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CONTABILIDADE GERAL - Resumo Aula 1

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CONTABILIDADE GERAL
A TÉCNICA CONTÁBIL
DEFINIÇÃO
Funcionamento das contas. Técnica de escrituração contábil. Balancete de verificação. Demonstrações contábeis simplificadas.
PROPÓSITO
Apresentar os conceitos essenciais ao entendimento da técnica contábil, bem como o processo de reconhecimento e mensuração contábil de eventos econômicos e o levantamento de demonstrações contábeis simplificadas.
MÓDULO 1
Definir a Contabilidade e seus objetivos
CONTABILIDADE: PROPÓSITO E FUNDAMENTOS
1. OBJETIVO, USUÁRIOS E TIPOS
A Contabilidade é o processo sistemático de medir a atividade econômica de uma empresa e fornecer informações úteis para subsidiar a tomada de decisões econômicas.
QUAL É O OBJETIVO DA CONTABILIDADE?
Ele é tríplice:
· Registrar ou traduzir os eventos econômicos para uma linguagem universal;
· Mensurar ou atribuir valor aos eventos econômicos traduzidos;
· Divulgá-los ou apresentá-los aos usuários da informação contábil.
Sejam eles complexos ou triviais, esses eventos são processados, reduzidos às suas partes elementares e ordenados de forma lógica.
Periodicamente, essas informações são resumidas em relatórios contábeis que contêm as variações de riqueza ao longo do tempo. Eles podem ser utilizados pelos usuários para compreender a situação financeira da empresa e subsidiar a tomada de decisões.
Eventos econômicos > Processo da contabilidade financeira > Demonstrações contábeis > Eventos econômicos
MAS QUEM SÃO OS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL?
Elaborado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o documento CPC 00 - estrutura conceitual para relatório financeiro é claro ao defini-los como provedores de financiamento para a entidade. Esses usuários, portanto, são exaustivamente citados no documento em questão como investidores e credores existentes e em potencial.
Fonte: (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2019, p. 1, 2)
Além disso, o CPC versa sobre a condição secundária de outros usuários, como os reguladores e o público em geral, em relação a investidores e credores:
‘’Outras partes, como reguladores e o público em geral, que não investidores, credores por empréstimos e outros credores, podem também considerar relatórios financeiros para fins gerais úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros grupos.’’
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2019, p. 1.
Ainda que a divulgação da informação contábil esteja voltada a provedores de financiamento para a entidade, como investidores e credores, sua utilização como elemento de apoio à tomada de decisão não se limita a esses grupos.
Com isso em mente, elencaremos agora os principais usuários da informação contábil e suas necessidades de informação:
	Usuários
	Necessidade de informação
	Investidores
	Retorno sobre o capital investido; potencial de crescimento do valor econômico da entidade.
	Empregados
	Segurança no emprego; parcela da riqueza gerada direcionada aos empregados em comparação com os proprietários.
	Credores
	Capacidade de pagamento de principal e juros; garantias disponíveis em caso de inadimplência.
	Fornecedores
	Risco de crédito da organização; prazo de pagamento de fornecedores.
	Clientes
	Segurança na oferta de suprimentos e serviços; capacidade de continuidade da empresa.
	Governo
	Recolhimento de impostos.
Fonte: (BRITTON; WATERSTON, 2006)
UM TIPO ADICIONAL DE USUÁRIO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL É REPRESENTADO PELOS ADMINISTRADORES DA ENTIDADE.
Contudo, a administração não precisa se basear em relatórios financeiros para fins gerais, pois ela pode obter internamente as informações financeiras de que necessita, podendo recorrer, inclusive, a análises gerenciais sob diferentes cenários e pressupostos que não se limitem às regras estritas da contabilidade financeira.
TIPOS DE CONTABILIDADE
Essa divisão é um arranjo criado para contextualizar as diversas aplicações do setor, constituindo, assim, um misto de doutrina e pronunciamentos.
Há quatro tipos de aplicações da Contabilidade:
Contabilidade financeira
Objeto de nosso material de estudo, a contabilidade financeira segue estritamente os pronunciamentos, sendo a responsável pela principal fonte de informações das empresas comerciais aos usuários externos.
Contabilidade pública
Segue uma lógica similar à da contabilidade financeira, mas aplica-se aos entes públicos, como a união, os estados e os municípios.
Contabilidade gerencial
Trata-se de uma versão das contabilidades financeira e pública – sobretudo, a primeira – voltada para usuários internos, não estando limitada às leis ou a outros regulamentos vinculantes. É uma reelaboração das informações contábeis originadas nessas duas contabilidades sob cenários e pressupostos definidos pela administração.
Contabilidade fiscal
Ajuste aplicado na contabilidade financeira com o propósito de transformar o resultado contábil em fiscal, o que representa o fato gerador e a base de cálculo de tributos sobre o lucro, como o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido.
BASE NORMATIVA DA CONTABILIDADE
Seus princípios representam a essência de doutrinas e teorias relativas à Contabilidade de acordo com o entendimento predominante nos universos científico e profissional. Tais princípios regem o fenômeno contábil e devem ser observados pelas entidades na aplicação da contabilidade financeira.
No Brasil, os princípios de contabilidade são definidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) desde que houve a decisão de convergi-los aos padrões contábeis internacionais por meio da Lei nº 11.638/17. A partir daí, o comitê foi o encarregado de realizar a transição dos padrões contábeis emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB) para o ambiente doméstico.
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo:
[...] o estudo, o preparo e a emissão de documentos técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e à uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade brasileira aos padrões internacionais.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2005
O CPC possui quatorze membros: cada uma das sete entidades* que o formam pode nomear dois deles. Além desse contingente, são convidados a participar representantes de outras entidades privadas e de reguladores do mercado financeiro.
*Sete entidades
Associação de Companhias Abertas (Abrasca); Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Nacional); Brasil, Bolsa, Balcão (B3); Conselho Federal de Contabilidade (CFC); Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon); Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi); e entidades representativas de investidores do mercado de capitais.]
Em 4 de outubro de 2016, o CFC revogou duas resoluções (as de nº 750/93 e 1282/10) que estabeleciam os enunciados dos princípios fundamentais de Contabilidade.
A partir daí, a referência para a elaboração de padrões contábeis passou a ser a estabelecida no CPC 00 - estrutura conceitual para relatório financeiro.
Produtos elaborados pelo CPC, os pronunciamentos técnicos, as orientações e as interpretações não têm valor normativo, pois o comitê não tem competência legal para tal.
Isso garante que:
· A divulgação financeira será relevante para os investidores;
· Os requisitos de reconhecimento e de mensuração serão baseados nas características qualitativas da informação contábil.
Dessa forma, para que eles se tornem obrigatórios, é necessário que os reguladores, que detêm a competência normativa, os referendem por meio de atos normativos.
Exemplo
Para que os Comitês de Pronunciamento Contábil (CPCs) se tornem obrigatórios para as sociedades anônimas de capital aberto, a Comissão de Valores Imobiliários precisa referendá-los. No caso das instituições financeiras, é o Conselho Monetário Nacional (CMN) que deve fazê-lo – e assim por diante, sempre de acordo com o segmentoregulado.
De maneira geral, os reguladores referendam os pronunciamentos assim que o CPC os emite.
Exceção - A única exceção é o CMN. Este conselho referendou poucos pronunciamentos para o Sistema Financeiro Nacional, como, por exemplo, o IFRS 9 (CPC 48), que trata de instrumentos financeiros.
O profundo efeito desse pronunciamento nas instituições financeiras e o risco que uma convergência precipitada poderia trazer para a estabilidade financeira levaram o CMN e o Banco Central a estabelecerem um cronograma de convergência que estimasse os impactos dessa norma no sistema financeiro.O profundo efeito desse pronunciamento nas instituições financeiras e o risco que uma convergência precipitada poderia trazer para a estabilidade financeira levaram o CMN e o Banco Central a estabelecerem um cronograma de convergência que estimasse os impactos dessa norma no sistema financeiro.
Saiba mais
Mesmo emitido pelo CPC no final de 2016 e em vigor para as demais entidades a partir de janeiro de 2018, o IFRS 9 (CPC 48) não foi referendado pelo CMN até o primeiro semestre de 2020.
Além dos CPCs, as entidades comerciais que atuam no Brasil estão sujeitas a outras normas que afetam a contabilidade financeira, como, por exemplo, a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas).
Profundamente alterada pela Lei nº 11.638/07, que instituiu a obrigatoriedade da convergência às normas internacionais de Contabilidade, a Lei das Sociedades Anônimas aplica-se a:
Sociedades por ações de capital aberto ou fechado.
Empresas de grande porte*, ainda que elas sejam constituídas na forma de sociedade de capital limitado.
*São consideradas empresas limitadas de grande porte as que possuem um ativo total superior a R$240 milhões ou uma receita bruta anual acima de R$300 milhões.
A adoção das normas internacionais de Contabilidade fundiu os CPCs à base normativa aplicável às empresas comerciais.
Sendo assim, o que existe hoje em dia são leis comerciais combinadas com os CPCs.
As organizações estão sujeitas à normatização emitida pelas próprias autoridades regulatórias do setor econômico em que atuam.
PRESSUPOSTOS BÁSICOS
Os pressupostos básicos da informação contábil representam o ponto de partida de qualquer desenvolvimento contábil, já que eles constituem a base dos critérios de reconhecimento e mensuração dos fenômenos econômicos.
Esses pressupostos são:
· Continuidade - Pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro; portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta tal circunstância. Decorre deste pressuposto que a entidade contábil continuará funcionando por tempo suficiente para cumprir seus compromissos existentes;
· Regime de competência - Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem independentemente de recebimento ou pagamento. Em oposição ao regime de caixa, o de competência desconsidera o efetivo recebimento e pagamento como determinantes do período ao qual as receitas e as despesas se referem. Seu pressuposto define o regime de apropriação de receitas e despesas da Contabilidade – e é a construção contábil mais relevante.
Tendo por alicerce esses pressupostos básicos, o CPC (2019) afirma que o objetivo das demonstrações financeiras é fornecer informações financeiras úteis para investidores e credores atuais e potenciais na tomada de decisões sobre o fornecimento de recursos para a entidade.
Tais decisões podem envolver:
1. Compra, venda ou manutenção de instrumento de patrimônio e de dívida.
2. Concessão ou liquidação de empréstimos ou outras formas de crédito.
3. Exercício de direito de votar ou influenciar de outro modo os atos da administração que afetam o uso dos recursos econômicos da entidade.
Para que sejam úteis, as informações apresentadas devem ser relevantes e representar fielmente o que dizem representar. Por isso, a relevância* e a representação fidedigna* são características qualitativas fundamentais da informação contábil útil.
*Relevância - É considerada relevante a informação útil, compreensível, oportuna e pertinente para uma tomada de decisão eficaz.
*Representação fidedigna - Informação completa, neutra e isenta de erros que representa a essência dos fenômenos econômicos.
A relevância e a representação fidedigna devem estar capacitadas, seja por seu valor preditivo ou confirmatório, para fazer a diferença nas decisões tomadas.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Além das características qualitativas fundamentais da informação contábil, o CPC(2019) elenca outras qualitativas de melhoria que ampliam o seu escopo, sendo capazes de fornecer uma representação fidedigna:
	Características qualitativas de melhoria
	Definição
	Comparabilidade
	Permite aos usuários a comparação entre as entidades, assim como aquela realizada em uma mesma entidade em períodos distintos, possibilitando a identificação e a compreensão de similaridades e diferenças entre itens.
	Verificabilidade
	Ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar. Verificabilidade significa que diferentes observadores bem informados e independentes podem chegar a um consenso de que uma representação específica é fidedigna.
	Tempestividade
	Significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para elas serem capazes de influenciar suas decisões.
	Compreensibilidade
	Decorre da adequada classificação, caracterização e apresentação de informações de modo claro e conciso.
O desafio do preparador da informação contábil é:
MAXIMIZAR AS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA TENDO EM MENTE O OBJETIVO DE PRODUZIR UMA INFORMAÇÃO ÚTIL. O EXERCÍCIO QUE ELE NÃO PODE EVITAR É A BUSCA CONSTANTE DE UM EQUILÍBRIO ENTRE AS DIVERSAS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS.
MÓDULO 2
Identificar a natureza e a dinâmica de funcionamento das contas: a equação fundamental da Contabilidade
DINÂMICA CONTÁBIL
ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
A dinâmica contábil é fundamentada na relação entre origens e aplicações de recursos. De maneira bem simples:
A origem - Indica a procedência deles.
As aplicações - Definem para onde eles vão.
Como o sistema contábil é fechado, toda origem implica uma aplicação, assim como toda aplicação exige uma origem.
As origens de recursos derivam de:
Sócios e credores 
Ambos representam os provedores de financiamento para a entidade.
Atividade operacional 
Ela representa os fluxos de caixa orgânicos gerados pela empresa.
Os sócios - Aportam recursos sem direito de regresso contra a entidade, ou seja, eles não poderão exigir a devolução dos que forem aportados.
Os credores - Fazem isso na forma de crédito, possuindo uma previsão de reembolso desses recursos por parte da entidade.
São exemplos de origens:
	Origens
	Reconhecimento
	Sócios
	Capital social (também denominado capital próprio).
	Credores
	Capital de terceiros: operações de crédito contratadas pela empresa e títulos de dívida (debêntures, notas promissórias e outros) emitidos pela entidade.
	Receitas de vendas
	Fluxos de caixa operacionais decorrentes da atividade operacional da entidade.
	Receitas de serviços
	Fluxos de caixa operacionais decorrentes da atividade operacional da entidade.
As aplicações representam a destinação das origens. Tal destinação se dá por meio da inversão desses recursos em:
1. Bens ou direitos;
2. Gastos voltados para a manutenção da atividade operacional da entidade e a consequente geração de fluxos de caixa.
	Aplicações
	Reconhecimento
	Bens tangíveis
	Dinheiro, estoques, máquinas e equipamentos, veículos e instalações.
	Bens intangíveis
	Patentes, marcas, softwares e direitos autorais.
	Direitos
	Contas e receber, operações de crédito, aplicações financeiras e contas bancárias.
	Despesas
	Gastos necessários para a geração de receitas e a manutenção da atividade operacional da empresa.
CONTAS E PLANOS DE CONTAS
O passo seguinte na compreensão da dinâmica contábil é o entendimento das contas ou rubricas contábeis. Elas são os elementosque refletem a tradução do evento econômico e acumulam os valores de sua mensuração.
As contas ou rubricas contábeis serão sensibilizadas quantitativamente quando os eventos econômicos forem processados contabilmente.
Dessa forma, é fundamental uma entidade possuir tantas contas quantas forem necessárias para expressar seu universo de possibilidades de eventos econômicos. Esse conjunto de contas é chamado de plano de contas.
O QUE É UM PLANO DE CONTAS?
Trata-se do conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina o uso das contas contábeis e uniformiza seus registros. Ele descreve a função e o uso de cada conta da empresa, estruturando e organizando, desse modo, a contabilidade dela.
As contas se agrupam em dois tipos distintos
1. Contas patrimoniais:
· Ativo - Recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual são esperados benefícios econômicos para ela.
· Passivo - Obrigação presente da entidade derivada de eventos já ocorridos cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos.
· Patrimônio líquido(PL) - Valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.
2. Contas de resultado
· Receita - Consequência de um aumento do ativo ou de uma redução do passivo.
· Despesa - Consequência de uma redução do ativo ou de um aumento do passivo.
Veremos a seguir um exemplo de conta:
Conforme frisamos, um sistema contábil possuirá tantas contas quantas forem necessárias para reconhecer os eventos econômicos praticados pela entidade.
Verificaremos a seguir um exemplo de plano de conta:
	Plano de contas
	Conta
	Código
	Ativo
	100
	Caixa
	101
	Aplicações financeiras
	102
	Contas a receber
	103
	Estoques
	104
	Máquinas e equipamentos
	105
	Instalações
	106
	Veículos
	107
	Passivo
	400
	Fornecedores
	401
	Empréstimos e financiamentos
	402
	Títulos a pagar
	403
	Patrimônio líquido
	600
	Capital social
	601
NATUREZA DAS CONTAS E EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CONTABILIDADE
Conectando os conceitos de origens e aplicações de recursos com os tipos de contas, notamos a seguinte constituição:
Aplicações de recursos 
Aplicações de recursos correspondem ao termo latino debere, que era utilizado na Idade Média para abreviar a expressão “deve sua existência”. Dessa forma, as aplicações de recursos (ou ativos e despesas) apresentam uma natureza devedora.
Origens de recursos
As origens de recursos correspondem ao latim credere, que era empregado na mesma época como uma abreviação da sentença “à confiança de”. Dessa maneira, as origens de recursos (ou passivos, patrimônio líquido e receitas) apresentam uma natureza credora.
SAIBA MAIS
Nosso passo seguinte será a definição da natureza das contas. A sensibilização delas é feita por meio de um mecanismo denominado lançamento. Ele obedece ao método das partidas dobradas, cuja premissa é a seguinte:
A todo débito (ou aplicação) corresponde um crédito (ou origem) de igual valor.
O QUE ISSO SIGNIFICA?
Significa que o lançamento se manifesta por meio de débitos e créditos que devem ser iguais. No entanto, para compreendermos melhor a dinâmica das contas e o lançamento contábil, será fundamental trazermos para essa discussão a natureza das contas.
Lançamentos da mesma natureza da conta aumentam seu saldo. 
Lançamento de natureza oposta reduzem o saldo dela.
O quadro a seguir apresenta os tipos de contas, sua natureza e a dinâmica de funcionamento delas:
	Contas
	Natureza
	Aumentam
	Diminuem
	Ativo
	Devedora
	Lançamentos a débito
	Lançamentos a crédito
	Passivo
	Credora
	Lançamentos a crédito
	Lançamentos a débito
	Patrimônio líquido
	Credora
	Lançamentos a crédito
	Lançamentos a débito
	Receita
	Credora
	Lançamentos a crédito
	Lançamentos a débito
	Despesa
	Devedora
	Lançamentos a débito
	Lançamentos a crédito
Combinando as informações apresentadas até aqui, notamos que:
1. A contabilidade é um sistema fechado;
2. As origens igualam as aplicações, ou os débitos igualam os créditos;
3. As contas se agrupam em dois grupos distintos: patrimoniais e de resultado.
Podemos formular igualdades entre os diversos elementos da Contabilidade que darão origem às suas equações fundamentais. Tomando as contas patrimoniais, vemos que:
Aplicações = origens
Ativo = passivo + patrimônio líquido
Ativo - passivo = patrimônio líquido
A equação fundamental da Contabilidade configura apenas a expressão algébrica do balanço patrimonial. Conheceremos uma versão simplificada disso a seguir:
CIA ZZZ
Do ponto de vista das contas de resultado, temos o seguinte:
Receitas - despesas = resultado
Por sua vez, a equação do resultado compõe a expressão algébrica da demonstração dele. Notemos a seguir uma versão simplificada disso:
CIA ZZZ
POSSÍVEIS ESTADOS PATRIMONIAIS
O PATRIMÔNIO LÍQUIDO É A DIFERENÇA ENTRE ATIVOS E PASSIVOS. COM UM CARÁTER ABSTRATO, ELE REPRESENTA A RIQUEZA LÍQUIDA DA ENTIDADE.
EXEMPLO
No encerramento das atividades de uma entidade, a realização dos ativos e, em seguida, a liquidação dos passivos teriam como resíduo o patrimônio líquido.
Dependendo da composição dos ativos e passivos, o PL, enquanto valor residual de ambos, pode assumir cinco estados distintos:
MÓDULO 3
Descrever a escrituração contábil e os livros contábeis obrigatórios
ESCRITURAÇÃO
Apresentaremos a seguir as normas de escrituração contábil*. Delineada segundo as diretrizes das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), a NBC T 2 normatiza essa escrituração.
* Escrituração contábil - Registro cronológico e específico da natureza de todos os fatos que ocorrem na empresa.
A ITG 2000 (R1), por sua vez, estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais.
Observemos uma compilação das prescrições mais relevantes da NBC T 2:
· 2.1.1 - A entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico.
· 2.1.2 - A escrituração será executada:
· em idioma e moeda corrente nacionais;
· em forma contábil;
· em ordem cronológica de dia, mês e ano;
· com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens;
· com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.
· 2.1.2.1 - A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das transações.
· [...] 2.1.5 – O "diário" e o "razão" constituem os registros permanentes da Entidade.
· [...] 2.2.1 – A documentação contábil compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, que apoiam ou compõem a escrituração contábil.
· 2.2.1.1 - Documento contábil, estrito-senso, é aquele que comprova os atos e fatos que originam lançamento(s) na escrituração contábil da Entidade.
· [...] 2.2.4 – A entidade é obrigada a manter em boa ordem a documentação contábil.
· [...] 2.4.1 – Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de um registro realizado com erro, na escrituração contábil das Entidades.
· 2.4.2 - São formas de retificação:
· a – o estorno;
· b – a transferência;
· c – a complementação.
· 2.4.2.1 - Em qualquer das modalidades supramencionadas, o histórico do lançamento deverá precisar o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento de origem.
· 2.4.3 - O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente.
· 2.4.4 - Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta indevidamente debitada ou creditada, por meio da transposição do valor para a conta adequada.
· 2.4.5 - Lançamento de complementação é aquele que vem, posteriormente, complementar, aumentando ou reduzindo, o valor anteriormente registrado.
· 2.4.6 - Os lançamentos realizados fora da época devida deverão consignar, nos seus históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do atraso.
ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
CONCEITO
Atos administrativos - Os atos administrativos não provocam alterações dos elementos do patrimônioou do resultado, não fazendo, portanto, parte do escopo da Contabilidade. Exemplo: orientar os estagiários e parabenizar os aniversariantes do mês.
fatos administrativos - Também denominados fatos contábeis, os fatos administrativos, por outro lado, provocam alterações dos elementos de ambos, constituindo, desse modo, parte do escopo da Contabilidade. Por conta disso, eles serão nosso objeto de estudo neste módulo.
	CLASSIFICAÇÃO
Os fatos administrativos (ou contábeis) classificam-se em:
a) Fatos permutativos (ou compensativos)
Apesar de não provocarem alterações no valor do patrimônio líquido, eles têm a capacidade de modificar a composição dos demais elementos patrimoniais.
Os fatos permutativos podem refletir:
1. Reclassificações dentro do mesmo grupamento contábil (ativos, passivos ou PL).
2. Trocas entre ativos e passivos.
Apresentaremos alguns exemplos disso a seguir:
b) Fatos modificativos aumentativos e diminutivos
Eles provocam alterações no valor do PL que correspondem a um aumento ou a uma redução de valor equivalente no passivo ou no ativo.
c) Fatos mistos ou compostos
Combinando fatos permutativos e modificativos, eles podem ser
Aumentativos - Combinam fatos permutativos e modificativos aumentativos.
Diminutivos - Mesclam fatos permutativos e modificativos diminutivos.
Destacaremos um exemplo dos fatos mistos aumentativos:
Venda de ativos por preço superior ao valor contábil, havendo, portanto, lucro. Neste caso, a permuta entre o valor do ativo e os recursos recebidos não é equivalente, pois estes excedem o valor daquele. Essa diferença (lucro) aumenta o patrimônio líquido.
Agora observaremos um exemplo dos diminutivos:
Venda de ativos por preço inferior ao valor contábil, havendo, portanto, um prejuízo. Neste caso, a desigualdade na permuta é desfavorável à entidade, pois o valor do ativo excede o dos recursos recebidos. Essa diferença (prejuízo) reduz o patrimônio líquido.
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E LANÇAMENTO
Técnica contábil utilizada para o registro dos fatos administrativos ocorridos na entidade, a escrituração é feita por intermédio de lançamentos registrados em livros contábeis obrigatórios.
EXEMPLO - Livro diário e livro razão (ambos serão explorados mais à frente).
Conforme indica a figura a seguir, a escrituração forma a base do processo contábil:
O QUE É O LANÇAMENTO?
Trata-se de um procedimento contábil por meio do qual as contas ou as rubricas contábeis são sensibilizadas. O lançamento obedece ao método das partidas dobradas, cuja premissa é de que todo débito (ou aplicação) corresponde a um crédito (ou origem) de igual valor.
Isso significa que o lançamento se manifesta por meio de débitos e créditos que devem ser iguais.
Qual é o conjunto de informações obrigatórias presentes no lançamento?
· Local e data do registro;
· Contas debitadas;
· Contas creditadas;
· Histórico da operação;
· Valor da operação.
VEJAMOS O SEGUINTE EXEMPLO:
Aquisição de máquinas e equipamentos no valor de R$20.000 conforme nota fiscal XYZ001, com pagamento à vista de metade do valor em 02.01.X1.
O lançamento contábil pode assumir quatro representações distintas. Denominados fórmulas, esses lançamentos se distinguem pela quantidade de contas que é envolvida em um processo:
a) Lançamento de 1ª fórmula
· Débito e crédito de apenas uma conta.
Observemos este exemplo:
Recebimento de serviços prestados no valor de R$100.000 por meio de TED.
b) Lançamento de 2ª fórmula
· Débito de uma conta e crédito de outra.
Notemos o exemplo a seguir:
Refinanciamento parcial de empréstimo no banco pelo valor de R$100.000, metade por meio de resgate em conta corrente e a outra por intermédio de emissão de nota promissória.
c) Lançamento de 3ª fórmula
· Débito de mais de uma conta e crédito de apenas uma conta.
Vejamos este exemplo:
Subscrição de capital no valor de R$100.000, metade por meio de TED e a outra por intermédio de mercadorias.
d) Lançamento de 4ª fórmula
· Débito e crédito de mais de uma conta.
Olhemos o exemplo a seguir:
Venda de imobilizado por R$100.000 com lucro de R$20.000. Metade do valor é recebido à vista por meio de TED; o restante, a prazo.
LIVRO DIÁRIO E LIVRO RAZÃO
Livro diário - Deve registrar todas as movimentações diárias de valor que possam modificar a situação patrimonial de uma empresa. Todas as operações devem ser lançadas nele em ordem cronológica, do primeiro ao último dia do ano, com individualização, clareza e referência aos documentos comprobatórios dos fatos.
Livro razão - Também é um livro contábil obrigatório para as empresas. Sua finalidade é apresentar a movimentação analítica das contas escrituradas no livro diário e constantes no balanço da empresa. Por meio dele, é possível fazer o controle de forma individualizada e detalhada, além de manter os registros de todos os dados em aberto e contas a pagar ou a receber.
Os livros diário e razão, portanto, são complementares.
Livro diário
Mantém a escrituração de todas as operações realizadas pela entidade.
Livro razão
Toma esses registros e os classifica segundo cada conta envolvida.
Na sequência, veremos um exemplo da aplicação desses livros obrigatórios.
A empresa ABC realizou os seguintes as operações:
1. Constituição da empresa com aporte de capital em dinheiro no valor de R$100.000 em 01.01.X1;
2. Aquisição de instalações por R$20.000, metade à vista, em 01.02.X1;
3. Aquisição de máquinas e equipamentos à vista por R$10.000 em 01.03.X1;
4. Aquisição de estoques a prazo por R$15.000 em 01.04.X1;
5. Compra de veículos à vista por R$5.000 em 01.05.X1;
6. Pagamento de fornecedores no valor de R$7.500 em 01.06.X1.
O livro diário recebe toda a escrituração da companhia conforme aponta esta tabela:
O livro razão também pode ser apresentado na forma de razonetes.
Notemos que a movimentação das contas nas duas representações obedece à natureza devedora ou credora:
MÓDULO 4
Esquematizar o balancete de verificação e as demonstrações contábeis simplificadas
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SIMPLIFICADAS
 Balancete de verificação
Resgatando uma vez mais a ideia de que a Contabilidade forma um sistema fechado, no qual, em cada lançamento, o total de débitos iguala o de créditos, é fácil deduzir o seguinte:
A qualquer momento, o total de débitos também iguala o total de créditos para o conjunto de lançamentos registrado no livro diário.
A verificação periódica dessa igualdade é feita por meio do balancete de verificação.
EM QUE CONSISTE O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO?
Trata-se da listagem de todas as contas de uma entidade que, apresentando seus respectivos saldos, são ordenadas segundo o grupo patrimonial ou de resultado a que pertencem.
QUAL É O PROPÓSITO DESSE BALANCETE?
Checar a consistência dos lançamentos realizados no período, ou seja, a igualdade entre o total de saldos devedores e credores, para autorizar o uso das contas na preparação das demais demonstrações contábeis.
Esta tabela apresenta um exemplo de balancete de verificação baseado nos dados utilizados nos exemplos anteriores:
DETALHAMENTO DOS GRUPOS PATRIMONIAIS
Analisaremos agora o detalhamento dos seguintes grupos:
a) Ativos
Enquanto recursos controlados pela entidade como o resultado de eventos passados e dos quais são esperados benefícios econômicos para ela, os ativos podem ser resumidos objetivamente como bens e direitos.
Em ordem decrescente de liquidez, os ativos podem ser classificados como:
Ativos circulantes
Segundo o CPC (2011, p. 66), isso ocorre quando eles satisfazem a qualquer um destes critérios:
· Realizados, vendidos ou consumidos no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
· Mantidos essencialmente com o propósito de serem negociados;
· Realizados até doze meses após a data do balanço;
· São caixa ou o equivalente de caixa.
Exemplo: Caixa, aplicações, contas a receber, estoques e despesas antecipadas.
Ativos não circulantes
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes, inclusive os tangíveis, intangíveis e financeiros de natureza de longo prazo. De acordo com o CPC (2011, p. 67), o ativo não circulanteprecisa ser subdividido em:
· Realizável a longo prazo;
· Investimentos;
· Imobilizado;
· Intangível.
b) Passivos
Os passivos são obrigações presentes da entidade derivadas de eventos já ocorridos cuja liquidação gere a expectativa de que ela irá resultar na saída de recursos.
Eles também podem ser classificados como:
Passivos circulantes
Segundo o CPC (2011, p. 69), eles serão circulantes se satisfizerem a qualquer um dos seguintes critérios:
· Liquidados durante o ciclo operacional normal da entidade;
· Mantidos essencialmente para a finalidade de serem negociados;
· Liquidados no período de até doze meses após a data do balanço.
Exemplo: Caixa, aplicações, contas a receber, estoques e despesas antecipadas.
Passivos não circulantes
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. Em regra, trata-se daqueles cujo vencimento se dá após o término do exercício seguinte.
Atenção
Os exemplos de passivos circulantes e não circulantes são, em geral, idênticos. A exceção fica por conta dos exemplos do prazo de vencimento, como contas a pagar, empréstimos e financiamentos, obrigações diversas e contingências.
c) Patrimônio líquido
Valor residual dos ativos da entidade depois da dedução de todos os seus passivos.
O PL DEVE APRESENTAR:
· Capital social;
· Reservas de capital;
· Ajustes de avaliação patrimonial;
· Reservas de lucros;
· Ações ou quotas em tesouraria;
· Prejuízos acumulados;
· Lucros acumulados (legalmente admitidos);
· Demais contas exigidas pelos pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC.
d) Demonstrações contábeis
O passo final é organizar as contas para a apresentação. Há várias maneiras de organizá-las – e cada uma delas corresponde a um determinado ponto de vista sobre a situação econômico-financeira da entidade.
BALANÇO PATRIMONIAL SIMPLIFICADO
O balanço patrimonial é a demonstração contábil de uma organização que apresenta o saldo das contas patrimoniais no encerramento do período.
Quais itens devem constar no balanço patrimonial?
· Todos os bens e direitos (ativos);
· Obrigações (passivos);
· Patrimônio líquido em determinada data.
Trata-se de uma posição de estoque, uma posição estática ou uma fotografia de certo momento da empresa.
Esta figura traduz um exemplo de balanço patrimonial simplificado baseado nos exemplos indicados ao longo deste tema:
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
A demonstração de resultado (DR) é a que detalha a variação das contas de resultado, ou seja, as receitas e as despesas. O produto da DR resulta do confronto entre ambas, podendo ser positivo ou negativo.
Caso a variação das receitas exceda a das despesas, ocorre o lucro, havendo, desse modo, um aumento do patrimônio líquido. Do contrário, registra-se um prejuízo, ou seja, a redução desse patrimônio.
Dica
Enquanto o balanço patrimonial configura uma demonstração de estoque, a DR é uma demonstração de fluxo.
Adaptado de Iudícibus (1998), o exemplo a seguir ilustra de forma simplificada os procedimentos para a elaboração de uma DR:
A companhia DEF realizou as seguintes operações envolvendo receitas e despesas:
1. Em 01.01.X1: Pagamento de despesas de material de escritório no valor de R$25.000;
2. Em 01.02.X1: Compra a prazo de peças para reparo (empregadas nos serviços prestados) no valor de R$110.000;
3. Em 01.03.X1: Recebimento de receita por serviços prestados no valor de R$445.000;
4. Em 01.04.X1: Emissão de fatura por serviços prestados no valor de R$580.000;
5. Em 01.05.X1: Pagamento de salários no valor de R$450.000;
6. Em 01.06.X1: Pagamento de aluguel da loja no valor de R$40.000.
Partidas de diário:
Apresentaremos agora o transporte das partidas de diário para os razonetes apenas das contas de receita e despesa:
APURAÇÃO DO RESULTADO AO FINAL DO PERÍODO
Ela é realizada pelo emprego de dois lançamentos cuja contrapartida é feita pela rubrica apuração do resultado.
1º lançamento
Encerra todas as contas de despesa, transferindo seus saldos para essa apuração.
2º lançamento
Encerra todas as contas de receita, havendo a mesma transferência.
Do confronto de receitas e despesas nessa apuração, obtém-se o resultado líquido do período: lucro ou prejuízo.
Vejamos um exemplo disso:
Transferência dos saldos de despesas para a apuração do resultado:
Transferência dos saldos de receitas para a apuração do resultado:
Ajustando os razonetes, temos:
Por fim, a demonstração do resultado:
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, você aprendeu a aplicar a técnica contábil. A partir da identificação da natureza e da dinâmica de funcionamento das contas combinada com a técnica de escrituração contábil, foram levantados o balancete de verificação e as demonstrações contábeis simplificadas.
A Contabilidade é um processo essencial para o funcionamento das empresas. Por meio dela, os eventos econômicos são traduzidos e divulgados para o usuário final. A partir de exemplos concretos e objetivos, apresentamos conceitos essenciais ao entendimento da técnica contábil, como origens, aplicações, contas e lançamentos.
Em seguida, avançamos para o processo de reconhecimento e mensuração contábil de eventos econômicos. Por fim, analisamos o levantamento das demonstrações contábeis simplificadas.

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