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ATIVIDADE DE HISTOLOGIA BUCAL – PRIMEIRA AVP I Nome: KELSEN RUBEM PEREIRA DOS SANTOS Faculdade: CECAPE Curso: Odontologia Semestre: 2º Turno: Manhã 1‐ Descreva as células do tecido conjuntivo. R ‐ O tecido conjuntivo é caracterizado por apresentar células bastante diversificadas, tanto em origem como em função. Essas células encontram‐se dispersas em uma abundante matriz celular, cuja composição também é variável, sendo dependente do tipo de célula presente no tecido conjuntivo. Os tecidos conjuntivos podem ser: Tecido sanguíneo Tecido ósseo Tecido cartilaginoso Tecido adiposo Tecido conjuntivo propriamente dito Funções do tecido conjuntivo O tecido conjuntivo apresenta inúmeras funções, conforme os seus diferentes tipos. Podemos destacar como funções: Sustentação; Preenchimento; Elasticidade; Proteção contra impactos; Armazenamento (gordura e íons); Defesa do organismo; Transporte de gases e nutrientes, entre outras. Tipos de tecido conjuntivo O tecido conjuntivo pode ser classificado, segundo a composição de suas células e matriz extracelular, como tecido conjuntivo propriamente dito e tecido conjuntivo especial. O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser classificado em tecido conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo denso. O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser dividido em: Tecido conjuntivo frouxo: as fibras de sua matriz extracelular estão dispostas frouxamente, o que confere a esse tecido uma maior flexibilidade. Dentre suas funções, podemos destacar a ligação do epitélio aos tecidos adjacentes e o preenchimento dos espaços entre órgãos e tecidos. Tecido conjuntivo denso: sua constituição é semelhante ao conjuntivo frouxo, no entanto, apresenta uma maior concentração de fibras colágenas, o que o torna menos flexível. Esse tecido pode ainda ser dividido em modelado, no qual as fibras colágenas estão dispostas paralelamente aos fibroblastos, e não modelado, no qual as fibras não apresentam uma distribuição ordenada. São funções desse tecido a sustentação e a resistência à tração. São tipos de tecidos conjuntivos especiais: Tecido adiposo: constituído por células adiposas, especializadas em armazenar gordura. Dentre suas funções, podemos citar a absorção de impactos, isolamento térmico e armazenamento de energia. Tecido cartilaginoso: constituído por células denominadas de condrócitos e condroblastos. Os condrócitos secretam continuamente colágeno e sulfato de condroitina, um complexo de proteínas e carboidratos que confere resistência e flexibilidade à cartilagem. Esse tecido está presente em embriões, pois depois é substituído por tecido ósseo, permanecendo apenas em algumas regiões do corpo, como nos discos intervertebrais. Tecido ósseo: constituído por células denominadas de osteoblastos, osteócitos e osteoclastos e uma matriz mineralizada, que lhe confere rigidez e dureza. Dentre suas funções, podemos citar a sustentação, movimento do corpo e armazenamento de íons. Tecido sanguíneo: constituído pelas células sanguíneas, como os eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e fragmentos celulares, denominados de plaquetas. A sua matriz extracelular é líquida e denominada de plasma. O plasma é constituído por água, sais e proteínas. Dentre as funções do tecido sanguíneo, podemos destacar o transporte de gases e nutrientes e a defesa do organismo. Composição do tecido conjuntivo O tecido conjuntivo é constituído por células de diferentes origens e funções, além de uma matriz extracelular abundante. O tecido conjuntivo apresenta células diversificadas. As células do tecido cartilaginoso, por exemplo, são os condrócitos e condroblastos. O tecido conjuntivo propriamente dito apresenta as seguintes células: → Células mesenquimais Células‐tronco multipotentes, a partir das quais se originam as demais células do tecido conjuntivo. Essas células possuem o formato estrelado ou fusiforme e apresentam prolongamentos, os quais detêm junções comunicantes com as células vizinhas. → Fibroblastos Apresentam um formato estrelado ou alongado, prolongamentos e seu núcleo é bem desenvolvido, com nucléolos evidentes. Seu retículo endoplasmático rugoso e complexo golgiense são bastante desenvolvidos. Os fibroblastos têm a função de secretar os componentes da matriz extracelular. Trata‐se das células mais abundantes do tecido conjuntivo. → Macrófagos Essas células apresentam diferentes formas, dependendo de seu estado funcional, além de núcleo na forma de rim e retículo endoplasmático rugoso e complexo golgiense bem desenvolvidos. São originadas a partir dos monócitos produzidos na medula óssea e que depois migram do sangue para o tecido conjuntivo, onde passam por algumas mudanças, transformando‐se em macrófagos. Os macrófagos têm função de defesa, fagocitando restos celulares, bactérias e outras substâncias estranhas presentes no organismo. Além disso, os macrófagos secretam substâncias que auxiliam na defesa, como a lisossoma (enzima que destrói as paredes das bactérias), e na reparação de tecidos, como a enzima colagenase. → Plasmócitos São células ovoides, apresentam grande quantidade de retículo endoplasmático rugoso e são responsáveis pela síntese de anticorpos (glicoproteínas produzidas em resposta à penetração de moléculas estranhas no organismo). Os plasmócitos são encontrados em maior abundância em regiões mais suscetíveis à presença de substâncias estranhas e em locais de inflamações crônicas. → Mastócitos Os mastócitos imaturos originam‐se na medula óssea e, por meio da corrente sanguínea, chegam aos tecidos, onde se diferenciam em mastócitos. São encontrados, principalmente, na pele, nos sistemas respiratório e digestório. Os mastócitos são células grandes e apresentam núcleo pequeno e central. Em seu citoplasma, estão presentes grânulos com mediadores químicos das reações alérgicas e processos inflamatórios. Em sua superfície, são encontrados receptores específicos para imunoglobulina E (IgE), que são proteínas produzidas pelos plasmócitos e que atuam como anticorpos. Os mastócitos atuam nas reações imunes, alérgicas e inflamatórias. → Células adiposas As células adiposas são grandes, esféricas, apresentam núcleo periférico e são especializadas no armazenamento de gordura. São encontradas em pequena quantidade; quando em maior quantidade, formam o tecido adiposo, um tipo de tecido conjuntivo. → Leucócitos Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa do organismo. Eles migram do sangue para o tecido conjuntivo, onde são encontrados em pequena quantidade. Essa quantidade aumenta mediante a ação de micro‐organismos. Acesse também: Sistema imunológico humano: a defesa do nosso corpo → Matriz extracelular O tecido sanguíneo, como os demais tecidos conjuntivos, apresenta uma matriz extracelular abundante, a qual é constituída por água, sais e proteínas. A matriz extracelular é abundante e apresenta uma parte fibrilar e uma não fibrilar, denominada de substância fundamental. → Fibras O tecido conjuntivo apresenta fibras, as quais são formadas por proteínas que se polimerizam e formam estruturas alongadas. As fibras colágenas e reticulares apresentam a proteína colágeno em sua constituição. As fibras colágenas conferem força e flexibilidade aos tecidos, já as fibras reticulares atuam na união do tecido conjuntivo aos tecidos adjacentes. As fibras elásticas apresentam a proteína elastina em sua composição, conferindo aos tecidos uma maior elasticidade. → Substância fundamental É uma substância viscosa, transparente e, geralmente, constituída por glicosaminoglicanos (polissacarídeos), proteoglicanos (proteínas)e glicoproteínas (proteínas ligadas a glicídios). A sua constituição pode variar conforme o tipo de tecido conjuntivo. Ela preenche os espaços intercelulares e atua na sustentação do tecido, como lubrificante e como barreira contra micro‐organismos invasores. 2‐ Descreva as fibras de proteínas do tecido conjuntivo. R ‐ O tecido conjuntivo apresenta fibras, as quais são formadas por proteínas que se polimerizam e formam estruturas alongadas. As fibras colágenas e reticulares apresentam a proteína colágeno em sua constituição. As fibras colágenas conferem força e flexibilidade aos tecidos, já as fibras reticulares atuam na união do tecido conjuntivo aos tecidos adjacentes. As fibras elásticas apresentam a proteína elastina em sua composição, conferindo aos tecidos uma maior elasticidade. 3‐ Descreva as glicoproteínas do tecido conjuntivo. R ‐ São compostos de proteínas ligadas a cadeias de glicídios. Ao contrário dos proteoglicanos, é o componente proteico que predomina nestas moléculas, as quais também não contêm cadeias lineares de polissacarídios formados por unidades dissacarídicas repetidas contendo hexosaminas. Em vez destas, o componente glicídico das glicoproteínas é frequentemente uma estrutura muito ramificada. Várias glicoproteínas já foram isoladas do tecido conjuntivo; verificou‐se que desempenham um importante papel não somente na interação de células adjacentes nos tecidos embrionários e adultos, como também ajudam as células a aderirem aos seus substratos. A fibronectina é uma glicoproteína sintetizada pelos fibroblastos e por algumas células epiteliais. Essa molécula tem massa molecular de 222 a 240 kDa e apresenta sítios de ligação para células, colágeno e glicosaminoglicanos. Interações nesses locais ajudam a intermediar e a manter normais as migrações e adesões celulares. A laminina é outra glicoproteína de alta massa molecular que participa na adesão de células epiteliais à sua lâmina basal, que é uma estrutura muito rica em laminina. Além da substância fundamental, existe nos tecidos conjuntivos, uma pequena quantidade de fluido chamada de fluido tissular, que é semelhante ao plasma sanguíneo quanto ao seu conteúdo em íons e substâncias difusíveis. Os fluidos tissulares contêm uma pequena porcentagem de proteínas plasmáticas de pequeno peso molecular, as quais passam através da parede dos capilares para os tecidos circunjacentes como resultado da pressão hidrostática do sangue. As proteínas plasmáticas constituem apenas uma pequena proporção do tecido conjuntivo; entretanto, em consequência da vasta distribuição desse tecido, calcula‐se que mais de um terço das proteínas plasmáticas do organismo estejam estocadas na MEC. Em resumo, na metade arterial dos capilares, passa água destes para o conjuntivo, e, na metade venosa dos capilares, a água passa do conjuntivo para os capilares, voltando para o sangue. Por meio desse mecanismo, os metabólitos circulam no tecido conjuntivo, alimentando as células. A quantidade de água que volta para o sangue é menor do que aquela que saiu dos capilares. A água que permanece no tecido conjuntivo retorna ao sangue através dos vasos linfáticos. Os menores vasos linfáticos são os capilares linfáticos, os quais se originam no tecido conjuntivo como vasos de fundo cego. Os vasos linfáticos drenam para vasos sanguíneos situados na base do pescoço. Existe um equilíbrio entre a quantidade de água que entra e sai da substância intercelular; consequentemente, há pouquíssima quantidade de água livre no tecido. 4‐ Descreva a substancia fundamental amorfa. R ‐ A substância fundamental amorfa caracteriza‐se por preencher os espaços entre as células e as fibras do conjuntivo e, sendo de aspecto viscoso, podendo representar uma barreira à penetração de partículas estranhas no interior dos tecidos. Constitui o elemento não fibroso da matriz, na qual as células e outros componentes estão mergulhados. Apresenta aspecto incolor, transparente e opticamente homogêneo, formado principalmente por proteoglicanas, ácido hialurônico e glicoproteínas. Dentre as principais macromoléculas, estão os mucopolissacarídeos, também chamados de gliosaminoglicanos, que quando ligados covalentemente às proteínas, são denominados proteoglicanas. Além desses, também é composta por proteínas fibrilares, íons e água (originária do sangue). Os glicosaminoglicanos possuem a função de sustentação, transportes moleculares, atuando também na produção do colágeno pelos fibroblastos, bem como seu arranjo tridimensional.