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Empresário: Definição e Características

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Empresário
Art 966: Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, ou seja, sua caracterização se da a partir dessas características: profissionalmente, atividade econômica, organizada e produção ou circulação de bens ou serviços. Só será empresário aquele que exercer determinada atividade econômica de forma profissional, que fizer do exercício daquela atividade a sua profissão habitual, quem exerce atividade econômica de forma esporádica não será considerado empresário, não sendo abrangido, portanto, pelo regime jurídico empresarial
A expressão “atividade econômica” enfatiza que empresa é uma atividade exercida com intuito lucrativo, afinal é uma característica intrínseca das relações empresariais a onerosidade, mas não é só a ideia de lucro que a expressão atividade econômica remete, ela indica que o empresário, sobretudo em função do intuito lucrativo de sua atividade é aquele que assume os seus riscos técnicos e econômicos. 
A terceira expressão destacada (organizada), significa que empresário é aquele que articula os fatores de produção (capital, insumos, mão de obra e tecnologia), no mesmo sentido diz-se que o exercício de empresa pressupõe, necessariamente, a organização de pessoas e meios para o alcance da finalidade almejada. “ O empresário é responsável pela prestação de um trabalho autônomo de caráter organizador” .
Não é empresário quem explora atividade de produção ou circulação de bens ou serviços sem alguns dos fatores: capital, mão de obra, insumos e tecnologia. 
Para a teoria da empresa qualquer atividade econômica poderá, em princípio, submeter-se ao regime jurídico empresarial, bastando que seja exercida profissionalmente, de forma organizada e com intuito lucrativo, sendo assim a expressão produção ou circulação de bens ou serviços deixa claro que nenhuma atividade econômica está excluída, a priori, do âmbito de incidência do direito empresarial.
Empresa é uma atividade econômica organizada e empresário é a pessoa física, ou jurídica, que exerce uma empresa profissionalmente, quando o empresário for pessoa física é chamado de Empresário Individual e quando for pessoa jurídica estaremos diante de uma Sociedade Empresária ou EIRELI.
Quando se está diante de uma sociedade empresária, é importante atentar para o fato de que os seus sócios não são empresários, o empresário nesse caso é a própria sociedade, ente ao qual o ordenamento jurídico confere personalidade e consequentemente capacidade para adquirir direitos e contrair obrigações. 
A grande diferença entre o empresário individual e a sociedade empresária é que a sociedade empresária por ser uma pessoa jurídica tem patrimônio próprio distinto do patrimônio dos sócios que a integram, sendo assim os bens particulares dos sócios em principio não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. O empresário individual por sua vez não é beneficiado dessa separação patrimonial, respondendo com todos os seus bens, inclusive os pessoais, pelo risco do empreendimento, dessa forma, podem-se concluir que a responsabilidade dos sócios de uma sociedade empresária é subsidiária, enquanto a responsabilidade do empresário individual é direta. 
EIRELI ( Empresa Individual de Responsabilidade Limitada): No caso do empresário individual, pessoa física, ao iniciar o exercício de uma atividade empresarial, constituiria para tanto um patrimônio de afetação, que não se confundiria com seu patrimônio pessoal, e o registraria na Junta Comercial, assim as dívidas que contraísse em função do exercício de sua atividade empresarial, em princípio, não poderiam ser executadas no seu patrimônio pessoal.
Já no caso da sociedade limitada unipessoal, seria suprimida a exigência de pluralidade de sócios para a constituição de sociedade limitada, o que permitiria que uma empresa, sozinha, fosse titular de 100% das quotas do seu capital social, assim o patrimônio não se confundiria com o patrimônio pessoal do sócio, o qual não poderia, em princípio, ser executado para garantia de dividas sociais. 
Em ambos os casos o objetivo é o mesmo: garantir que um determinado empreendedor, individualmente, exercesse atividade empresarial limitando sua responsabilidade, em princípio ao capital investido no empreendimento, ficando os seus bens particulares resguardados, isso funcionaria como um estimulo ao empreendedorismo e acabaria com a prática, tão comum no Brasil de constituição de sociedades limitadas em que um dos sócios tem percentual ínfimo do capital social (geralmente 1%) e nenhuma participação na gestão dos negócios sociais. 
A regra polêmica sobre a EIRELI é que exige capital mínimo (igual ou superior a 100 vezes o valor do maior salário mínimo do país) para sua constituição, sendo que no Brasil não existe regra legal que exija capital mínimo para constituição de sociedades, razão pela qual é questionável a referida para constituição de EIRELI. 
Agentes econômicos excluídos do conceito de empresário
Sociedades Simples (Sociedades uniprofissionais): A regra do art. 966 do Código Civil, vale também para as chamadas sociedades uniprofissionais, ou seja, sociedades constituídas por profissionais intelectuais cujo objetivo social é justamente a exploração de suas profissões ( por exemplo, uma sociedade formada por médicos para prestação de serviços médicos), o que define uma sociedade como empresária ou simples é o seu objeto social, havendo apenas duas exceções a essa regra contida no parágrafo único, o qual prevê que “independente de seu objetivo, considera-se empresária a sociedade por ações, e, simples, a cooperativa. 
As sociedades uniprofissionais são em regra sociedades simples, uma vez que nelas faltará o requisito da organização dos fatores de produção, da mesma forma ocorre com os profissionais intelectuais que exercem individualmente suas atividades, no entanto, nos casos em que o exercício da profissão intelectual dos sócios das sociedades uniprofissionais constituir elemento de empresa, ou seja, nos casos em que as sociedades explorarem seu objeto social com empresarialidade (organização dos fatores de produção), elas serão consideradas sociedades empresárias.
Exercente de atividade econômica rural: para aqueles que exercem atividade econômica rural é facultativo de se registrar ou não perante a Junta Comercial da sua unidade federativa, se ele não se registrar na Junta Comercial não será considerado empresário, para os efeitos legais ( não se submeterá ao regime jurídico da Lei 11.101/2005, que trata da falência e da recuperação judicial e extrajudicial), em contrapartida se ele optar por se registrar será considerado empresário para todos os efeitos legais.
São características da sociedade cooperativa: Artigo 1094/1095
I – variabilidade, ou dispensa do capital social;
II – concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração
da sociedade, sem limitação de número máximo;
III – limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio
poderá tomar;
IV – intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade,
ainda que por herança;
V – quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número
de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado;
VI – direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital
a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação;
VII – distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas
pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;
VIII – indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso
de dissolução da sociedade.
Capacidade Artigos 971 até o 980.

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