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ECONOMIA MICRO E MACRO 1 ECONOMIA MICRO E MACRO ECONOMIA MICRO E MACRO 2 EDITORA ATLAS S.A. Rua Conselheiro Nébias, 1384 (Campos Elísios) 01203-904 São Paulo (SP) Tel.: (0_ _11) 221-9144 (PABX) www.atlasnet.com.br ECONOMIA MICRO E MACRO 3 MARCO ANTONIO SANDOVAL DE VASCONCELLOS ECONOMIA MICRO E MACRO Respostas das Questões Propostas e Questões Adicionais Livro do Mestre SÃO PAULO EDITORA ATLAS S.A. – 2001 ECONOMIA MICRO E MACRO 4 2000 by EDITORA ATLAS S.A. Composição: Set-up Time Artes Gráficas E-mails da Editora Atlas Vendas e-mail: vendas@edatlas.com.br Marketing Direto e-mail: mkt@edatlas.com.br Promoção e-mail: promo@edatlas.com.br Editorial e-mail: edatlas@edatlas.com.br fernando@edatlas.com.br Editorial Jurídico e-mail: juridico@edatlas.com.br Produção e-mail: producao@edatlas.com.br CPD/Internet e-mail: klaber@atlasnet.com.br Livraria Atlas e-mail: livatlas@livatlas.com.br Home Page: http://www.livatlas.com.br ECONOMIA MICRO E MACRO 5 SUMÁRIO Prefácio Parte I – Introdução à economia 1 INTRODUÇÃO À ECONOMIA Questões propostas Questões adicionais Parte II – Microeconomia 2 DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO Questões propostas Questões adicionais 3 ELASTICIDADES Questões propostas Questões adicionais 4 APLICAÇÕES: INCIDÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE VENDAS E FIXAÇÃO DE PREÇOS MÍNIMOS Questões propostas Questões adicionais 5 PRODUÇÃO Questões propostas Questões adicionais 6 CUSTOS DE PRODUÇÃO Questões propostas Questões adicionais 7 ESTRUTURAS DE MERCADO Questões propostas Questões adicionais ECONOMIA MICRO E MACRO 6 Parte III – Macroeconomia 8 FUNDAMENTOS DE TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA Questões propostas Questões adicionais 9 CONTABILIDADE SOCIAL Questões propostas Questões adicionais 10 DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE RENDA E PRODUTO NACIONAIS; O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS Questões propostas Questões adicionais 11 O LADO MONETÁRIO DA ECONOMIA Questões propostas Questões adicionais 12 INTERLIGAÇÃO ENTRE O LADO REAL E O LADO MONETÁRIO – ANÁLISE IS-LM Questões propostas Questões adicionais 13 INFLAÇÃO Questões propostas Questões adicionais 14 O SETOR EXTERNO Questões propostas Questões adicionais 15 POLÍTICA FISCAL E DÉFICIT PÚBLICO Questões propostas Questões adicionais 16 NOÇÕES DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Questões propostas Questões adicionais ECONOMIA MICRO E MACRO 7 PREFÁCIO Todas as questões de múltipla escolha propostas no livro-texto são resolvidas a seguir. Em sua quase totalidade, são perguntas retiradas de concursos públicos, particularmente da área fiscal. Incluímos um conjunto de novas questões de múltipla escolha, que poderão ser utilizadas nas provas de aproveitamento. Julgamos desnecessário incluir as questões de revisão, já que as respostas encontram-se diretamente no próprio texto dos capítulos. Brevemente, incluiremos mais um conjunto de novas questões de múltipla escolha, bem como questões do tipo “falsa ou verdadeira” e perguntas discursivas. O Autor ECONOMIA MICRO E MACRO 8 Parte I – Introdução à Economia 1 INTRODUÇÃO À ECONOMIA QUESTÕES PROPOSTAS 1. O problema fundamental com o qual a Economia se preocupa é: a) A pobreza. b) O controle dos bens produzidos. c) A escassez. d) A taxação daqueles que recebem toda e qualquer espécie de renda. e) A estrutura de mercado de uma economia. RESPOSTA: alternativa c. Solução: A escassez é o problema fundamental da Economia, porque, dadas as necessidades humanas ilimitadas, deve-se buscar a melhor utilização dos recursos físicos escassos (fatores de produção, como terra, capital e trabalho) na tentativa de suprir tais necessidades. 2. Os três problemas econômicos relativos a “o quê”, “como”, e “para quem” produzir existem: a) Apenas nas sociedades de planejamento centralizado. b) Apenas nas sociedades de “livre empresa” ou capitalistas, nas quais o problema da escolha é mais agudo. ECONOMIA MICRO E MACRO 9 c) Em todas as sociedades, não importando seu grau de desenvolvimento ou sua forma de organização política. d) Apenas nas sociedades “subdesenvolvidas”, uma vez que desenvolvimento é, em grande parte, enfrentar esses três problemas. e) Todas as respostas anteriores estão corretas. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Os três problemas econômicos relativos a “o quê”, “como” e “para quem” produzir existem em todas as sociedades, não importando seu grau de desenvolvimento ou sua forma de organização política. Isso porque os recursos produtivos são escassos, e as necessidades sempre se renovam, mesmo em países mais ricos. 3. Em um sistema de livre iniciativa privada, o sistema de preços restabelece a posição de equilíbrio: a) Por meio da concorrência entre compradores, quando houver excesso de demanda. b) Por meio da concorrência entre vendedores, quando houver excesso de demanda. c) Por pressões para baixo e para cima nos preços, tais que acabem, respectivamente, com o excesso de demanda e com o excesso de oferta. d) Por meio de pressões sobre os preços que aumentam a quantidade demandada e diminuem a quantidade ofertada e diminuem a demanda, quando há excesso de demanda. e) Todas as alternativas anteriores são falsas. RESPOSTA: alternativa d. Solução: O sistema de preços na livre iniciativa privada restabelece o equilíbrio tanto pela concorrência entre compradores, quanto entre vendedores (alternativas a e b incompletas). Quando ocorre excesso de oferta, os preços são pressionados para baixo, de forma a diminuir a quantidade ofertada e aumentar a demandada. Quando há excesso de demanda, os preços são pressionados para cima, de forma a aumentar a quantidade ofertada e diminuir a demandada. Portanto, a alternativa c é falsa, sendo correta somente a alternativa d. ECONOMIA MICRO E MACRO 10 4. A “Curva de Possibilidades de Produção” é utilizada nos manuais de economia para ilustrar um dos problemas fundamentais do sistema econômico: por um lado, os recursos são limitados (escassez) e não podem satisfazer a todas as necessidades ou desejos; por outro, é necessário realizar escolhas. Essa curva, quando construída para dois bens, mostra: a) Os desejos dos indivíduos perante a produção total desses dois bens. b) A quantidade total produzida desses dois bens em função do emprego total da mão-de-obra. c) A quantidade disponível desses dois bens em função das necessidades dos indivíduos dessa sociedade. d) Quanto se pode produzir dos bens com as quantidades de trabalho, capital e terra existentes e com determinada tecnologia. e) A impossibilidade de atender às necessidades dessa sociedade, visto que os recursos são escassos. RESPOSTA: alternativa d. Solução: A “Curva de Possibilidades de Produção” (ou Curva de Transformação) mostra quanto se pode produzir dos bens com as quantidades de trabalho, capital e terra existentes e com determinada tecnologia. Supondo apenas dois bens, X e Y, essa curva pode ser mostrada graficamente como segue: B em Y B em X0 D . . . . C B A .E ECONOMIA MICRO E MACRO 11 Os pontos A, B e C representam combinações de produções alternativas de X e Y em que todos os recursos produtivos estão sendo utilizados (pleno emprego dos fatores de produção). A escolha de uma das infinitas alternativas disponíveis em cima da curva dependerá das preferências da sociedade. No ponto D, a sociedade não está ocupando totalmente seus recursos (desemprego de fatores de produção). O ponto E não pode ser atingido com os recursos atualmente disponíveis; isso só ocorrerá com o aumento desses recursos, ou com progresso tecnológico. Deve ser observado que essa curva diz respeito às alternativas de produção (oferta), o que elimina as alternativas a e c, que se referem aos desejos e necessidades do consumo (demanda). 5. Dada a curva de possibilidades de produção, aponte a alternativa errada: a) A economia não pode atingir B, com os recursos de que dispõe. b) O custo de oportunidade de passar de C para D é zero. c) O custo de oportunidade de aumentar a produção de X em 5, a partir do ponto E, é igual a 2 unidades de Y. d) Nos pontos C e D, a economia apresenta recursos produtivos desempregados. B em X B em Y0 57 59 10 15 D . . . E B . A .C ECONOMIA MICRO E MACRO 12 e) Somente as alternativas a, b e d estão corretas. RESPOSTA: alternativa e. Solução: O custo de oportunidade é o grau de sacrifício da sociedade, ao aumentar a produção de um bem, medido em termos da produção alternativa sacrificada. Por exemplo, no gráfico, o custo de oportunidades de produzir-se mais 2 unidades de Y são as 5 unidades de X sacrificadas. Analogamente, o custo de oportunidade de produzir-se mais 5 unidades de X são 2 unidades de Y sacrificadas. Dessa forma, as quatro primeiras alternativas da questão estão corretas: • alternativa a: de fato, a curva de possibilidades de produção mostra a produção máxima, com recursos existentes. O ponto B só poderá ser atingido se houver ou um aumento dos recursos produtivos ou melhoria tecnológica; • alternativa b: os pontos antes da fronteira de possibilidades de produção indicam que há desemprego de fatores produtivos. Nesse caso, a economia pode passar do ponto C para D, aumentando a produção dos dois bens, sem sacrificar a produção de nenhum deles. Ou seja, o custo de oportunidades é zero; • alternativa c: correta. Analogamente, o custo de oportunidade de produzir mais 2 unidades de Y é igual a 5X, partindo do ponto A; • alternativa d: correta. Veja o comentário da alternativa b; • alternativa e: alternativa falsa, pois todas as outras quatro alternativas estão corretas (inclusive alternativa c). 6. Assinale a afirmação falsa: a) Um modelo simplificado da economia classifica as unidades econômicas em “famílias” e “empresas”, que interagem em dois tipos de mercado: mercados de bens de consumo e serviços e mercado de fatores de produção. b) Os serviços dos fatores de produção fluem das famílias para as empresas, enquanto o fluxo contrário, de moeda, destina-se ao pagamento de salários; aluguéis, dividendos e juros. ECONOMIA MICRO E MACRO 13 c) Os mercados desempenham cinco funções principais: I. estabelecem valores ou preços; II. organizam a produção; III. distribuem a produção; IV. racionam os bens, limitando o consumo à produção; e V. prognosticam o futuro, indicando como manter e expandir a capacidade produtiva. d) A curva de possibilidade de produção dos bens X e Y mostra a quantidade mínima de X que deve ser produzida, para um dado nível de produção de Y, utilizando-se plenamente os recursos existentes. e) A inclinação da curva de possibilidades de produção dos bens X e Y mostra quantas unidades do bem X podem ser produzidas a mais, mediante uma redução do bem Y. RESPOSTA: alternativa d. Solução: A curva de possibilidade de produção dos bens X e Y mostra a quantidade máxima de X que deve ser produzida, para um dado nível de produção de Y, utilizando-se plenamente os recursos existentes. É possível, contudo, produzir qualquer quantidade de X inferior ao máximo dado pela curva de possibilidades da produção. As demais alternativas estão corretas e são auto-explicativas. QUESTÕES ADICIONAIS 1. Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê”, “quanto”, “como” e “para quem” deve ser produzido são resolvidos: a) Pelos representantes do povo, eleitos por meio do voto. b) Pelos preços dos serviços econômicos. c) Pelo mecanismo de preços. d) Pelos preços dos recursos econômicos. e) Pela quantidade dos fatores produtivos. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê”, “quanto”, “como” e “para quem” deve ser produzido são resolvidos pelo mecanismo de preços. ECONOMIA MICRO E MACRO 14 No mercado de bens e serviços, determina-se o quê e quanto produzir, a partir da oferta dos produtores e da procura dos consumidores; no mercado de fatores de produção, determina-se para quem produzir, isto é, a repartição de renda entre salários, juros, aluguéis e lucros. Como produzir resolve-se no âmbito das empresas (trata-se de questão de eficiência produtiva). Devemos destacar que, numa economia centralizada, os problemas econômicos fundamentais são resolvidos por um Órgão Central de Planejamento, que faz um levantamento das necessidades da população e um inventário dos recursos disponíveis. 2. Em relação à curva de possibilidade de produção a seguir, uma das afirmações é falsa. Identifique-a. a) A curva de possibilidade de produção só se desloca a longo prazo, em função do aumento do número de ofertantes. b) Cada combinação de X e Y significa uma possibilidade de utilização ótima dos fatores produtivos. c) A produtividade física marginal de cada recurso produtivo decresce com a maior utilização de recursos produtivos da economia. d) Os fatores de produção são escassos. RESPOSTA: alternativa a. B em Y B em X0 Y 1 X 1 ECONOMIA MICRO E MACRO 15 Solução: A alternativa a é falsa. A curva de possibilidades de produção desloca-se a longo prazo, em função do aumento da quantidade de fatores de produção e do progresso tecnológico. As demais alternativas estão corretas. É oportuno um comentário sobre a alternativa c. A produtividade física marginal é a razão entre a variação dos produtos sobre a variação na quantidade do fator de produção (capital, mão-de-obra, terra). Como veremos no Capítulo 5 (Produção), segundo a lei dos rendimentos decrescentes, a partir de certo estágio, o produto total cresce a taxas menores que o acréscimo do fator variável de produção (ou seja, a produtividade física marginal do recurso decresce). Também é conhecida como lei dos custos crescentes. Esse fato justifica o formato côncavo da curva de possibilidades de produção: com recursos plenamente empregados, para produzir mais unidades do bem Y, a sociedade precisa sacrificar quantidades cada vez maiores de X; ou seja, os custos de transformação são crescentes. 3. Numa economia do tipo centralizado, os problemas econômicos fundamentais são resolvidos: a) Pela produção em grande escala de bens de consumo. b) Pelo sistema de preços. c) Pelo controle da curva de possibilidades de produção. d) Pelo planejamento da atividade econômica. e) N. r. a. RESPOSTA: alternativa d. Solução: Diferentemente do que ocorre nas economias de mercado, em que os consumidores sinalizam as respostas para problemas fundamentais da economia, numa economia do tipo centralizado (ou planificado) a decisão provém de um Órgão Central de Planejamento, responsável pelo planejamento da atividade econômica. 4. Aponte a alternativa falsa. Os bens são procurados porque: a) São raros. b) São escassos. c) São livres. d) São ofertados. ECONOMIA MICRO E MACRO 16 e) A alternativa c está errada. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Os bens não são livres pelo fato de não serem abundantes, mas, sim, raros (ou escassos). Portanto, a alternativa c é falsa. Observe que a alternativa e é verdadeira. 5. Aponte a alternativa falsa: a) A curva de transformação da produção existe tanto numa economia de mercado como numa economia centralizada. b) Numa economia, é o sistema de preços que resolve o problema de escolher o ponto da curva de possibilidades de produção para a qual a economia será levada. c) Quanto menores forem as disponibilidades de recursos da economia, mais afastada da origem estará a curva de possibilidades de produção. d) Se os custos de oportunidade forem constantes, a curva de transformação será uma reta. RESPOSTA: alternativa d. Solução: Uma economia com baixa disponibilidade de recursos não consegue atingir o mesmo nível de produção que uma economia com mais recursos (tudo o mais constante) e, portanto, sua curva de possibilidades de produção estará mais próxima da origem. ECONOMIA MICRO E MACRO 17 Parte II – Microeconomia 2 DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO QUESTÕES PROPOSTAS 1. Assinale a alternativa correta: a) A macroeconomia analisa mercados específicos, enquanto a microeconomia analisa os grandes agregados. b) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento da macroeconomia. c) No mercado de bens e serviços, são determinados os preços dos fatores de produção. d) A questão de “como produzir’’ é decidida no mercado de fatores de produção. ECONOMIA MICRO E MACRO 18 e) Todas as alternativas estão erradas. RESPOSTA: alternativa e. Solução: As alternativas a, b, c e d estão erradas. Estariam corretas se fossem colocadas como segue: • alternativa a: a macroeconomia analisa grandes agregados, enquanto a microeconomia analisa mercados específicos; • alternativa b: a hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento da microeconomia; • alternativa c: no mercado de bens e serviços, são determinados os preços dos bens e serviços; • alternativa d: a questão de “como produzir’’ é decidida no âmbito das empresas. 2. Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento da renda do consumidor provavelmente: a) Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de B permanecerá constante. b) Aumentarão simultaneamente os preços de A e B. c) O consumo de B diminuirá e o de A crescerá. d) Os consumos dos dois bens aumentarão. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, com um aumento da renda do consumidor o consumo de B diminuirá e o de A crescerá. Na alternativa a, o bem A é normal e o B é um bem de consumo saciado, cujo consumo permanece inalterado, quando a renda do consumidor aumenta. Exemplos aproximados: sal, açúcar, farinha etc. 3. Assinale os fatores mais importantes, que afetam as quantidades procuradas: a) Preço e durabilidade do bem. b) Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção. ECONOMIA MICRO E MACRO 19 c) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, renda e preferência do consumidor. d) Renda do consumidor, custos de produção. e) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, custos de produção, preferência dos consumidores. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Os fatores mais importantes que afetam as quantidades procuradas são o preço do bem, os preços dos bens substitutos e complementares, a renda e as preferências dos consumidores. Os custos, citados em três alternativas, afetam as quantidades ofertadas, não as procuradas. 4. O efeito total de uma variação no preço é a soma de: a) Efeito substituição e efeito preço. b) Efeito substituição e efeito renda. c) Efeito renda e efeito preço. d) Efeito preço, efeito renda e efeito substituição. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa b. Solução: O efeito de uma variação do preço é chamado de efeito preço e é a soma dos efeitos substituição e renda. 5. O leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta. Paralelamente, o consumidor diminui sua demanda de chá. Leite e chá são bens: a) Complementares. b) Substitutos. c) Independentes. d) Inferiores. e) De Giffen. RESPOSTA: alternativa b. ECONOMIA MICRO E MACRO 20 Solução: Leite e chá são bens substitutos, visto que quando o preço do leite cai ocorre aumento da demanda de chá. 6. Dada a função demanda de x: Dx = 30 – 0,3 px + 0,7 py + 1,3R sendo px e py os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores, assinale a alternativa correta: a) O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares. b) O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos. c) Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal. d) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal. e) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior. RESPOSTA: alternativa d. Solução: Observando apenas os sinais dos coeficientes, o sinal positivo do coeficiente da renda indica que há uma relação direta entre a renda do consumidor (R) e a demanda do bem x, o que revela que x é um bem normal (isso já elimina as alternativas a e e). O sinal positivo do coeficiente do preço do bem y (py) indica relação direta entre alteração no preço de y e a demanda de x (por exemplo, se aumenta o preço do guaraná, aumenta a demanda de Coca-Cola); ou seja, x e y são bens substitutos. Como não temos a função demanda de y, não podemos saber se y é um bem normal ou inferior, o que elimina a alternativa b. Sabemos apenas que y é um bem substituto de x. 7. Supondo o preço do bem no eixo vertical e a quantidade ofertada no eixo horizontal, podemos afirmar que, coeteris paribus: a) A curva de oferta desloca-se para a direita quando o preço do bem aumenta. b) A curva de oferta desloca-se para a esquerda quando o preço do bem cai. ECONOMIA MICRO E MACRO 21 c) A curva de oferta desloca-se para a direita quando aumentam os custos de produção. d) A quantidade ofertada aumenta quando o preço do bem aumenta, coeteris paribus. e) Todas as alternativas estão corretas. RESPOSTA: alternativa d. Solução: Supondo o preço do bem no eixo vertical e a quantidade ofertada no eixo horizontal, podemos afirmar que, coeteris paribus, a quantidade ofertada aumenta, quando o preço do bem aumenta, conforme mostra o gráfico a seguir: q0 pe D E S p’ p qe ECONOMIA MICRO E MACRO 22 As demais alternativas estão erradas. Quanto às alternativas a e b, a curva de oferta não se desloca quando o preço do bem cai ou aumenta. Ela só se desloca quando há mudanças em outros fatores que afetam a oferta de um bem (preço de bens substitutos na produção, custos, alterações tecnológicas, mudanças nos objetivos da empresa). No que se refere à alternativa c, a curva de oferta desloca-se para a esquerda quando aumentam os custos de produção (as quantidades anteriores têm que ser vendidas a preços mais elevados). 8. Para fazer distinção entre oferta e quantidade ofertada, sabe- mos que: a) A oferta refere-se a alterações no preço do bem; e a quantidade ofertada, a alterações nas demais variáveis que afetam a oferta. b) A oferta refere-se a variações a longo prazo; e a quantidade ofertada, a mudança de curto prazo. c) A quantidade ofertada só varia em função de mudanças no preço do próprio bem, enquanto a oferta varia quando ocorrerem mudanças nas demais variáveis que afetam a oferta do bem. d) Não há diferença entre alterações na oferta e na quantidade ofertada. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Para fazer distinção entre oferta e quantidade ofertada, sabemos que a quantidade ofertada só varia em função de mudanças no preço do próprio bem, enquanto a oferta varia quando ocorrerem mudanças nas demais variáveis que afetam a oferta do bem. 9. Assinale a alternativa correta, coeteris paribus: a) Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidade demandada do bem. b) Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui a quantidade ofertada e demandada do bem. ECONOMIA MICRO E MACRO 23 c) Um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a oferta do bem. d) Um aumento da demanda aumenta o preço, a quantidade demandada e a oferta do bem. e) Todas as respostas anteriores estão erradas. RESPOSTA: alternativa a. Solução: Um aumento da oferta causa uma queda no preço e aumenta a quantidade demandada (deslocamento sobre a curva de demanda para a direita do equilíbrio anterior). As alternativas b, c e d seriam corretas se afirmassem: • alternativa b: uma diminuição da demanda diminui o preço e a quantidade ofertada do bem; • alternativa c: um aumento da demanda aumenta o preço e a quantidade ofertada do bem; • alternativa d: um aumento da demanda aumenta o preço e a quantidade ofertada do bem. 10. O aumento do poder aquisitivo, basicamente determinado pelo crescimento da renda disponível da coletividade, poderá provocar a expansão da procura de determinado produto. Evidentemente, o preço de equilíbrio: a) Deslocar-se-á da posição de equilíbrio inicial para um nível mais alto, se não houver possibilidade da expansão da oferta do produto. b) Cairá do ponto inicial para uma posição mais baixa, se a oferta do produto permanecer inalterada. c) Permanecerá inalterado, pois as variações de quantidades procuradas se realizam ao longo da curva inicialmente definida. d) Permanecerá inalterado, pois as variações de quantidades ofertadas se realizam ao longo da curva inicialmente definida. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa a. Solução: ECONOMIA MICRO E MACRO 24 O aumento do poder aquisitivo, basicamente determinado pelo crescimento da renda disponível da coletividade, poderá provocar a expansão da procura de determinado produto. Evidentemente, o preço de equilíbrio deslocar-se-á da posição de equilíbrio inicial para um nível mais alto, se não houver possibilidade da expansão da oferta do produto. Graficamente: 11. Dado o diagrama a seguir, representativo do equilíbrio no 0 preço d e X qu an tid ade d e X SX PX (dem anda de ) X (oferta de ) X q p D’ S p’ p q D q’ ECONOMIA MICRO E MACRO 25 mercado do bem X, assinale a alternativa correta. a) X é um bem de Giffen. b) Tudo o mais constante, o ingresso de empresas produtoras no mercado do bem X provocaria elevação do preço de equilíbrio desse bem. c) O mercado do bem X é caracterizado por concorrência perfeita. d) Tudo o mais constante, um aumento da renda dos consumidores provocaria um aumento no preço de equilíbrio do bem X, se este for inferior. e) Tudo o mais constante, a diminuição do preço do bem Y, substituto do bem X, levará a um aumento do preço de equilíbrio de X. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Vejamos cada alternativa: • alternativa a: errada. Seria um bem de Giffen se a curva de demanda fosse positivamente inclinada. E bem de Giffen é a única exceção à lei geral da demanda (pela qual há relação inversamente proporcional entre quantidade demandada e preço, coeteris paribus); • alternativa b: errada. O ingresso de mais empresas aumentaria a oferta e, dada a demanda, o preço de equilíbrio cairia; • alternativa c: correta. O preço é determinado pelo mercado, sem interferências. A existência de uma curva de oferta já indica ser um mercado competitivo, ou em concorrência perfeita (ver Capítulo 7); • alternativa d: errada. O preço de equilíbrio aumentaria se X fosse um bem normal; • alternativa e: errada. A diminuição do preço de um bem substituto Y levará a um deslocamento da demanda de X para a esquerda (queda) e, portanto, a uma queda no preço de X. 12. Dadas as funções oferta e demanda do bem 1, D1 = 20 – 0,2p1 – p2 + 0,1 (R) ECONOMIA MICRO E MACRO 26 S1 = 0,8p1 e a renda do consumidor R = 1.000, o preço do bem 2p2 = 20, assinale a alternativa errada: a) O preço de equilíbrio do bem 1 é 100. b) A quantidade de equilíbrio do bem 1 é 80. c) Os bens 1 e 2 são bens complementares. d) O bem 2 é um bem normal. e) O bem 1 não é um bem inferior. RESPOSTA: alternativa d. Solução: A quantidade e preço de equilíbrio são encontrados igualando- se a oferta e a demanda do bem. Fazendo as substituições necessárias, temos: D1 = S1 20 – 0,2p1 – 20 + 0,1 . 1.000 = 0,8p1 p1 = 100 Q = D1 = S1 = 0,8p1 Q = 0,8 . 100 Q = 80 Portanto, as alternativas a e b estão corretas. A alternativa c também está correta, o que é observado pelo sinal do coeficiente do preço do bem 2, indicando uma relação inversa entre q1 e p2. A alternativa e está correta, pois uma elevação da renda aumenta a demanda do bem (o bem 1 é normal, podendo-se dizer que não é inferior, como indica o coeficiente positivo da variável Renda). A alternativa d é a incorreta porque não conhecemos a função demanda do bem 2, e apenas do bem 1, pelo que não sabemos se o bem 2 é ou não um bem normal. (Nota: no gabarito do livro-texto, foi considerada erroneamente a alternativa b como sendo a certa. A correção será feita na segunda edição.) ECONOMIA MICRO E MACRO 27 QUESTÕES ADICIONAIS 1. Assinale a alternativa errada: a) Os preços das mercadorias são determinados no mercado de bens e serviços. b) “Quanto’’ produzir é decidido no mercado de bens e serviços. c) “Para quem’’ produzir é decidido no mercado de fatores de produção. d) A questão de “como’’ produzir é decidida no âmbito das empresas. e) Todas as alternativas estão erradas. RESPOSTA: alternativa e. Solução: Somente os preços de bens e serviços são determinados no mercado de bens e serviços, e não todos os tipos de bens (como fatores de produção). Os problemas de “quanto”, “para quem” e “como” produzir são decididos no mercado de fatores, no mercado de bens e serviços e no mercado de fatores, respectivamente. Portanto, as alternativas a, b, c e d estão erradas. 2. O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado: a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria. b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria. c) Pelo balanceamento das forças de demanda e oferta da mercadoria. d) Pelos custos de produção. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa c. Solução: O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado pelas forças conjuntas de demanda e oferta da mercadoria. As alternativas a e b estão incompletas e a alternativa d diz respeito somente ao funcionamento da oferta da mercadoria. 3. Uma mercadoria que é demandada em quantidades maiores, quando a renda do consumidor cai, é um: a) Bem normal. ECONOMIA MICRO E MACRO 28 b) Bem inferior. c) Bem complementar. d) Bem substituto. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa b. Solução: É a própria definição de bem inferior. Seria um bem normal (alternativa a) se, quando a renda do consumidor caísse, a quantidade demandada também caísse. Observe-se ainda que os conceitos de bem complementar e substituto (alternativas c e d) não dizem respeito às variações de renda, mas às variações nos preços de outros bens. Bens substitutos ou concorrentes são os bens em que, quando aumenta o preço de um, a quantidade demandada do outro também aumenta, coeteris paribus (tudo o mais constante). Exemplo: carne de frango e carne de vaca. Bens complementares (como camisa social e gravata) são os bens nos quais a procura cai quando aumenta o preço do outro, coeteris paribus. 4. Assinale a alternativa correta: a) A curva de procura mostra como variam as compras dos consumidores quando variam os preços. b) Quando varia o preço de um bem, coeteris paribus, varia a demanda. c) A demanda depende basicamente do preço de mercado. As outras variáveis são menos importantes e supostas constantes. d) A quantidade demandada varia inversamente ao preço do bem, coeteris paribus. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa d. Solução: A quantidade demandada varia inversamente ao preço do bem, coeteris paribus. ECONOMIA MICRO E MACRO 29 A alternativa a não está correta, porque a procura é um desejo, uma aspiração, e não a compra efetiva. É como se o consumidor elaborasse uma tabela (uma escala) de preços e quantidades do bem. Ele escolherá aquela quantidade que maximizará sua satisfação, de acordo com suas possibilidades financeiras. A alternativa b estaria correta se se referisse à quantidade demandada (movimento ao longo da curva), e não à demanda (deslocamento da curva de demanda). Vale lembrar que temos variações na quantidade demandada, quando há mudanças no preço do próprio bem, coeteris paribus (por exemplo, de A para B, no gráfico a seguir). Quando ocorrem alterações em outras variáveis que afetam a procura (preço de outros bens, renda e preferências do consumidor), há um deslocamento da curva (D0 para D1). Quanto à alternativa c não se pode dizer que as outras variáveis (renda, preços de bens substitutos e complementares, e preferências dos consumidores) sejam menos importantes e supostas constantes. 5. Dada uma diminuição no preço, há uma diminuição no consumo, coeteris paribus. O bem é: a) Normal. 0 preço qu an tid ade B D 1 . A. D 0 ECONOMIA MICRO E MACRO 30 b) Inferior. c) Substituto. d) Complementar. e) De Giffen. RESPOSTA: alternativa e. Solução: As denominações normal e inferior dizem respeito a variações de renda, e não de preço. As denominações complementar e substituto somente têm sentido quando se fala de variação de preço de outro bem. Bem de Giffen é aquele cuja função demanda é positivamente inclinada e, portanto, uma diminuição de preço provoca redução em seu consumo. 6. Uma das maneiras de fazer distinção entre aumento da quantidade procurada e aumento da procura é dizer que o primeiro: a) Poderia resultar de uma queda de preço, enquanto o segundo, não. b) Não poderia resultar de um aumento de preço, enquanto o segundo, sim. c) Refere-se a um aumento de curto prazo na quantidade adquirida, e o segundo a um aumento de longo prazo. d) Provoca um aumento das despesas totais por parte dos compradores, enquanto o segundo, não. e) É essencialmente o mesmo que o segundo, à exceção de certa diferença na elasticidade-preço da procura. RESPOSTA: alternativa a. Solução: A variação da quantidade procurada depende única e exclusivamente do preço do bem e é representada pelo movimento ao longo da curva de demanda. A variação da procura depende de fatores exógenos (como renda, preços dos substitutos e complementares etc.) e nunca do próprio preço do bem, sendo representada pelo deslocamento de toda a curva de demanda. ECONOMIA MICRO E MACRO 31 7. Assinale o fator que não provoca deslocamento da curva de oferta de um bem. a) Alteração no preço do próprio bem. b) Alteração nos custos de produção. c) Alteração no preço de um bem substituto na produção. d) Alteração nos objetivos do empresário. e) Alterações na tecnologia de produção do bem. RESPOSTA: alternativa a. Solução: A alteração no preço do próprio bem provoca variação somente da quantidade ofertada (deslocamento sobre a curva de oferta) e não sobre a oferta (deslocamento da curva de oferta). 8. O equilíbrio de mercado de um bem é determinado: a) Pelos preços dos fatores utilizados na produção do bem. b) Pela demanda de mercado do produto. c) Pela oferta de mercado do produto. d) Pelas quantidades de fatores utilizados na produção do bem. e) Pelo ponto de intersecção das curvas de demanda e da oferta do produto. RESPOSTA: alternativa e. Solução: O equilíbrio de mercado de um bem é determinado pelo ponto de intersecção das curvas de demanda e da oferta do produto. As demais alternativas estão incompletas, não propriamente erradas. 9. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qs = 48 + 10P Qd = 300 – 8P onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preço do produto. A quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será: a) 2 unidades. ECONOMIA MICRO E MACRO 32 b) 188 unidades. c) 252 unidades. d) 14 unidades. e) 100 unidades. RESPOSTA: alternativa b. Solução: O preço e a quantidade de equilíbrio são obtidos igualando-se a quantidade ofertada (Qs) com a quantidade procurada (Qd). Temos então: Qs = Qd 48 + 10P = 300 – 8P 18P = 252 P = 14 A quantidade transacionada pode ser obtida substituindo-se o valor de P na equação de Qs ou de Qd. Qs = 48 + 10P = 48 + 10(14) = 188 Q = 188 ECONOMIA MICRO E MACRO 33 3 ELASTICIDADES QUESTÕES PROPOSTAS 1. Considerando-se os pontos A(p1,q1) = (12,8) e B(p2,q2) = (14,6), a elasticidade-preço da demanda no ponto médio é igual a: a) –7/13 b) +7/13 c) –13/7 d) +13/7 e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Após encontrarmos o ponto médio M(p0, q0) = (13,7), calculamos a elasticidade-preço da demanda: Epp = P0 q0 ∆q ∆p P0 q0 (q1 – q0) p1 – p0 13 7 (8 – 7) (12 – 13) 13 7 = . .=. = – ECONOMIA MICRO E MACRO 34 2. Uma curva de procura exprime-se por p = 10 – 0,2q onde p representa o preço e q a quantidade. O mercado encontra-se em equilíbrio ao preço p = 2. O preço varia para p = 2,04, e, tudo o mais mantido constante, a quantidade equilibra-se em q = 39,8. A elasticidade-preço da demanda ao preço inicial de mercado é: a) 0,02 b) 0,05 c) – 0,48 d) – 0,25 e) 0,25 RESPOSTA: alternativa d. Solução: Dada a fórmula da elasticidade-preço da demanda ao preço de equilíbrio (ou usual) p0, temos: Pela equação de procura p = 10 – 0,2q podemos encontrar q0. Uma vez que p0 = 2, temos q0 = 40. Substituindo os valores obtidos, na equação da elasticidade, temos: portanto, com Epp = – 0,25, a demanda é inelástica no ponto p0 = 2. Epp = P0 q0 ∆q ∆p P0 q0 (q1 – q0) q(p1 – p0) = .. Epp = 2 . (39,8 – 40) 40 (2,04 – 2) = – 0,25 ou = | 0,25|Epp ECONOMIA MICRO E MACRO 35 3. Uma curva de demanda retilínea possui elasticidade-preço da procura igual a 1: a) Em todos os pontos. b) Na intersecção com o eixo dos preços. c) Na intersecção com o eixo das quantidades. d) No ponto médio do segmento. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa d. Solução: Uma curva de demanda retilínea possui elasticidade-preço da procura igual a 1 no ponto médio do segmento. Dado o gráfico a seguir, prova-se matematicamente, no apêndice a este capítulo, que a elasticidade-preço da demanda é igual a: segue-se que se: BAsegmento ACsegmento ppE = q0 C dem anda elástica p (ponto m édio)A dem anda inelástica B . ECONOMIA MICRO E MACRO 36 AC = BA ⇒ |Epp| = 1 (demanda de elasticidade unitária) AC > BA ⇒ |Epp| > 1 (demanda elástica) AC < BA ⇒ |Epp| < 1 (demanda inelástica) 4. Aponte a alternativa correta: a) Quando o preço aumenta, a receita total aumenta, se a demanda for elástica, coeteris paribus. b) Quando o preço aumenta, a receita total diminui, se a demanda for inelástica, coeteris paribus. c) Quedas de preço de um bem redundarão em quedas da receita dos produtores desse bem, se a demanda for elástica, coeteris paribus d) Quedas de preço de um bem redundarão em aumentos de receita dos produtores desse bem, se a demanda for inelástica, coeteris paribus. e) Todas as alternativas anteriores são falsas. RESPOSTA: alternativa e. Solução: As alternativas a, b, c e d são falsas. A receita total de vendas das empresas (que equivale aos gastos ou dispêndios totais do consumidor) é dada por: RT = p . q onde: RT = receita total p = preço unitário de venda q = quantidade vendida A partir dessa expressão, parece claro que: • Demanda elástica: se p aumenta, q cai mais que proporcionalmente, RT cai; se p cai, q aumenta mais que proporcionalmente, RT aumenta. • Demanda inelástica: ECONOMIA MICRO E MACRO 37 se p aumenta, q cai menos que proporcionalmente, RT aumenta; se p cai, q aumenta menos que proporcionalmente, RT cai. • Demanda de elasticidade unitária: a variação de p é idêntica (com sinal trocado) à variação de q, o que mantém a RT inalterada. Observamos então que as alternativas a, b, c e d são falsas e a alternativa e está correta. 5. Quanto à função demanda, é correto afirmar: a) Um aumento no preço do bem deixará inalterada a quantidade demandada do bem, a menos que também seja aumentada a renda nominal do consumidor. b) Um aumento no preço do bem, tudo o mais constante, implicará aumento no dispêndio do consumidor com o bem, se a demanda for elástica com relação a variações no preço desse bem. c) Se essa equação for representada por uma linha reta negativamente inclinada, o coeficiente de elasticidade-preço será constante ao longo de toda essa reta. d) Se essa função for representada por uma linha reta paralela ao eixo dos preços, a elasticidade-preço da demanda será infinita. e) Se a demanda for absolutamente inelástica com relação a modificações no preço do bem, a função demanda será representada por uma reta paralela ao eixo dos preços. RESPOSTA: alternativa e. Solução: Quando a curva de demanda é paralela ao eixo dos preços, a elasticidade-preço da demanda é zero (e, por definição, a demanda é absolutamente inelástica). Significa que, qualquer que seja a variação de preços, a quantidade demandada não se altera. Quando a demanda é paralela ao eixo das quantidades, diz-se que ela é infinitamente elástica. Um exemplo é o mercado em concorrência perfeita; como é mostrado no Capítulo 2, a demanda para as empresas individuais é dada pelo preço de mercado. 6. Indique a afirmação correta. ECONOMIA MICRO E MACRO 38 a) Um aumento na renda dos consumidores resultará em demanda mais alta de x, qualquer que seja o bem. b) Uma queda no preço de x, tudo o mais permanecendo constante, deixará inalterado o gasto dos consumidores com o bem, se a elasticidade-preço da demanda for igual a 1. c) O gasto total do consumidor atinge um máximo na faixa da curva de demanda pelo bem em que a elasticidade-preço é igual a zero. d) A elasticidade-preço da demanda pelo bem x independe da variedade de bens substitutos existentes no mercado. e) Um aumento no preço do bem y, substituto, deslocará a curva de demanda de x para a esquerda. RESPOSTA: alternativa b. Solução: Uma queda no preço de x, tudo o mais permanecendo constante, deixará inalterado o gasto dos consumidores com o bem, se a elasticidade-preço da demanda for igual a 1. Isso acontece porque a queda de preço será proporcionalmente igual ao aumento da quantidade consumida. Dessa forma, o gasto dos consumidores permanecerá constante. 7. A curva de procura por determinado bem é expressa pela função Q = 1.000/P3. Pode-se afirmar que: a) Se o preço de mercado aumentar, os consumidores gastarão menos renda na aquisição desse mercado. b) Se o preço de mercado diminuir, os consumidores gastarão menos renda na aquisição desse produto. c) Se o preço de mercado aumentar, os consumidores gastarão mais renda na aquisição desse produto. d) Se o preço de mercado diminuir, os consumidores gastarão o mesmo volume de renda na aquisição do produto. e) O dispêndio total dos consumidores na aquisição do produto aumenta na mesma proporção do aumento do preço de mercado. RESPOSTA: alternativa a. Solução: ECONOMIA MICRO E MACRO 39 A função demanda Q = 1.000/P3 pode ser reescrita como Q = 1.000P–3, e trata-se de uma função potência (do tipo y = ax–b). Prova-se matematicamente no apêndice a este capítulo no livro texto que, em funções potência, o expoente b da variável x (no exercício, o expoente do preço, igual a –3) é a própria elasticidade-preço da demanda. Temos, então, uma demanda altamente elástica (um aumento no preço de, digamos, 10% leva a uma queda da quantidade demandada de 30%, tudo o mais constante). Com a demanda elástica, se o preço do bem aumentar, os consumidores gastarão menos renda na compra do bem, dado que a queda na quantidade comprada será proporcionalmente maior que o aumento do preço do bem. Dessa forma, a alternativa a é a correta. Vale observar que a propriedade assinalada das funções potência aplica-se a quaisquer outras elasticidades, não apenas à elasticidade preço da demanda. Por exemplo, na função demanda: Q = 30p–0,8 R1,2 onde R é a renda dos consumidores, a elasticidade-renda da demanda é igual a 1,2 (bem superior ou de luxo: um aumento de, digamos, 10% na renda levaria a um aumento de 12% na quantidade demandada, coeteris paribus). 8. Se uma curva de procura é unitariamente elástica em todos os seus pontos, isso significa, com relação (a) à aparência gráfica da curva de procura e (b) aos gastos totais dos compradores para aquisição da mercadoria, que: a) A curva de procura é uma reta e que as despesas totais dos compradores são as mesmas em todos os níveis de preços. b) A curva de procura não é uma reta, e a despesa total dos compradores diminui quando o preço cai. c) A curva de procura é uma reta e, quando o preço cai, os gastos totais dos compradores aumentam primeiro e depois caem. d) A curva de procura não é uma reta e as despesas totais dos compradores aumentam quando o preço cai. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa e. ECONOMIA MICRO E MACRO 40 Solução: Nenhuma das respostas (a, b, c ou d) é correta. A curva de procura não poderia ser uma reta (na qual seria impossível ter sempre elasticidade unitária) e as despesas totais dos compradores seriam as mesmas em todos os níveis de preços, pois um aumento percentual do preço seria respondido por uma queda percentual da quantidade de mesma magnitude, não afetando as despesas. 9. Calcular o coeficiente de elasticidade cruzada entre a procura dos produtos A e B, em certa localidade, sabendo-se que toda vez que há um acréscimo de 10% no preço de um, sua quantidade procurada diminui 8%, enquanto a quantidade procurada do outro, se seu preço permanece constante, aumenta 10%. O coeficiente será igual a: a) 10% b) 1 c) 2 d) 1/2 e) 11% RESPOSTA: alternativa b. Solução: A elasticidade-preço cruzada entre os bens A e B é igual a: EppAB = variação percentual da quantidade procurada do bem A variação percentual do preço do bem B então: EppAB = 10% = 1 10% Os bens A e B são, portanto, substitutos (EppAB positiva). 10. Aponte a alternativa correta: a) Se o preço variar em $ 2, e a quantidade demandada em 10 unidades, concluímos que a demanda é elástica. b) A elasticidade-preço cruzada entre dois bens é sempre positiva. ECONOMIA MICRO E MACRO 41 c) A elasticidade-preço da demanda de sal é relativamente baixa. d) A elasticidade-preço da demanda de alimentos é, em geral, bastante elevada. e) A elasticidade-renda da demanda de manufaturados é relativamente baixa. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Neste caso, é conveniente analisarmos todas as alternativas: • alternativa a: é incorreta, pois cita somente um valor absoluto para preço e outro para quantidade. Portanto, a afirmação é inconclusiva no que diz respeito à elasticidade- preço da demanda; • alternativa b: a elasticidade-preço cruzada entre dois bens somente será positiva se os bens forem substitutos; • alternativa c: é correta, visto que bens essenciais, como o sal, têm elasticidade-preço relativamente baixa; • alternativa d: é incorreta, pois a elasticidade-preço da demanda, para bens essenciais, como os alimentos, costuma ser baixa; • alternativa e: é incorreta pois a elasticidade-renda de bens manufaturados é relativamente elevada (quanto mais elevada a renda, a tendência é aumentar mais o consumo de produtos manufaturados do que alimentos, cujo consumo tem limite fisiológico). QUESTÕES ADICIONAIS 1. Se a curva de procura for de um tipo em que a redução de 10% no preço provoca um aumento de 5% na quantidade de mercadoria que o público adquire, nessa região da curva, a procura em relação ao preço será: a) Elástica. b) Unitariamente elástica. c) Infinitamente elástica. d) Inelástica, embora não perfeitamente. e) Totalmente inelástica ou anelástica. ECONOMIA MICRO E MACRO 42 RESPOSTA: alternativa d. Solução: Trata-se de uma elasticidade-preço da procura igual a – 0,5, pois: Epp = + 5% = – 0,5 – 10% Ou seja, uma demanda pouco sensível (isto é, inelástica) quando o preço varia: a quantidade demandada varia menos que proporcionalmente à variação do preço, coeteris paribus. 2. Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é nula, os bens são: a) De primeira necessidade. b) Complementares. c) Substitutos. d) Independentes. e) Inferiores. RESPOSTA: alternativa d. Solução: Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é nula, significa que o aumento no preço de um deles não consegue afetar a quantidade demandada do outro, coeteris paribus. Já que o aumento do preço de um bem em nada afeta o outro, os dois são independentes. 3. A elasticidade-renda da demanda é o quociente das variações percentuais entre: a) Renda e preço. b) Renda e quantidade demandada. c) Quantidade e preço. d) Quantidade e renda. e) Quantidade e preço de um bem complementar. RESPOSTA: alternativa d. Solução: ECONOMIA MICRO E MACRO 43 A resposta vem da definição formal de elasticidade-renda, que é “a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus”, isto é, o quociente das variações percentuais entre quantidade e renda. 4. Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demanda do produto é elástica, ela deve: a) Aumentar o preço. b) Diminuir o preço. c) Deixar o preço inalterado. d) Depende do preço do bem complementar. e) Depende do preço do bem substituto. RESPOSTA: alternativa b. Solução: Se a demanda do produto é elástica, a quantidade demandada tem variação percentual de magnitude maior que a variação percentual do preço. Dessa forma, a receita total seguirá o sentido da quantidade, pois esta influirá mais na mudança da receita quando houver mudança do preço. Assim, se o preço cair, a quantidade demandada aumentará (em percentual maior que o preço) e a receita total aumentará. A resposta a não é correta, pois um aumento de preço levaria a uma queda da quantidade demandada e da receita total. 5. A elasticidade cruzada de bens complementares é: a) Igual a zero. b) Menor que zero. c) Maior que zero e menor que um. d) Maior ou igual a um. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa b. Solução: Quando dois bens são complementares, o aumento do preço de um causa queda na quantidade demandada de ambos os bens. Portanto, a elasticidade cruzada, definida como “variação percentual ECONOMIA MICRO E MACRO 44 na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus”, será negativa (menor que zero). 6. Um acréscimo no preço de uma mercadoria quando a demanda é inelástica causa nos gastos totais do consumidor: a) Um acréscimo. b) Um decréscimo. c) Nenhuma alteração. d) Qualquer das respostas acima, dependendo do tipo de bem. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa a. Solução: Se a demanda do produto é inelástica, a quantidade demandada tem variação percentual de magnitude inferior à variação percentual do preço. Assim, os gastos totais do consumidor seguirão o sentido do preço, pois este influirá mais na mudança dos gastos quando houver mudança do preço. Assim, se o preço subir, a quantidade consumida cairá (em percentual menor que o preço) e os gastos totais terão um acréscimo. 7. Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é negativa, o aumento no preço de um deles provocará, coeteris paribus: a) Um aumento no preço do outro. b) Uma diminuição no preço do outro. c) Um aumento no consumo do outro. d) Uma diminuição no consumo do outro. e) Um aumento no consumo do próprio bem. RESPOSTA: alternativa d. Solução: A resposta vem da definição de elasticidade cruzada, que é a “variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus”. Se o valor da elasticidade cruzada for negativo, um aumento de preço de um bem terá como contrapartida uma diminuição no consumo do outro bem. ECONOMIA MICRO E MACRO 45 8. Se uma curva de procura é elástica no que se refere a seu preço, o significado exato disso é que qualquer aumento de preço irá provocar: a) Um aumento da quantidade adquirida pelos compradores. b) Um deslocamento da curva da procura para uma nova posição. c) Um aumento dos gastos totais por parte dos compradores. d) Uma redução da quantidade adquirida pelos compradores, e uma queda no gasto total dos consumidores. e) Uma alteração não propriamente descrita por qualquer dos itens anteriores. RESPOSTA: alternativa d. Solução: Se a demanda do produto é elástica, a variação percentual da quantidade adquirida pelos compradores tem magnitude maior que a variação percentual do preço. Dessa forma, o gasto total dos consumidores seguirá o sentido da quantidade, pois esta influirá mais na mudança do gasto quando houver mudança do preço. Assim, se o preço aumentar, a quantidade adquirida cairá (em percentual maior que o preço) e o gasto total dos consumidores também cairá. ECONOMIA MICRO E MACRO 46 4 APLICAÇÕES: INCIDÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE VENDAS E FIXAÇÃO DE PREÇOS MÍNIMOS QUESTÕES PROPOSTAS 1. Quando falamos em incidência de um imposto, estamos: a) Referindo-nos ao grupo que realmente paga o imposto ao governo, independentemente de o ônus ser, ou não, transferido para outro grupo qualquer. b) Medindo o ponto até o qual o imposto tende a reduzir os incentivos entre o grupo que o paga. c) Referindo-nos ao grupo que realmente paga a conta fiscal, não importando se é ele, ou não, que recolhe o dinheiro aos cofres públicos. d) Perguntando se o imposto em questão é progressivo ou regressivo. e) Perguntando se o imposto em questão é direto ou indireto. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Quando falamos em incidência de um imposto, referimo-nos ao grupo que realmente paga a conta fiscal, não importando se é ele, ou não, que recolhe o dinheiro aos cofres públicos. 2. Num mercado competitivo, o governo estabeleceu um imposto específico sobre determinado produto. A incidência do imposto se dará, simultaneamente, sobre produtores e consumidores, se: ECONOMIA MICRO E MACRO 47 a) As curvas de oferta e demanda forem absolutamente inelásticas. b) A curva de demanda for absolutamente inelástica e a de oferta, algo elástica. c) A curva de demanda for infinitamente elástica e a de oferta, absolutamente inelástica. d) As curvas de oferta e demanda forem algo elásticas. e) As curvas de oferta e demanda forem infinitamente elásticas. RESPOSTA: alternativa d. Solução: A incidência do imposto específico (de vendas) dar-se-á simultaneamente sobre produtores e consumidores. Sabendo-se que o imposto específico representa um custo adicional, desloca a curva de oferta para cima (isto é, a mesma quantidade será ofertada a um preço maior). O aumento de preço incidirá apenas sobre os consumidores se a curva de demanda for vertical (elasticidade-preço da demanda igual a zero: perfeitamente inelástica). O aumento de preço incidirá apenas sobre os produtores se a curva de demanda for horizontal (elasticidade-preço da demanda for infinitamente elástica). Em nosso caso, intermediário, o imposto específico incide tanto sobre os consumidores como sobre os produtores. 3. O governo lança um imposto de vendas de $ 5 por unidade vendida, numa indústria competitiva. As curvas de oferta e procura têm alguma elasticidade no preço. Esse imposto faz com que, no diagrama de oferta e procura: a) Toda a curva de oferta desloque-se para a esquerda, num movimento que indique $ 5, mas (a menos que a procura seja perfeitamente elástica) o preço não aumenta. b) Toda a curva de oferta tenha um deslocamento para cima, que indique menos do que $ 5, mas (a menos que a procura seja altamente elástica) o preço terá um aumento de $ 5. c) Toda a curva de oferta tenha um deslocamento para a esquerda que indique menos do que $ 5, mas (a menos que a procura seja altamente inelástica) o preço aumentará de mais que $ 5. ECONOMIA MICRO E MACRO 48 d) Toda a curva de oferta tenha um deslocamento que indique $ 5, mas (a menos que a oferta seja perfeitamente elástica) qualquer aumento de preço será menor do que $ 5. e) Toda a curva de procura tenha um deslocamento que indique $ 5, e o preço subirá $ 5. RESPOSTA: alternativa d. Solução: Não importando quais são as elasticidades da oferta e demanda, a curva de oferta sempre terá um deslocamento para cima que indique exatamente o valor do imposto específico. Dado que as curvas de oferta e de procura possuem alguma elasticidade, os produtores e consumidores dividirão a parcela que pagarão do imposto, o que significa que o aumento de preço será menor que $ 5 (se fosse igual a $ 5, os consumidores estariam arcando com todo o imposto). 4. Dadas as curvas de oferta e demanda S = p D = 300 – 2p, o preço de equilíbrio, após um imposto específico de $ 15 por unidade, é igual a: a) 100 b) 90 c) 105 d) 110 e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa c. Solução: A nova curva de oferta é: S = p – 15 A curva de demanda é: D = 300 – 2p No equilíbrio, S = D: p – 15 = 300 – 2p 3p = 315 p = 105 ECONOMIA MICRO E MACRO 49 5. Com os dados da questão anterior, a arrecadação total do governo, após o imposto, é igual a: a) 10.000 b) 1.350 c) 9.000 d) 8.000 e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa b. Solução: A arrecadação total do governo é o imposto por unidade vendida ($ 15) multiplicado pela quantidade vendida (D). Para encontrarmos D, substituímos o preço de equilíbrio na equação da demanda: D = 300 – 2p = 300 – 2(105) = 90 A arrecadação do governo é de 90 × 15, ou seja, $ 1.350. 6. Ainda com os dados da questão 3, a parcela da arrecadação paga pelo consumidor é igual a: a) 450 b) 1.350 c) 900 d) 90 e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa a. Solução: Para essa questão falta calcular o preço que o consumidor pagaria sem o imposto (preço de equilíbrio sem o imposto): S = D p = 300 – 2p 3p = 300 p = 100 ECONOMIA MICRO E MACRO 50 A parcela do consumidor é a diferença entre os preços que ele paga com e sem imposto multiplicado pela quantidade comprada, isto é, (105 –100) × 90 = $ 450. 7. Quanto maior a elasticidade-preço de demanda: a) Maior a receita total do governo, com a fixação de um imposto ad valorem. b) Menor a receita total do governo, com a fixação de um imposto específico. c) Maior a parcela do imposto paga pelos consumidores. d) Os produtores transferem todo o ônus do imposto aos consumidores. e) Maior a parcela do imposto paga pelos vendedores. RESPOSTA: alternativa e. Solução: Quanto maior a elasticidade-preço da demanda, mais sensíveis são os consumidores a mudanças de preço (e a quantidade demandada cai mais com o imposto), fazendo com que os vendedores acabem arcando com a maior parcela do imposto. Quanto às demais alternativas, c está afirmando o oposto da verdade, d só ocorreria se a elasticidade-preço fosse nula, a e b são incorretas, pois a elasticidade- preço não afeta a arrecadação total do governo, e sim a distribuição da incidência entre consumidores e produtores. 8. Suponha que a demanda seja dada por D = 130 – 10p e a oferta por S = 10 + 2p. Com o objetivo de defender o produtor, é estabelecido um preço mínimo de 12 reais por unidade. Aponte a alternativa correta: a) A política de subsídios é mais econômica para o governo que a política de comprar o excedente. b) A política de compras é mais econômica para o governo que a política de subsídios. c) O preço de equilíbrio é de 9,6 reais. d) Ao preço mínimo, a quantidade ofertada é 10. e) Ao preço mínimo, a quantidade demandada é 34. RESPOSTA: alternativa a. Solução: ECONOMIA MICRO E MACRO 51 Precisaremos calcular o valor das incógnitas D (quantidade demandada ao preço mínimo), S (quantidade ofertada ao preço mínimo) e p (preço que os consumidores aceitam pagar por S): D = 130 – 10p = 130 – 10(12) = 10 unidades S = 10 + 2p = 10 + 2(12) = 34 unidades O preço p é quanto o consumidor pagará se toda a produção de 34 unidades for colocada no mercado (não é o preço de equilíbrio, no qual desconsidera-se o imposto): D = 130 – 10p 34 = 130 – 10p p = 9,6 Na política de subsídios, o governo paga ao produtor a diferença entre o preço mínimo ($ 12) e o preço p que o produtor obteve no mercado ($ 9,6), ou seja, $ 2,4 para cada unidade. Sabendo que foram ofertadas 34 unidades, o gasto total do governo com a política de subsídios é de 2,4 × 34 = $ 81,6. O gasto total do governo na política de compras é calculado multiplicando-se o preço mínimo prometido ao produtor ($ 12) pelo excedente de produção que o consumidor não comprou (S – D = 34 – 10 = 24), ou seja, a política de compras custa ao governo 24 × 12 = $ 288. Portanto, a política de subsídios é mais econômica para o governo do que a política de compras. Quanto às alternativas d e e, os valores estão invertidos e a alternativa c estaria correta se fosse $ 10. 9. O diagrama a seguir representa o mercado do bem x. 0 Preço q0 Oferta Dem anda Quantidadeq1 p0 p1 ECONOMIA MICRO E MACRO 52 Podemos afirmar corretamente que: a) A cobrança de um imposto específico sobre o bem x incidiria integralmente sobre os produtores. b) x é um bem “inferior’’. c) Um aumento da renda dos consumidores deslocará a curva de oferta para a direita, elevando a quantidade produzida. d) A fixação de um preço mínimo, p1, elevaria a quantidade de equilíbrio para q1. e) A cobrança de um imposto ad valorem incidiria em parte sobre os produtores e em parte sobre os consumidores. RESPOSTA: alternativa e. Solução: A cobrança de um imposto ad valorem incidiria em parte sobre os produtores e em parte sobre os consumidores. Como o imposto ad valorem representa um custo adicional, desloca a curva de oferta para cima (isto é, a mesma quantidade será ofertada a um preço maior). Incidiria apenas sobre os consumidores se a demanda fosse infinitamente inelástica, e apenas sobre os produtores se a demanda fosse infinitamente elástica. QUESTÕES ADICIONAIS 1. Para uma indústria em concorrência perfeita, a oferta do produto é dada por Qs = 3P – 2. Se a demanda for dada por Qd = 100 – 10P, a imposição de um tributo específico de $ 2,00 por unidade transacionada fará com que o preço de equilíbrio seja (desprezando-se os algarismos a partir da terceira casa decimal): a) 7,84 b) 8,30 c) 7,38 d) 9,38 e) 6,30 RESPOSTA: alternativa b. ECONOMIA MICRO E MACRO 53 Solução: Um imposto de vendas específico pode ser interpretado como um aumento de custos para a empresa, deslocando a curva de oferta para cima e para trás. A inclusão do imposto trará uma diferença entre preço de mercado (p) (pago pelo consumidor) e o preço relevante para o produtor (p’), igual a: p’ = p – T sendo T o valor do imposto. A curva de oferta dos produtores, com imposto, dependerá de p’. Considerando-se os dados do exercício, a curva de oferta com imposto fica: Qs’ = 3p’ – 2 Qs’ = 3 (p – T ) – 2 Qs’ = 3 (p – 2) – 2 Qs’ = 3p – 6 – 2 Qs’ = 3p – 8 Para determinar o preço de equilíbrio, basta igualar essa oferta com a função demanda Qd = 100 – 10p; portanto, temos: Qs’ = Qd 3p – 8 = 100 – 10p 13p = 108 p = 8,30 2. O controle de preços por meio de racionamento: a) Significa que a procura é infinitamente elástica. b) Significa que as rendas monetárias não têm influência sobre o preço. c) Significa que nem a oferta nem a procura têm influência na determinação do preço. ECONOMIA MICRO E MACRO 54 d) É um esforço para reprimir aumentos de preços, deslocando a curva de oferta. e) É um esforço para aumentos de preços, deslocando a curva da procura. RESPOSTA: alternativa c. Solução: O controle de preços por meio de racionamento significa que nem a oferta nem a procura têm influência na determinação do preço. As forças de mercado não mais operam. 3. Um tributo diz-se direto quando: a) Incide sobre a renda e a riqueza. b) Incide sobre a produção de bens. c) Incide sobre o valor adicionado em cada fase do processo produtivo. d) É arrecadado diretamente pelo governo. e) Incide sobre a comercialização de mercadorias. RESPOSTA: alternativa a. Solução: Os tributos diretos incidem sobre a riqueza e a renda. Apenas os tributos indiretos incidem sobre a produção e comercialização de bens (alternativas b, c e e). ECONOMIA MICRO E MACRO 55 5 PRODUÇÃO QUESTÕES PROPOSTAS 1. Quando o Produto Total cai: a) A produtividade média do trabalho é nula. b) A produtividade marginal do trabalho é nula. c) A produtividade média do trabalho é negativa. d) A produtividade marginal do trabalho é negativa. e) A produtividade marginal é maior que a produtividade marginal do trabalho. RESPOSTA: alternativa d. ECONOMIA MICRO E MACRO 56 Solução: Quando o produto total começa a cair, significa que a produtividade marginal passou a ser negativa após o produto total atingir seu máximo. A produtividade média continua positiva (mas declinante) e superior à produtividade marginal. 2. Assinale a alternativa correta: a) Produtividade média é a variação do produto sobre a variação da quantidade de um fator de produção. b) Produtividade marginal é a relação entre o produto e a quantidade de um fator de produção. c) No máximo do produto total, a produtividade média é máxima. d) No máximo do produto total, a produtividade marginal é zero. e) A produtividade média pode tornar-se negativa, após atingir-se o máximo do produto total. RESPOSTA: alternativa d. Solução: ECONOMIA MICRO E MACRO 57 No máximo do produto total, a produtividade marginal é zero. Graficamente: Lembremos que a produtividade marginal pode ser calculada derivando-se o produto total a cada ponto (é a derivada primeira). No ponto de máximo, sabemos que a derivada primeira é zero (e a derivada segunda menor que zero). A alternativa a define a produtividade marginal, não a média. (n ú m ero d e trabalh ad ores)0 N Produ to Total Produ to Total ( )q (n ú m ero d e trabalh ad ores)0 N Produ tividade M édia d a m ão-d e-obra PM gN Produ tividade M arginal d a m ão-d e-obra PM eN ECONOMIA MICRO E MACRO 58 A alternativa b define a produtividade média, não a marginal. Quanto à alternativa e, a produtividade marginal é que pode tornar-se negativa, após o máximo do produto total. 3. A função produção de uma firma alterar-se-á sempre que: a) Os preços dos fatores de produção se alterem. b) A empresa empregar mais de qualquer fator de produção variável. c) A tecnologia predominante sofrer modificações. d) A firma elevar seu nível de produção. e) A demanda elevar-se. RESPOSTA: alternativa c. Solução: A função de produção somente se altera (desloca) por fatores exógenos, como mudança da tecnologia e da remuneração dos fatores. Mudanças endógenas, como composição da quantidade de fatores empregada, somente causa movimento ao longo da mesma função de produção. 4. A lei dos rendimentos decrescentes: a) Descreve o sentido geral e a taxa de mudança na produção da firma quando é fixada a quantidade de recursos. b) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais abundantes, obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável a uma quantidade constante de um fator fixo. c) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais reduzidos, obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável a uma quantidade constante de um fator fixo. d) É constante, com a observação de que há limites à produção atingível, quando quantidades crescentes de um só fator são aplicadas a quantidades de outros. e) Explica o formato da curva de custo médio de longo prazo. RESPOSTA: alternativa c. Solução: A lei dos rendimentos decrescentes refere-se a produtos extras sucessivamente mais reduzidos, obtidos pela adição de medidas ECONOMIA MICRO E MACRO 59 iguais de um fator variável a uma quantidade constante de um fator fixo. Trata-se de um fenômeno que ocorre a curto prazo, período no qual se mantém pelo menos um fator fixo. O produto total cresce inicialmente a taxas crescentes (produtividade marginal crescente). A partir de certo ponto (máximo da produtividade marginal) continua crescendo, mas a taxas decrescentes (produtividade marginal decrescente, mas positiva), até atingir o máximo, e passar a decrescer (produtividade marginal negativa). Graficamente, a produção total comporta-se da seguinte forma: A função citada é a chamada função de produção: relaciona a quantidade produzida à quantidade de mão-de-obra e de capital (que se mantém fixa a curto prazo). 5. Assinale a alternativa errada: a) A lei dos rendimentos decrescentes prevalece quando tivermos pelo menos um fator de produção fixo. b) Temos rendimentos decrescentes de escala quando, ao aumentarmos todos os fatores de produção, a produtividade média dos fatores se reduz. (n ú m ero d e trabalh adores)0 N Produ to Total Produ to Total ECONOMIA MICRO E MACRO 60 c) A lei dos rendimentos decrescentes é a mesma que a dos rendimentos decrescentes de escala. d) Rendimentos de escala supõem que nenhum fator de produção se mantém fixado. e) A lei dos rendimentos decrescentes diz que, se tivermos um fator de produção fixo, ao aumentarmos a quantidade do fator variável, a produção cresce inicialmente a taxas crescentes, depois decrescentes, para finalmente cair. RESPOSTA: alternativa c. Solução: A lei dos rendimentos decrescentes refere-se ao curto prazo, quando pelo menos um fator de produção permanece fixo. O conceito de rendimentos decrescentes de escala refere-se ao longo prazo, quando todos os fatores de produção variam (isto é, não há fatores fixos), e a produção varia menos que proporcionalmente à variação na quantidade total de fatores (a produtividade média dos fatores reduz- se). Ainda no que se refere ao conceito de rendimentos de escala: temos rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala), quando a produção aumenta mais que proporcionalmente à variação na quantidade total de fatores de produção (a produtividade média dos fatores aumenta), e temos rendimentos constantes de escala, quando a produção varia na mesma proporção da quantidade de fatores (a produtividade média mantém-se constante). As demais alternativas estão corretas. QUESTÕES ADICIONAIS 1. A função de produção, em determinado período: a) É a relação entre a oferta de um produto com seu preço, coeteris paribus. b) É a relação da oferta de um produto com seu preço, com os custos de produção e nível tecnológico. c) É a relação entre a quantidade física produzida e os insumos utilizados na produção. ECONOMIA MICRO E MACRO 61 d) É a relação de substituição entre capital e mão-de-obra. e) Todas as alternativas citadas estão erradas. RESPOSTA: alternativa c. Solução: A função de produção é a relação técnica entre a quantidade física produzida e os insumos utilizados na produção. É um conceito tecnológico que relaciona quantidades físicas de produto (output) e dos fatores de produção (input). A função oferta, à qual se referem as alternativas a e b, relaciona a produção a preços (não quantidades físicas) do produto e dos fatores de produção. É um conceito mais “econômico’’. 2. A função de produção relaciona: a) Custos com fatores de produção. b) Salários com lucros. c) Insumos com produção. d) Custos com produção. e) Preço com quantidade ofertada. RESPOSTA: alternativa c. Solução: A função de produção é a relação entre as quantidades físicas de produto e de fatores de produção, ou seja, qual a produção gerada por certa quantidade de insumos. ECONOMIA MICRO E MACRO 62 6 CUSTOS DE PRODUÇÃO QUESTÕES PROPOSTAS 1. Se conhecemos a função produção, o que mais precisamos saber a fim de conhecer a função custos: a) A relação entre a quantidade produzida e a quantidade de fatores necessária para obtê-la. b) O custo dos fatores, e como se pode esperar que esses custos variem. c) Que fatores são variáveis. d) Todas as alternativas acima. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa b. Solução: A alternativa a (incorreta) é exatamente a função de produção, que não leva em consideração os custos, somente as relações físicas entre insumos e produtos. A alternativa b é a correta, visto que dada a função de produção (isto é, as possíveis quantidades de insumos e produto), é necessário saber quais são os custos daqueles insumos dados pela função de produção. ECONOMIA MICRO E MACRO 63 2. Dividindo-se os custos totais de uma firma em fixos e variáveis e considerando-se que: I. os primeiros estão associados ao uso invariável de um fator de produção, logo não variam com o nível de produção; II. os últimos variam com o volume de fatores e alteram-se com o nível de produção; III. pode-se afirmar, então, que, quando opera a lei dos rendimentos decrescentes: a) Os custos totais médios sempre crescem com o aumento da produção. b) Os custos fixos médios e os custos variáveis médios sempre aumentam com a expansão da produção. c) Os custos fixos médios declinam com o aumento da produção e os variáveis médios primeiro declinam e depois aumentam com a expansão da produção. d) Os custos fixos médios não se alteram com a expansão da produção, somente os variáveis médios diminuem. e) Os custos totais médios são sempre declinantes com o aumento da produção. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Na teoria dos custos de produção, a Lei dos Rendimentos Decrescentes é mais apropriadamente chamada Lei dos custos crescentes, e justifica o formato em U das curvas de custos médios e marginais. Graficamente, temos: C u stos ($ ) (quan tidad e prod u zida) 0 ECONOMIA MICRO E MACRO 64 Como se observa, a alternativa c é a correta, pois os custos fixos médios declinam, e os custos variáveis médios primeiro declinam e depois aumentam, com o aumento da produção. Vale observar que os custos totais médios são a soma dos custos variáveis médios e dos custos fixos médios. Como os custos fixos médios tendem a zero, os custos totais médios tendem a igualar- se aos custos variáveis médios. 3. Aponte a alternativa errada. A curva de custo marginal: a) É o valor tangente da curva de custo total em cada ponto desta. b) Sempre cruza a curva de custo médio em seu ponto de mínimo. c) Sempre cruza a curva de custo variável médio em seu ponto de mínimo. d) a, b e c estão corretas. e) Todas as alternativas anteriores estão erradas. RESPOSTA: alternativa e. Solução: É incorreto afirmar que todas as alternativas estão erradas, porque três delas estão certas: a, b e c. A curva de custo marginal representa a variação do custo total para a produção de uma unidade extra. Visto que as tangentes em cada ponto da curva de custo total representam exatamente essa variação, a alternativa a está correta. As alternativas b e c são semelhantes e corretas porque, sabendo que os custos fixos (inclusos no custo total) não influem no custo marginal, a curva de custo marginal deve cruzar o mínimo das curvas de custo médio e custo variável médio. 4. Um aumento da produção a curto prazo sempre diminuirá: a) O custo variável médio. b) O custo total médio. c) O custo fixo médio. d) O custo marginal. e) O número de trabalhadores empregados. RESPOSTA: alternativa c. Solução: ECONOMIA MICRO E MACRO 65 Aumento a curto prazo na produção torna operante a Lei dos custos crescentes e considera que o custo fixo não varia. Portanto, um aumento na produção dissolverá mais o custo fixo entre as unidades produzidas, e ele deve diminuir. 5. Se o custo fixo for nulo: a) O custo total é igual ao custo médio. b) O custo médio será maior que o custo marginal. c) O custo marginal será maior que o custo médio. d) O custo médio variável é igual ao custo total. e) N.r.a. RESPOSTA: alternativa e. Solução: Aparentemente, a alternativa a estaria correta, mas devemos lembrar que para economistas sempre há algum custo fixo, sejam despesas financeiras, comerciais, administrativas, impostos etc., por mais simples que seja a atividade. Portanto, o exercício não tem resposta correta. 6. Quando o custo médio está declinando: a) O custo marginal deve estar declinando. b) O custo marginal deve estar acima do custo médio. c) O custo marginal deve estar abaixo do custo médio. d) O custo marginal deve estar crescendo. e) Alternativas a e b conjuntamente. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Para que o custo médio diminua, somente é necessário que o custo marginal esteja abaixo dele, forçando-o a cair, não interessando se o custo marginal está declinando ou crescendo. 7. A “Lei dos custos crescentes’’ refere-se ao seguinte fato: a) Quando a população crescer, a cota per capita de A (na ausência de uma mudança tecnológica) tenderá a cair. b) Quando a produção de A crescer, o custo monetário total para a produção também cresce. c) Os custos totais crescem sempre a taxas crescentes. ECONOMIA MICRO E MACRO 66 d) Os custos médios e marginais primeiro caem, para depois crescerem, quando existirem fatores fixos. e) Mostram que os custos totais crescem a taxas decrescentes. RESPOSTA: alternativa d. Solução: A “Lei dos custos crescentes’’ refere-se ao fato de que os custos médios e marginais primeiro caem para depois crescerem, quando existirem fatores fixos. Isso se deve a que a produtividade dos fatores cai com seu uso e, conseqüentemente, os custos aumentam. 8. Aponte a alternativa errada: a) O custo marginal corta o custo médio no mínimo do custo médio. b) O custo fixo médio é constante a curto prazo. c) Com o aumento da produção, o custo total médio tende a igualar o custo variável médio. d) A longo prazo não existem custos fixos. e) As alternativas a, c e d estão corretas. RESPOSTA: alternativa b. Solução: Observando o gráfico a seguir: C u stos ($ ) 0 ECONOMIA MICRO E MACRO 67 notamos que a única alternativa errada é a b, pois o custo fixo médio (dado pela relação entre custo fixo total e quantidade produzida) cai com o aumento da produção. Na verdade, é o custo fixo total (não o médio) que é constante a curto prazo. 9. Ocorrem economias externas para uma firma se: a) A expansão da indústria, à qual pertence a firma, aumenta os custos totais dessa firma. b) O governo impõe um imposto sobre o produto da firma. c) A expansão da indústria, à qual pertence a firma, diminui os custos totais dessa firma. d) Penetram no mercado dessa firma outras firmas concorrentes. e) Aumenta a demanda pelo produto da firma. RESPOSTA: alternativa c. Solução: Ocorrem economias externas para uma firma se a expansão da indústria, à qual ela pertence, diminui os custos totais dessa firma. As economias externas também são chamadas de externalidades positivas. No caso de a expansão da indústria (ou setor) levar a aumentos dos custos da firma, temos deseconomias externas ou externalidades negativas (é o caso da alternativa a). 10. Quando uma empresa provoca deseconomias externas: a) Os custos privados são maiores que os custos sociais. b) Os custos sociais são maiores do que os custos privados. c) Não há diferença entre custos privados e sociais. d) Está provocando externalidades
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