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NPJ 2 Seção 1 Direito Trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 2º VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE GOIÂNIA/GO.
Albano Machado, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob o n. 123.456.789-00, residente e domiciliado na Alameda do Riacho, n. 125, bairro Vila Paris, em Goiânia/GO, CEP 74.000-000, com nº da CTPS__, PIS ___. Por seu advogado que esta subscreve vem a presença de vossa excelência com fulcro nos arts. 840 da CLT e 319 do CPC propor a presente: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de: Sra. Maria José Pereira, inscrita no CPF sob o n. 055.222.345-61, domiciliada na rua Girassol, n. 380, apartamento 301, bairro Mendanha, Goiânia/GO, CEP 74.100-000. 
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
Conforme o § 3o no art. 790 da CLT que indica que "a lei faculta ao juiz conceder o 
benefício da justiça gratuita àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% 
do limite máximo dos benefícios do RGPS". O senhor Albano Machado declara que 
sua renda mensal é de RS 900,00 (nove centos reais) oriundo de uma casa de 
aluguel, e o te to da previdência de R$5.531,31 regulamentado pela portaria nº 8 de 
13/01/2017 do Ministério do Trabalho. Assim, este valor é inferior a R$ 2.213.31 
(dois mil e duzentos e treze e trinta e um centavo) portanto o senhor Albano tem 
direito ao acesso da justiça gratuita nos termos da lei
DOS FATOS
Na data de 01/02/2012, senhor Albano inicia suas atividades laboral, na residência da do casal, assumindo a carga horária de 12/36, de 07:00 às 19:00 conforme acordo entre as partes.
Pelos seus serviço recebia a quantia de R$ 120,00 (cento e vinte reais) por plantão trabalhado, isso ocorreu durante os dois primeiros anos. Após esse período o senhor Albano recebeu um ajuste, no qual a quantia dos proventos subiu para R$ 150,00 (cento e cinquenta reias).
Ressaltando que durante o período laboral o mesmo obtinha apenas um intervalo de almoço de apenas 30(trinta) minutos para almoço, sendo assim o plantão ocorria de maneira ininterrupta.
Na data de 06/02/2017 foi encerrado o pacto laboral entre as partes, a empregadora encerrou por justa causa alegando insubordinação, o principal fator foi que a mesma não admitia que o senhor Antenor assistisse televisão, coisa que ocorria durante os plantões do senhor Albano.
DA RELAÇÃO DE EMPREGO
Considerando o art. 1 da lei complementar 150, de 1º de junho de 2015 (Lei dos Empregados Domésticos):
"Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.”
Tendo em vista nos termos da lei, podemos considerar que o senhor Albano é um empregado domestico da senhora Maria José, pois iniciou o labor no dia 01/02/2019, de forma onerosa, sob o regime de 12x36, em sua residência, era subordinado da senhora Maria José.
TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS
Considerando o art. 1 da lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949:
"Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.”
O reclamando não fez jus a esse dispositivo, pois quando seus plantões coincidiam em domingos e feriados o mesmo não recebia a folga que era de direito, tanto pouco a remuneração conforme determinar a sumula 444 do TST JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e27.09.2012 - republicada em decorrência do despacho proferido no processo TST-PA-504.280/2012.2 - DEJT divulgado em 26.11.2012.
INTERVALO INTRAJORNADA
O art. 13 da lei complementar 150, de 1º de junho de 2015, dispor nos seguintes termos:
“Art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos.”
No caso, podemos observar que diante do relato no empregador não gozava deste beneficio, visto que tinha apenas 30 (trinta) minutos para almoçar e retornar ao labor, ressaltando a inexistência de um acordo por escrito como verbal, apenas uma imposição da empregadora. Verificando o abuso e o descaso com a saúde do empregado.
JUSTA CAUSA
Este instituto é previsto no art. 482 da CLT, trata-se de hipótese taxativa. Sendo assim, o fato do empregado nunca ter acatado a ordem da empregadora e mesmo assim não ter levado nenhuma advertência, configura em perdão tácito. Desta forma, não há de se falar em justa causa, por uma única razão não houve nenhuma violação ao preceito da norma:
"Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. (Incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966)”
Pelo fato de não haver nenhum registro de suspensão ou advertência ao empregado, fica evidente o perdão tácito, sendo assim é injustificável a dispensa por justa causa.
DOS PEDIDOS
Citação da reclamada no prazo de 15 dias.
Reconhecimento do vinculo empregatícios.
O pagamento das horas extras integral dos excedente do regime 12x36.
O pagamento dos feriados e domingos 100% conforme a sumula 444 do TST.
O pagamento da multa prevista no art. 477 da CLT.
A fixação da indenização por danos morais
A fixação dos honorários advocatícios nos termos do art. 791-A
A reversão da justa causa para dispensada imotiva
O pagamento dos intervalo intrajornada
Além disso requer todos os reflexos nas verbas rescisórias 
Dá à causa o valor de R$ 50.000,00
Termos em que,
Pede deferimento
Campo Grande, dia 22 de setembro de 2020

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