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Internet_das_Coisas_(IoT)_Um_ecossistema_tecnológico

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Internet das Coisas (IoT): Um ecossistema tecnológico 
Victor N. F. Batista1, Rodger Maganha2, Weber Henrique N. da Silva2, Marcelo Silva1 
1Ciências da Computação – Centro Universitário FAM 
São Paulo – SP – Brasil 
2Análise e Desenvolvimento de Sistemas – Centro Universitário FAM 
São Paulo – SP – Brasil 
{maganharodger, marcelomaks178, weberhenrique96}@gmail.com, 
victornfb@outlook.com
Resumo. Este artigo tem como objetivo o estudo de um ecossistema tecnológico criado 
por meio da Internet das Coisas (IoT), comparando o mesmo com um ecossistema 
biológico e como é dada sua aplicação no ambiente residencial utilizando centros de 
comando como a Alexa e o Google Assistente. 
Abstract. This paper aims to study a technological ecosystem created through the 
Internet of Things (IoT), comparing it with a biological ecosystem and how it is applied 
in the residential environment using command centers such as Alexa and Google 
Assistant. 
1. Introdução 
De acordo com o livro Ecossistemas brasileiros (2010, p. 2) é definido como ecossistema 
"[...] qualquer ambiente onde há a interação entre o meio físico (natureza solar, luminosidade, 
temperatura, pressão, água, umidade do ar, salinidade) e os seres vivos [...], seja ele terrestre 
ou aquático, grande ou pequeno". Hoje facilmente conseguimos encaixar nessa definição 
alguns ambientes, e entre eles se encontram as smart homes. Esse pode parecer um conceito 
ainda distante para muitos, porém desde 2016 já temos casas inteligentes no Brasil, como a 
casa do empresário Leonardo Senna exibida em uma reportagem pela Record (Domingo 
Espetacular mostra as inovações da “casa do futuro”. 2016, Abril 11). 
O preço para adquirir tal tecnologia ainda é alto, porém é visto como um investimento por 
alguns. É possível imaginar o cenário em que você tem um sistema inteligente que gerencie 
a energia elétrica da casa com painéis solares ou turbinas eólicas, com ele você terá uma 
conta de energia elétrica mais barata e ainda terá uma fonte sustentável e ecológica 
alimentando a casa. 
2. O que é Internet das Coisas? 
Singer (2002) acredita que a possível origem do termo Internet das Coisas pode ser 
encontrada na publicação do artigo “When Things Start to Think” de Neil Gershenfeld (1999), 
onde o autor esboçou um cenário no qual objetos processam informação e realizam ações a 
partir disso. 
Em (ITU Internet Reports, 2005) é possível encontrar também alguma direção sobre Internet 
das Coisas. O relatório descreve dispositivos e objetos do dia a dia com sensores, 
transmissores e receptores, que possibilitam novas formas de comunicação entre pessoas e 
objetos, além dos próprios objetos entre si (também conhecido como M2M ou Machine to 
Machine), em qualquer lugar e tempo, e assim descreve o novo modelo da comunicação. 
 
 
Em resumo, a chamada de Internet das Coisas, é basicamente um ecossistema tecnológico 
onde ocorre a coleta, armazenagem e troca de dados entre dispositivos (sejam eles sensoriais, 
centros de dados ou aplicações) que estão conectados por meio de uma rede de internet, onde 
é feito o processamento desses dados e os mesmos são transformados em informação que 
possibilita à tomada de decisões. 
3. O que possibilitou a implantação da IoT? 
O aumento das plataformas de processamento em nuvem permite que os consumidores 
possam expandir de forma prática a comunicação entre seus aparelhos, desta forma não é 
necessário que o usuário gerencie todas essas conexões, pois atualmente possuímos uma série 
de protocolos de rede que permitem a transferência de dados coletados por sensores, que por 
sua vez se tornaram mais acessíveis e eficazes. 
Utilizando algoritmos de aprendizado de máquina (Machine Learning), análise avançada e 
acesso a diversas fontes de dados as máquinas podem ser “treinadas” para realizar diversas 
funções, permitindo assim que o ambiente se torne automatizado. Além disso, temos também 
inteligência artificial conversacional (IA) que trouxe recursos de processamento de 
linguagem natural (NLP) com os avanços das redes neurais, um bom exemplo da aplicação 
desses conceitos seria nos assistentes pessoais como a Alexa da Amazon, o Google Assistente 
da Google e a Siri da Apple. 
4. Automação no ecossistema residencial 
A IoT pode ser aplicada para automatizar a residência com base nas ações dos moradores, ou 
seja, a casa poderá auxiliar na rotina seja acionando interruptores em horários 
predeterminados e ajustando a temperatura dos ambientes internos, além de garantir um local 
mais seguro fechando portas e janelas automaticamente ou até mesmo com o uso de recursos 
sensíveis à sons e movimentos como câmeras. 
Outra forma de controlar os dispositivos é utilizando centros de comando como a Alexa e o 
Google Assistente, com eles você tem a possibilidade de centralizar todos os seus 
dispositivos em um único lugar, o que torna mais fácil realizar comandos de voz e definir 
previamente comandos que são executados a partir de certas interações com o ambiente. 
 
 
Figura 1. Home Smart Home 
 
Fonte: Internet of Things Agenda, 2018. 
 
Apesar de hoje não serem tão utilizados devido aos custos de aquisição e instalação, a 
tendência é que estes dispositivos se tornem mais comuns ao longo dos anos. De acordo com 
o rastreador mundial trimestral de dispositivos domésticos inteligentes da International Data 
Corporation (IDC), está previsto que os envios mundiais sejam superiores a 1,39 bilhão em 
2023, com uma taxa de crescimento anual composta de cinco anos (CAGR) de 14,4%. 
4.1. Segurança e proteção 
Existem diversos sensores que garantem a segurança dos ambientes internos e do perímetro, 
entre eles estão travas, câmeras de segurança e afins, nesta categoria também incluímos meios 
de monitorar riscos de incêndio e inundação. 
A Wyze é uma empresa que busca “criar tecnologias de qualidade para casas inteligentes 
acessíveis para todos”. Ela vende em países da América do Norte câmeras e sensores de 
movimento em um kit que em conversão direta custaria aproximadamente R$ 212 (duzentos 
e doze reais). O kit inclui uma câmera, e dois sensores de movimento, onde um deles é feito 
para ser alocado em portas e janelas, logo, quando a mesma é aberta, a câmera que está 
direcionada pode começar a gravar e transmitir em tempo real o que está acontecendo em seu 
campo de visão, além de enviar uma notificação para o smartphone configurado. 
4.2. Utilidades 
Medidores e otimizadores de consumos de água e energia, esses recursos trazem economia 
para as companhias que fornecem os recursos e para o consumidor que pode acompanhar de 
forma mais clara seu gasto. 
 
 
Outras peças populares entre os dispositivos inteligentes são os termostatos, o ar 
condicionado e o aquecedor. Com esse conjunto em mãos você pode definir ambientes como 
a sala, onde sempre que a temperatura ambiente atingir certo nível, você gele ou aqueça a 
sala para o nível desejado. Se adicionarmos ao conjunto um sensor de movimento, teremos 
um sistema mais complexo que é ativado quando detectar o movimento no ambiente ou 
desativado quando não houver ninguém. 
4.3. Bem-estar 
Essa automatização também permite mais comodidade logo ao início do dia, por exemplo, é 
possível definir ações para os dispositivos reproduzirem em horários programados, como 
acender luzes ou abrir cortinas e até mesmo para que preparem café além de te atualizar sobre 
as notícias do dia, essas ações economizam minutos preciosos antes de iniciar um dia de 
trabalho. 
Dispositivos médicos conectados podem simplificar a vida das pessoas garantindo o 
monitoramento mais eficaz e evitando movimentações constantes até hospitais. Quando se 
trata de doenças crônicas esses dispositivos são ainda mais úteis, pois em um paciente que 
possua diabetes, por exemplo, a máquina pode acompanhar o nível de glicose no sangue e 
ajustar a insulina de acordo com a necessidade garantindo que o nível não osciledrasticamente. 
4.4. Entretenimento 
Reprodutores de som e vídeo de acordo com os gostos individuais dos moradores, isso 
acontece devido a troca de informações entre a indústria de mídia e entretenimento e os 
consumidores, desta forma como o fluxo de informações estará estabelecido, será possível 
desenvolver material de acordo com a necessidade do consumidor e de forma que este possa 
consumir prontamente. 
Os assistentes pessoais fazem mais do que apenas responder perguntas sobre o trajeto até o 
trabalho e de como estará o tempo amanhã, eles podem também controlar todo o conteúdo 
que é exibido ou escutado no ambiente com um simples comandos de voz, é possível trocar 
o canal da TV, reproduzir um vídeo, uma música ou até fazer uma ligação ou 
videoconferência. 
5. Riscos do IoT 
Ao utilizar estes recursos é importante atentar-se aos riscos envolvidos, é necessário que as 
partes físicas e lógicas dos aparelhos sejam revisadas regularmente. Se focarmos nos 
equipamentos de segurança, estes ficam em locais expostos ao tempo e também podem ser 
afetados por malwares ou outros meios que impeçam seu funcionamento ideal. 
Como os dispositivos estão todos conectados e têm conhecimento da nossa rotina e 
preferências, existe a possibilidade de que terceiros tenham acesso à essas informações, seja 
para criarem novos produtos para um público alvo ou para outras atividades, isso se torna 
possível devido ao baixo número de atualizações no software dos dispositivos, e com o passar 
do tempo as falhas se tornam aparentes, permitindo então invasões. 
Uma forma de prevenção ao utilizar esses dispositivos é procurar aqueles que possuem 
suporte mais ativo com atualizações de segurança regulares, ou realizar a troca dos aparelhos 
quando forem encontradas falhas críticas nos utilizados atualmente. Essa prática seria 
 
 
inviável em ambientes que precisam dos dispositivos a todo momento, porém em residências 
não haveriam maiores complicações. 
Além da atenção com a escolha dos dispositivos que serão utilizados, outras condutas que 
devem ser tomadas para garantir a segurança desse ecossistema, seria de proteger contra os 
acessos mal intencionados, fazendo a separação da rede, uma para visitantes e outra para 
moradores, e bloquear os acesso físicos aos equipamentos de gerenciamento da rede. 
6. Referências 
RUSHABH, Patel. IoT and Home Automation: What Does the Future Hold?. 10 de Junho de 
2020. Disponível em: <https://www.iot-now.com/2020/06/10/98753-iot-home-automation-
future-holds/>. Acesso em: 4 de junho de 2020. 
CARRION, Patrícia; QUARESMA, Manuela. Internet da Coisas (IoT): Definições e 
aplicabilidade aos usuários finais. Março de 2019. Disponível em: 
<http://www.revistas.udesc.br/index.php/hfd/article/viewFile/2316796308152019049/9858
>. Acesso em: 31 de maio de 2020. 
Evans, Dave. A Internet das Coisas: Como a próxima evolução da Internet está mudando 
tudo. Abril de 2011. Disponível em: 
<https://www.cisco.com/c/dam/global/pt_br/assets/executives/pdf/internet_of_things_iot_i
bsg_0411final.pdf>. Acesso em: 9 de junho de 2020. 
RAMOS, M. G. O.; AZEVEDO M. R. Q. A. Ecossistemas Brasileiros: Definição de 
ecossistemas. Campina Grande, Natal. Editora UFRN, 2010. 
RASIKA, Joshi. IoT and Home Automation: What Does the Future Hold?. 30 de Dezembro 
de 2019. Disponível em: <https://medium.com/@rasikaj39/iot-and-home-automation-what-
does-the-future-hold-d0a1e6145b9>. Acesso em: 8 de junho de 2020. 
ALKHALDI, Nadejda. Internet of Medical Things: 4 use cases to enhance your healthcare 
facility operations. 20 de Novembro de 2019. Disponível em: 
<https://www.itransition.com/blog/internet-of-medical-things>. Acesso em: 6 de junho de 
2020. 
Securing the IoT: Building trust in IoT devices and data. 2019. Disponível em: 
<https://www.thalesgroup.com/en/markets/digital-identity-and-security/iot/iot-security>. 
Acesso em: 12 de junho de 2020.

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