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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA/EAD - 2020.1 DIDÁTICA/CEL0304 - TURMA:9007 TEMA: METODOLOGIAS ATIVAS E PROCESSOS COLABORATIVOS - SALA DE AULA INVERTIDA: EDUCAÇÃO PARA A AUTONOMIA PROFESSORA: MARIA ALEJANDRA ITURRIETA LEAL DIDÁTICA/CEL0304 - TURMA:9007 ALUNA: VIVIANA DOS SANTOS MENDES MATRICULA: 202001538062 DATA: 09/06/2020 INTRODUÇÃO As Metodologias Ativas vêm sendo utilizadas como um complemento ao Ensino Tradicional, que incentivam o aluno a ter um papel mais ativo na sua própria aprendizagem, e dependem do aluno. Trata-se de um modelo educacional no qual o estudante é o protagonista da sua trajetória educacional e o professor é um auxiliador e facilitador para as experiências relacionadas ao processo de aprendizagem, estimulando-o com problematizações acerca dos temas abordados nas aulas. Para se falar em tema emergente na área da educação, há que se considerar que um amplamente discutido e até mesmo praticado é o ensino híbrido que, conforme HORN e STAKE (2015), tal ensino originou-se do ensino online, quando o termo ainda não era reconhecido, os autores ainda referem que “quando surgiu, o ensino online, de modo previsível, tinha reputação de ser uma alternativa secundária e barata para a sala de aula presencial tradicional” (p. 32). Com o advento das tecnologias e das novas gerações adentrando em salas de aula, o professor tem sido demandado para utilização de metodologias de aulas mais atrativas, a fim de concretizar a relação ensino-aprendizagem. Muito se tem falado em metodologias ativas de aprendizado, contemplando dentre outros a chamada sala de aula invertida, foco desse estudo. Para MARTINS DA SILVA, SAMPAIO LIMA e BANDEIRA ADRIOLA (2016, p. 90), "os futuros professores devem ser preparados para enfrentar os desafios atuais de uma sociedade em constante mudança. Para tanto, torna-se essencial que aconteçam mudanças significativas na elaboração e execução de cursos que abordem especificamente a formação de professores". Diante desse cenário de mudanças, surge a ideia de que o/a aluno/a possa atuar como protagonista de seu conhecimento e, que o/a professor/a seja um/a mediador/a desse processo, uma das formas é através de problematizações como estratégia emergente de ensino-aprendizagem. “Quanto mais se problematizam os educandos, como seres no mundo e com o mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto mais obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na própria ação de captá-lo. Mas, precisamente porque captam o desafio como um problema em suas conexões com outros, num plano de totalidade e não como algo petrificado, a compreensão resultante tende a tornar-se crescentemente crítica, por isto, cada vez mais desalienada.” (FREIRE, 1987, p. 40) FREIRE (1987) assinala a possibilidade de se problematizar a educação, em detrimento da “bancária”, ou seja, este autor de alguma maneira percebia a importância da utilização de algum viés do uso de metodologias ativas. Dentre as metodologias ativas atuais, fala-se em ensino aprendizagem baseado em problemas com proposições de leituras prévias e discussões de artigos de revistas, jornais e livros., ou seja, uma educação que não seja bancária, de acordo com os pressupostos freirianos. A sala de aula invertida (flipped classroom) é um modelo pedagógico criado em 2007 pelos professores de química norte-americanos, JONATHAN BERGMANN e AARON SAMS, os quais são considerados os pioneiros do modelo no ensino médio (HORN E STAKER, 2015). Segundo MORAN (2013): “As instituições educacionais atentas às mudanças escolhem, fundamentalmente, dois caminhos: um mais suave- alterações progressivas-e outro mais amplo, com mudanças profundas. No caminho mais suave, elas mantêm o modelo curricular predominantemente disciplinar, mas priorizam o envolvimento maior do aluno, com metodologias ativas, como o ensino por projetos de forma mais interdisciplinar, o ensino híbrido ou blended e sala de aula invertida. (p. 29)” De acordo com publicação do Senado Federal, a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei Nº 4.024 foi promulgada em 1961, instituindo disciplinas comuns a todos os cursos, e a partir desta, foram apresentadas outras versões, sendo que na segunda versão dez anos após, vislumbra-se um sistema de ensino semelhante às práticas atuais. PLANO DE AULA TEMA DA AULA: RECICLÁVEIS E NÃO RECICLÁVEIS DISCIPLINA: CIÊNCIAS SÉRIE: 2º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL TEMPO SUGERIDO: 40MIN 1ª AULA TÍTULO DA AULA: LIXO E MATERIAIS RECICLÁVEIS E NÃO RECICLÁVEIS • Questionar aos alunos quem gostaria de dizer o que é reciclar. • Ressaltar os bens de consumo que são objetos de desejo das crianças e qual tipo de lixo/material é gerado por eles. • Discorrer sobre a questão ambiental, quanto à quantidade de lixo e sua decomposição. • Introduzir o tema com questionamentos, como: • O que é o lixo? • Será que podemos reciclar tudo que encontramos no lixo? • Qual o material que encontramos no lixo e que pode ser reciclado? • Listar com as crianças alguns materiais que podem ser reciclados ou não. DEVER DE CASA: • Solicitar que as crianças tragam para a próxima aula da matéria: gravuras, reportagens e informações que falem sobre reciclagem, as cores usadas nos pontos de coleta de materiais reciclados, e curiosidades sobre reciclagem. 2ª AULA CONTEXTO: Apresentar uma reportagem através de slide, ler as informações contida nele e comentar que reciclar é uma maneira de preservar o meio ambiente e reduzir o lixo produzido pelo ser humano. Conversar com os alunos(as) sobre a responsabilidade de cada um sobre o lixo que produz. Ler a reportagem na íntegra acessando: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/brasil-produz-mais-lixo-mas-nao-avanca-em- coleta-seletiva.shtml Perguntar aos alunos: 1. Alguém separa o lixo de casa para reciclagem? 2. Sabe como fazer para separar o lixo para reciclagem? 3. Sabem onde descartar corretamente o lixo reciclável? • Mostrar aos alunos quais são os materiais recicláveis e não recicláveis com o apoio do site: https://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/quais-sao-os-materiais- reciclaveis-e-nao-reciclaveis/ QUESTÃO DISPARADORA: PORQUE DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM A DESTINAÇÃO CORRETA DO LIXO? • ler a questão disparadora e solicitar que os alunos formem grupos de 3 a 4 integrantes. DESENVOLVIMENTO DO TEMA: → MÃO NA MASSA: • Análise e discussão da pesquisa: Solicitar que cada grupo deva socializar entre si as informações sobre a presença de pontos de coleta de lixo na cidade. Por fim, devem disponibilizar essas informações ao restante da turma e opinar sobre a questão disparadora. • Ao longo da atividade, comentar que o cuidado com a natureza é também entender que devemos dar um destino consciente aos resíduos que produzimos. E que, antes de descartar, eles devem ter certeza de que o objeto não pode ser reutilizado. RECURSOS DIDÁTICOS: • Notebook e Data Show, ou Televisão para a divulgação das informações elaboradas pelo docente. • Fontes histórico-escolares (reportagens, livros didáticos que contenham a matéria disponível). • Reportagens e Curiosidades tragas pelos alunos. AVALIAÇÃO: Avaliar como foi a evolução pessoal no processo de conscientização em relação a importância da reciclagem. A metodologia foi escolhida pela percepção de que na sala de aula tradicional se usa a maior parte do tempo, na maioria das vezes para explicar o conteúdo, a matéria e passar os exercícios deixando apenas os últimos minutos para tirar dúvidas e corrigir, isso faz com que muitas vezes o https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/brasil-produz-mais-lixo-mas-nao-avanca-em-coleta-seletiva.shtml https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/brasil-produz-mais-lixo-mas-nao-avanca-em-coleta-seletiva.shtmlhttps://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/quais-sao-os-materiais-reciclaveis-e-nao-reciclaveis/ https://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/quais-sao-os-materiais-reciclaveis-e-nao-reciclaveis/ aluno não consiga assimilar completamente a matéria e responder positivamente ao objetivo da aula proposta. Quando usamos a sala de aula invertida, mudamos também essa relação com o tempo, pegamos toda a parte inicial em que seria dado e explicado o conteúdo, e o aluno fará isso antes da aula em sua casa com um vídeo do professor, um texto, uma introdução à aula proposta, com uma leitura passada pelo docente e leitura do livro didático. O tempo da aula fica mais rico, diferente, para tirar dúvidas, realizar estudo de casos, fazer simulações, dinâmicas de grupo, jogos e o papel do aluno fica muito mais ativo, porque ele não passa a maior parte do tempo ouvindo o professor, e sim interagindo, fazendo coisas, assumindo o papel de protagonista da aula. Um conceito importante é que com isso fortalecemos a confiança do aluno quando ele vem para a sala de aula, e que ele tendo o contato com o conteúdo anteriormente ele se sente mais seguro em sala de aula para tirar dúvidas com o professor, conversar e discutir com os colegas de turma. Isso que chamamos de atividade ativa, essa capacidade de discutir de perguntar e de ensinar para o outro, o que é muito importante. Os resultados obtidos são extraordinários, e criam um aluno muito mais preparado e com fundamentos para discutir e praticar do âmbito escolar, com a sociedade. CONCLUSÃO Por outro lado, se pensarmos em sala de aula invertida como prática há que se considerar o fundamental papel da tecnologia, assim como a mudança de papel do docente que passa a ser de mediador do processo. Revendo os pressupostos teóricos de ANASTASIOU e ALVES (2007) sobre estratégias de ensino-aprendizagem, podemos concluir que sala de aula invertida se enquadra na condição de estratégia de ensino-aprendizagem, tendo em vista que as sugestões de dinamizar as aulas através das mais diversas estratégias já foram sinalizadas em outros tempos. Os autores CAMARGO e DAROS (2018) remetem à ideia da combinação e adaptação das estratégias e que ao planejar a aula, o docente possa determinar o limite de seu uso. Ainda sobre a perspectiva de dinamizar as aulas, TARDIF (2014) discorre sobre os saberes, categorizando-os em saberes docentes, da formação profissional, disciplinares, curriculares e os saberes experienciais. Já CAMARGO e DAROS (2018) entendem que inovar em sala de aula deve ser encarado como um processo e não como um fim, pois mudanças desse tipo necessitam partir de “questionamentos das finalidades da própria experiência educacional como impulsora da reflexão-ação docente”. De todo modo, na educação básica e no nível superior são demandados novos formatos de interação discente-docente-discente e ao que tudo indica as metodologias ativas estão conquistando espaço, mas ainda requerem apropriação por parte dos atores do meio acadêmico. Nesse sentido, é fundamental que seja explicitada a concepção de educação que se tem como elemento norteador, ou seja, precisa-se ter clareza de qual é a função social da escola e da universidade, de para que se ensina e de que quais resultados se espera por meio do ensino que se propõe. (CAMARGO E DAROS, 2018, p. 5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. DIARIO ESCOLA. Sala de Aula Invertida: Metodologia que educa para a autonomia - DIARIO ESCOLA, (2018). Disponível em: https://diarioescola.com.br/sala-de-aula-invertida/ 2. EDOOLS. Como Funciona a Sala de Aula Invertida? BRUNO MENDONÇA, (2018). Disponível em: https://www.edools.com/sala-de-aula-invertida/ 3. YOUTUBE. Entenda os desafios e os benefícios do método Sala de Aula Invertida. (2017). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pADyAN15cZ0 4. BRIGHENTI, J; BIAVANTTI, V. T.; SOUZA, T. R. (2015). Metodologias de ensino-aprendizagem: uma abordagem sob a percepção dos alunos. Revista GUAL, Florianópolis, 8(3), 281-304. https://diarioescola.com.br/sala-de-aula-invertida/ https://www.edools.com/sala-de-aula-invertida/ https://www.youtube.com/watch?v=pADyAN15cZ0
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