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11/11/2018 Estudando: Introdução a Criminologia | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10038/101705/ 1/2 Atenção: Esse curso é de autoria da Prime Cursos do Brasil LTDA (registro número 978-85-5906-046-1 BN) Encontrou esse mesmo material em outro site? Denuncie: juridico@primecursos.com.br Estudando: Introdução a Criminologia Introdução CONSIDERAÇÕES DE ASPECTO GENÉRICO É bíblico o ensinamento de que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e que, ao colocá-lo no Jardim do Éden, fez-lhe esta advertência: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal não comerás, porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Houve a desobediência posterior e, por sua cobiça, o homem foi condenado a conhecer o bem e o mal. A conduta do homem em uma ou outra direção, ou seja, caminhando rumo ao bem ou ao mal, por si só, determina a existência de diferenças fundamentais na forma de viver do ser humano. É inerente à homogênese, portanto, a desigualdade do comportamento social dos indivíduos. Entregue à todos os seus temores e fraquezas, o homem é sempre chamado, na correnteza da vida, a decidir entre o bem e o mal em meio às tentações da ambição, do poder, do “ter” ao invés do “ser”. Concomitantemente, estará ele, respirando os ares da inveja, da ira, do orgulho, da vaidade, da prepotência, das paixões desenfreadamente destruidoras, tudo a emaranhá-lo na possibilidade, sempre presente, do retrocesso moral e espiritual e na própria queda ao abismo da criminalidade. Ora, a criminalidade é considerada como um fato normal da vida em sociedade, justamente porque a vida grupal, a existência comunitária, não implica em que cada indivíduo aja em acordo com a vontade dos demais e, não raro, isso acarreta divergências e choques pessoais; e se esses desacordos não são contornados pelas vias da conciliação ou do ajuste, só restará a alternativa do conflito propriamente dito, e este, quando não resolvido legalmente, fatalmente redundará em confronto, em diferentes tipos de agressão, sucedendo que muitos deles vão desembocar na senda do crime. Apesar da criminalidade ser reputada como um fenômeno social normal, da mesma forma não é analisada a figura do criminoso, considerado um “fenômeno anormal”, na expressão de Israel Drapkin (Manual de Criminologia). Contudo, os autores Newton e Valter Fernandes (Criminologia Integrada), discordam de Drapkin, pois, se aceita a criminalidade como um processosocial normal, porque o ato do criminoso deve ser entendido como um fenomeno anormal? Para tais doutrinadores, tanto a criminalidade quanto o indivíduo que a exercita não podem ser considerados normais, porque o crime não é ato normal em sociedade e, por sua vez, as peculariedades do fenômeno da delinquência não podem se apartar de seu agente desencadeador, intrinsicamente a ela ligado. Outra não é a razão da Criminologia ter por escopo o estudo do fenômeno criminal, suas causas geradoras e o conhecimento completo dos seres humanos que exercem um papel no palco cênico do delito, ou seja, a pessoa do criminoso e, porque não dizer, a pessoa da própria vítima. CONSIDERAÇÕES DE ASPECTO ESPECÍFICO Interessa-se especificamente a Criminologia em pôr a claro tudo o que contribui ou concorre para a existência da criminalidade. Para que o crime venha a eclodir é indispensável que ocorra uma intenção ou um ato humano. Por isso, a par do fenômeno em si da criminalidade, o estudo do comportamento humano deve ser basilar da Criminologia, pois, sendo o homem o agente do ato delituoso, é principalmente sobre ele que devem ser concentradas as 11/11/2018 Estudando: Introdução a Criminologia | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10038/101705/ 2/2 pesquisas mais relevantes, já que sobre seus ombros atuam múltiplas causas, muitas delas desconhecidas até a ocorrência do crime, mas com acentuado pesona caracterização da origem do fato e do caráter ou da verdadeira natureza da vontade do criminoso. Ao longo do tempo, a Criminologia tem sido subdividida em segmentos que compreendem a Biologia Criminal, a Sociologia Criminal, a Psicologia Criminal, a Psiquiatria Criminal, a Endocrinologia Criminal, etc. De entender que tais repartimentos só se prestam ao aspecto didático-pedagógico de seu ensinamento, visto que o ideal é a fusão de todas essas partes em uma só, daí advindo uma única Criminologia, forte, pujante, e definitiva em sua própria nomenclatura e no seu conteúdo doutrinário (opinião de Newton e Valter Fernandes).
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