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Faculdade CECAPE Odontologia Disciplina: Histologia Bucal Profa. Dra. Willma Jose Santana Aluno: KELSEN RUBEM P. DOS SANTOS Semestre: 2º ‐ Manhã ATIVIDADE DE HISTOLOGIA BUCAL – PRIMEIRA AVP II 1‐ Cite e Descreva as células do tecido Osseo R – O tecido ósseo é um tecido de sustentação responsável pela formação dos nossos ossos. É um tipo de tecido conjuntivo e apresenta como principal característica a presença de uma matriz extracelular calcificada. Basicamente, esse tecido é constituído por células chamadas de osteoblastos, osteoclastos e osteócitos. Esse tecido pode ser classificado de acordo com aspectos macroscópicos e microscópicos. Segundo os aspectos macroscópicos, o tecido ósseo pode ser do tipo compacto ou esponjoso; segundo os aspectos microscópicos, esse tecido pode ser classificado como tecido ósseo primário ou tecido ósseo secundário. Essas classificações ocorrem conforme critérios, como localização, aparência, grau de maturidade, organização etc. No tecido ósseo, encontramos três tipos básicos de células: os osteoblastos, os osteócitos e os osteoclastos. Veja, a seguir, algumas das principais características dessas células: Osteoblastos Os osteoblastos são células que apresentam‐se levemente alongadas ou cuboides e são mononucleadas. Essas células são responsáveis pela formação da matriz orgânica do tecido ósseo. São responsáveis também pela produção de duas proteínas não colágenas (osteonectina e osteocalcina) que estão relacionadas com a mineralização do osso. A osteonectina é responsável por facilitar a deposição do cálcio, enquanto a osteocalcina é responsável por estimular a atividade do osteoblasto, controlando, desse modo, a mineralização. São os osteoblastos que darão origem aos osteócitos. Osteócitos Os osteócitos são osteoblastos que ficam aprisionados em lacunas formadas conforme essas células secretam a matriz. Cada lacuna apresenta apenas um osteócito. Os osteócitos são células bastante abundantes, sendo as células que mais ocorrem no tecido ósseo. Essas células destacam‐se por serem menores que os osteoblastos e por possuírem prolongamentos citoplasmáticos que passam pelo interior de canalículos e estendem‐se até os prolongamentos de outros osteócitos ou até células de revestimento ósseo. Os canalículos ósseos formam, portanto, uma complexa rede de comunicação, sendo eles responsáveis também por nutrir os osteócitos, que ficam presos na matriz, a qual não permite a difusão de substâncias. Os osteócitos não produzem matriz óssea, mas são fundamentais para a manutenção da matriz, uma vez que após sua morte ocorre a reabsorção da matriz. Osteoclastos Os osteoclastos são células responsáveis pela reabsorção óssea, por meio da desmineralização e degradação da matriz óssea. Essa célula destaca‐se por ser grande, apresentar vários núcleos e apresentar mobilidade. 2‐ Descreva o processo de Mineralização do tecido ósseo R – O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células, e material extracelular calcificado, a matriz óssea. A matriz apresenta 50% de parte orgânica e 50% de material mineral. Parte orgânica 95% colagéno tipo I; Glicosaminoglicanos e proteoglicanos semelhantes aos da cartilagem; Glicoproteínas adesivas com, por ex. a osteonectina que faz a ligação ao colágeno e aos proteoglicanos. Parte inorgânica Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio que formam cristais de hidroxipatita. Os íons da superfície deste cristal são hidratados existindo, portanto, uma camada de água à volta onde estão dissolvidos alguns íons, quando é necessário cálcio, o primeiro a ser mobilizado é o que está nesta camada à volta dos cristais. Só posteriormente é que se dá a dissolução dos cristais através dos osteoblastos. Os íons como o fosfato e o cálcio, além de bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e pequena proporção de citrato. O cálcio e o fosfato formam cristais. A mineralização consiste na deposição de íons inorgânicos, principalmente fosfato de cálcio. O cálcio dos ossos está em constante troca com o cálcio dos líquidos extracelulares. Durante o crescimento, o osso é sensível a diversos fatores nutricionais: deficiências em proteínas, cálcio, vitaminas D e C, além de estímulos hormonais (testosterona e estrógenos), que influenciam no aparecimento e o desenvolvimento dos centros de ossificação (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 1999). Na coluna vertebral, a mineralização adequada do tecido ósseo irá garantir proteção à medula espinhal e às demais estruturas musculoesqueléticas conectadas às vértebras. 3‐ Cite as funções do Tecido Ósseo R – O tecido ósseo tem a função de sustentação e ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados. É um tecido rígido graças à presença de matriz rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao osso. Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo, apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso. Por serem uma estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração. Quando um osso é serrado, percebe‐se que ele é formado por duas partes: uma sem cavidades, chamada osso compacto, e outra com muitas cavidades que se comunicam, chamada osso esponjoso. Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando essas partes são observadas no microscópio nota‐se que ambas são formadas pela mesma estrutura histológica. A estrutura microscópica de um osso consiste de inúmeras unidades, chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central onde existem vasos sanguíneos e nervos que servem o osso. Os canais de Havers comunicam‐se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados canais perfurantes (canais de Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela, constituída por tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do sangue. 4‐ Descreva a Matriz Orgânica e a matriz Inorgânica do Tecido Ósseo Tecido Ósseo R – Matriz óssea O tecido ósseo apresenta uma matriz extracelular (matriz óssea) bastante resistente. Essa matriz é rígida, pois é calcificada, entretanto, também apresenta uma certa elasticidade, uma vez que também possui fibras colágenas. Dizemos que a matriz óssea apresenta em sua composição uma porção orgânica e uma porção inorgânica. A porção orgânica é a porção em que há colágeno, principalmente, o chamado colágeno tipo I, e outras proteínas, como proteoglicanas. Já a parte inorgânica é formada, principalmente, por fosfato e cálcio, que formam cristais que se associam às fibras colágenas, proporcionando resistência e rigidez ao tecido. A matriz óssea que ainda não está calcificada recebe o nome de osteoide. 5‐ Descreva as funções do Periósteo e do Endósteo R – A função do periósteo e endósteo no tecido ósseo e a de promover a nutrição e desenvolvimento de osteoblastos, que contribuem para as propriedades de desenvolvimento e regeneração dos ossos em caso de fraturas. Além disso, colaboram para a oxigenação das células provenientes do tecido ósseo. O endósteo é a membrana celular, que reveste a cavidade medular do osso e os canais harversianos. Desenvolve‐se do broto perióstico e é composto de células osteogênicas que podem tornar‐se ativas quando for necessária a presença de osteoblastos. 6‐ Descreva a ossificacao INTRAMEMBRANOSA R – A ossificação intramembranosa é um dos dois tipos de formação óssea existentes e é responsável pelo desenvolvimento dos ossos chatos ou laminados, especialmenteaqueles que se encontram no crânio. Esse tipo de ossificação acontece no interior das membranas do tecido conjuntivo, o chamado centro de ossificação primária. As células mesenquimáticas se diferenciam em osteoblastos. Estes, por sua vez, sintetizam osteoides (matriz óssea recém‐sintetizada), que se mineralizam, dando origem aos osteócitos. Vários desses centros de ossificação acontecem simultaneamente dentro de uma membrana de tecido conjuntivo. Desse modo, as traves ósseas formadas dão aspecto esponjoso ao osso, propiciando a penetração de vasos sanguíneos nessas cavidades formadas, originando a medula óssea. A parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a constituir o endósteo e o periósteo, para dentro e para fora. Enquanto na ossificação endocondral ocorre o desenvolvimento ósseo do centro para as extremidades, na intramembranosa ocorre de forma diferente, partindo de núcleos de ossificação, que se expandem e se juntam ao longo do tempo. O crânio, por exemplo, ossifica desta maneira. Por esse motivo, deve‐se tomar cuidado ao pegar na cabeça dos recém‐nascidos (fontanelas) para não afetar o encéfalo que ainda não está totalmente protegido. O processo de ossificação pode ocorrer de dois tipos: • Ossificação Intramembranosa; • Ossificação Endocondral. Ossificação Intramembranosa Processo pelo qual são formados os ossos chatos do crânio, contribuindo também para o crescimento em espessura dos ossos longos. Ocorre na membrana conjuntiva de revestimento e tem início pela diferenciação de células osteoprogenitoras (células indiferenciadas) em grupos de osteoblastos. Os osteblastos sintetizam a matriz óssea que logo se calcifica, os aprisionando, sendo chamados agora de osteócitos, formando assim lâminas ósseas irregulares que gradativamente crescem e se fundem. Na face interna dos ossos cranianos, tem‐se a atividade de osteoclastos, que reabsorvem a matriz óssea, permitindo o crescimento do cérebro. Ao mesmo tempo, na face externa, os osteoblastos produzem matriz óssea calcificada, mantendo a espessura do osso. A ossificação incompleta, nos pontos de sutura da caixa craniana, forma as “moleiras,” fontalenas. Ossificação Endocondral A ossificação endocondral é responsável pela formação dos ossos curtos e longos. Ocorre sobre uma peça de cartilagem hialina, se assemelhando ao osso que será formado, porém menor. Este processo é dividido em duas etapas: • Primeiro: Ocorrem algumas modificações na cartilagem hialina, como a hipertrofia dos condrócitos, redução e mineralização da matriz cartilaginosa e a morte dos condrócitos, deixando cavidades na matriz. • Segundo: As cavidades deixadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e por células osteoprogenitoras (células indiferenciadas) provenientes do conjuntivo. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteblastos e começam a produzir matriz óssea sobre os restos de cartilagem calcificada. Com a produção de matriz óssea, os osteoblastos acabam se “aprisionando”, originando as lacunas e os canalículos, sendo agora chamado de osteócitos. Juntamente com a produção da matriz óssea, ocorre a invasão do osso pelos osteoclastos que pelo processo de reabsorção óssea cria um canal interno, formando o canal medular.
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