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Alexsandra de Matos Gil 
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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
Olá! 
Você sabia que a contabilidade desenvolveu uma metodologia para 
interpreta os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, 
financeiras e econômicas das entidades? Baseadas em seus fundamentos, 
entende-se que a contabilidade se apresenta como um sistema com 
entrada de dados e processamento, o que possibilitará a emissão de 
informações. Entretanto, para que esse trabalho dê bons resultados, é 
necessário que o contador planifique as operações e transações que 
certamente ocorrerão, isso se traduz na escrituração. 
Atualmente a contabilidade de controle financeiro organizacional 
desempenha um papel sistêmico dentro da ciência social, numa 
abordagem da informação como meio de conhecimento, registro, 
captação de recursos e mensuração de fatos que geram movimentações 
no patrimônio empresarial. Bons Estudos!! 
 
A contabilidade e suas técnicas de informação 
De acordo com Santos (2014), a contabilidade tem objetivos 
específicos que são alcançados por meio das técnicas contábeis. São tipos 
de técnicas contábeis: demonstrações contábeis; escrituração, análise de 
balanço e auditorias. Vamos agora detalhar cada uma dessas técnicas. 
 
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1.. As Demonstrações contábeis 
Para Santos (2014), as demonstrações contábeis financeiras 
correspondem à representação gráfica relativa aos fatos ocorridos em 
um período específico na empresa. Esses demonstrativos são analisados 
por diversos usuários da contabilidade (acionistas, clientes, fornecedores, 
etc), e por esse motivo devem ser apresentadas de modo claro, preciso. 
As movimentações econômicas financeiras devem ser escrituradas 
de maneira que possam ser compreendidas por qualquer pessoa, assim 
caracterizando-se por sua qualidade de informação qualitativa, 
relevante, fidedigna e crítica (NBC TG – Estrutura Conceitual: 
características qualitativas da informação contábil-financeira) como 
também pela informação voltada para melhoria (comparabilidade, 
verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade). 
As demonstrações contábeis devem obedecer aos princípios da 
contabilidade por meio da informação qualitativas relevantes que afeta 
de alguma forma a tomada de decisão de um usuário. A maioria das 
Companhias apresentam tais informações nos demonstrativos de: 
 
● Balanço Patrimonial (BP): demonstra a posição financeira e patrimonial 
da Cia, os bens, direitos e obrigações, durante o exercício social. 
Aparecem de forma padrão os saldos de todas as contas representativas 
do patrimônio empresarial, além de indicar a intenção da empresa 
referente aos prazos de realização dos bens e direitos, do mesmo modo 
o cumprimento das suas obrigações. 
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● Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): demonstra a 
composição do resultado econômico, ou seja, as receitas, despesas, 
ganhos e perdas, lucro ou prejuízo líquido da empresa de acordo com um 
exercício social específico (mensal, semestral, anual, etc). 
● Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA): essa 
demonstração contábil apresenta a conta “Lucros ou Prejuízos 
Acumulados” que está inserida no Patrimônio Líquido. A função dessa 
demonstração é complementar as informações da DRE e BP. 
● Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): 
acompanha o fluxo ocorrido durante o exercício social conforme as contas 
que contemplam o PL, apontando os motivos dessa movimentação, que 
refletem a causa do aumento ou da diminuição de cada uma das contas. 
● Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): relatório contábil obrigatório 
(Lei nº. 11.638/07 para Cias S/A de capital aberto ou Cias com PL acima 
de R$ 2 milhões) do fluxo monetário do período em comparação ao 
período imediatamente anterior, demonstrando a variação da conta caixa 
e equivalentes, todas as entradas e saídas de dinheiro ocorridas na Cia, 
abordando também os investimentos e os financiamentos. 
● Demonstrações do Valor Adicionado (DVA), obrigatória somente para 
companhias S/A de capital abertas, buscando evidenciar a origem e a 
distribuição da riqueza gerada pela Cia em sua produção. A maioria das 
informações são retiradas das contas de resultado. 
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● As Notas explicativas: apresentam informações complementares a fim 
de facilitar o entendimento por seus usuários. As NE podem contemplar 
demonstrações contábeis, gráficos e tabelas. 
 
Todas as demonstrações contábeis são impostas, exceto a DMPL, 
pois essa não está definida na Lei nº. 11.638/07 art. 176, buscando 
padronizar a contabilidade visando atender à economia de forma global, 
especialmente ao mercado de capitais, uniformizando as informações 
inseridas no BP e na DRE (SANTOS, 2014). 
Todos as demonstrações contábeis permitem ao usuário da 
informação contábil visualizar e tomar decisões. É por meio das 
demonstrações, é possível saber o lucro alcançado pela Cia no período. 
Utilizando-se das técnicas de elaboração para esses 
demonstrativos é que os fornecedores poderão adquirir informações 
sobre uma determinada empresa e decidir se é viável vender grandes 
quantidades de materiais ou produtos para a mesma, por exemplo. 
 
2.. Escrituração Contábil 
Para (2014), a escrituração precisa ser realizada e devem ser 
envolvidas todas as movimentações monetárias que a empresa teve no 
período, devendo essas serem lançadas em ordem cronológica de 
acontecimentos (data nominal da face do documento). Você deve 
lembrar que a contabilidade obrigatoriamente registra os fatos contábeis, 
mensurados contabilmente. 
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● Atos Contábeis: evento que não provoca qualquer alteração no 
patrimônio da entidade (bens, direitos e obrigações), caracterizados pelo 
ato intencional. Exemplo: previsão de receita, garantias recebidas, 
programação financeira. 
 
● Fatos Contábeis: evento que provoca alteração no patrimônio da Cia 
através de movimentações monetárias, materiais e reais de forma 
qualitativa e quantitativa. Exemplo: conta caixa, pessoal a pagar, 
impostos sobre patrimônio e renda, etc. 
 
a)..Fatos contábeis permutativos, qualitativos ou compensativos: fatos 
que acarretam uma troca (permuta) entre elementos do ativo ou passivo 
porém sem alterar o PL, alterando apenas a natureza qualitativa dos 
elementos do Patrimônio. 
Ex.: compra de uma máquina à vista 
(movimenta apenas o lado do Ativo, e o PL 
permanece intacto). 
 
 
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b)..Fatos contábeis modificativos ou quantitativos: fatos que alteram a 
composição do Patrimônio e modificam a situação líquida real monetária 
da Cia para maior (aumentativos: envolvem uma conta patrimonial e uma 
conta de receita de vendas, de aluguel, etc) ou para menor (diminutivos: 
envolvem uma conta patrimonial e uma conta de despesa de pagamento. 
 
 
c)..Fatos contábeis mistos ou compostos: envolvem simultaneamente 
um fato permutativo (qualitativo) e um fato modificativo (quantitativo), 
alterando monetariamente o PL para maior com lucro (duas ou mais 
contas patrimoniais e uma ou mais contas de receita: recebimento de 
duplicatas com juros, pagamento com desconto) ou para menor com 
prejuízo (duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de 
despesa: venda com prejuízo, recebimento de desconto, pagto juros, etc). 
 
 
O registro contábil envolve o lançamento de contas patrimoniais, 
dos grupos ativo e passivo, assim como contas de resultado, como as 
receitas e as despesas, que devem ser realizados de modo cronológico, 
ou seja, de acordo com o período em que aconteceram, sendo registrados 
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pelo idioma do país de localizaçãoda empresa, na moeda corrente do 
país, de forma legível e não podem existir espaços vazios, entrelinhas, 
erros ou rasuras, emendas ou borrões. 
Para que os registros contábeis sejam realizados corretamente, os 
mesmos devem ser fundamentados na documentação que comprovem 
os fatos contábeis. Para Paviani (2008), a documentação idônea utilizada 
para o registro contábil é composta por NF, faturas, comprovantes de 
pagamento e recebimento, Cupom Fiscal e recibos (com AIDF), diante da 
obrigatoriedade de se alocar estes fatos dentro de um Plano de contas. 
Logo o Plano de contas surge com objetivo de estabelecer normas 
e procedimentos para os registros, viabilizando a consolidação das contas, 
como também para atender às necessidades de informação das 
organizações do setor e para adaptar-se, tanto quanto possível, às 
exigências dos agentes externos. Esta ordenação facilita a análise 
financeira da Entidade. 
 
Método das partidas dobradas 
Existem documentos muito antigos, há mais de sete séculos, onde 
visualiza-se a adoção um critério que se tornou insuperável e cuja 
natureza é evidenciar “causa/origem” e “efeito/aplicação” de um ou 
mais fenômenos patrimoniais. O processo de registros contábeis que se 
consagrou por uma “equação”, ou igualdade, entre o débito e o crédito 
de contas, nomeado de Método de partidas dobradas. 
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O Método das Partidas Dobradas, descrito pelo Frei Franciscano 
Luca Pacioli, em 1494, resistiu ao tempo e, atualmente, os mais modernos 
computadores e sistemas de informação fazem de forma automatizada 
exatamente os que os contadores do passado faziam de forma manual. 
O princípio básico das partidas dobradas é subdividir bens, 
direitos e obrigações em contas associadas, que registram valores de 
cada item que compõem o patrimônio em equilíbrio, diante das 
movimentações ocorridas num determinado período, sejam elas saídas 
de recursos, entradas de novos bens ou pagamentos efetuados. 
É importante comentar que este é um ponto alto do interesse pela 
Contabilidade, juntamente com a automatização e informatização 
mesmo nas pequenas empresas, o Método das Partidas Dobradas 
descreve de forma técnica todas as alterações patrimoniais da entidade 
por meio de suas Contas Contábeis, subdividas pela análise de suas 
naturezas devedora (saldo de ativos) ou credora (saldos de passivos e PL). 
 
 
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● Ativo (bens e direitos) = contas de natureza devedoras, ou seja, saldo 
devedor que representam Débito ou “D”. 
● Passivo (obrigações) e PL = contas com saldo de natureza credoras, 
que representam Crédito ou “C”. 
● Contas Retificadoras (-) possuem saldos investidos, já que vem a 
retificar valores de saldos em contas pré-existentes, ou seja, os saldos 
ficam investidos: contas retificadoras do Ativos = saldos de natureza 
credora, já as contas de passivo e PL= saldos de natureza devedora. 
 
Para contabilizar um fato diário pelo Método das Partidas 
Dobradas, é necessário descrevê-lo, respondendo as perguntas: 
 
 
● Débito: ocorre quando há aplicação de recursos, ou existe a entrada 
de bens ou direitos nas contas de Ativo. Para as movimentações de 
Passivo ou PL, se existe um débito pela quitação de uma obrigação. 
Ocorrem também débitos em todas as despesas da Cia. 
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● Crédito: se dá pela origem de recursos, ou seja, a entrada de valores 
monetários do l ado do Passivo ou pela adução de valores de capital 
no PL. No lado do ativo, correspondem ao recebimento de direitos 
adquiridos ou pela venda de bens. Se credita todas as receitas da Cia. 
 
 DÉBITO . CRÉDITO . 
→ Aplicação de Recursos 
→ Entra Ativo = +A 
→ Sai Passivo ou PL = -P ou –PL 
→ Todas as Despesas e Custos 
→ Origem de Recursos 
→ Sai Ativo = -A 
→ Entra Passivo ou PL = +P ou +PL 
→ Todas as Receitas 
 
Martins e Kanitz (2010, p. 43) explicam que: 
A essência do método, universalmente aceito, é que o registro de 
qualquer operação implica que a um débito numa ou mais contas 
deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais 
contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre 
igual à soma dos valores creditados. Não há débito(s) sem 
crédito(s) correspondente(s). 
 
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Assim, o método prevê que todo lançamento, o valor total 
lançados a débito deve ser sempre igual ao total do valor lançado a 
crédito. Ou seja, não há devedor sem credor correspondente. A todo 
débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. Se aumentar 
um lado, deve, obrigatoriamente, aumentar o outro lado. 
Existem algumas maneiras de lançar os fatos em contas: 
1ª Fórmula = Uma conta débito + uma conta crédito 
2ª Fórmula = Uma conta débito + várias contas crédito 
3ª Fórmula = Várias contas débito + uma conta crédito 
4ª Fórmula = Várias contas débito + várias contas crédito 
 
Sendo assim, seguem quatro verdades que se podem afirmar a 
partir do método das partidas dobradas. SEMPRE: 
 Ativo = passivo + patrimônio líquido (equação patrimonial). 
 Saldo devedor = saldo credor (equilíbrio). 
 Não há débito sem crédito e Não há crédito sem débito. 
 Situação Patrimonial = superavitária (PL+) ou deficitária (PL-). 
 
Em resumo, no método das partidas dobradas, a soma dos saldos 
das contas do ativo, no balanço patrimonial, deve ser sempre idêntica à 
soma dos saldos das contas do passivo e patrimônio líquido, de tal forma 
que, se esses dois saldos não "baterem no centavo", isso denuncia um 
erro de lançamento que precisa ser detectado e corrigido. Desse modo, o 
ativo deve ser sempre igual ao passivo total (MÜLLER, 2009, p. 17). 
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Caso necessário, poderá haver a correção de algum registro 
realizado de modo indevido, o mesmo deve ocorrer mediante o estorno 
do lançamento. O estorno é usado na ocorrência de lançamentos feitos 
em duplicidade ou quando são realizados de forma errada, ou seja, 
lançados indevidamente no débito ou no crédito. 
Sempre que algum lançamento for realizado de modo indevido 
deve ser feito o estorno por outro lançamento que tem por objetivo 
regularizar o lançamento da conta debitada ou creditada indevidamente, 
mediante a alteração para a conta apropriada (SANTOS, 2014). 
 
Visualização dos registros: análise de Razonetes 
Nas ciências contábeis, razonete deriva da razão, ele é uma versão 
simplificada, uma forma didática da razão. É um instrumento didático 
para desenvolver o raciocínio contábil. Ele foi criado para ser um recurso 
que ajude o entendimento da mecânica dos lançamentos contábeis. 
Através do razonete são feitos os registros individuais por conta, 
dispensando-se o método por balanços sucessivos. Razonete é uma 
ferramenta com representação gráfica em forma de "T", onde: 
 
No lado esquerdo do razonete são lançados débitos (saldos devedores) 
e no lado direito são lançados os créditos (saldos credores), 
ficando o nome da conta na parte de cima do “T”. 
 
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Sendo assim, de um lado do razonete registram-se os aumentos e 
do outro as diminuições. A natureza da conta é que determina que lado 
deve ser utilizado para aumentos e para diminuições. 
Toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo são lançados no lado 
esquerdo do razonete (lado do débito). Toda conta de Passivo ou PL, bem 
como os acréscimos, serão lançados no lado direito do razonete (lado do 
crédito). Toda diminuição de Ativo será lançada no lado direito e toda 
diminuição de Passivo será lançada no lado esquerdo do razonete. 
Em resumo, a importância dos razonetes é principalmente didática, 
para ajudar a entender como as operações de uma empresa ou 
organização são processadas pela contabilidade. Na prática, a fonte de 
dados para aobtenção do balancete (fonte do BP e DRE), é o Livro Diário. 
 
Para apuração dos razonetes deve seguir as regras: 
em contas de Ativos = saldo devedor – saldo credor 
em contas de Passivos e PL = saldo credor – saldo devedor 
para contas de Resultados = saldo receitas – saldo despesas 
 
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Livros Diário e Razão 
A escrituração contábil (mensuração das movimentações 
monetárias dos fatos contábeis) é realizada nos livros Diário e Razão, 
sendo estes considerados como os mais importantes dentro da empresa, 
onde se poderá reconhecer todas as transações realizadas, o tipo de 
transação, a data da ocorrência, o valor, com quem foi realizada a 
transação e de que forma ela impacta na empresa. 
 
De acordo com Santos (2014), a obrigatoriedade da escrituração 
está compreendida também no projeto Sistema Público de Escrituração 
Digital (SPED), instituído pelo Decreto nº. 6022/07, que contempla o SPED 
Contábil, ou Escrituração Contábil Digital (ECD), e o SPED Fiscal, ou 
Escrituração Fiscal Digital (EFD). 
A escrituração digital é uma obrigatoriedade às empresas 
tributadas pelo lucro real e lucro presumido nos Livro Diário e Razão e 
seus auxiliares, se houver, e Livro de Balancetes Diários, Balanços e fichas 
de lançamento comprobatórias, no caso de documento on-line. 
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3.. Auditoria Contábil 
De acordo com Ribeiro e Coelho (2013), a auditoria é uma das 
técnicas contábeis que busca executar procedimentos selecionados 
buscando adquirir evidência referente aos valores e divulgações que 
foram apresentados nas demonstrações contábeis. A auditoria pode ser 
interna ou externa. 
A auditoria interna ou operacional é aquela executada por 
auditores que integram o quadro de empregados da própria entidade. 
Consiste no exame, na avaliaç ã o e no monitoramento da adequação e 
efetividade do controle interno, com o objetivo de adicionar valor e 
melhorar as operaç õ es de uma organização. 
Com relação à auditoria externa ou independente é aquela 
executada por auditores independentes (contadores devidamente 
habilitados) a exercer atividades de investigação nas Cias que os 
contratam para esse fim. 
O processo de auditoria é utilizado buscando elevar o grau de 
confiabilidade dos usuários em relação a seu objeto. Acerca do objeto 
da auditoria, esse poderá variar conforme seu propósito, ou seja, se a 
finalidade for examinar a veracidade das informações apresentadas nas 
demonstrações contábeis o objeto será a própria demonstração contábil. 
Se o objeto for verificar a confiabilidade dos controles internos da 
empresa, o objeto será nos controles internos. 
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Existem tipos diferentes de auditoria, variando conforme sua 
finalidade, onde se apresentam as auditoria das demonstrações 
contábeis; auditoria de gestão; auditoria de sistemas; auditoria fiscal e 
tributária. 
Para Attie (2011), o método de auditoria praticado com base nas 
contas de fornecedores e contas a pagar, por exemplo, tem como 
objetivo definir se as contas a pagar representam a realidade da empresa 
referente às obrigações correntes; se os valores vinculados às contas a 
pagar estão classificados de modo adequado e se estão em conformidade 
com os princípios contábeis e se as contas a pagar contemplam todas as 
obrigações vigentes na empresa conforme o período analisado. 
Quando o auditor faz o exame das demonstrações contábeis, ele 
deverá aplicar os testes de observância (aplicados geralmente a 
processos de controles internos) ou testes substantivos (aplicados na 
análise de demonstrativos contáveis) a fim de coletar evidências 
suficientes que embasem sua opinião no relatório de auditoria. 
Considerando as demonstrações contábeis, os principais grupos de 
contas que devem ser examinados são: BP nas contas do ativo; BP nas 
contas do passivo; DRE nas contas de resultado. 
A análise das contas é de extrema relevância, pois é a partir desse 
exame que o profissional consegue afirmar a veracidade da 
documentação e dos registros realizados pela empresa. 
 
 
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4.. Análise de balanço 
 Conforme Santos (2014), a análise de balanço visa a interpretação 
das demonstrações contábeis. A técnica inicia a partir da contabilização 
dos eventos que ocorreram na empresa. Posteriormente, eles são 
compilados em relatórios uniformes e então analisados. 
Nesse processo, as informações econômico-financeiras são 
convertidas para a tomada de decisão, por uma análise que objetiva 
especificar: 
 a situação econômico-financeira atual; 
 os motivos que definem a evolução ou o declínio da empresa; 
 as tendências ou projeções futuras; 
 a eficiência ou a ineficiência com relação ao uso dos recursos; 
 a demonstração de falhas e acertos da administração; 
 a adequação/inadequação das origens e aplicações de recursos. 
 
A análise de balanço pode ser interna e externa. Se a análise for 
interna, o exame realizado interessa aos sócios e acionistas, objetivando 
analisar a posição atual e as perspectivas futuras da empresa. Se a análise 
for externa é realizada para acesso do público externo da Cia, como 
credores e investidores que podem avaliar o equilíbrio empresarial. 
Os analistas, tanto interno, quanto externo, realizam a análise de 
balanço buscando atender a objetivos distintos e específicos, como: 
 avaliação da capacidade de cumprimento das obrigações da 
empresa em curto e longo prazo; 
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 avaliação de investimentos em ações que são negociadas na bolsa 
de valores; 
 análise das demonstrações objetivando a alienação, fusão, cisão, 
incorporação ou associação de empresa;  análise de rentabilidade; 
 análise da posição patrimonial econômica e financeira. 
A análise de balanço é de extrema relevância. 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas contábeis e princípios fundamentais de contabilidade 
Contabilidade: Código da Unidade: 2478 
https://sagahcm.sagah.com.br/sagahcm/sagah_ua_dinamica/14544731#leia 
 
Partidas Dobradas: processo de contabilização, lançamentos contábeis, métodos e processo 
Contabilidade: Código da Unidade:2484 
https://sagahcm.sagah.com.br/sagahcm/sagah_ua_dinamica/16688613 
 
O Método das Partidas Dobradas 
Contabilidade Básica: Código da Unidade: 9930 
https://sagahcm.sagah.com.br/sagahcm/sagah_ua_dinamica/16712954 
 
https://sagahcm.sagah.com.br/sagahcm/sagah_ua_dinamica/14544731#leia
http://catalogo.sagah.com.br/Catalogo/catalogo.php
https://sagahcm.sagah.com.br/sagahcm/sagah_ua_dinamica/16688613
https://sagahcm.sagah.com.br/sagahcm/sagah_ua_dinamica/16712954
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