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Farmacoterapia das dermatite

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1 
 
1 Farmacoterapia das dermatites 
Farmacoterapia das dermatites 
 
Dermatite de contato, alérgica e seborreica 
A dermatite ou eczema é uma reação inflamatória das camadas superiores da pele (epiderme 
e derme), que pode se caracterizar por bolhas, rubor, edema, secreção, formação de crostas, 
descamação e prurido. Os tipos mais comuns são dermatite de contato, dermatite atópica e 
dermatite seborreica. 
Dermatite de contato 
É uma reação inflamatória cutânea, resultante da exposição direta da pele a algum agente 
externo capaz de induzir o quadro. A característica é uma erupção, que permanece limitada 
a uma área específica e, frequentemente, apresenta limites bem definidos. 
Pode ser causada por um contato com irritantes ou possuir etiologia alérgica. 
Dermatite de contato alérgica (DCA) Dermatite de contato por irritantes (DCI) 
Ocorre em 20% das dermatites Ocorre em 80% das dermatites 
Resposta imune alérgica específica contra 
antigênicos de substancias químicas que 
entram em contato com a pele. Manifesta-
se a partir do 2º contato com a agente. 
Causada por dano tissular direto que inicia a 
reação inflamatória após contato repetido ou 
prolongado com o agente agressor, causando 
danos nos queratinócitos e eventual necrose 
Agentes etiológicos: cosméticos; 
compostos metálicos em joias (Ni e Cr); 
plantas; substancias químicas utilizadas na 
fabricação de peças de vestuário. 
Agentes etiológicos: exposição repetida a 
sabões, detergentes e água, ácidos, álcalis e 
solventes orgânicos. São agente que causam 
dano tecidual direto. 
Etiologia 
1. Ligação de haptenos a proteínas da pele 
formando conjugados hapteno-proteína 
(antígeno) 
2. O antígeno é processado pelas células 
dendríticas e apresentado, via MHC, aos 
linfócitos T 
Etiologia 
1. Queratinócitos lesados liberam 
mediadores inflamatórios e fatores 
quimiotáticos 
2. Os mediadores causam vasodilatação da 
derme (eritema), levando a (edema 
extravasamento de plasma na derme) e 
 
 
2 
 
2 Farmacoterapia das dermatites 
3. Lyn T ativados liberam IL-4, que ativam 
linfócitos B, os quais produzem 
anticorpos IgM 
4. Frente a um novo contato, a interação da 
IgM com o complexo antígeno-proteico 
leva a liberação de fatores quimiotáxicos 
e inflamatórios dos mastócitos e células 
endoteliais na pele 
na epiderme (bolha) e infiltrados de 
várias células 
3. Inicialmente aparecem os linfócitos ao 
redor dos vasos dilatados; em seguida há 
aparecimento de neutrófilos atraídos por 
seus fatores quimiotáteis. 
 
Manifestações clínicas 
• Fase aguda: prurido intenso, vesículas e 
bolhas; 
• Fase subaguda: prurido e eritema de 
menor intensidade e, em geral, não há 
vesículas; 
• Fase crônica: prurido mínimo, ruptura 
de vesículas, descamação com alguns 
sinais de pós-inflamação (hiper ou 
hipopigmentação e/ou liquenificação) 
Manifestações clínicas 
• Amplo espectro clínico. Depende do 
agente irritante 
• Fase inicial: bastante pruriginosa, com 
eritema e edema local com nítida 
demarcação da dermatite, as vezes 
dolorosa, podendo apresentar bolhas e 
necrose 
• Fase tardia: os sintomas são mais 
discretos, com pouca coceira e sensação 
de dor e queimação; a pele torna-se seca, 
vermelha e áspera. 
 
Tratamento 
1. 1ª intervenção: retirada do agente do meio ambiente em que vive o paciente: 
• Uma vez identificada a causa, o paciente deve ser instruído acerca da 
substancia a que ele foi sensibilizado, fornecendo uma lista onde ela pode ser 
encontrada e, se possível, o seu substituto. 
• A prevenção nos locais de trabalho requer o uso de EPI’s, evitar ou substituir 
o contato com o produto irritante, quando possível 
2. 2ª intervenção: alívio sintomático, enquanto as lesões cutâneas são reduzidas 
• Compressas frias e úmidas ajudam a aliviar e limpar a pele. 
• Uso de hidratantes: evitam o ressecamento e a fissura da pele 
3. Tratamento farmacológico: 
 
 
3 
 
3 Farmacoterapia das dermatites 
• Corticoides tópicos ou orais: constituem a base do tratamento na resolução 
do processo inflamatório. Possuem efeito imunomodulador e anti-
inflamatório. A via tópica depende da extensão da lesão. 
• Anti-histamínicos: proporcionam alívio do prurido, especialmente na 
dermatite alérgica 
• Antibióticos: controlam infecções nos casos em que há laceração da pele 
• Imunomoduladores via tópica ou oral: modulam a resposta inflamatória 
i. Os corticoides são mais potentes do que o os imunomoduladores 
• Fototerapia com raios ultravioleta (PUVA) 
Dermatite atópica 
Inflamação crônica e pruriginosa, recidivante e cíclica, das camadas superiores da pele. 
É uma síndrome familiar comumente associada a outros distúrbios alérgicos (asma e rinite 
alérgica), com lesões vermelhadas, crostosas, pruriginosas e descamativas. Normalmente 
acomete o público pediátrico. Por ser uma condição relacionada com a atopia, não é 
necessário o contato direto do alérgeno com a pele. 
Etiologia 
 Agentes infecciosos: a pele do paciente apresenta maior susceptibilidade a infecção 
devido ao prurido, que facilita a entrada de bactérias (S. aureus) e fungos 
(Malassezia); 
 Alérgenos alimentares: ovo, leite, trigo, soja ou amendoim; 
 Aeroalérgenos: ácaros, animais domésticos, baratas, fungos, pólen e poluentes 
 Fatores emocionais: estresse 
 Fatores ambientais: baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração 
 Fatores hereditários: o atópico reage intensa e desproporcionalmente a alérgenos, 
resultando alta produção de IgE. 
Manifestações clínicas 
 Prurido, eritema, pápulas, vesículas, escamas, crostas e liquenificação 
 Recém-nascido (a partir de 3 meses): acomete mais o couro cabeludo, região 
bucinadora, área perineal e face extensora dos membros 
 
 
4 
 
4 Farmacoterapia das dermatites 
 Infância e puberdade: flexura dos joelhos e cotovelo, pescoço pulsos e tornozelos, 
com liquenificação pela coçadura 
 Adulto: principalmente em flexuras 
 Embora a cor, intensidade e localização da erupção variem, ela sempre é pruriginosa 
(IgE) 
o O coçar e a fricção podem causar laceração da pele, permitindo a entrada de 
bactérias e subsequente infecção. 
 As lesões não são tão localizadas quanto a dermatite de contato. 
Tratamento 
Tem por objetivo o controle do prurido, redução da inflamação da pele e prevenção das 
recorrências, já que não há cura total. 
 Evitar contato com substancias que irritam a pele e banhos quentes e demorados 
 Hidratação da pele com amido, aveia ou creme de arroz diluídos em água 
Tratamento farmacológico: 
 Tópico: 
o Base hidratante: creme (pele úmida) e pomadas (pele seca); 
o Corticosteroides: reduzem a infiltração eosinofílica dérmica e apresenta 
efeitos imunomoduladores 
▪ Mediação via linfócitos B 
• Lembrar que se fosse uma mediação por linfócitos T seria 
mais importante a ação anti-inflamatória, mas como é mediação 
de linfócito B é mais importante a imunomodulação 
 Sistêmicos: 
o Anti-histamínicos: reduzem o prurido 
o Antibióticos: caso haja laceração da pele para controle da infecção cutânea 
o Corticosteroides: em casos de não regressão das lesões com medidas 
habituais 
o Imunomoduladores: para casos graves e de difícil controle 
▪ Menos potente do que os corticoides, mas evita os efeitos sistêmicos 
do corticoide 
 PUVA: útil no tratamento de formas crônicas graves de DA 
 
 
5 
 
5 Farmacoterapia das dermatites 
Dermatite seborreica 
Inflamação das camadas superiores da pele, com evolução crônica e recorrente, caracterizada 
por erupção eritematoescamosas com localização predominante em áreas de grande 
concentração de glândulas sebáceas e, eventualmente, em áreas intertriginosas. 
Etiologia 
 Componentes genéticos e imunológicos: nos indivíduos predispostos, a DS pode ser 
desencadeada ou exacerbada por fatores ambientais (alterações climáticas, tensão 
emocional e infecções) 
 Hipersecreção de sebo por glândulassebáceas, que pode ocorrer nas seguintes 
situações: 
o Puberdade: pois os andrógenos estimulam as glândulas sebáceas. O quadro é 
de DS juvenil 
o Ao nascimento: a criança ainda sofre influência dos andrógenos maternos 
(amamentação) → DS no lactente, em que há formação da crosta láctea 
o Fase latente até puberdade, período onde reaparece (alterações hormonais) → 
DS juvenil 
 Os raspados das lesões confirma o papel patogênico do fungo Pityrosporum ovale 
que se encontra em número aumentadas nos portadores da doença. 
Manifestações clínicas 
DS do lactente: 
 Lesões surgem nas primeiras semanas ou meses de vida 
 Escamas gordurosas e aderentes, sobre massa eritematosa, no couro cabeludo (crosta 
láctea), face, tronoco, área de dobras e intertriginosas como pescoço, axilas, regiões 
inguinais e anogenitais (área da faldra) 
DS do adolescente e adultos: 
 Lesões eritematoescamosas que se localizam preferencialmente no couro cabeludo 
(caspas), face (particularmente no sulco nasogeniano, na glabela e na região 
retroauricular), regiões medioesternal e interescapular, região pubiana e axilas. 
Tratamento 
 
 
6 
 
6 Farmacoterapia das dermatites 
Depende da localização e idade 
Adultos: 
 Couro cabeludo: 
o Shampoo a base de piritona-zinca, sulfeto de selênio, ácido salicílico, enxofre 
ou alcatrão 
o Lesões com corticosteroides 
 Face: 
o Loções com corticoesteroides de baixa potencia 
o Antibacteriano e antifúngicos como segunda opção por causa do fungo citado 
o Imunomoduladores 
Crianças: 
o Aplicação de AAS dissolvido em óleo mineral (utilizar escova de dente 
macia) para fazer a raspagem de couro cabeludo 
o Shampoos 
Farmacoterapia 
Glicocorticoides 
São a primeira opção para tratamento de dermatites pois possuem ação anti-inflamatória e 
imunossupressora. O mecanismo de ação consiste em modulação do DNA (transcrição 
genica): 
 Inibem a produção das citocinas inflamatória (TNF-α, IL-1, IL-3, IL-4, IL-5, IL-6, 
IL-11, IL-13, IL-15); 
 Reduzem a expressão de moléculas de adesão das células inflamatórias e endoteliais 
 Inibem a transcrição genica da NOS, PLA2, COX-2, NF-kb. 
- É muito lipossolúvel (pois tem origem no colesterol) e por isso e transportado no sangue 
através de proteínas plasmáticas. Não possuem receptores na membrana, mas a atravessa 
com facilidade por ser tão lipossolúvel. Seus receptores são intracitoplasmáticos. Quando se 
liga aos seus receptores forma dímeros, que modulam a transcrição genica no DNA. Modula 
 
 
7 
 
7 Farmacoterapia das dermatites 
a ativação de genes anti-inflamatórios e inibe genes pró-inflamatórios (descritos nos itens 
acima). 
Base para tratamento das dermatites são os corticoides tópicos 
Os corticoides tópicos são responsáveis por: 
 Reduz infiltração eosinofílica dérmica 
 Efeitos imunomoduladores 
 Menor potencia (hidrocortisona) para o tratamento de manutenção 
 Maior potência (betametasona, triancinolona, monometasona) para curtos períodos 
de tratamento nas fases de exacerbação (1x/dia ou em dias alternados, intercalando 
com um de baixa potência) 
Obs.: a depender do sal que carreia um determinado corticoide pode haver diferença em sua 
potência. O próprio corticoide pode causar dermatite por causa da imunossupressão, por isso 
pode ser interessante intercalar um corticoide de baixa potencia com um de alta potência. 
Principais representantes na dermatologia 
1. Corticoides orais: são indicados quando a dermatite tem grande extensão 
 Opta-se quando a área afetada for muito extensa 
 Prednisona: 0,5 a 1 mg/kg/peso por 14 a 21 dias 
Efeitos adversos 
 
 
 
8 
 
8 Farmacoterapia das dermatites 
 Insuficiencia suprarrenal aguda → exacerbação da doença subjacente para a qual 
foram prescritos 
 Supressão do eixo HPA 
 Hidroeletrolíticos: edema e hipocalemia 
 SCV: HAS 
 SME: osteoporose, perda da massa muscular, miopatia, fraturas espontâneas 
 Metabólicos: redistribuição de gorduras, estrias e equimoses (obesidade); 
 Hiperglicemia; supressão do crescimento 
 TGI: gastrite, úlceras 
 Imunossupressão: infecção 
 SNC: depressão, psicoses, convulsões, euforia, insônia, ansiedade e excitabilidade 
Os efeitos adversos são algo preocupante e mais ainda se for via sistêmica. Não é 
recomendando que se interrompa o tratamento de forma abrupta pois a supressão da 
produção endógena. Apesar da via tópica possui menor absorção, alguns efeitos podem 
ocorrer, tais quais: 
 Atrofia cutânea 
 Acne 
 Hipertricose 
 Foliculite 
 Hipopigmentação 
 Dermatite perioral 
 Estrias 
Anti-histamínicos 
Reação alérgica é uma reação do organismo frente a agentes inofensivos, que tem a 
capacidade de estimular o sistema imunológico, levando a produção de IgE. 
Urticárias: presença de placas avermelhadas que formam elevação na pele, provocando 
prurido intenso e edema na pele. 
Anti-histamínicos: acreditava-se que eram antagonistas das histaminas (bloqueio do efeito 
da substancia endógena sem nenhuma resposta), mas na verdade são agonistas inverso, ou 
 
 
9 
 
9 Farmacoterapia das dermatites 
seja, há uma resposta inversa a resposta da substancia endógena. Por esse motivo, os anti-
histamínicos funcionam mesmo que não haja um quadro alérgico instaurado. 
1ª geração: efeitos centrais e periféricos 
2ª geração: tem mais efeito periférico. Não atravessam a BHE e não geram a sonolência, 
principal efeito adversos das histaminas, que também atuam como neurotransmissor 
estimulador do SNC. 
 
Inibidores da calcineurina 
É um imunossupressor. Impedem a transcrição de IL-2, IL-4, IL-5 e IL-10 e a ativação de 
linfócitos T. 
Mecanismo de ação: Em geral, a interação do antígeno com um receptor de linfócitos T 
helper (Th) resulta em aumento de Ca2+ intracelular, que se liga a calmodulina. Essa ligação 
estimula uma fosfatase, a calcineurina, responsável por desfosforilar o (fator nuclear de 
células T ativadas (NFAT). Com a sua desfosforilação, o NFAT é transferido para o núcleo, 
onde aumenta a transcrição do gene da IL-2. Esses fármacos inibem a calcineurina, 
diminuindo a transcrição de mediadores inflamatório. 
Uso tópico: 
1. Tacrolimus 
2. Pimecrolimus 
 São menos eficazes que os corticoides tópicos 
 
 
10 
 
10 Farmacoterapia das dermatites 
 Por não causarem atrofia e serem eficazes na DA, podem ser usados, especialmente 
nos casos agudo. Na DS podem ser usados como manutenção 
Obs.: tem a opção de usar a ciclosporina também, mas seus efeitos adversos não justificam 
seu uso. 
Antibióticos tópicos 
Os mais usados são os aminoglicosídeos e a bacitracina. 
Os aminoglicosídeos são utilizados basicamente por via tópica, pois os efeitos sistêmicos 
são indesejados, como nefrotoxicidade e ototoxicidade irreversível. Por isso, utilizamos 
praticamente só tópico. 
Bacitracina: impede a desfosforilação do lipídeo carreador (pirofosfato do bactoprenol) que 
transporta os peptideoglicanos para fora da célula para que a parede celular seja montada. A 
bacitrina inibe a regeneração do transporte e interrompe a translocação da mureína. Dessa 
maneira, impedem a síntese de monômeros de mureína, constituinte da parede celular. Possui 
efeito bactericida pois age na parede celular. 
Aminoglicosídeos: ligam-se a subunidade 30s do ribossomo, interferindo na iniciação da 
síntese das proteínas, acúmulo de complexos anormais de iniciação, leitura incorreta do 
modelo de mRNA e incorporação de aminoácidos incorretos nas cadeias peptídicas em 
crescimento. Possui efeito bactericida porque bloqueia a produção de proteínas e induz a 
produção de proteínas aberrantes que tem função de romper a membrana (modelo de Davis). 
 
 
 
11 
 
11 Farmacoterapia das dermatites 
Cetoconazol: inibidor da síntese de ergosterol (lipídio que constitui a parede celular) através 
da inibição da esterol-desmetilase – interferem na síntese da membrana celular. 
Agentes anti-seborreicos 
Propriedadesqueratolíticas, antimicóticos e antibacterianos. 
Fototerapia com raios ultravioleta 
 Usada em alguns casos de resistência a terapêutica clássica 
 Realizada em centros especializados 
 Não possui os efeitos indesejáveis dos corticoides orais ou imunossupressores 
 Necessita de 2 a 3x/semana, as vezes por períodos prolongados, podendo ocorrer 
fototoxicidade (queimaduras) e quando usada por longos períodos (meses ou anos) 
pode levar a danos na pele, como despigmentação, rugas, manchas e neoplasias.

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