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ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA DISCIPLINA: MATERIAIS DE ENGENHARIA RELATÓRIO PRÁTICA ENSAIO DE TRAÇÃO ALUNA: Alice Maria Querino do Nascimento MÁTRICULA: 1810426-1 Prof(a): Julietty Morais SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................03 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................04 3. MATERIAIS ULTILIZADOS..............................................................06 4. CALCULO NA EXPERIÊNCIA..........................................................08 5. CONCLUSÃO.....................................................................................09 6. REFERÊNCIA.................................................................................... 10 INTRODUÇÃO Este relatório advém de uma prática realizada no dia xx de outubro de 2020 no laboratório L21 da Universidade de Fortaleza – UNIFOR, no turno da manhã nesse dia. A prática é denominada de Tração a qual se utiliza um equipamento e uma amostra denominada de material dúctil que foi utilizada para esse experimento. Os dados obtidos desse experimento prático seram dados ao longo do relatório. As propriedades mecânicas dos materiais são obtidas pela realização de experimentos de laboratório cuidadosamente programados, que reproduzem o mais fielmente possível as condições de serviço. Entre os fatores que devem ser considerados incluem-se a natureza da carga aplicada e a duração de sua aplicação, assim como as condições ambientais. A carga pode ser de tração, compressão ou cisalhamento e sua magnitude pode ser constante ao longo do tempo ou pode variar continuamente. O tempo de aplicação pode ser de apenas uma fração de segundo ou pode se estender ao longo de um período de muitos anos. A temperatura de operação também pode ser um fator importante. Os engenheiros de materiais e engenheiros metalúrgicos estão preocupados com a produção e a fabricação de materiais para atender às exigências de serviço previstas por essas análises de tensão. Isso envolve necessariamente uma compreensão das relações entre a microestrutura (isto é, as características internas) dos materiais e suas propriedades mecânicas. Com frequência, os materiais são selecionados para aplicações estruturais em razão de suas combinações desejáveis de características mecânicas, como mostra a Imagem 1 que foi uma foto tirada da explicação do ensaio de tração. Imagem 1: Explicação do conteúdo Fonte: Arquivo Pessoal, outubro de 2020. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Essa fundamentação se vem desde o conteúdo da AV1 que relata de um material dúctil, vale lembrar que, com exceção do ferro fundido é de por exemplo 0,08%.O material dúctil com o aumento de energia ou de calor ele altera suas propriedades, alterando assim suas dimensões também seu comportamento. Em outras palavras, se uma carga é estática ou se varia de maneira relativamente lenta ao longo do tempo e é aplicada uniformemente sobre uma seção transversal ou uma superfície de um elemento, o comportamento mecânico pode ser avaliado por um simples ensaio tensãodeformação; esses ensaios são mais comumente realizados em metais à temperatura ambiente. Há três maneiras principais pelas quais uma carga pode ser aplicada: tração, compressão e cisalhamento, nesse caso, vemos o caso do ensaio de tração. Ensaios de Tração Um dos ensaios mecânicos de tensão-deformação mais comuns é conduzido sob tração, o ensaio de tração pode ser empregado para avaliar diversas propriedades mecânicas dos materiais, que são importantes em projeto. Uma amostra é deformada, geralmente até a fratura, por uma carga de tração que é aumentada gradativamente, aplicada uniaxialmente ao longo do maior eixo de um corpo de prova. Normalmente, a seção transversal é circular, porém também são utilizados corpos de prova retangulares. Essa configuração de corpo de prova com forma de “osso de cachorro” foi escolhida de forma a que, durante o ensaio, a deformação fique confinada à região central mais estreita (que tem seção transversal uniforme ao longo do seu comprimento) e, ainda, para reduzir a probabilidade de fratura nas extremidades do corpo de prova. O diâmetro-padrão é de aproximadamente 12,8 mm (0,5 in), enquanto o comprimento da seção reduzida deve ser de pelo menos quatro vezes esse diâmetro; um comprimento de 60 mm (2 1/4 in) é comum. O comprimento útil é usado nos cálculos da ductilidade, com o valor-padrão é de 50 mm (2,0 in). O corpo de prova é preso por suas extremidades nas garras de fixação do dispositivo de testes. A máquina de ensaios de tração é projetada para alongar o corpo de prova a uma taxa constante e medir, contínua e simultaneamente, a carga instantânea aplicada (com uma célula de carga) e o alongamento resultante (usando um extensômetro). Um ensaio tensão-deformação leva, tipicamente, vários minutos para ser realizado e é destrutivo; isto é, a amostra testada é deformada de maneira permanente e geralmente é fraturada e no nosso caso, mostrou-se pelo computador a deformação da amostra. O resultado de um ensaio de tração desse tipo é registrado (geralmente em um computador) como carga ou força em função do alongamento, como mostra a Imagem 2. Essas características carga alongamento são dependentes do tamanho do corpo de prova. Por exemplo, será necessário duas vezes a carga para produzir um mesmo alongamento se a área da seção transversal do corpo de prova for dobrada. Imagem 2: Depois(quebrado) e Antes do ensaio de Tração. Fonte: Arquivo pessoal, outubro de 2020. Tensão de engenharia e deformação de engenharia Para minimizar esses fatores geométricos, a carga e o alongamento são normalizados aos seus respectivos parâmetros de tensão de engenharia e deformação de engenharia. A tensão de engenharia σ é definida pela relação mostrada na Imagem 3. Imagem 3: Fórmula da tensão Fonte: Callister, 2020. Na qual F é a carga instantânea aplicada perpendicularmente à seção transversal do corpo de prova, em unidades de newton (N) ou libra-força (lbf), e A0 é a área da seção transversal original antes da aplicação de qualquer carga (em cm² ou in2 ). As unidades da tensão de engenharia (doravante referida apenas como tensão) são megapascal, MPa (SI) (em que 1 MPa = 106 N/m² ), e libra-força por polegada quadrada, psi (unidade usual nos Estados Unidos). A deformação de engenharia ε é definida de acordo com a expressão mostrada na Imagem 4: Imagem 4: Fórmula deformação: Fonte: Callister,2020. na qual l0 é o comprimento original antes de qualquer carga ser aplicada e li é o comprimento instantâneo. Algumas vezes, a grandeza li – l0 é representada como ∆l e indica o alongamento na deformação ou a variação no comprimento a determinado instante, em referência ao comprimento original. A deformação de engenharia (doravante referida apenas como deformação) é adimensional, porém “metros por metro” ou “polegadas por polegada” são usados com frequência; o valor da deformação é, obviamente, independente do sistema de unidades. Algumas vezes, a deformação também é expressa como porcentagem, em que o valor da deformação é multiplicado por 100. MATERIAIS ULTILIZADOS Equipamento Corpo de prova com seção retangular de Aço 1008 com espessura de 2,9 mm (Milímetros), comprimento de 76 mm e largura de 11,7 mm; Lousa Apagador Pincel Paquímetro Celular Calculadora Científica Computador Imagem 5: Paquímetro sendo utilizado em aula. Fonte: Arquivo Pessoal, outubro de 2020. GRÁFICO TENSÃO DEFORMAÇÃO E SEUS RESULTADOSImagem 6 : Gráfico tensão deformação Fonte: Arquivo pessoal, outubro de 2020. Com os resultados obtidos com a experiencia e com a análise do gráfico de tençãodeformação foi possível ver que, a tenção máxima obtida foi de 334,2 Mpa (Mega pascal), esse resultado obtido pela máquina foi feita através do cálculo de tenção, no qual é feito 𝝈 = 𝑭/𝑨𝒐 onde o σ e o valor obtido pela máquina que e de 359 Mpa., e com isso podemos ver que a força, F. Essa tenção máxima divide o gráfico em duas partes, a esquerda desse ponto, que é a região de estreitamento, que vai até a o rompimento, essa região do gráfico a qual começa o decaimento que seria no experimento o momento ao qual o aço começava a se estreitar de uma maneira mais significativa em um ponto até que ocorresse o rompimento. Com o gráfico também obtemos o resultado da tenção no ponto de ruptura, que foi de 260,9 Mpa, utilizando o mesmo cálculo de tenção feita anteriormente para se obter o resultado da força no ponto de ruptura, uma força menor que a força obtida no ponto máximo, isso ocorre pelo fato de que, a área utilizada no cálculo da tenção e considerada uma constante assim ela assumida como constante, tanto a força quando a tenção serão menores que o do ponto máximo, já que fisicamente o material está se alongando, por conta da sua plasticidade isso indo até o seu porto de ruptura. Além desses dois fatores que observamos com o gráfico também podemos observar o limite de tenção-deformação, a partir desse ponto, até o final observamos que o gráfico muda de um comportamento linear, isso ocorre porque no material está sendo feita uma deformação elástica no material, caso nesse momento a carga fosse parada de ser aplicado no material ela voltaria para o seu estado normal, a partir desse ponto onde no gráfico ele para de ser linear e começa a exercer um comportamento de curva no gráfico, essa deformação passa de linear para uma deformação plástica ocorrendo o oposto que ocorre na linear. Assim onde nesse ponto se parar o experimento, o material não voltaria mais para a sua forma anterior, esse ponto por coincidente obteve a mesma tenção da de ruptura, o fato desse experimento ocorrer isso não significa que segue um padrão ao qual todo aço 1008 possuem a mesma tenção no ponto de ruptura e no limite de tenção- deformação. Outra observação que obtemos do gráfico foi o modulo de Young, que e calculado através do σ = E * ε, onde o modulo de Young, e representado pela letra E, o qual mede a rigidez à tração de um material solido, o resultado obtido foi mostrado nos cálculos .Por fim, de acordo com a relação entre tensão e deformação é descrita pela lei de Hooke que afirma que a tensão é proporcional à deformação, o coeficiente de proporcionalidade é o modulo de Young, quanto maior o modulo, mais tensão é necessária para criar a mesma quantidade de tensão, para o outro lado o material muito macio se deformaria sem força e teria modulo de Young de zero. CÁLCULOS DO ENSAIO Parte 1 Antes da Tração Comprimento:76 mm Espessura: 2,9 mm Largura: 11,7 mm Multiplicação do Comprimento x Espessura x Largura do Material antes da tração 76 x 2,9 x 11,7 mm³ =220,4 x 11,7 mm³ =2578,68 mm³ Transformando de mm³ para m³ 2578,68 1000 =2,57868 Ou seja aprox =~2,60m³ Depois da Tração Comprimento final: 84,4 mm Espessura final:1,6 mm Largura final: 8,8 mm Multiplicação Comprimento final x Espessura final x Largura final depois da tração 84,4 x 1,6 x 8,8 mm³ =135,04 x 8,8 mm³ =1188,352 Transformando de mm³ para m³ 1188,352 1000 =1,188352 Ou seja, aproximadamente =~1,20 m³ CÁLCULOS DO ENSAIO Parte 2 Para calcular a força de tenção máxima foi feita através da formula de tenção: Tensão máxima= _F___ A0 359MPa=__F___ 2,9 mm x 11,7 mm 359MPa=____F____ 33,93mm² Fazendo o cruz credo: F= 359MPa x 33,93mm² F=12180,87N Para calcular a força de tenção ruptura foi feita através da formula de tenção: Tensão de ruptura=____F__ A0 260,9 MPa=___F____ 33,93mm² Fazendo o cruz credo: F=8852,337N F=8852,34N CÁLCULOS DO ENSAIO Parte 3 Para calcular a força de tenção no limite de tenção-deformação foi feita através da formula de tenção: Tensão de limite de tensão - deformação= ___F___ A0 359MPa=_____F___ 33,93 mm² F= 359Mpa x 33,93 F=12180,87 N Para calcular o L no momento da troca de tenção-deformação foi feita através da fórmula do módulo de Young: E=_____Tensão____ Lfinal – Linicial L inicial Ou seja, E = Tensão x Linicial Lfinal – Linicial E= 359 MPa x 76 mm 84,4mm x 76 mm E=27284Mpa 6414,4mm E=0,434023447 MPa/mm E~=0,43MPa/mm CÁLCULOS DO ENSAIO Parte 4 Razão entre área do corpo de prova no início do teste e a área no final do teste, foi usada a formula de deformação: RA%= Ainicial- Afinal x100 Afinal RA%= (Espessura inicial x Largura inicial )- (Espessura final x Largura final) x 100 Espessura final x Largura final RA% = (2,9 mm x 11,7 mm)- (1,6 mmx 8,8 mm) x 100 1,6 mm x 8,8mm RA%= (33,93 mm²) - (14,08 mm²) x 100 (14,08 mm²) RA%= 19,85 mm² x 100 14,08 mm² RA% =1,409801136 x 100 RA% = 140,9801136% RA% ~= 141% Razão entre os comprimentos do corpo de prova no início do teste e o comprimento no final do teste, foi usada a formula de deformação: %AL = Lfinal – Ainicial x 100 Lfinal %AL= 84,4 mm-33,93mm x 100 84,4mm %AL= 50,47mm x 100 84,4mm %AL= 0,597985702 x 100 %AL= 59,7985702% CONCLUSÃO Como conclusão dessa prática se têm que depois da tração o material se comprimiu devido ser um material ferro dúctel, já que ele foi de aproximadamente 2,60m³ para 1,18 m³, diminuindo assim 1,42m³ de volume do material. Comprovando assim que materiais ferrosos podem ser maleáveis por ductilidade dependendo de sua amostra e sua porcentagem presente de carbono. Além disso, com o material na máquina percebesse que até certo momento do teste o aço ele sofre alterações mas essas alterações são reversíveis, mas passando do ponto de escoamento essa deformação se torna permanente nesse material, o aço 1008 no início do teste ele tinha 2,9 mm de espessura, 76 mm de comprimento e 11,7 de largura, mas ao termino do experimento ele mudou de espessura, foi para 1,6mm; com comprimento de 84,4 mm e uma largura de 8,8 mm. Assim, com esses resultados foi visto que a porcentagem de Razão entre área foi de 141% em razão do início com o final e Razão entre os comprimentos do corpo de prova no início do teste e o comprimento no final do teste foi quase 60%. Em outras palavras, ele estava com um comprimento maior que o do início do teste, fora essa análise e importante ressaltar que o experimento foi um experimento destrutivo. O comprimento ao qual esse material poderia ser esticado de modo que ele ao sair da máquina ele retornasse ao estado normal, a modificação no comprimento desse corpo de prova foi diferente dependendo de qual metal fosse o teste e de onde fosse botado; esse valor alteraria e com isso poderíamos ver qual material seria mais dúctil dentre os que estão no teste. Por fim, com o gráfico, é possível ver os pontos de máximo, e o de ruptura além do ponto de escoamento. Os resultados obtidos mostram que para se obter a ruptura do material, foi utilizado e necessária uma força muito alta, a qual, foi menor que do que seu pico máximo de força. Sendo assim, essa mesma força foi obtidano momento da ruptura sendo essa a mesma do resultado de escoamento, o que não é um padrão, essa coincidência deixou quase que simétrico a parte do gráfico de deformação plástica. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BIOPDI. Ensaio de Tração. Disponível em:<https://biopdi.com.br/artigos/ensaio-detracao/>. Acesso em: 23 de outubro de 2020. CALLISTER et al. Fundamentos da ciência e engenharia de materiais: uma abordagem integrada. 5. ed. Rio de Janeiro: gen LTC, 2020. p. 200-215. Acesso em: Minha teca no dia 20 de outubro de 2020. WIKIPIDIA. Stress–strain curve. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Stress%E2%80%93strain_curve>. Acesso em: 23 de outubro de 2020. WIKIPIDIA. Young's modulus. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Young%27s_modulus>. Acesso em: 23 de outubro de 2020.
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