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Infecção Humana pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV) Atualizado em 10/02/2020 SMS/SUBPAV/SVS/CVE/CIEVS O que é coronavírus? Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Os primeiros coronavírus humanos foram identificados em meados da década de 1960. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os tipos de coronavírus conhecidos até o momento são: • Alpha coronavírus 229E e NL63 • Beta coronavírus OC43 e HKU1 • SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS). >>> 2002 • MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS). >>> 2012 • nCoV-2019: novo tipo de vírus do agente coronavírus, chamado de novo coronavírus, que surgiu na China em 31 de dezembro de 2019. A Infecção Humana pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV) não está descrito completamente, bem como não se sabe o padrão de letalidade, mortalidade, infectividade e transmissibilidade. Não há vacina ou medicamento específico disponível. O tratamento é de suporte e inespecífico. O período médio de incubação da infecção por Coronavírus é de 5.2 dias, com intervalo que pode chegar até 12.5 dias. A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do novo Coronavírus (2019- nCoV) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informação suficiente de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus. Características Gerais sobre a Infecção Humana pelo Novo Coronavírus Situação Epidemiológica - Novo coronavírus (nCoV-2019) O novo agente do coronavírus, chamado de novo coronavírus - nCoV-2019, foi descoberto no fim de dezembro de 2019 após ter casos registrados na China. • Mundo: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 09 de fevereiro de 2020, são 37.558 casos registrados em 25 países, com 813 mortes. • Brasil: No Brasil, são 11 casos suspeitos em investigação para o coronavírus (nCoV-2019) em sete estados, mas nenhum deles foi confirmado. • Rio de Janeiro: No estado do Rio de Janeiro, até 09 de fevereiro de 2020, temos 2 casos suspeitos, 2 casos descartados e nenhum caso confirmado. No município do Rio de Janeiro, até 09 de fevereiro de 2020, 01 caso suspeito, 1 casos descartado e nenhum caso confirmado. Fonte: WHO. Situation Report. nº 20 e Ministério da Saúde. Novo coronavírus (nCoV-2019) Fonte: http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/#2019-nCov-brazil Novo coronavírus (nCoV-2019) Definição de caso - Caso Suspeito 1. Febre* E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local**, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas. 2. Febre* E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo*** de caso suspeito para o Coronavírus (2019-nCoV), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas. 3. Febre* OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E contato próximo*** de caso confirmado de coronavírus (2019-nCoV) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas. Notas * Febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na fcha de notificação. ** O MS/SVS define como transmissão local, a confirmação laboratorial de transmissão do 2019-nCoV entre pessoas com vínculo epidemiológico comprovado. Os casos que ocorrerem entre familiares próximos ou profissionais de saúde de forma limitada não serão considerados transmissão local. Até o momento, a única área com transmissão local é a China. *** Contato próximo é definido como: estar a aproximadamente dois metros de um paciente com suspeita de caso por novo coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento, por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual (EPI). Definição de caso - Caso Provável 1. Caso suspeito que apresente resultado laboratorial inconclusivo para 2019- nCoV OU com teste positivo em ensaio de pan-coronavírus. Definição de caso - Caso Confirmado 1. Indivíduo com confirmação laboratorial conclusiva para o novo Coronavírus (2019-nCoV), independente de sinais e sintomas. Definição de caso - Caso Descartado 1. Caso que não se enquadre na definição de suspeito e apresente resultado laboratorial negativo para 2019nCoV OU confirmação laboratorial para outro agente etiológico. Definição de caso - Caso Excluído 1. Caso notificado que não se enquadrar na definição de caso suspeito. Nessa situação, o registro será excluído da base de dados nacional. Recomendações para pessoas que preencham a definição de caso suspeito Notificação Os casos suspeitos, prováveis e confirmados devem ser notificados de forma imediata pela Rede Assistencial (pública, privada e filantrópica) em todos os níveis de atenção (até 24 horas) ao Serviço de Vigilância em Saúde (SVS) local e/ou CIEVS-RIO utilizando o formulário FormSUScap, em anexo, que deverá ser preenchido manualmente. O CIEVS RIO que procederá a inserção do caso em sítio eletrônico específico disponibilizado pela SVS/MS. Notificação - FormSUScap Investigação Laboratorial Orienta-se a coleta de swabs combinado (nasal/oral) em MTV (meio de transporte viral) ou aspirado de nasofaringe (ANF) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar). O profissional de saúde responsável pela coleta de amostras respiratórias deverá utilizar os seguintes equipamentos de proteção individual (EPI): Gorro descartável; Óculos de proteção ou protetor facial; Máscara do tipo N95/FFP2; Avental de mangas compridas e Luvas de procedimento. Investigação Laboratorial Investigação Laboratorial A realização de coleta de amostra está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito, a amostra deverá ser coletada até o 7° dia dos sintomas, preferencialmente até o 3° dia. As amostras coletadas deverão ir em caixa térmica com gelo reciclável, mantendo as amostras entre 4ºC e 8ºC e devem ser processadas dentro de 24 a 72 horas da coleta até chegar ao LACEN ou ao laboratório privado. A caixa térmica deve ser de uso exclusivo para amostras com suspeitas para Coronavírus, portanto, sem outras amostras para outras suspeitas (exemplo: sarampo, dengue, zika, chikungunya). Investigação Laboratorial Em serviços de saúde PÚBLICOS, é necessária a coleta de 1 (uma) amostra respiratória. Esta amostra deverá ser encaminhada com urgência para o LACEN. Em serviços de saúde PRIVADOS, que tenham condições de realizar o diagnóstico laboratorial para vírus respiratórios, exceto 2019-nCoV, é necessário realizar a coleta de 2 (duas) amostras respiratórias ou realizar a coleta de 1 amostra que será aliquotada em 2 partes. Investigação Laboratorial – SERVIÇO DE SAÚDE PÚBLICO Investigação Laboratorial – SERVIÇO DE SAÚDE PRIVADO Investigação Laboratorial • LACEN RJ: Realiza o diagnóstico diferencial para Influenza e outros vírus respiratórios. • Laboratório de Vírus Respiratóriose Sarampo da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ): Realiza a detecção do novo coronavírus (2019-nCov). Laboratórios de Vírus Respiratórios do Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS) e Instituto Adolfo Lutz (IAL/SES-SP. O Ministério da Saúde não recomenda o uso de kits comerciais para diagnóstico do novo coronavírus (2019- nCov) pois, neste momento, não está validado pelo Laboratório de Referência Nacional (Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo da Fundação Oswaldo Cruz). Cuidados em domicílio Orientar sobre a necessidade de permanecer em afastamento temporário em domicílio, mantendo distância dos demais familiares, além de evitar o compartilhamento de utensílios domésticos. O paciente deve ser isolado em ambiente privativo com ventilação natural e limitar a recepção de contatos externos. Orientar possíveis contatos quanto à importância da higienização das mãos. O acesso em domicílio deve ser restrito aos trabalhadores da saúde envolvidos no acompanhamento do caso. Isolamento hospitalar ou domiciliar Os casos suspeitos, prováveis e confirmados devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais sintomas clínicos. Casos descartados independente dos sintomas podem ser retirados do isolamento hospitalar ou domiciliar. Tratamento Até o momento não há medicamento específico para o tratamento da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). O tratamento é de suporte conforme a sintomatologia do paciente. Alguns casos confirmados ou suspeitos para o novo Coronavírus podem não necessitar de hospitalização, podendo ser acompanhados em domicílio. No atendimento, deve-se levar em consideração os demais diagnósticos diferenciais pertinentes e o adequado manejo clínico. Em caso de suspeita para Influenza, não retardar o início do tratamento com Fosfato de Oseltamivir, conforme protocolo de tratamento de Influenza. Documentos Técnicos – SMS RIO Referências Bibliográficas e Links de interesse Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico COE nº02, fev.2020. Disponível na internet via https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicoshttps:/ /www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019 http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/novocoronavirus http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/ http://saude.gov.br/saude-de-a-z/listacorona Nota Técnica Conjunta SMS RJ - Coronavírus https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SMS/SUBPAVSVS/CVE Email: cievs.rio@gmail.com. Telefone: (21) 3971-1708 / 3971-1710 / 98000-7575 (PLANTÃO CIEVS)
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