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REVISÃO - AV 1 - EDUCAÇÃO E ECONOMIA POLÍTICA

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EDUCAÇÃO E ECONOMIA POLÍTICA REVISÃO PARA A 
AV-1 
MODO DE PRODUÇÃO 
• As formações sociais e econômicas se caracterizam 
pelo modo como se desenvolve a produção. Para compreendê-las e ao seu processo de transformação, 
Marx formulou o conceito de modo de produção que corresponde à articulação entre as relações de 
produção e as forças produtivas. 
• Para produzir sua existência, os homens estabelecem relações entre si. São as chamadas relações 
sociais de produção, que variam em cada momento histórico. 
• As forças produtivas, também designadas por 'forças de produção', são constituídas pelos meios de 
produção - capitais, terras, matérias-primas, ferramentas e equipamentos -, pelos métodos e técnicas de 
utilização e pelos trabalhadores. Em articulação com as relações de produção, constituem o modo de 
produção, também designado por 'base' ou 'infraestrutura' da formação econômica e social. 
FORMAÇÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS PRÉ-CAPITALISTAS 
• Sociedade comunal 
• Formação asiática 
• Formação antiga - modo de produção escravista 
• Formação germânica - modo de produção feudal 
O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL 
• A dinâmica social tem como fator desencadeador o desenvolvimento das forças produtivas. Numa linha 
contínua, os instrumentos técnicos e as faculdades que os homens lançam mão ao se apropriar da 
natureza e promover sua existência vão se desenvolvendo, constituindo o fator cumulativo do progresso. 
• Até certo ponto desse processo, as forças produtivas permanecem em sintonia com as relações de 
produção. Com o tempo, as relações de produção se tornam um empecilho à continuidade do 
desenvolvimento das forças produtivas. 
 Essa transformação social evidentemente não é espontânea, pode ou não se dar, em função do que ocorrer 
no nível superestrutural. Os conflitos sociais surgem ao nível das relações de produção, mas se resolvem ao 
nível superestrutural. É no terreno da política que os homens resolvem as contradições surgidas na base da 
sociedade. 
 
MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA : CONDIÇÕES PARA SUA CONSOLIDAÇÃO 
1)Processo de acumulação de capital propiciado pela revolução comercial 
2) Existência de trabalhadores livres para vender sua força de trabalho: 
• a) livres no sentido de “libertos”, desimpedidos para que possam participar de relações de troca sob uma 
aparência legal 
• b) livres no sentido de “despossuídos”, destituídos de propriedade. Os trabalhadores sem a propriedade 
dos meios de produção e dos instrumentos de trabalho, perdem as condições objetivas de transformarem 
a natureza e produzir sua sobrevivência. Não lhes resta outra alternativa se não vender sua força de 
trabalho, em troca de um salário. 
A PASSAGEM DO MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL PARA O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA 
• Na Idade Moderna, a burguesia era uma classe que tinha destaque econômico. Ela vinha representando 
um papel fundamental na economia dos Estados absolutistas, mas ainda se submetia e agia de acordo 
com as regras políticas do Antigo Regime. 
• Com a Revolução Industrial, o desenvolvimento das forças produtivas se expande e a burguesia se torna 
dominante na economia. Nesse momento, as relações sociais e a ordem política imposta pelo Antigo 
Regime começam a impedir e colocar barreiras ao desenvolvimento do capitalismo e à ascensão 
burguesa. 
• A burguesia então passa a lutar pelo fim do Estado Absolutista e pela conquista de uma nova estrutura 
política capaz de viabilizar a expansão de suas conquistas econômicas. A Revolução Francesa marca 
essa passagem e simboliza a conquista do poder burguês no plano político. Trata-se da construção de 
uma nova ordem jurídico-política que expressa os interesses da burguesia: os Estados Liberais. 
• Para que essa conquista fosse possível, a burguesia buscou conquistar a direção moral e intelectual da 
sociedade, isto é a hegemonia social. Ela lidera e dirige a luta política, apoiada na difusão de novas idéias 
iluministas. As idéias iluministas constituem os fundamentos ideológicos que favorecem a direção do 
movimento revolucionário pela burguesia. 
MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA: CARACTERÍSTICAS 
• a)Se caracteriza pela presença de relações sociais de produção marcadas por uma cisão: de um lado os 
proprietários dos meios e instrumentos de produção e de outro os não-proprietários, que dispõem apenas 
da força de trabalho criadora de valor. Essa cisão delineia a presença de duas classes sociais 
fundamentais: a burguesia e a classe trabalhadora. 
• b) É um modo de produção mercantil, onde a produção se organiza não em função do valor de uso, da 
utilidade, do consumo dos bens para seus produtores, mas em função do valor de troca. É uma produção 
para a produção. Tudo o que é produzido, não tem utilidade para o capitalista, mas tem utilidade para os 
outros. Então tem que trocar de mãos no mercado. 
• No capitalismo, portanto, são produzidas mercadorias. Esta é uma economia de mercado, ou seja, a 
produção de mercadorias é predominante. 
A HISTÓRIA DAS RELAÇÕES CAPITAL TRABALHO 
É a história da subordinação do trabalho ao capital 
• Cooperação simples 
• Manufatura 
• Maquinaria 
PRIMEIRA ETAPA DO PROCESSO DE ACUMULAÇÃO CAPITALISTA 
Etapa concorrencial – Estado liberal – Primeira revolução industrial – Adam Smith (até 1929) 
• Multiplicidade de produtores 
• Estado não interventor, visto como um árbitro neutro, que garante os direitos individuais 
• Ideologia liberal 
• Fontes de energia: carvão, vapor. 
ADAM SMITH E O LIBERALISMO ECONÔMICO 
• O liberalismo tinha como ponto central a livre iniciativa e a lei da oferta e da procura como meio de 
regulamentação do mercado. Adam Smith defendia a não intervenção do Estado na economia, 
acreditando que “a mão invisível” do mercado garantiria o equilíbrio da economia e a satisfação de todos: 
produtores e consumidores. 
• Enquanto o capitalismo concorrencial prosperava, de fato, a excessiva intervenção estatal era prejudicial 
ao processo de acumulação capitalista. O Estado Liberal correspondia, assim, à ordem jurídico-política 
compatível com as necessidades históricas da etapa concorrencial do processo de acumulação capitalista. 
• Neste contexto, a “leitura” da realidade econômica formulada por Smith mostrava-se pertinente e o 
liberalismo mostrava-se uma ideologia adequada à manutenção das relações de produção capitalistas. 
Até que a economia entra em crise... 
CRISE DE 29 
• Em primeiro lugar é preciso entender que as crises são inerentes ao capitalismo: são estruturais e ganham 
contornos conjunturais em cada momento histórico. 
• Ocorre um processo de concentração do capital: a “falência da concorrência” e a formação de grandes 
conglomerados industriais. A era da multiplicidade das pequenas empresas passa, os monopólios se 
fortalecem e passam a controlar a oferta das mercadorias. O preço das mercadorias sobe e o desemprego 
aumenta. 
• Esse processo (subconsumo, estocagem, baixa de preços, diminuição transitória da capacidade produtiva, 
desemprego) vinha gerando pequenas crises cíclicas, que historicamente foram encontrando soluções 
provisórias pelas guerras e pelo impulso do colonialismo, que abria novos mercados, aumentando a taxa 
de lucro. 
• Essas crises eram basicamente industriais, de superprodução, cíclicas e tendiam à internacionalização, 
isto é, abarcavam não apenas um país, mas o conjunto dos países capitalistas. A crise de 1929 foi a 
culminância deste processo. O mercado entra em colapso 
A SEGUNDA ETAPA DO PROCESSO DE ACUMULAÇÃO DO CAPITAL 
Etapa monopolista – Estado de Bem estar social – Segunda revolução industrial – Keynes (até meados dos anos 
70) 
• Monopólios e oligopólios 
• Estado interventor, visto como regulador da economia. Bem Estar Social 
• Ideologia liberal 
• Fontes de energia: petróleo 
• Maquinaria: base metal-mecânica. 
• Fordismo 
KEYNES 
• Para Keynes, o que determina a renda de uma nação é o fluxo de renda de mão para mão. É esse 
processo de transferência de renda de mão em mão que revitaliza aeconomia, que a aquece e torna 
próspera. Quando essa transferência diminui, a economia entre em crise. 
• Há ainda outra parte da renda que não vai fazer esse movimento de troca de mãos: a poupança. A 
poupança vai ser aplicada nos bancos e, assim, é colocada de volta no mercado através dos empréstimos 
dos bancos para os empresários, para a expansão da produção. 
• No momento de crise, a população não consegue poupar, ao contrário, ela gasta o que tinha guardado, e 
os empresários não investem na produção. A economia fica estagnada. 
• Para Keynes, há somente uma saída para esta estagnação: a intervenção estatal. O Estado deve intervir e 
garantir investimentos (obras públicas, subsídios, incentivos) que possibilitem um novo caminhar 
econômico. A intervenção é necessária para diminuir o desemprego, incentivar a poupança e aumentar o 
nível de renda da população para que a mesma volte a consumir e com isso os empresários voltem a 
investir, reaquecendo a economia. 
O ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL 
• O Estado de Bem estar Social era um Estado planejador, regulador do processo de acumulação, 
articulador dos interesses conflitantes entre capital e trabalho. 
• De um lado impede que os capitalistas ponham em risco o próprio sistema com sua ânsia por lucros. 
Nesse sentido intervem nos mercados, estabelecendo subsídios, preços mínimos, estoques reguladores. 
O Estado contribui para o processo de acumulação capitalista também quando constrói obras de infra-
estrutura para diminuir os custos da circulação das mercadorias. O capital lucra mais. 
• De outro lado, o Estado de Bem-estar Social desenvolve uma política de pleno emprego e políticas sociais 
(tais como: saúde, habitação, educação, previdência social , etc) para que a classe trabalhadora tenha 
condições de consumir a produção fordista e garantir os lucros. 
O PARADIGMA TAYLORISTA FORDISTA 
CARACTERÍSTICAS 
• a separação entre concepção e execução se intensifica 
• concepção → trabalho qualitativo → fora de linha produção 
• execução do trabalho – trabalho fragmentado e repetitivo → desqualificação operária 
• Controle e disciplina fabris → para eliminar a autonomia e o tempo ocioso. 
• lotes padronizados 
• consumo de massa 
• máquinas rígidas 
• velocidade e ritmo do trabalho estabelecidos pelas máquinas 
mecanização - produção em larga escala tendo em vista ao consumo de massas 
OS ANOS DOURADOS 
• O padrão de desenvolvimento que marca os “anos dourados” da economia, articula o um modelo de 
organização da produção (a maquinaria fordista) a uma forma específica de regulação estatal: o Estado de 
Bem-estar Social. 
• O Estado de Bem-estar Social, durante os 30 anos após a segunda guerra mundial, garantiu que a 
produção em massa do fordismo pudesse ser consumida, mantendo elevados os níveis de lucratividade e, 
por conseguinte, o processo de acumulação capitalista. Com o desenvolvimento de políticas sociais e o 
acesso aos serviços públicos, “sobrava” salário para que os trabalhadores pudessem consumir a produção 
em massa do fordismo. Assim, associa-se um modelo econômico a um modelo político. 
• É o Estado de Bem-estar Social que regulava a economia e assegurava, com a política de pleno emprego 
e com o desenvolvimento de políticas sociais, que a produção em massa das fábricas fordistas pudessem 
ser consumidas, mantendo elevados os níveis de lucratividade e, por conseguinte, o processo de 
acumulação capitalista 
A CRISE DOS ANOS 70 
• A globalização e o domínio do capital financeiro predominam no mundo após os anos 70. O capital 
financeiro comanda o sistema. 
• Deflagrada pelo esgotamento do bem-sucedido período de acumulação capitalista, essa crise inaugurou 
uma nova fase do capitalismo e determinou profundas transformações em todas as esferas da vida social. 
• Na avaliação do pensamento neoliberal, a obstrução das leis espontâneas dos mercados imposta pelo 
corporativismo e pela intervenção do Estado de Bem Estar Social seria a responsável pela inflação, pelo 
aumento do desemprego e pelo baixo crescimento econômico, fenômenos que começam a surgir na 
década de 70. 
• Para os neoliberais o Estado de bem-estar era anti-econômico, antiprodutivo, ineficaz e ineficiente. 
O ESTADO NEOLIBERAL 
• Estado Mínimo, realiza cortes nas políticas sociais, como forma de manter o bem-estar social no âmbito 
privado da família e da comunidade. Desativa os mecanismos de negociação com os sindicatos e a 
flexibiliza os direitos adquiridos pelos trabalhadores, de modo a ampliar a competição, a concorrência e o 
individualismo, considerados pelos neoliberais como necessários ao crescimento econômico. Segundo o 
neoliberalismo, a economia só voltaria a crescer quando fossem abolidos os estímulos e as restrições 
impostas ao mercado. 
• A cartilha neoliberal recomendava o combate aos mecanismos de intervenção estatal e defendia a 
eliminação das barreiras à livre movimentação de capital-dinheiro; a eliminação das políticas 
protecionistas às empresas, deixando os mercados de bens submetido à concorrência global; além da 
flexibilização das relações trabalhistas. Os neoliberais defendiam a reconstituição do mercado, da 
competição e do individualismo, justificando as mudanças realizadas no âmbito da política econômica e 
das políticas sociais. 
A TERCEIRA ETAPA DO PROCESSO DE ACUMULAÇÃO CAPITALISTA 
Globalização - Estado Neoliberal – terceira Revolução Industrial – Hayek (após os anos 70) 
• Globalização da economia 
• Estado mínimo. Corte nas políticas sociais: privatização, flexibilização e descentralização das políticas 
sociais 
• Ideologia neoliberal 
• Microeletrônica. Informática. 
• Automação. Especialização Flexível. 
• Toyotismo 
 
A REFORMA DO ESTADO 
• Os governos centrais se tornam modelos do “ajustamento econômico” indicados para os países periféricos 
na ordem capitalista mundial. O ajustamento econômico traduz-se, basicamente, na desregulamentação 
da economia, privatização das empresas estatais, reforma da aparelhagem estatal, redução com gastos 
sociais e supremacia do mercado. 
• A reforma do Estado ocasiona o esvaziamento das funções públicas do Estado, levando-o a se retrair de 
seu papel social. O Estado passa, paulatinamente, a desregulamentar as políticas sociais, passando sua 
execução para o campo da sociedade civil 
• Passa a existir, entre o mercado e o Estado, um espaço ocupado pelas organizações não-governamentais 
(ONGs), que fazem a mediação entre coletivos de indivíduos organizados e as instituições do sistema 
governamental. É construída uma nova esfera entre o público e o privado, denominada público-não 
estatal, e surge uma ponte de articulação entre as duas esferas, dada pelas políticas de parcerias. 
• As políticas sociais passam a ser executadas de forma descentralizada, a serem focadas em públicos-alvo 
diferenciados, e assumirem um caráter privatista. Dessa forma, amplos setores da sociedade civil: ONGs, 
empresas e instituições filantrópicas, entre outras instituições ficam responsáveis pela execução dessas 
políticas 
O PARADIGMA FLEXÍVEL 
• As atividades produtivas passam por um processo de ajustamento, que envolve um redirecionamento das 
estratégias de mercado e produção. Assim, convive-se com o questionamento dos princípios fordistas de 
produção e com a introdução da produção flexível 
• Um dos principais elementos do novo paradigma industrial é a adoção de sistemas integrados de 
automação flexível. Verifica-se a realização de alterações na organização do processo industrial, com a 
redução dos níveis hierárquicos e a adoção de novos processos de planejamento e de pesquisa de 
produtos e mercados. A nova base técnica, assim, provoca um impacto na configuração dos processos de 
produção, orientando um novo paradigma produtivo, o paradigma da produção flexível, fundado na 
automação e na informatização, e caracterizado pela a) integração, a b) flexibilidade e a c) 
descentralização. 
• A introdução da programação do processo de automação ea substituição da eletromecânica pela 
eletrônica revoluciona e flexibiliza os antigos processos industriais e viabiliza as seguintes mudanças: 
maior integração entre as empresas; maior vínculo com a demanda dos consumidores e com os 
processos de comercialização 
TOYOTISMO 
A principal referência do padrão de acumulação flexível é o toyotismo (termo originário da experiência da fábrica 
automobilística japonesa Toyota), cujas características centrais são: 
• A diversidade e heterogeneidade da produção, 
• O direcionamento desta a uma demanda prevista do consumo, 
• O estoque mínimo, 
• A terceirização de parte da produção, 
• A organização do trabalho em equipe e 
• A flexibilidade nas funções do trabalhador 
IMPACTOS DO NOVO PARADIGMA SOBRE A QUALIFICAÇÃO DOS TRABALHADORES 
• O trabalhador é chamado a participar e tomar decisões relativas ao controle e qualidade dos produtos, 
passando a responsabilizar-se pela introdução de aperfeiçoamentos e correções no processo de 
produção. Nessa perspectiva, diluem-se as fronteiras entre os papéis desempenhados pela gerência, pela 
supervisão e pelas funções operacionais. 
• Ao lado da intelectualização de uma parcela da classe trabalhadora vinculada à indústria automatizada, é 
possível identificar a presença de inúmeros setores operários desqualificados. Constata a presença dos 
operários desespecializados do fordismo, dos operários parciais, temporários, subcontratados, 
terceirizados, dos trabalhadores da economia informal, dos desempregados. 
• Verifica-se, então uma segmentação na classe trabalhadora. Enquanto que para um pequeno contingente 
de trabalhadores se exige uma elevada qualificação (que inclui a capacidade de abstração e de resolução 
de problemas), para os demais (trabalhadores precarizados ou excedentes) a questão da qualificação não 
se coloca 
IMPACTOS DO NOVO PARADIGMA SOBRE O MERCADO DE TRABALHO 
• As transformações de ordem econômica acarretam mudanças no mercado de trabalho. A primeira, diz 
respeito à desproletarização do operário fabril, industrial, manual, em virtude da automação, da robótica e 
da microeletrônica. Trata-se do desemprego estrutural. 
• Em segundo lugar ocorre o fenômeno da subproletarização do trabalho, relativo às formas de trabalho 
precário, parcial, temporário, subcontratado, vinculados à economia informal. Trata-se de trabalhadores 
que têm em comum a precariedade do emprego e da remuneração, a desregulamentação das condições 
de trabalho e a ausência de proteção sindical, configurando uma forte tendência à individualização da 
relação salarial. 
• Assiste-se assim à contração do emprego, à expansão do mercado informal, à desregulamentação dos 
contratos de trabalho, à precarização das condições de trabalho, à eliminação de postos de trabalho, ao 
desemprego estrutural e crônico, enfim, à exclusão social. 
AS DUAS VISÕES QUE MARCAM O PENSAMENTO ECONÔMICO - HOMEM E SOCIEDADE 
VISÃO LIBERAL: 
• O homem tem um comportamento egoísta. A sociedade é vista como harmônica, uma associação de 
indivíduos que têm liberdade para dar vazão a seus interesses egoístas e desenvolver seus talentos 
naturais. Nesse processo se chegaria ao bem-estar geral da sociedade e cada um alcançaria a posição 
social compatível com seu talento. 
VISÃO MARXISTA: 
• Os homens são seres sociais, condicionados pelas relações que estabelecem para produzir a sua 
existência. O comportamento individual é um produto histórico, determinado pelas condições materiais de 
existência. A sociedade capitalista é uma sociedade mercantil, de classes, definidas pelas relações de 
produção, que estabelecem uma separação entre os proprietários e os não-proprietários dos meios de 
produção. As duas classes sociais fundamentais são antagônicas, possuem interesses irreconciliáveis, em 
função da exploração do trabalho pelo capital (mais-valia). 
AS DUAS VISÕES QUE MARCAM O PENSAMENTO ECONÔMICO – ESTADO 
VISÃO LIBERAL 
• O Estado é visto como um árbitro neutro, acima dos interesses particulares. Busca o bem comum. Ele é o 
guardião dos direitos individuais; garante a todos o desenvolvimento dos talentos pessoais. Tem como 
funções a proteção e a segurança, além de fazer e conservar obras e instituições que não sejam do 
interesse de particulares. 
VISÃO MARXISTA: 
• O Estado é um órgão de dominação de classe, o componente jurídico-político da dominação de classe. 
Constitui uma ‘ordem’ que legaliza a submissão do trabalho ao capital, amortecendo a luta de classes. O 
Estado é visto como o fiador das relações de dominação econômicas, através do controle dos recursos de 
dominação política e ideológica. 
• Gramsci não vê o Estado apenas como um órgão de submissão de uma classe sobre a outra. Acredita 
que, com o desenvolvimento do capitalismo, o Estado foi se ampliando, pois a burguesia precisava 
conquistar o consenso em torno da ordem instituída. Assim o Estado é visto como “sociedade política + 
sociedade civil”, como coerção e consenso, isto, é hegemonia revestida de coerção”. A busca pelo 
consenso na sociedade é essencial para a manutenção do status quo . Para Gramsci, o Estado é um 
espaço de disputa de hegemonia. 
AS DUAS VISÕES QUE ILUMINAM A TEORIA ECONÔMICA: ESCOLA 
A VISÃO LIBERAL 
• A escola é vista como o veículo de construção de uma sociedade com mobilidade social. Está a serviço do 
indivíduo. Oferece iguais oportunidades a todos. É uma escada que permite que cada um atinja a posição 
social compatível com seus talentos. Assim, a escola tem como função fundar uma sociedade aberta, 
através dos processos de socialização e diferenciação dos indivíduos de acordo com seus talentos. 
VISÃO MARXISTA 
A escola capitalista contribui para manter a ordem econômica e social desigual. Difunde a ideologia (constrói o 
consenso em torno da ordem burguesa) e assegura a reprodução das classes sociais. Ela reforça a posição social 
de origem dos indivíduos. Os sujeitos das diferentes classes sociais chegam à escola em condições distintas. A 
escola, em trajetórias escolares diferenciadas, forma os profissionais que ficarão a cargo das funções intelectuais 
e instrumentais da sociedade, reproduzindo a desigualdade social. 
O PENSAMENTO ECONÔMICO TRADICIONAL 
A teoria econômica funda-se em dois importantes pressupostos: 
• a) A racionalidade da conduta humana 
• b) Os consumidores é que dirigem a economia. São os indivíduos que vão resolver livremente que 
quantidade e quais os bens ou serviços que vão adquirir, o que vão poupar de sua renda. Os fenômenos 
econômicos são então deduzidos dos gostos e preferências individuais. 
• Estes agentes econômicos são indivíduos e firmas. Ambos perseguem um objetivo - o máximo de 
satisfação (utilidade ou lucro) - e conseguem realizá-lo da maneira mais eficiente possível. Para a teoria 
econômica, as únicas características humanas que interessam são: a racionalidade do comportamento 
humano e o egoísmo, pois são aquelas que os teóricos julgam necessárias para explicar o funcionamento 
do sistema. A racionalidade e o egoísmo do homem lhe permitem escolher sempre o melhor. Ele vai 
empreender atividades econômicas para satisfazer seus desejos. Assim, o homem é visto, em essência, 
como tendo uma capacidade ilimitada para consumir. Esta noção é fundamental porque justifica a 
apropriação infinita dos capitalistas. É preciso explicar a necessidade incessante de lucro através de uma 
necessidade infinita de consumo. E esse desejo passa a ser criado pela propaganda. 
VALOR DE USO e VALOR DE TROCA 
• Toda mercadoria é um objeto que tem uma utilidade, um valor de uso. Pode-se mesmo afirmar que as 
mercadorias diferenciam-se umas das outras por seu valor de uso, uma vez que cada necessidade 
corresponde a uma mercadoria com características específicas. 
• Entretanto, para que os objetos possam ser mercadorias eles devem ter também valor de troca, ou 
simplesmente valor. Valor é o que permite que uma mercadoria seja trocada de mãos no mercado. 
• No capitalismo,todas as mercadorias não possuem valor de uso para seus proprietários e têm valor de 
uso para seus consumidores. Assim, todas as mercadorias têm que trocar de mãos 
• O modo de produção capitalista é mercantil. Isso significa que a produção se organiza não em função do 
valor de uso, da utilidade dos bens para seus produtores, mas em função do valor de troca 
O PENSAMENTO ECONÔMICO TRADICIONAL - A teoria do valor utilidade 
• As duas correntes de pensamento econômico entendem o valor de modo diferenciado. 
• A teoria econômica clássica entende que o valor de um bem é dado pela relação que os homens 
estabelecem com as coisas ou com a natureza. Para esta teoria, o homem tem necessidades e é na 
procura da satisfação delas que ele se engaja na atividade econômica. Logo, o que ele cria na atividade 
econômica, ou seja, o valor é o grau de satisfação ou a utilidade derivada desta atividade. 
O homem atribui valor aos bens e serviços na medida em que satisfazem suas necessidades. Esse valor é 
subjetivo, mas se determina, isto é, se torna objetivo e se manifesta concretamente, na esfera da circulação, da 
troca de mercadorias pela lei da oferta e da procura. Assim, quem dá a decisão final sobre o valor das 
mercadorias são os consumidores 
O PENSAMENTO ECONÔMICO MARXISTA - A teoria do valor trabalho 
• Para Marx, é o trabalho despendido na produção da mercadoria que determina o seu valor de troca. 
Qualquer produto só tem valor porque está materializado na sua produção, o trabalho humano. A forma de 
medir o valor é a quantidade de tempo de trabalho despendida na elaboração de uma mercadoria. O valor, 
assim, é dado pelo tempo de trabalho socialmente necessário, gasto, na produção das 
mercadorias. 
• Para Marx o valor é fruto das relações sociais que se criam entre os homens na atividade econômica. Ele 
se mede pelo tempo do trabalho produtivo que os homens gastam na produção. Marx não parte do 
comportamento subjetivo para determinar o valor. Parte da idéia de que a atividade econômica é 
essencialmente social. Assim, ela decorre da divisão social do trabalho, na qual as pessoas 
desempenham funções diferentes. A função de cada um só ganha sentido na medida em que as outras 
existem. O valor decorre desta divisão social do trabalho. Numa sociedade sem esta divisão (um náufrago 
em uma ilha) não haveria atividade econômica e a atividade produtiva não geraria valor. 
A MAIS VALIA 
• Para Marx, o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho socialmente gasto para 
produzi-la. Assim, o valor da mercadoria força de trabalho é o valor necessário para que o trabalhador 
viva: o seu salário. Mas como o capitalista adquire a força de trabalho, tem o direito de usá-la mesmo após 
o tempo em que o trabalhador criou um valor igual ao valor de sua força de trabalho. Durante as horas não 
pagas, o trabalhador cria um valor superior ao valor da sua força de trabalho, um valor a mais, a mais-
valia, que corresponderá aos lucros dos capitalistas. 
• O trabalhador vende sua força de trabalho pelo seu valor (salário), mas o valor que a força de trabalho cria 
é maior do que esse valor. Essa diferença, esse valor a mais, é apropriado pelo capitalista e constitui a 
mais valia.

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