Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Disciplina: Física Experimental I Professor: Alexandre Gama RELATÓRIO DO EXPERIMENTO: MEDIDAS DE TEMPO ALUNO: LUCAS HARIEL CAVALCANTI DE OLIVEIRA MATRÍCULA: 116110106 TURMA: 12 1. INTRODUÇÃO O relatório consiste no experimento de Medidas de Tempo, promovido pela disciplina Física Experimental I e realizado no dia 25 de setembro de 2020 através de uma aula remota ministrada pelo professor Alexandre Gama. O experimento foi dividido em duas partes. Na primeira parte (Parte A), verificamos a distância percorrida por uma régua em queda livre antes de ser interrompida por uma pessoa. Na segunda parte (Parte B), medimos o intervalo de tempo em que um pêndulo simples demora para executar 5 oscilações. 2. OBJETIVO Determinar o tempo de reação individual e a incerteza a ser considerada na medição de um intervalo de tempo feita por um experimentador. 3. MATERIAL UTILIZADO ✓ Régua milimetrada ✓ Cronômetro de celular ✓ Gif animado mostrando um pêndulo simples 4. MONTAGEM Materiais utilizados no procedimento (pêndulo simples, cronômetro e régua) Esquema de montagem (Parte A) Pêndulo utilizado na Parte B 5. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES 5.1.PROCEDIMENTOS Para realizar o experimento, utilizamos, na Parte A, uma Régua Milimetrada e, na Parte B, um GIF animado mostrando um pêndulo simples e um cronômetro de celular. Em relação à Parte A, que foi repetida 7 vezes, temos os seguintes procedimentos e análises: 1. Primeiramente, convidei uma pessoa para segurar a régua de modo que a marca zero estivesse voltada para baixo. 2. Depois, posicionei os meus dedos (polegar e indicador) entreabertos na marca zero da régua e me preparei para segurá-la quando ela fosse solta sem aviso prévio. 3. No momento da queda da régua, eu tentei segurá-la fechando o polegar e o indicador, sem abaixar nem subir a mão. 4. Em seguida, observei e anotei na tabela I-A a marca, que corresponde a distância de queda da régua, onde eu mantive meus dedos indicador e polegar. Agora, em relação à Parte B, os procedimentos e as análises são: 1. Antes do experimento ser realizado, o professor apresentou um slide com um pêndulo simples virtual para ser utilizado nas medições. 2. Quando se iniciou o experimento, medi o intervalo de tempo gasto para que o pêndulo simples completasse 5 oscilações. 3. Em seguida, anotei a medição na tabela II-A. O procedimento da Parte B foi repetido 6 vezes, considerando sempre 5 oscilações para cada repetição. 5.2.DADOS E TABELAS Dados coletados: TABELA I-A (distâncias de queda) 1 2 3 4 5 6 7 S (cm) 11,3 12,2 16,2 8,9 13,4 15,2 16,3 TABELA I-B (distâncias de queda para o colega) 1 2 3 4 5 6 7 t (s) 0,107 0,112 0,129 0,095 0,117 0,124 0,129 TABELA II-A (Intervalo de tempo) 1 2 3 4 5 6 Δt (s) 10,94 10,89 9,36 11,41 11,16 10,90 6. ANÁLISE De início, calculemos o tempo de queda para cada etapa da Parte A, descrito na TABELA I-A. Sejam 𝑠0, 𝑣0, 𝑆, 𝑔 e 𝑡 a posição inicial da régua, a velocidade inicial, a distância de queda, a aceleração gravitacional e o tempo de queda, respectivamente. Note que 𝑣0 = 0 𝑐𝑚 𝑠⁄ e 𝑠0 = 0 𝑐𝑚 (pois inicialmente a régua estava pendurada e os meus dedos estavam entreabertos na marca zero da régua). Assim, desprezando a resistência do ar, 𝑆 = 𝑠0 + 𝑣0 ⋅ 𝑡 + 𝑔 ⋅ 𝑡 2 ⇒ 𝑆 = 0 + 0 ⋅ 𝑡 + 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 𝑆 = 𝑔 ⋅ 𝑡2. Considerando 𝑔 = 9,81 𝑚 𝑠2⁄ ⇒ 𝑔 = 981 𝑐𝑚 𝑠2⁄ , temos • Procedimento 1 𝑆 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 11,3 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 𝑡 = √ 11,3 𝑔 ⇒ 𝑡 = 0,1073259442 ⋯ ⇒ 𝑡 = 0,107𝑠 • Procedimento 2 𝑆 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 12,2 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 𝑡 = √ 12,2 𝑔 ⇒ 𝑡 = 0,111518112 ⋯ ⇒ 𝑡 = 0,112𝑠 • Procedimento 3 𝑆 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 16,2 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 𝑡 = √ 16,2 𝑔 ⇒ 𝑡 = 0,128505881 ⋯ ⇒ 𝑡 = 0,129𝑠 • Procedimento 4 𝑆 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 8,9 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 𝑡 = √ 8,9 𝑔 ⇒ 𝑡 = 0,095249016 ⋯ ⇒ 𝑡 = 0,095𝑠 • Procedimento 5 𝑆 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 13,4 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 𝑡 = √ 13,4 𝑔 ⇒ 𝑡 = 0,1168738799 ⋯ ⇒ 𝑡 = 0,117𝑠 • Procedimento 6 𝑆 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 15,2 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 𝑡 = √ 15,2 𝑔 ⇒ 𝑡 = 0,124476477601 ⋯ ⇒ 𝑡 = 0,124𝑠 • Procedimento 7 𝑆 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 16,3 = 𝑔 ⋅ 𝑡2 ⇒ 𝑡 = √ 16,3 𝑔 ⇒ 𝑡 = 0,128901893962 ⋯ ⇒ 𝑡 = 0,129𝑠 Agora, anotemos os dados na TABELA I-B TABELA I-B (Tempo de queda) 1 2 3 4 5 6 7 t(s) 0,107 0,112 0,129 0,095 0,117 0,124 0,129 Sendo 𝑡̅ o valor médio do tempo de queda da régua, temos 𝑡̅ = 0,107 + 0,112 + 0,129 + 0,095 + 0,117 + 0,124 + 0,129 7 = 0,116142857142 ⋯ ⇒ 𝑡̅ = 0,116𝑠 Agora, façamos o tratamento estatístico para cada conjunto de intervalos de tempo anotado na Tabela II-A, calculando o valor médio (𝛥𝑡̅̅ ̅) e o desvio padrão (𝜎𝛥𝑡𝑚). TABELA II-A (Período de 5 oscilações de um pêndulo simples) 1 2 3 4 5 6 Δt (s) 10,94 10,89 9,36 11,41 11,16 10,90 ∑ 𝑡𝑖 𝑁 𝑖=1 = 10,94 + 10,89 + 9,36 + 11,41 + 11,16 + 10,90 ⇒ ∑ 𝑡𝑖 𝑁 𝑖=1 = 64,66𝑠 (∑ 𝑡𝑖 𝑁 𝑖=1 ) 2 = 4180,9156𝑠2 ∑ 𝑡𝑖 2 𝑁 𝑖=1 = 699,429𝑠2 𝛥𝑡̅̅ ̅ = 1 𝑁 ∑ 𝑡𝑖 𝑁 𝑖=1 = 10,7766666666 ⋯ 𝜎𝛥𝑡 = √ 1 𝑁 − 1 (∑ 𝑡𝑖 2 𝑁 𝑖=1 − 1 𝑁 (∑ 𝑡𝑖 𝑁 𝑖=1 ) 2 ) = 0,722458764682 ⋯ 𝜎𝛥𝑡𝑚 = 𝛿𝛥𝑡 √𝑁 = 0,29494255612 ⋯ ⇒ 𝜎𝛥𝑡𝑚 = 0,29𝑠 Então, o tempo de 5 oscilações do pêndulo simples que foi utilizado no experimento pode ser expresso da seguinte forma: 𝛥𝑡 = 𝛥𝑡̅̅ ̅ ± 𝜎𝛥𝑡𝑚 = (10,78 ± 0,29)𝑠 7. CONCLUSÃO Ao verificarmos o tratamento estatístico dos dados coletados, podemos supor que se o intervalo de tempo for muito maior do que o tempo de reação, a precisão da medida será maior do que se ambos forem da mesma ordem, pois o experimentador terá mais tempo de se preparar para desativar o cronômetro no final do experimento. Outra possibilidade é que a reação do experimentador seria rápida o suficiente para permitir uma medição de tempo próximo ao valor verdadeiro. Além disso, o experimentador teria mais chances de corrigir falhas que poderiam acontecer no momento da experiência. Para expressar a média de um intervalo de tempo com o acionamento manual de um cronômetro, para uma única leitura, devemos subtrair a medida obtida pelo cronômetro do tempo de reação individual, assim achando a incerteza, para muitas leituras, devemos subtrair o resultado verdadeiro do cálculo médio e do desvio da média do tempo de reação.
Compartilhar