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GRÂNULOS E PELLETS

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GRÂNULOS E PELLETS – AULA 3 
 
GRANULAÇÃO 
CONCEITO: A granulação é o processo no qual se faz com que partículas de pós primárias se 
aglomerem, de modo a formar os grânulos. 
O processo de granulação proporciona a obtenção de grânulos que serão empregados no 
preparo de outras formas farmacêuticas, tais como comprimidos e cápsulas, ou que serão 
utilizados diretamente como formas farmacêuticas. 
GRÂNULOS 
 Agregados sólidos de partículas cristalinas ou amorfas 
 Características:tamanho de 0,2 a 4mm 
 Formato irregular 
 Podem ser usados como FF final ou misturados a excipientes para preparação de comprimidos 
ou cápsulas. 
Razões para granulação: 
 Prevenir segregação dos constituintes de uma mistura de pós; 
 Melhorar propriedades de fluxo de uma mistura e favorecer a uniformidade de dose; 
 Melhorar características de compactação da mistura. Métodos: 
 Via úmida; 
 Via seca (sem aquecimento/ compressão e quebra) 
 
VANTAGENS 
 Melhor estabilidade que os pós devido a menor área de exposição ao ar, umidade, luz e calor. 
 Preparações extemporâneas: fármacos instáveis em solução ou suspensão podem ser 
dispensados na forma de grânulos secos que são dissolvidos com água antes do uso (Fluimucil 
®, n-acetil cisteína, eliminação de muco das vias respiratórias) 
 Melhor fluidez e compressibilidade: do que os pós (propriedades uteis na fabricação de 
comprimidos) – COMPRIMIDOS MAIS RESISTENTES 
 Possibilidade de revestimento: mascara o odor e sabor desagradável, proteção do fármaco e 
possibilidade de liberação modificada 
 Reduz risco associado à produção de poeira toxica: manipulação de pós tóxicos; 
 Ocupam menos espaço: grânulos são mais densos que pós,são estocados mais facilmente pois 
ocupam menor volume por unidade de peso. 
PROCESSO DE GRANULAÇÃO 
Grânulos efervescentes 
 Fármaco + excipiente + bicarbonato de sódio (base) + ácido cítrico (ácido) + (ácido tartárico) 
Efervescência: 
 Em meio aquoso base e acido reagem liberando gás (CO2 ), que produz efervescência que 
mascara sabor desagradável dos fármacos. 
 Os grânulos efervescentes proporcionam rápida dissolução do fármaco que será absorvido 
noTGI. 
VANTAGENS: 
 A solução e a liberação de CO2 mascaram sabores salinos e amargos; 
 Os grânulos apresentam vantagem sobre os pós, pelo controle da velocidade da efervescência 
- o pó dissolve mais rápido (maior superfície) do que os grânulos que hidratam e dissolvem 
lentamente. 
DESVANTAGENS: 
 Baixa estabilidade, devido à alta reatividade (efervescência); 
 Dificuldade na manipulação (dificuldade de manter os ingredientes secos durante o preparo 
e armazenamento). 
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO 
O processo de preparação do granulado pode ser dividido em: 
 Granulação via úmida: cujos processos envolvem a utilização de líquidos que promovem a 
aglomeração das partículas. 
 Granulação via seca: que não utilizam líquidos. 
Granulação via úmida (grânulos) 
 Neste processo o pó (fármaco + excipiente) é misturado na presença de um líquido. 
 Este líquido constitui-se de aglutinante + solvente. 
 Dentre os solventes utilizados destacam-se a água, o etanol e o isopropanol. 
 
PROCESSO DE GRANULAÇÃO 
Via úmida: 
1. Rompimento de aglomerados presentes nos pós por tamisação. 
2. Mistura dos pós (diluente, desintegrante). 
3. Preparação da massa úmida. Adição do líquido de aglutinação (aglutinante) e incorporação 
deste líquido (malaxagem). 
4. Transformação da massa úmida em grânulos (granulação). 
5. Secagem dos grânulos. 
6. Calibração ou normalização do granulado seco para obtenção da partícula idealizada. 
 
 Estas etapas podem ser conduzidas em equipamentos distintos ou associadas em uma 
máquina só. 
 
 Tamisação 
 No processo de tamisação procura-se romper os aglomerados presentes nos pós ou selecionar 
frações de tamanho de partícula, de modo que o fármaco e os adjuvantes apresentem-se em 
uma mesma faixa de granulometria. 
 Mistura 
 Malaxagem: São adicionadas substâncias aglutinantes à mistura de fármaco-adjuvantes. 
 Granulação 
Obs: https://www.youtube.com/watch?v=0epeBaYIzYA 
 Obs: https://www.youtube.com/watch?v=pQhQu9rido&pbjreload=10 
 
 Secagem 
 Após a obtenção dos granulados úmidos estes são submetidos ao processo de secagem. 
 Operação unitária que tem como objetivo remover toda ou a maior parte do líquido mediante 
fornecimento de calor, provocando a evaporação térmica, ou seja, o líquido é convertido em 
vapor. 
 Calibração do granulado 
 Como a granulação não é uma operação bem controlável, e durante a secagem pode ocorrer 
a formação de agregados, é necessária uma operação de tamisação para normalização ou 
calibração do granulado. 
Granulação em escala industrial 
 Leito Fluidizado: Permite efetuar mistura dos pós, granulação e secagem no mesmo 
equipamento com economia de custo, espaço e tempo, entretanto, o investimento inicial é 
elevado. 
Obs: https://www.youtube.com/watch?v=QYFe0SAbvH0 
VANTAGENS 
 Tempos de secagem menores, proporcionando um elevado rendimento de produção. 
https://www.youtube.com/watch?v=0epeBaYIzYA
https://www.youtube.com/watch?v=pQhQu9rido&pbjreload=10
https://www.youtube.com/watch?v=QYFe0SAbvH0
 Um lote de granulado por exemplo, pode ser secado em 20 a 30 minutos, enquanto com um 
secador de prateleiras seria necessário algumas horas. 
 O efeito térmico sobre substâncias termolábeis é minimizado. 
 A turbulência dentro do leito fluidizado provoca atrito sobre a superfície dos grânulos, o que 
propicia a obtenção de produtos mais esféricos e de fluxo livre. 
 
DESVANTAGENS 
 A turbulência pode ocasionar um atrito excessivo em algumas substâncias, provocando danos 
em determinados tipos de grânulos, assim como a produção de poeira em demasia. 
 As partículas finas podem ser carregadas pelo ar fluidizado, devendo ser coletadas por um 
tecido filtrante, tomando o cuidado de evitar a segregação e a perda da fração de pó fino. 
 
Granulação em escala industrial 
 Spray drying: Permite obter grânulos a partir de solução ou suspensão de fármaco e 
adjuvantes, melhorando as propriedades de compactação. 
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO 
Granulação via seca 
 
PROCESSO DE GRANULAÇÃO 
 
 
Via seca: 
 A granulação é efetuada pela adição do aglutinante seco como Celulose microcristalina e 
Crospovidona. 
1. Pós são triturados separadamente,tamisados; 
2. Mistura de pós (fármaco, diluente, desintegrante, aglutinante seco, lubrificante); 
3. Compactação em comprimidos grandes (briquetes); 
4. Fragmentação em moinhos, formando grânulos; 
5. Tamisação. 
 Método utilizado para evitar a exposição de pós hidrolisáveis e termolábeis a umidade e calor 
(AAS mantém estabilidade) 
 
 
OPERAÇÕES DA GRANULAÇÃO VIA ÚMIDA X SECA 
 
 
EXCIPIENTES 
DILUENTES: Excipientes que fornecem volume à formulação permitindo ajuste do peso do 
comprimido (concentração variável). 
 Deve ser quimicamente inerte, não higroscópico, biocompatível, possuir boas propriedades 
biofarmacêuticas (hidrossolúvel), possuir boas propriedades técnicas (compactabilidade e 
capacidade de dissolução), gosto aceitável e baixo custo. 
DILUENTES: 
 Solúveis: lactose, sorbitol, manitol; 
 Insolúveis: talco, fosfato de cálcio; 
 Hidrofílicos: celulose microcristalina, amido; 
 
DESINTEGRANTES: Excipientes que promovem a desintegração dos grânulos (uso de 2 a 10%), 
absorvem água (intumescem), expandem volume e rompem. Influência na biodisponibilidade: 
aumento da área superficial (dissolução). 
 
 Exemplos: amido, glicolato de amido sódico, celulose, carboximetilcelulose sódica, 
polivinilpirrolidona, polivinilpirrolidona de cadeia cruzada (crospovidona – 2 a 5%). 
 Podem ser adicionados no(a): Mistura de pós para o preparo do granulado (desintegrante 
intragranular) / Granulado pronto (desintegrante extragranular). 
 
AGLUTINANTES: Excipientes que facilitam
a aglomeração dos pós em grânulos, por melhorar a 
adesão. Podem ser adicionados na forma seca ou dissolvidos/dispersos no líquido de 
aglutinação (água, etanol, etc). 
 
 Molhagem ou Malaxagem: adição de solução do aglutinante no pó e formação de uma massa 
úmida e coesa. 
 CUIDADO: excesso de líquido forma grânulos duros (ruim) / falta de liquido forma grânulos 
friáveis (desprendem pós). 
 Exemplos: soluções de amido (10-20%), glicose (20-25%), sacarose, gelatina, 
carboximetilcelulose, metilcelulose, polivinilpirrolidona. 
 
MOLHANTES: Excipiente de fármacos pouco solúveis ou hidrofóbicos para favorecer a 
molhabilidade. Surfactantes (tensoativos aniônicos e não iônicos). 
 
 Influência na biodisponibilidade: facilitam o contato com os líquidos gastrointestinais, 
facilitando a molhagem e favorecendo a dissolução. 
 CUIDADO: Tensoativos aniônicos incompatíveis com fármacos catiônicos. 
 Exemplos: Lauril sulfato de sódio 1 a 2%, docusato de sódio 0,5% (aniônico), Polisorbato 80, 
20, 60, lecitina de soja (não-iônico). 
 
PELLETS 
 
 Unidades esféricas densas, constituídos a partir da aglomeração de pós finos contendo com 
IAs + excipientes.Medem entre 0.5 e 1.5 mm. 
 Podem conter mais de 90 % de IA. 
 Podem ser revestidos, encapsulados ou compactados 
 
VANTAGENS 
 
 Ótimas propriedades de escoamento (esferas); 
 Baixa friabilidade / perda de pó; 
 Distribuição de tamanho mais uniforme; 
 Incorporação de grande quantidade de IA; 
 As esferas resultantes podem ser revestidas com polímeros de diferentes formulações e 
espessuras para que os princípios ativos sejam liberados em momentos diferentes. 
 
PROCESSO DE PELLETIZAÇÃO 
 
Processo de aglomeração de pós finos (IA + excipientes) em pequenas unidades esféricas por 
meio de extrusão/esferonização. 
 
1. Mistura de pós secos; 
2. Malaxagem; 
3. Extrusão: a massa é forçada a passar por placa com orifícios de tamanhos definidos; 
4. Esferonização: o material que sofreu o processo de extrusão é colocado em uma placa 
rotatória dentro de câmara cilíndrica. 
5. Secagem; 
 
 
 
 A extrusão-esferonização segue os mesmos estágios de processo usados na granulação úmida. 
No entanto, há dois estágios adicionais no final do processo. 
 A massa úmida compactada passa pelo processo de extrusão para produzir bastonetes do 
material. 
 Em seguida, esses bastonetes são divididos em esferas por meio do processamento em placas 
de alta rotação. 
 
Obs: https://www.youtube.com/watch?v=MExvJBD53Ko 
 
DETERMINAÇÃO DE PESO 
 
 
 
UNIFORMIDADE DE DOSE (CONTEÚDO E PESO) 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=MExvJBD53Ko

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