eferente é responsável por trazer a informação do sistema nervoso central, ou seja, trazer uma resposta à via aferente. 
O sistema nervoso central é responsável pela tradução da percepção, toda essa tradução é através de sinapse. 
Ex: sentir algum objeto cortante – via aferente; retirar a mão da superfície cortante – via eferente.
Receptores: são responsáveis por perceber as alterações do corpo com o ambiente, são exemplos os receptores de visão, audição, propriocepção, entre outros. Eles são responsáveis por detectar o estímulo e passá-los para os neurônios, para que essas informações cheguem até o SNC. Todo estímulo para ser percebido precisa de receptores.
	Quando colocamos uma mão em um objeto quente, retiramos rapidamente (via reflexa). Tem uma via que eu sinto que está quente, ativou um receptor, deflagrou um potencial de ação, leva a informação até o SNC e essa resposta volta (retirar a mão). Aqui nós temos duas vias: a que tá levando o estímulo até o SNC (centro de integração), chamada de aferente; e a via que faz a ação de retirada, chamada de eferente. 
	Nessa via, o receptor está presente na pele, é chamado de termorreceptor. Tem vários tipos de receptores.
	Esses receptores vão fazer uma sinapse até a medula e lá essa informação já tem a via eferente, por isso temos uma resposta tão rápida. Por isso primeiro tiramos a mão para depois ter consciência do que aconteceu.
Funções do Sistema Nervoso Central: 
Regula o ambiente interno;
Emoções;
Controle voluntário dos movimentos;
Perceba seu próprio corpo e os arredores;
Memória;
Pensamento.
O sistema nervoso é dividido em central e periférico. Na aula de hoje vamos focar principalmente no SNC, mas também vamos falar do periférico. Na próxima aula vamos falar sobre o sistema sensorial (via aferente). As vias aferentes mandam informações para o SNC, e ele manda uma resposta pelo SNP. O SNP pode ser dividido em dois grandes sistemas: somático (motor), que vai controlar a musculatura, e sistema nervoso autônomo, que ainda é dividido em simpático e parassimpático. 
Células do SNC
Células da glia: Podem ser dividas em 4 principais
- Astrócitos:
Induzem a formação da barreira hemato-encefálica, fazem a nutrição dos neurônios, a degradação de neurotransmissores e a comunicação com os neurônios.
 
     A barreira hematoencefálica consiste em uma monocamada contínua de células que regula a passagem de solutos entre o sangue e o sistema nervoso central (SNC). Contudo, não é apenas uma barreira física, atuando também no controle homeostático do SNC, através do controle da passagem de peptídeos e proteínas regulatórias, combustíveis metabólicos, precursoresdos neurotransmissores e nutrientes essenciais, sem esquecer de mencionar que suas células também apresentam função enzimática, podendo produzir citocinas, óxido nítrico e fatores tóxicos, quando necessário.
     Essa estrutura costuma ser dividida em duas partes: a barreira vascular (ou endotelial) e a barreira epitelial do plexo coroide (também denominada de barreira do líquido cerebroespinal). 
- Oligodendrócitos: Forma a camada de mielina: originam a Bainha de mielina no axônio do neurônio.
- Micróglia: São células do sistema imune, células fagocitárias que vão ajudar na proteção. Estão presentes na substância branca e cinzenta.
- Células ependimárias: Forram as paredes dos ventrículos cerebrais e canal central da medula espinhal. Ajuda na formação do Líquido cérebro-espinhal. Esse fluido percorre todo o SNC.
O sistema nervoso central é divido em encéfalo e medula. 
Aqui nós temos um neurônio estimulando um corpo celular, para ele estimular precisa de uma sinapse excitatória que vai produzir um potencial de ação. Esse neurônio tem 3 terminações. A primeira célula foi a única que não teve resposta por causa de um neurônio inibitório. O neurônio inibitório inibiu o potencial de ação, e não teve a entrada de cálcio e não teve liberação do neurotransmissor. Isso vai funcionar como um “cabo de guerra”, que vai ganhar quem liberar a maior quantidade de neurotransmissores. 
Existem muitos mecanismos para a inibição, no exemplo foi a inibição do potencial de ação, mas pode ser também pela inibição da entrada de cálcio.
Esse exemplo é o mesmo do cabo de guerra, um neurônio tá estimulando, outro tá inibindo. O que ganhou foi o inibitório porque não teve resposta. Quem tiver o maior número de potencial de ação, o maior número de neurotransmissor vai ganhar. O SNC é assim, tem muitos estimulando, muitos inibindo, é uma competição. Uma hora uma via ganha, outra hora ela perde.
Uma coisa complexa é esse sistema divergente e convergente.
O divergente é um neurônio regulando vários neurônios. O convergente tem vários neurônios controlando um só neurônio. 
Córtex: é uma área importante da consciência e seu estudo, quando se observa as áreas estimuladas, se dá através de ressonância magnética. 
Ex: Sala totalmente escura e se acende as luzes. No momento em que se ligam as luzes, é possível observar que a região dos lábios do sulco calcarino é estimulada. 
Em muitos casos, mais de uma área encefálica é responsável por determinados tipos de resposta. Ex: urinar.
A via reflexa é mais rápida que a via da consciência, ou seja, o ato reflexo se dá mais rapidamente do que a consciência acerca de algum estimulo.
Medula: Os neurônios que estão presentes na medula são considerados a parte mais simples do sistema nervoso central, porque a quantidade de neurônios envolvidos com a medula é pouca. 
Os nervos que chegam até o SNC são responsáveis pela sensibilidade de determinada região do corpo e são chamados de dermátomos. 
Entender o funcionamento por completo do SNC é difícil, visto que um neurônio pode estar controlando milhares de outros neurônios, assim como milhares de neurônios podem estar interferindo no funcionamento de um único. 
O receptor que recebe o estímulo no reflexo patelar está presente no músculo. 
Tronco encefálico 
Funções:
Controle das funções:
Cardiovasculares;
Frequência Cardíaca;
Pressão arterial.
Respiratórias; 
Inspiração;
Inspiração e expiração forçada;
Digestórias;
Centro da deglutição;
Centro do vômito;
Regulações digestivas;
Vias sensoriais ascendentes e descendentes;
Bulbo e Ponte: é uma região que recebe várias vias sensoriais. Dentre elas, a principal função é a cardiorrespiratória, pois atua controlando a frequência da respiração e da circulação sanguínea, visto que o bulbo possui um grupo de neurônios responsáveis pela inervação da musculatura pulmonar (músculos que auxiliam no processo de inspiração e expiração).
Mesencéfalo: é estudado principalmente devido à doença de Parkinson. Os neurônios dessa região secretam um neurotransmissor que vão controlar outros neurônios responsáveis pelos movimentos finos e por este motivo que o principal sintoma da doença de Parkinson é a tremedeira. 
Os sintomas de alguém que sofre com tal doença podem ser minimizados com administração de substancia similar a dopamina, mecanismos que diminuam a degradação enzimática, etc.
A principal subst. que tá sendo liberada é a dopamina, ela tem um efeito no neurônio pós sináptico. Na doença de Parkinson tem pouca dopamina e muita acetilcolina. A acetilcolina é estimulatório, causando um excesso de movimento. 
Tratamento: o principal tratamento seria aumentar a quantidade de agonista de dopamina por meio de medicamentos. Também poderia diminuir a enzima que degrada a dopamina. 
Plasticidade neuronal: Na tentativa de explicar a recuperação de funções após uma injúria cerebral, neurologistas levantam o conceitos de reorganização funcional ou substituição funcional do sistema nervoso central. Neurônios possuem a capacidade de realizar sinapses não existentes. É um rearranjo neural para compensar algum déficit neuronal. 
 Plasticidade neuronal: é um mecanismo realizado pelo SNC, capaz de minimizar os danos, ele atua desenvolvendo novas conexões sinápticas entre os neurônios a partir da experiência e do comportamento do indivíduo. A partir de determinados estímulos, mudanças na organização e na localização dos processos de informação podem ocorrer. 
Ex: ampliação das terminações nervosas de certo neurônio para alguma fenda sináptica onde o neurônio pré-sináptico não esteja funcionando adequadamente.
Obs: Além do mesencéfalo, outras estruturas auxiliam nos movimentos finos como o cerebelo, diencéfalo.
Cerebelo: Vamos falar dele no controle motor. Ele participa do planejamento e execução motora. Possui uma quantidade de neurônios maiores do que os da medula. Contém um número grande de neurônios, no entanto, contém relativamente poucos tipos neuronais, sendo assim, sua circuitaria é bem compreendida.
Manutenção da posição espacial
Coordenação subconsciente da atividade motora (movimento)
Aprendizado de tarefas motoras que exigem habilidade
Álcool: Quem ingere álcool, possui um aumento de neurotransmissores (gaba), inibitório.
Tálamo: região por onde passam quase todas as informações das vias aferentes. Uma parte do SNC que é responsável por direcionar os impulsos (se irão para o córtex – consciente; ou para outra região – inconsciente). 
É o tálamo que torna possível focar no que é importante.
Ex: Quando se está sentado prestando atenção em aula, uma hora não é mais possível sentir que se está sentado, pois a atenção do aluno se volta para o professor.
Hipotálamo: é através desse órgão que ocorre a interação do sistema nervoso com o sistema endócrino, pois nele ocorre a transformação de sinais elétricos em sinais químicos (hormônios).
Percebe aferências diencefálicas quase que em sua totalidade, fazendo com que seja determinado o que produzir de acordo com esses sinais. 
Ex: em caso de desidratação – aumento na produção de ADH.
Além da sua importância entre o SNC e o SE, ele mantém relações com a hipófise (dividida em adenohipófise e neurohipófise).
Hemisférios cerebrais: Consiste:
	- Córtex cerebral: planejamento e consciência de todas as nossas atividades. 
	- Núcleos da Base;
	- Amígdala;
	- Hipocampo.
Aula 6
A somestesia é uma modalidade sensorial que permite às pessoas receberem informações sobre as partes de seus corpos. Essa via sensorial é somente aferente e fornece informações sensoriais principalmente sobre o ambiente externo para o sistema nervoso central.
Basicamente, o sistema sensorial funciona assim: estímulo → percepção → tradução → ação.
O sistema sensorial permite ao organismo adaptar-se continuamente ao ambiente em que vive.
O estímulo, como um corte, vai ser percebido por um receptor, que vai desencadear um potencial de ação no neurônio e faz sinapse na medula (parte branca). Depois disso essa informação vai subir e ser processada. Se for um reflexo, essa informação faz sinapsena substância cinzenta.
Tipos de receptores:
	
	Uma classe bem grande de receptor são os mecanorreceptores, eles fazem a sensibilidade tátil. Ele é ativado quando há uma deformação da membrana da célula (contato físico). O citoesqueleto está e, contato com um canal e faz esse canal abrir, entra íons, desencadeia um potencial de ação. Mas pra isso tudo acontecer precisa de uma deformação na membrana dessa célula, o receptor está nessa membrana. 
Esse mecanorreceptor é um canal iônico que está ancorado na membrana. Quando ocorre a deformação da membrana, esse canal abre através do citoesqueleto, despolariza a célula, produz um potencial que atinge um limiar e produz um potencial de ação.
Um quimiorreceptor vai precisar de uma molécula. Ele pode tá presente no paladar, olfato. Ele precisa de uma molécula pra ativar esse receptor, e esse receptor vai desencadear uma sinalização intracelular, e vai abrir o canal. Esse canal vai permitir a passagem de íons, vai produzir um potencial de ação.
O fotorreceptor é específico para a região do olho. Existem dois principais: cones e bastonetes. Eles vão ser mais sensíveis. 
Quem percebe o estímulo é o neurônio ou o receptor? É o receptor, eles estão nas partes finais do axônio. A partir do momento que esse receptor detecta um estímulo ele vai produzir potencial de ação. Existem vários tipos de neurônios. Dependendo da sensibilidade, a informação pode chegar mais rápida ou mais lenta. 
Em qual desses neurônios a informação chega mais rápido? No grupo 1, porque tem bainha de mielina. Para a informação chegar rápido, precisa ter bainha de mielina e um calibre grande. 
Existem sentidos mais importantes que outros. O sentido da propriocepção chega muito rápido ao SNC. Para temperatura e dor a velocidade é um pouco menor. Isso ocorre por causa da diferença de axônios, o da dor tem menor calibre e bainha de mielina. Isso é importante para a percepção do estímulo, eles precisam ser diferentes para a percepção pelo SNC. A diferença de calibre e bainha de mielina não quer dizer que um é mais importante que outro. As vias são basicamente as mesmas, o SNC percebe a diferença da sensibilidade pela diferença do potencial de ação. As diferenças de conduções são importantes para a tradução da informação. 
Nem sempre vamos perceber os estímulos, esse estimulo vai ser percebido pelo receptor, mas ele precisa atingir o limiar. 
A intensidade do estímulo ajuda. Por exemplo, a medida que vamos encostando mais o prego vai doendo mais, vai aumentando o estímulo. Isso ocorre porque vai recrutar um número maior de receptores, um maior número de potencial de ação vai ocorrer e um maior número de informação vai chegar ao SNC.
Adaptação dos receptores sensoriais:
A adaptação é quando o estímulo é constante e os receptores vão se adaptar a esse estímulo, eles vão perceber menos o estímulo. 
Aqui nós temos vários mecanorreceptores. Existem receptores que se adaptam de uma forma rápida, e tem uns que vão demorar um pouco mais. Na imagem dá pra perceber que o estímulo é sempre na mesma magnitude e no mesmo período de tempo. Perceba que quando o estímulo se inicia, cada receptor vai produzir um potencial de ação. O estímulo continua, e vai ter receptores que vão produzir vários potenciais de ação. Vai ter alguns que vão produzir menos, e tem uns que produzem só no começo e no final. Tem receptores que vão ter uma adaptação lenta, e tem uns que vão ter adaptação rápida. 
Neurônios sensoriais primários ou de primeira ordem:
Quando eu coloco a chave na ponta do meu dedo, vai ter um grupo de receptores que vão perceber mais, mas essa deformação na membrana atinge também as células vizinhas, só que com menos intensidade. O mesmo estímulo vai deflagrar muito potencial de ação naquele local onde está a força maior (onde deformou mais a membrana), e vai deflagrar menos potencial de ação naquele local onde não deformou tanto a membrana (geralmente ao redor).
O neurônio principal, além de fazer sinapse com os neurônios que vão levar a informação até a medula, ele faz sinapse inibitória, consequentemente essa sinapse inibitória não vai deixar liberar neurotransmissores. Por isso nós temos a consciência de onde é o estímulo.
Todos os neurônios que levam a informação até a medula são considerados neurônios primários. 
O campo receptivo é a área que aquela terminação nervosa tá inervando. Por exemplo:
Nesse último nós temos uma terminação nervosa que tá inervando uma área muito grande. Na primeira, nós temos terminações nervosas que inervam área menores. Se colocarmos dois estímulos em um lugar que temos a mesma terminação nervosa, vamos perceber como se fosse só um. As áreas que temos mais sensibilidade (mãos), existem muitas terminações nervosas, o campo receptivo é pequeno.
Origem do sinal aferente:
Todo estímulo vai ser percebido, a informação vai ser levada pelo neurônio. Esses neurônios que vão levar informação até a medula são chamado de primeira ordem. Os neurônios da medula que vão levar a informação para a região encefálica são chamados de segunda ordem. 
Tudo que nós temos consciência é porque chegou no córtex.
Caminho básico de toda via sensorial: receptor percebe – ativação de neurônios primários – essa informação faz sinapse na medula – vai ser levada pro tronco encefálico – vai pro tálamo – córtex. Do tronco encefálico pode fazer pequenos desvios, mas vai pro tálamo. Importante lembrar que o tálamo seleciona as percepções importantes. Por exemplo, nós não estamos percebendo o barulho do ar condicionado, mas não é porque os nossos receptores se adaptaram, é porque o tálamo selecionou as percepções importantes.
Sistemas sensoriais:
Sentidos especiais:
Visão
Audição
Gustação
Olfação
Sentidos somáticos:
Tato
Temperatura
Nocicepção
Propriocepção
Tato:
Os receptores táteis estão em diferentes camadas da pele, dependendo do tipo de receptor. Cada um vai perceber um estimulo diferente (toque, pressão). Todos precisam ter aquela deformação na membrana para ser percebido. Muitas das informações táteis vem da memória, por exemplo ao identificar um objeto.
*são mecanorreceptores 
Nocicepção:
Receptores para dor: nociceptores, encontrados em todo o organismo, exceto no encéfalo e tecido ósseo;
Os nociceptores podem ser divididos em:
Mecanoreceptor;
Termorreceptor;
Quimiorreceptor;
Polimodal;
O receptor para dor vai responder em faixas de intensidade mais altas. Isso significa que eu preciso de um estimulo maior para poder atingir o limiar. O receptor pra dor não tem o limiar em -55, vai ser mais ou menos em -45, então precisa de um estímulo maior. O limiar dos receptores pra dor tá mais longe do potencial de repouso (os táteis e temperatura estão mais próximos). 
Quando temos uma ferida, vai gerar um processo inflamatório e vai liberar algumas substancias pró inflamatórias, essas substancias diminuem o limiar. Por isso um lugar onde não tá ferido, tu bate com uma intensidade x tu não sente dor, mas em um local ferido, essa mesma intensidade x vai doer. Isso é chamado de hiperalgesia primária.
Apesar de outros tipos de receptores responderem a modalidades semelhantes, os nociceptores são especialmente sensíveis a faixas de intensidade mais altas dos estímulos, especialmente aquelas passíveis de causarem lesões teciduais 
O limiar para dor é variável, mas pode estar diminuído em algumas situações como processos inflamatórios (hiperalgesia primária)
A hiperalgesia secundária ocorre quando há sensibilização de neurônios no SNC, que podem apresentar limiar mais baixo.
A percepção da dor não é sinônimo de ativação dos nociceptores. Fatores como estresse, medo e outros estados emocionais intensos podem desencadear dor na ausência de atividade nociceptiva;
Envolvimento do sistema límbico e hipotálamo: dor emocional (sofrimento) e várias reações neurovegetativas (autonômicas) como náusea, vômito e sudorese.
O ponto de início para se entender o fenômeno do membro fantasma, doloroso ou não, pode ser o fato da amputação do membro causar um desregulação da rede normal de aferentes nervosos eda transmissão noniceptiva. O “input” normal é substituído por outro ainda desconhecido, mas certamente diferente, que irá fornecer à medula espinal e ao encéfalo (nomeadamente ao córtex somatossensitivo) a informação necessária para criar o fantasma.
Farmacologia: Por que os anti inflamatórios vai ajudar na dor? É aquela hiperalgesia primaria, esse remédio vai diminuir as substancias pró inflamatórias que vão atuar menos nos neurônios e não vão diminuir tanto o limiar.
Os anestésicos locais são inibidores dos canais de sódio voltagem dependendo, impedindo o potencial de ação.
Toda vez que temos dor de cabeça, é quando ocorre o aumento da pressão intracraniana. Essa pressão aumenta porque os vasos sanguíneos fazem vasoconstrição, fazendo com que chegue menos sangue pro cérebro. Quando não tomamos café, ou quando o estresse passa, corre a vasodilatação, chegando mais sangue ao cérebro, aumentando a pressão, gerando a dor. 
A cafeína é uma substancia vasoconstritora.
A informação da luz, em neurônios terciários, vai percorrer o mesmo trajeto da informação da dor. A audição também.
Quando temos estímulos dolorosos, essa informação é levada por neurônios primários. O estímulo tátil (carinho), vai levar essa informação também, mas ele faz uma sinapse inibitória no estimulo da dor, causado a redução da dor (se a dor não for muito grande). Lembrando que são neurônios primários da dor e táteis.
Aula 7
Essa aula ainda é sobre sistema nervoso sensorial. Já falamos do tato e da Nocicepção.
Sentidos especiais:
Visão
Audição
Gustação
Olfação
Sentidos somáticos:
Tato
Temperatura
Nocicepção
Propriocepção
Temperatura
	
	A transferência de calor pode acontecer de 3 modos: 
- Condução
- Convecção
- Irradiação 
Mas como percebemos essa transferência de calor? Nós percebemos porque temos receptores. 
Periféricos:
Superfície corpórea
Detectam variações da temperatura no ambiente.
TRPV1 (sensível ao calor; 30-45 oC).
TRPM8 (Sensível ao frio; 10-40 oC)
Central:
Hipotálamo
Detectam variações da temperatura no sangue.
Os receptores periféricos percebem as sensações da periferia. Temos dois tipos (não precisa decorar o nome), um é mais sensível ao calor do que o outro o outro ao frio. O receptor central está presente na região encefálica (no núcleo supra óptico no hipotálamo). A importância desse receptor central é que ele detecta variações de temperatura no sangue. 
Qual a importância do periférico e do central? Se eu diminuir muito a temperatura do ar quem é ativado primeiro? Qual a importância de ter um receptor na pele e um no SNC? Se um detectar a temperatura do ambiente ele projete a sanguínea? Quem é ativado na sensação de frio?
R: Um detecta a temperatura do ambiente o outro a temperatura do sangue. O periférico é ativado primeiro quando está frio, e isso é importante porque a temperatura sanguínea tem que ter normal. Primeiro o periférico tenta controlar o frio. Quando a temperatura sanguínea cai, vamos ativar o central. O mais potente é o central, ele faz a gente tremer bem mais que o periférico. Então nós temos uma proteção primaria, se ele não conseguir proteger, o sangue vai alterar a sua temperatura (pra mais ou pra menos), aí o central vai atuar.
Então nós temos dois receptores, periféricos e centrais, eles vão conversar com o hipotálamo e com o córtex. O córtex é responsável pelo nosso comportamento quando tá frio ou quente, pela nossa consciência de se proteger do calor ou do frio. Nós temos duas via importantes, uma que vai enviar pro córtex e outra pro hipotálamo. O córtex vai ser a via comportamental, e o hipotálamo que á não comportamental. 
Por que quando a gente come pimenta temos a sensação de que ela é quente?
Ela tem uma substancia chamada de capsaicina, que se liga em um termorreceptor sensível ao calor. Quando comemos a pimentas, na nossa língua temos termorreceptores sensíveis ao frio e ao calor, e essa substancias se ligam nesse termorreceptor.
Gustação
Gustação: os receptores são células sensíveis a íons e moléculas presentes principalmente mas não exclusivamente nos alimentos ingeridos.
A definição que a língua possui partes especificas que percebem sensações já é ultrapassada. Agora já sabemos que os receptores estão distribuídos em toda a língua.
A nossa língua tem vários sulcos, nossos receptores estão presentes nessas papilas gustatórias. Cada tipo de receptor vai ter um mecanismo diferente para determinar cada tipo de sabor. 
Receptores sensíveis ao sal: são ativados principalmente pelo sódio, esse sódio vai entrar na célula promovendo a despolarização da célula, entra cálcio, ocorre a liberação de neurotransmissores, que vai ativar o neurônio e enviar a informação.
Receptores sensíveis ao azedo: o azedo tá relacionado com o íon H+, não se sabe como ele despolariza a célula, apesar de ele ser um íon positivo, o excesso dele na célula faz aumentar a acidez, perturbando o equilíbrio da célula. Não é direta a entrada desse íon e a abertura dos canais de cálcio, mas o cálcio entra, vai fundir as vesículas, liberação no neurotransmissor, ativação do neurônio que vai levar o sinal.
Receptores sensíveis ao doce, amargo e umami: Esses três tem o mesmo caminho, entra cálcio, funde as vesículas, ocorre a quebra de ATP, mas não sabemos muito sobre essa via. Esses três sabores não são induzidos por um tipo único de agentes químicos.
A partir disso, esses neurônios vão fazer sinapse no bulbo, dele vai pro tálamo, depois por córtex e depois vamos ter a sensação. A via sempre é a mesma, só a percepção do sinal que é diferente. 
Os ligantes ativam a célula gustatória;
Vias intracelulares são ativadas;
Os sinais de cálcio no citoplasma estimulam a formação e liberação de ATP/neurotransmissor;
O neurônio sensorial primário dispara e potenciais de ação são transmitidos ao encéfalo.
Olfato
Nós temos receptores na nossa cavidade nasal, cada receptor vai ter uma percepção diferente. São moléculas voláteis que nós vamos captar pela respiração e essas moléculas vão se ligar no receptor. Se nós gostamos ou não se um cheiro, isso vem na memória. 
A superfície do epitélio olfatório é composta por terminações das células receptoras, de cada botão emergem cílios móveis;
Cada receptor é sensível a várias substâncias odorantes;
A ativação do receptor acoplado à proteína G leva ao aumento do AMPc, despolarizando a célula.
Então nós temos várias moléculas voláteis quem entram na cavidade nasal, essas moléculas vão estar ativando vários receptores (não são classificados em bons ou ruins, isso vem da memória). Todas essas informações vão ser enviadas pro tronco encefálico, tálamo, córtex.
Quando estamos gripados perdemos um pouco do gosto da comida porque o muco fica na cavidade nasal, impedindo as moléculas voláteis de chegar no receptor. Nós estamos acostumados a sentir o gosto pelas duas vias: gustação e olfato.
Audição
Vem um som que vai pegar na membrana timpânica que vai fazer uma vibração. Vai ocorrer a vibração dos ossículos também. Na cóclea estão os receptores da audição, ocorre a transformação da vibração dos ossículos com a vibração do fluido que tem na cóclea. A cóclea tem um liquido e a medida que vibra os ossículos vai vibrar os fluidos. Os receptores são os cílios das células ciliadas. A medida que o fluido vibra, vai mexer os cílios. A medida que os cílios se mexem, temos a despolarização da célula, entrada de cálcio, fusão das vesículas, liberação do neurotransmissor e ativação do neurônio. Vai enviar a informação pro tronco encefálico e no córtex vamos ter a percepção do som.
Como sabemos se uma voz é aguda ou grossa? Isso está relacionado as ondas. 
Um deslocamento do cinocílio promove uma despolarização da célula, abrem-se canais de cálcio e ocorre a liberação de neurotransmissor para a fenda sináptica e sinalização ao terminal aferente.
A exposição repetitiva a sons altos pode levar a danos irreversíveis às células ciliadas.
Propriocepção
Equilíbrio:
-Dinâmico: nosso movimento no espaço; 
-Estático: posição da cabeça
Proprioceptores:
Orelha interna: mudanças na aceleraçãorotacional, vertical, horizontal e posicionamento
Articulações e músculos.
Informação visual
Visão
Uma das maquinarias mais sofisticadas, ela é uma percepção das luzes;
A luz entra no olho e é focalizada na retina pelo cristalino;
Os fotorreceptores presentes na retina traduzem a energia luminosa em sinal elétrico
As vias neurais da retina até o encéfalo processam os sinais elétricos em imagens visuais.
Nosso olho enxerga ao contrário, porque a córnea tem um aspecto ovalado. A fóvea é onde tem maior presença de fotorreceptores, eles que vão ter a capacidade de transdução de uma onda em potencial de ação. Nós temos dois tipos de receptores: cones e bastonetes. 
Cones: importantes para a visão diurna, importante para cores e detalhes. Possui três tipos de comprimento de onda: longo (vermelho), médio (verde) e curto (azul)
Bastonetes: importantes para a visão noturna, não muito importantes para cores e detalhes.
Aula 8
Fisiologia do sistema nervoso autônomo 
O sistema nervoso periférico pode ser dividido em dois: sistema nervoso somático (principalmente movimentos voluntários e involuntários) e o sistema nervoso autônomo, que é involuntário (frequência cardíaca, respiração, secreções). A maioria dos livros divide o sistema nervoso autônomo e parassimpático e simpático, vai ter uns livros que incluem o sistema nervoso entérico. Na minha visão o entérico não tá envolvido no SN autônomo. O foco da aula é o parassimpático e o simpático.
O SNP Autônomo é um sistema periférico - o neurônio está no SNC, o corpo celular está no SNC e os axônios estão na periferia. Já o SNC é a comunicação dos neurônios centrais, sem saída para periferia.
Pra ser considerado SN periférico, o corpo celular do neurônio que vai enviar a informação tem que tá no SNC, mas a sua terminação vai em direção a periferia. SNC é quando um neurônio faz sinapse com outro neurônio no sistema nervoso. Os que vão em direção a periferia é SNP.
A diferença entre SN somático é que um neurônio tem um prolongamento direto pra víscera, enquanto o autônomo são compostos por dois neurônios.
Ambos os sistemas a inervação é constituída por meio de uma via de dois neurônios. Os neurônios efetores finais situam-se em gânglios, sendo denominado neurônio ganglionar. Os neurônios ganglionares originam fibras pós ganglionares que estabelecem sinapses com os órgãos alvos. Os neurônios pós ganglionares são ativados por conexões direta de neurônios que originam-se no SNC, denominado pré-ganglionar.
1) Comunicação neurônio-neurônio: neurônio com corpo celular no SNC (pré-sináptico) se comunica com outro neurônio (neurônio pós-sináptico) 
2) Comunicação neurônio-órgão: neurônio 2º 
- SOMÁTICO: 1 único neurônio inervando diretamente o órgão.
- AUTÖNOMO: 2 neurônios, um saindo do SNC que se comunica com o outro que tem o corpo celular na periferia e vai atingir o órgão. (Exceção – neurônio inervando diretamente o órgão).
Explicação cálcio, fenda sináptica, neurotransmissor, receptor.
Diferenças anatômicas:
	Simpático
	Parassimpático
	Corpo Celular nos segmentos tóracolombar
	Corpo Celular nos segmentos crânio-sacral.
	Neurônio pré-Ganglionar é menor e pós-Ganglionar é maior
	Neurônio Pré-Ganglionar é maior e neurônio Pós-Ganglionar é menor
	Disposição dos gânglios: são unidos, formando uma Cadeia Paravertebral, estão distantes do tecido alvo. Exceção: Inervação simpática da glândula adrenal/suprarrenal – A glândula suprarrenal é dividida em 2 partes (córtex e medula), o simpático inerva parte medular dessa glândula. O neurônio que sai do seg. toracolombar inerva diretamente a glândula, faz sinapse estimulatória (liberação de catecolaminas diretamente na corrente sanguínea). 
	Disposição dos gânglios: são separados e por isso estão próximos ao tecido alvo.
A inervação da glândula adrenal (parte da medula) constitui uma exceção importante do SNS. Elas são inervadas diretamente pelas fibras pré-ganglionares. Com estimulação da medula adrenal, ocorre a liberação de epinefrina e norepinefrina que são liberados diretamente na corrente sanguínea. Esse mecanismo contribui para a ativação em massa da descarga simpática. Nessa exceção não tem dois neurônios, é um neurônio só indo direto pra medula da glândula adrenal. 
Diferenças neuroquímicas
Sempre no gânglio (seja simpático ou parassimpático) a comunicação do neurônio pré com o pós ganglionar sempre é liberada acetilcolina (principal neurotransmissor que comunica o pré com o pós). Essa acetilcolina se liga em um receptor chamado de nicotínico. Então, em toda comunicação, entre o neurônio pré-sináptico e pós-sináptico, sempre há liberação de acetilcolina, que sempre se liga a receptores nicotínicos. 
O que vai diferenciar o que é simpático do parassimpático? Além da origem (toracolombar ou crânio-sacral), o simpático a maioria das vezes libera as camadas catecolaminas (epinefrina, noraepinefrina e dopamina). Essas catecolaminas podem se ligar em duas classes de receptores, que são os alfas e betas, se subdividem em alta 1 e 2, beta 1 e 2. 
Na fenda sináptica, o neurotransmissor se liga no receptor, os receptores das catecolaminas são os alta e beta. Esse neurotransmissor pode ser também metabolizado por uma enzima. Esse neurotransmissor também pode sofrer receptação e ser aproveitado.
No simpático, pode ocorrer também do próprio neurotransmissor regular sua liberação. 
Ele vai regular a sua liberação por meio do fechamento do canal de cálcio. Se o cálcio não entra não vai ter fusão das vesículas. Esses esquema mostra a noraepinefrina controlando sua própria liberação. Isso é a retroalimentação negativa. Isso só acontece no simpático.
Aqui nós temos uma cascata de sinalização intracelular de como o canal de cálcio vai ser fechado:
Primeiro a noraepinefrina vai se ligar. Os receptores da noraepinefrina são receptores acoplados a proteínas G (existem receptores que são canais iônicos, enzimas e acoplados a proteínas G-primeira aula). Essa proteína G tem 3 subunidades: alfa, beta e gama. Existem vários tipos de proteínas G: as Gs (de estimulatoria), Gi (de inibitória) e Gq. Cada tipo vai promover uma sinalização diferente. Como vai inibir o canal de cálcio? A noraepinefrina se liba no receptor acoplado a proteína G, a subunidade alfa se desprende e vai até a enzima adenilato ciclase. Essa enzima é importante pra quebrar o ATP e transformar em AMPcíclico (considerado segundo mensageiro- a noraepinefrina é o primeiro). O segundo mensageiro é pra potencializar essa resposta dentro da célula. Só que essa Gi inibe a produção de AMPcíclico, e ele é importante pra fosforilar canais de cálcio, deixar eles abertos. Se eu inibo ele, consequentemente os canais de cálcio ficarão fechados.
Se fosse uma sinalização pra deixar os canais de cálcio abertos: uma substancia se liga em um receptor acoplado a proteína G (no caso é Gs), a subunidade alfa se desprende, vai ativar a adenilato ciclase, que vai quebrar o ATP em AMPcíclico, que vai ativar a proteína quinase, vai fosforilar proteínas que serão importantes na resposta (no nosso exemplo seria os canais de cálcio).
O que vai dar a especificidade da resposta? O tipo de receptor. Pode ser a mesma molécula que pode ter efeitos diferentes dependendo do receptor.
O receptor pode também estar acoplado a uma proteína Gq: a molécula se liga a um receptor acoplado a proteína Gq, essa subunidade alfa se desprende, vai se ligar com a fosfolipase C, que vai quebrar o fasfatidilinositol e fosfato em inositol 3 fosfato + diacil glicerol. Cada um tem uma importância: o diacil glicerol vai ativar a proteína quinase C que vai fosforilar proteínas que serão importantes pra resposta. O inositol 3 fosfato é importante porque ele vai no reticulo endoplasmático aumentar a liberação de cálcio, e cálcio vai a fosforilação de proteínas que serão importantes para a resposta. Os segundo mensageiros aqui são o fasfatidilinositol e o cálcio.
Na proteína Gs o segundo mensageiro é o AMP cíclico, na Gi não tem segundo mensageiro.
Cascata intracelular para gerar um efeito/umaresposta
Receptor α1: É um receptor metabotrópico, proteína ancorada na membrana.
Contato extracelular: sitio de ligação para o neurotransmissor;
Contato intracelular: o receptor é acoplado com uma estrutura chamada Proteína G - possui 3 subunidades (α, β e γ);
Quando o neurotransmissor se liga no Receptor α1, a subunidade α se desprenda do Complexo βγ.
A subunidade α ativa a enzima Fosfolipase C que cliva o PiP2 (difosfato 4,5 fosfoInositol) em IP3 (Trifosfato 1, 4, 5 inositol) e o Diacilglicerol.
Promoção do efeito:
Diacilglicerol ativa uma proteína cinase C (fosforilação da proteína).
O IP3 pode se ligar nos canais especiais de Ca2+ na membrana do retículo endoplasmático e liberar esse íon;
Ex: O simpático aumenta a frequência cardíaca, o coração bate mais rápido (pela ação da proteína G) e mais forte (pelo aumento de cálcio).
 Receptor α2 (Efeito inibitório) receptor metabotrópico - ancorado na membrana
Contato extracelular: sitio de ligação para o neurotransmissor;
Contato intracelular: o receptor é acoplado com uma estrutura chamada Proteína G - possui 3 subunidades (α, β e γ),
Quando o neurotransmissor se liga no Receptor α2 faz com que a subunidade α se desprenda do Complexo βγ;
A subunidade α ativa a Adenilato-ciclase cliva o ATP em AMP-cíclico - O AMP-cíclico é considerado um 2º mensageiro (1º mensageiro – neurotransmissor), que amplifica a resposta intracelular 
 O AMP-cíclico inibe uma Proteína-Cinase que fosforila a proteína e gera a resposta.
Ex: fosforilação da proteína para controlar a abertura de cálcio naqueles neurotransmissores que regulam sua própria liberação.
Receptor β (Efeito estimulatório) 
Contato extracelular: sitio de ligação para o neurotransmissor;
Contato intracelular: o receptor é acoplado com uma estrutura chamada Proteína G - possui 3 subunidades (α, β e γ),
Quando o neurotransmissor se liga no Receptor α2 faz com que a subunidade α se desprenda do Complexo βγ;
A subunidade α ativa a Adenilato-ciclase cliva o ATP em AMP-cíclico - O AMP-cíclico é considerado um 2º mensageiro (1º mensageiro – neurotransmissor), que amplifica a resposta intracelular 
O AMP-cíclico ativa uma Proteína-Cinase que fosforila a proteína e gera a resposta.
A alfa 2 é sempre inibitória porque ela tá acoplada a proteína Gi, a alfa 1 é estimulatória porque ela tá acoplada a proteína Gs.
Resumo: Para comunicar o neurônio pré sináptico com o pós é liberada acetilcolina que se liga no receptor nicotínico. Vou falar sobre o parassimpático ainda, mas no simpático, o pós ganglionar com o tecidual vai ser liberada as catecolaminas, essas se ligam nos receptores alfa ou beta. Aquela sinalização intracelular é pra produzir os efeitos (ainda vamos falar sobre a parte funcional- resposta). O interessante é que quando o simpático é ativado, não é ativada somente essa via, as catecolaminas estão sendo liberadas na fenda sináptica, mas também é ativada uma via que libera elas no sangue. Quando ativa o simpático, tem a via clássica e essa via que é no sangue, essas catecolaminas circulantes no sangue potencializam muito a resposta. Liberando as catecolaminas na corrente sanguínea o efeito vai ser mais forte e prolongado. 
Simpático
Resposta intensa, pois ativa os neurônios (liberação de neurotransmissores na fenda sináptica Neurônio - Tecido) e atua na circulação sanguínea.
Ex: o estresse é um estimulo para o simpático – liberando Catecolaminas (vasoconstritoras) na fenda sináptica e na corrente sanguínea. O vaso sanguíneo que está sendo inervado pelo SNsimpatico está sofrendo vasoconstrição e também se contrai porque as catecolaminas estão na corrente sanguínea.
Parassimpático
Resposta não tão intensa, pois ativa só os neurônios (liberação de neurotransmissores na fenda sináptica - Neurônio -Tecido).
O parassimpático é bem simples: o pré com o pós é igual o simpático, que é a acetilcolina que se liga em receptores nicotínicos. O neurônio pós ganglionar com a célula alvo é também a acetilcolina (no simpático são as catecolaminas) que se ligam em receptores muscarínicos (tem 5 classes mas não precisa saber). 
Os receptores muscarínicos 2 e 4 são acoplados a proteínas Gi, que vai inibir o AMP cíclico. O muscarínicos 1, 3 e 5 são acoplados a proteínas Gq, que vão liberar segundos mensageiros IP3 e cálcio.
Os receptores nicotínicos não são acoplados a proteínas G, são canais iônicos. A acetilcolina se liga e o canal se abre, a acetilcolina sai e o canal se fecha.
Diferenças funcionais 
Obs.: Nem sempre são ações contrárias – ex: inervação do órgão sexual masculino (sinérgicos). 
Em relação ao Potencial de Ação: 
Simpático (situação de estresse - luta e fuga)
Potencial de Ação: Controla células excitáveis e contráteis
Aumenta a frequência cardíaca e a força cardíaca - receptor B
Parassimpático (situação de repouso)
Potencial de Ação: Controla somente as células excitáveis
Diminui a frequência cardíaca – Receptor muscarínicos
No simpático é liberada as catecolaminas na corrente sanguínea pra ativar um monte de vísceras de uma vez. Os gânglios estão conectados porque quando ativa um, ativa praticamente todos os gânglios para ter uma resposta grande. Por isso o simpático tem todas essas ferramentas para potencializar as respostas. O que vai regular essa resposta? Aquele receptor alfa 2, pra essa resposta não ser exagerada demais esse receptor vai tentar minimizar um pouco, com a auto regulação. 
O parassimpático está envolvido quando nós estamos em um processo normal, em homeostase. Ele é sempre quando estamos em situação de repouso.
	Nessa tabela, foquem em respiração, circulação e digestão.
Sistema nervoso autônomo entérico: controla todo o intestino.
Definição de autônomo: Possui contexto amplo: Independência, livre, capaz de administrar a si mesmo, sem interferência externa.
Apesar de descrever o SNO, SNS e SNE com SNA, não é bem verdade essa afirmação, pois o termo autônomo tem um contexto amplo. Sistema nervoso neurovegetativo; que está relacionada ao controle da vida vegetativa, ou seja, controla funções como a respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão.
Aula 9
Sobre o sistema nervoso sensorial eu não falei quase nada do que tá no livro, só o essencial. Toda via sensorial tem a parte da transdução do sinal, isso é o mais importante. Saber como o sinal é traduzido é o mais importante, saber o que é tato, dor, paladar. Esse sinal vai até a medula, onde tem vários tratos que são importantes. Em azul são os tratos ascendentes, que vão levar a informação periférica. Da medula vai pro SNC, onde tem vários núcleos que vão receber essas informações sensoriais. O sistema sensorial é importante pra levar a informação do que tá acontecendo. Depois eu vou planejar o meu movimento. Toda nossa contração, seja ela a mais simples possível, requer planejamento. Então nós temos uma via sensorial e temos áreas importantes (vamos destacar quatro) pra esse processamento dessa informação. Depois que processar tem a execução, o sinal pra executar a função. Agora vamos estudar a organização da função motora.
 
Organização da função motora
As principais áreas que serão importantes para o planejamento e execução: 
- Cerebelo
- Gânglios da base	
- Córtex
- Mesencéfalo 
Tanto o tronco encefálico como o tálamo são importantes vias onde a condução sensorial vai trafegar, mas ainda não foram destacadas importâncias no movimento motor em si. 
A seta amarela é a informação sensorial e a azul é pra informação motora. Aqui nesse esquema a informação sensorial do tronco encefálico vai direto pro cerebelo, mas ela pode ir pro córtex. 
Pra existir o planejamento motor, primeiro essas áreas precisam receber informação, essa informação vem principalmente do sistema sensorial. Existem livros que vão diferenciar planejamento de tática, mas a grande maioria considera como se fosse só planejamento. As principais áreas que vão estar conversando para planejar o movimento vai ser o cerebelo, córtex motor, gânglios da bases- na parte do mesencéfalo. A área que vai dar o comando é somente o córtex motor,depois disso vai pro tronco encefálico, medula e vai ter a contração em si. 
Cada parte do córtex motor tem uma função. A parte do córtex pré-motor, tem a função de precisão de que você quer executar o movimento. O córtex motor primário é aquele que vai ser a via final da decisão que vai ser executado o movimento. O córtex parietal posterior vai ser importante pra nossa noção espacial. Lembrando que essas áreas do córtex vão estar conversando entre si, trocando sinapses entre si. O córtex sensorial sempre está trocando informação com o motor pra existir a parte do planejamento.
O cerebelo pode ser dividido em algumas partes, por exemplo, a parte mais interna do cerebelo tá relacionada com a parte de execução do movimento. A parte mais externa no cerebelo tá mais envolvida com o planejamento do movimento. 
Em alguns livros vocês vão ver que existem as vias diretas e as indiretas. A via indireta é que quando o córtex vai planejar o movimento, há uma troca de sinapse entre o córtex, núcleos da base, mesencéfalo. Esses componentes ficam conversando pra planejar o movimento. A via direta é o córtex dando a informação de execução do movimento pra outros núcleos. Quando o córtex dá o comando pra promover o movimento, vai até a medula e ocorre a contração muscular.
Resumo: 
Tudo começa pelo azul pontilhado, que é a via sensorial. A via sensorial pode trafegar pela medula, tronco encefálico e córtex. Nós temos consciência dessa via lá no córtex sensorial. Como já foi dito o córtex sensorial conversa com o córtex motor. Tanto o córtex motor como o cerebelo são importantes para o planejamento motor, eles podem conversar entre si, ou eles podem conversar com outras áreas (núcleos da base, tálamo, parte do mesencéfalo), isso é importante para o planejamento do movimento – via indireta. Existe também a via direta, onde o córtex recebe a informação e já dá a informação pra execução do movimento.
Um indivíduo de 20 anos e um de 2 anos, quem tem mais via indireta e mais direta e quem tem mais via indireta? O adulto tem mais via direta porque ele já aprendeu como se executa os movimentos, uma criança está aprendendo ainda. Alguém que nunca jogou futebol por exemplo, quando for jogar, vai precisar mais da via indireta, porque ainda não sabe. Quando a gente escreve, por exemplo, usamos a via direta, pois já sabemos todo o movimento. Uma criança quando tá aprendendo a escrever, ela usa a via indireta. Tem vias que vão somente pro cerebelo e ele já envia a resposta de execução. Ou seja, quem pode fazer a via direta é só o córtex e o cerebelo.
Podemos dividir essa parte da organização motora em duas: toda essa via que já falamos é quando queremos fazer um movimento e ele é consciente (mesmo que o movimento seja automático, como na via direta, ele é consciente). Tem também uma resposta involuntária, que é o reflexo.
Reflexo
Resposta involuntária, relativamente previsível ao estímulo. Essa parte do reflexo também precisa de uma via aferente (sensorial) e uma via motora. O interessante do reflexo é que ele pode ser composto por dois neurônios (monossináptico), um que leva a informação sensorial, e um que faz a parte motora. Mas existem reflexos complexos (polissináptico), que envolvem várias sinapses.	
Como ocorre a percepção do estimulo? Através de receptores. Quais são os receptores importantes para a execução do reflexo? São dois: 
Receptores de estiramento muscular (fuso muscular);
Órgãos Tendíneos de Golgi.
O fuso muscular é uma fibra muscular especializada, que quando acontece um estimulo produz um potencial de ação. O órgão tendinoso é também uma célula especializada.
No reflexo, primeiro tem a ação pra depois a gente ter consciência. Por isso o reflexo é muito importantes para a proteção.
Em que situação ocorre a ativação do fuso muscular? É ativado sempre que há um estiramento do fuso muscular. A importância desse reflexo é pra proteção dos músculos. 
Os neurônios que levam essa informação até a medula se chamam de Ia/II, eles levam a informação que o musculo está estirado. 
La medula ocorre a sinapse estimulatória, vai estimular o neurônio motor, que se chama de moto neurônio alfa, ele promove a contração muscular pra evitar o estiramento. 
No reflexo do martelo, estamos batendo o martelo no tendão, ocorre o estiramento no musculo, o receptor que é ativado são os receptores do fuso. O estimulo chega com a via aferente, nesse caso é polissináptico, ocorre uma sinapse estimulatória do moto neurônio que vai contrair a musculatura extensora, e uma sinapse inibitória da musculatura flexora.
Esse tipo de reflexo é usado pra testar lesões na medula.
O estimulo pro órgão tendinoso ser ativado é aquele estimulo que possui um aumento de pressão. Por exemplo, aquelas pessoas que carregam muito peso e não aguentam e soltam. 
A resposta do órgão tendinoso é o contrário da do fuso. Nós vamos ter uma sinapse estimulatória, uma via aferente, esse neurônio é chamado de Ib, esse neurônio Ib vai fazer uma sinapse inibitória e estimulatória. Se a pressão está muito grande, esse muito precisa relaxar, porque ele estava tentando carregar muito peso, por exemplo. Então aqui, ele relaxa a extensora e contrai a flexora.
Aumento de pressão- potencial de ação- via aferente- sinapse tanto estimulatória quando inibitória na medula- a estimulatória contrai a flexora – a inibitória relaxa a extensora.
O reflexo é polissináptico quando ele precisa fazer várias reações, como tirar o pé de um prego, por exemplo, que envolve vários músculos na hora da retirada. 
Cada reflexo é servido por uma raiz diferente que sai da medula.
Pacientes com doença neurológica, estes exames simples permite demonstrar o envolvimento da medula espinhal;
Lesão cerebral: Reflexo pode estar presente de um lado e ausento do outro lado;
Doença medular: Ausência dos reflexos;
Reflexo pupilar: Esse reflexo envolve principalmente a região do tronco encefálico, não da medula.
1- Percepção da luz (fotorreceptores);
2- Envio da informação (nervo óptico);
3- Integração da resposta;
4- Parassimpático
Aula 10
Na fisiologia da contração muscular vamos estudar principalmente o musculo esquelético. 
MÚSCULOS 
Corresponde a 40% do peso corporal. Sua principal função é a realização de trabalho para produção de movimento. 
Transforma energia química em energia mecânica ou pode ser energia elétrica em energia mecânica, dependendo do ponto de vista. Por exemplo, quando você olha para uma transmissão e impulso, se levar em consideração a sinapse veremos uma energia química(neurotransmissor) se transformando em energia mecânica(movimento). No entanto, se olharmos para a despolarização, diferença de potencial de membrana, potencial de ação veremos energia elétrica se transformando em energia mecânica(movimento).
Quais os tipos de musculo?
Estriado esquelético – foco princinpal
Estriado cardíaco
Liso
O músculo é constituído de vários endomísios, várias fibras musculares formam um endomísio, vários endomísios formam o musculo. O perimísio envolve o endomísio e o epimísio envolve o músculo (que são vários endomísios).
 
Na fibra muscular existem várias miofibrilas, que tem uma estrutura chamada sarcômero, onde ocorre a contração. 
As invaginações são os túbulos T, tem papel importante na contração, onde o potencial elétrico comunica o meio intrasarcômero e extrasarcômero.
O sarcômero tem alta quantidade de reticulo sarcoplasmático, que contem cálcio, fundamental na contração.
O sarcômero é delimitado pelos túbulos T, nele tem proteínas necessárias para a ancoragem dos filamentos finos. Nós temos os filamentos grossos e finos. Histologicamente, o que delimita o sarcômero são as linhas Z.
Linha Z- Delimitam o sarcômero. Existem proteínas para ancorar actina e miosina, na linha z é mais a actina que está ancorada. 
Linha M -Divide o sarcômero ao meio, também com proteínas de ancoragem mas agora principalmente para miosina.
Banda I- banda clara ao redor da linha z, é de filamentos finos (troponina, tropomiosina e actina). 
Banda H- tracejado um pouco mais escuro, filamentos mais

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