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A crise do Império Romano

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HISTÓRIA I
PRÉ-VESTIBULAR 275PROENEM.COM.BR
ANTIGUIDADE TARDIA: A QUEDA DE ROMA 
E A FORMAÇÃO DO MUNDO MEDIEVAL03
A CRISE ROMANA
A dimensão do Império era tamanha que o Imperador 
Constantino (306-337 d.C.) criou uma capital oriental, a cidade 
de Constantinopla. Posteriormente, Teodósio (378-395) dividiu o 
Império em dois, no último ano de seu governo: um com capital em 
Roma e outro em Constantinopla. 
Um dos elementos que gerou maior instabilidade no interior do 
Império Romano foi a difusão do cristianismo, a partir do século I 
d.C. Os imperadores adotaram uma postura de perseguição aos 
cristãos, gerando verdadeiros espetáculos de crueldade no Coliseu, 
símbolo do entretenimento oferecido pelo Estado à população. 
No entanto, a postura foi mudando gradativamente. Constantino 
promoveu o livre culto dos cristãos com o Édito de Milão (313). 
Posteriormente, Teodósio tornou o culto ao cristianismo a religião 
oficial de Roma com o Édito de Tessalônica (391). Historiadores 
analisam a decisão como um mecanismo do Estado para gerar 
uma homogeneidade cultural no Império, no momento já habitado 
por diversos povos que não eram de origem romana, conhecidos 
como bárbaros. Além disso, o cristianismo era extremamente 
popular entre os mais humildes do Império. No entanto, a nova 
religião contestava duas bases do Império: por ser monoteísta, via 
no culto ao Imperador uma afronta contra seus preceitos religiosos; 
e ao pregar a igualdade dos homens diante de Deus, contestava a 
desigualdade inerente à sociedade romana. 
Eventualmente, a dimensão e o gigantismo do Império acabaram 
levando-o a sua falência. O aparelho militar e burocrático atingiram 
patamares tão grandes que acabaram gerando um cenário de 
ingovernabilidade e instabilidade política. Entre os civis da burocracia, 
as lutas pelo poder se generalizaram. Entre os militares, o cenário 
caminhou para a anarquia do século III d.C. Militares destituíam 
lideranças políticas ou mesmo imperadores, e em determinadas 
províncias não mais respondiam às ordens vindas de Roma. 
Nesse cenário, a ampliação territorial não era mais possível. 
A partir do século I, as conquistas minguaram e se iniciou um 
período de pax romana, com a diminuição dos conflitos para fins 
de conquista, além da tentativa de consolidar as fronteiras. Assim, 
a obtenção de escravos mediante guerra ficou impossibilitada. 
Na ausência de novos escravos, os grandes proprietários rurais, 
dentre os quais muitos líderes militares (romanos ou não), 
arrendaram suas terras para camponeses, cobrando tributos ou 
trabalho diretamente. Gradativamente, o mundo do trabalho em 
Roma passava por transformações, com a diminuição do peso 
da escravidão. O cenário econômico, no entanto, não melhorou. A 
produção era cada vez menor, havendo poucos incentivos diretos 
para o aumento da mesma por parte dos trabalhadores rurais. Com 
isso, as cidades começaram a sofrer com desabastecimentos, 
levando muitos homens a migrarem para o campo e oferecerem 
seu trabalho em troca de possibilidade de produção. A economia 
romana, pouco a pouco, rumava para a subsistência. Para os que 
continuavam nas cidades, o cenário era enfrentar a crescente 
inflação e a crise de abastecimento. 
No final do século IV, a outrora grandiosa economia romana 
caminhava para a subsistência, com indivíduos cada vez mais 
dependentes da proteção dos grandes senhores de terra, e de faceta 
predominantemente agrícola. As invasões bárbaras vieram dar um fim 
ao já decadente Império. Com as cidades esvaziadas, foi relativamente 
fácil para os hercúleos dominarem e destruirem a cidade de Roma, 
em 476 d.C., pondo fim ao Império. Chegava ao fim também, embora 
simbolicamente, a Antiguidade, iniciando a Idade Média (V-XV). Este 
período é divido em Alta Idade Média (V-X) e Baixa Idade Média (XI – XV)
Fonte: Google Imagens.
O MUNDO PÓS-ROMANO
Com a queda do último imperador de Roma, e o consequente 
fim do Império Romano do Ocidente, é desencadeada uma 
forte fragmentação territorial e de poder, onde a única instância 
centralizadora era o cristianismo com a força exercida pela Igreja, 
principalmente, com a conversão dos germânicos ao cristianismo. 
O fim do Império Romano foi fruto de uma série de eventos que 
produziram a queda do maior Império da Antiguidade. Os eventos 
foram a Pax Romana (que trouxe a paz ao Império, mas culminou 
em uma crise de abastecimento de escravos), a crise econômica 
(originária na dificuldade de arrecadação do Estado para suprir a 
forte estrutura Imperial), instabilidade política (fruto das disputas 
internas), o cristianismo (afetou a autoridade do Imperador), a 
ruralização da economia (êxodo urbano provocado pela crise 
econômica e pelas invasões), a divisão do Império Romano 
(Teodósio dividiu o Império em duas partes em 395: Ocidente e 
Oriente) e as invasões germânicas (que saquearam e acabaram 
com o Império). Porém, é importante ressaltar que o Império 
Romano do Oriente não acabou e começou a ser conhecido como 
Império Bizantino.
A partir do século IV, as invasões se intensificaram em três fases: 
Germânicos (até o século VI), mouros (século VIII) e vikings e magiares 
(século IX e X). Entre estes povos, aquelas que mais se notabilizaram com 
o transcorrer da história europeia foi a dos mouros (árabes) e a dos francos 
(germânicos).
Os francos tiveram duas grandes dinastias: merovíngia e 
carolíngia. A merovíngia foi iniciada por Clóvis, que, posteriormente, 
ficou marcada pela gestão de major domus (mordomo do palácio), 
pois este obteve poderes administrativos reforçados no final 
do período merovíngio pela existência de reis indolentes. Estes 
enfraqueceram a autoridade central, fato que possibilitou Pepino 
de Heristal concentrar o poder do Major Domus nas mãos do seu 
filho Carlos Martel Martel (impedindo o avanço árabe na Batalha 
de Poiters em 732). Posteriormente, Pepino, o Breve, derrubou o 
Rei Childerico III, em 751 e fundou a Dinastia Carolíngia. Esta 
última dinastia se iniciou pela formação dos Estados Pontifícios 
e da forte aliança com a Igreja. Em 800, o Papa Leão III coroou 
Carlos Magno (que venceu seu irmão, Carlomano, após a morte de 
Pepino, seu pai). Com isso, as relações de suserania e vassalagem 
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HISTÓRIA I 03 ANTIGUIDADE TARDIA: A QUEDA DE ROMA E A FORMAÇÃO DO MUNDO MEDIEVAL
foram aplicadas, principalmente, pela divisão do Império Franco 
em condados e marcas. Posteriormente, com o crescimento do 
Império e com a subjugação dos derrotados, houve a conversão 
destes ao cristianismo. Em 814, Carlos Magno morreu e seu filho, 
Luís, o piedoso, assumiu o poder, que ficou marcado pela sua 
fraqueza perante a Igreja Católica, até a sua morte em 840. Em 
843, o Império Franco (após uma guerra entre os filhos de Luís, o 
piedoso) foi dividido através do Tratado de Verdun em três partes: 
Frância Ocidental, Lotaríngia e Frância Oriental.
A civilização árabe, antes da ascensão de Maomé, era repartida 
em tribos, vivia em constantes guerras, era politeísta e, em comum, 
tinha o templo da Caaba (templo de culto aos deuses) que se 
localizava na região de Meca (um importante centro comercial) e 
era controlada pelos Coraixitas. A partir de 613, Maomé começou 
a pregar o monoteísmo através da defesa do culto a Alá. Com isso, 
os coraixitas entraram em conflito com Maomé, que fugiu para 
Yatreb em 622. Este episódio, conhecido como Hégira, marca o 
início do calendário muçulmano. Posteriormente, Yatreb passou 
a ser conhecida como Medina (cidade do profeta). Sendo assim, 
estabelecido, Maomé liderou a Jihad (guerra santa), que possibilitou 
a conquista de Meca em 630, a imposição do islamismo e o Estado 
teocrático. Em 632, a morte de Maomé trouxe o início das tensões 
entre sunitas e xiitas pelo poder, mas, também, o surgimento dos 
califados. Por fim, muçulmanos expandiram-se para regiões além 
da Península Arábica, chegando à parte da Europa e norte da África.Fonte: Google Imagens
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Cite as razões que levaram os imperadores romanos a 
adotarem uma postura de perseguição aos cristãos.
02. Identifique ao menos dois fatores que desencadearam a falência 
do Império Romano.
03. Explique o que foi a pax romana.
04. Identifique os principais grupos que invadiram o Império Romano 
do Ocidente.
05. Relacione a Hégira ao início do calendário muçulmano.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (FAMERP 2019) Enquanto nas cidades o poder ficou nas 
mãos dos bispos, nos campos, concentrou-se na dos grandes 
proprietários. O governo romano perdeu força: já não era capaz de 
cobrar os impostos de maneira eficiente, nem mesmo de pagar os 
exércitos. Em 476, o último imperador romano foi deposto. Era o 
fim do Império Romano e do mundo antigo e o início de uma nova 
era, a Idade Média.
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.)
A queda do Império Romano do Ocidente foi provocada, entre 
outros fatores, 
a) pela fragilização do poder central, que gradualmente perdeu o 
controle das províncias que compunham o Império. 
b) pelo declínio econômico das colônias asiáticas, que deixaram 
de fornecer matérias-primas à capital do Império. 
c) pela hegemonia econômico-financeira da Igreja, que passou a 
combater militarmente os imperadores pagãos. 
d) pelo desenvolvimento militar dos impérios macedônio e persa, 
que se tornaram rivais de Roma e a derrotaram. 
e) pelas invasões dos bárbaros, que saquearam o Império 
Romano e, assim, facilitaram sua conquista pelos hunos. 
02. Considere as afirmativas sobre as reformas no Império Romano 
promovidas por Diocleciano e seus sucessores, no século III d.C.
I. As reformas visavam enfrentar a grave crise econômica e 
política por que passava o Império, reforçando a autoridade 
imperial e reestruturando o Estado por meio da incorporação 
de concepções orientais às instituições romanas.
II. No período de Diocleciano, os exércitos imperiais foram 
drasticamente reduzidos, restando a metade do número 
anterior de legiões, com o intuito de reforçar o poder civil, 
concentrado na classe senatorial.
III. Durante o período, um grande número de estrangeiros, 
particularmente os germanos, passou a ser admitido no 
exército romano, alguns dos quais chegando ao oficialato 
profissional e compondo uma nova aristocracia provincial.
Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
03. “Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, 
mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que 
meu espírito segue o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e 
poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes Julianos, o sangue 
romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia, 
Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas 
pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo.
Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, 
quantos homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! 
Os bispos são capturados, os padres assassinados, todo tipo de 
religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastam 
junto aos antigos altares de Cristo (…).”
(São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, 
Roma: vida pública e vida privada. 2000)
O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana 
marcado pela
a) combinação da cultura romana com o cristianismo, além da 
desorganização do Estado Romano, em meio às invasões 
germânicas e de outros povos.
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277
HISTÓRIA I
b) reorientação radical da economia, porque houve o abandono da 
relação com os mercados mediterrâneos e o início de contato 
com o norte da Europa.
c) expulsão dos povos invasores de origem não germânica, 
seguida da reintrodução dos organismos representativos da 
República Romana.
d) crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças 
do Império, porque o governo romano acusava os cristãos de 
aliança com os invasores.
e) retomada do paganismo e o consequente retorno da 
perseguição aos cristãos, responsabilizados pela grave crise 
política do Império Romano.
04. (UFPR 2019) Leia o trecho abaixo, escrito por Agostinho de 
Hipona (354-430) em 410, sobre a devastação de Roma: 
Não, irmãos, não nego o que ocorreu em Roma. Coisas 
horríveis nos são anunciadas: devastação, incêndios, rapinas, 
mortes e tormentos de homens. É verdade. Ouvimos muitos relatos, 
gememos e muito choramos por tudo isso, não podemos consolar-
nos ante tantas desgraças que se abateram sobre a cidade. 
(Santo Agostinho. Sermão sobre a devastação de Roma. Tradução de Jean Lauand. 
Disponível em: <http://www.hottopos.com/mp5/agostinho 1.htm#_ftn2>. Acesso em 11 
de agosto de 2018.) 
Considerando os conhecimentos sobre a história do Império 
Romano (27 a.C. – 476 d.C.) e as informações do trecho 
acima, assinale a alternativa que situa o contexto histórico em 
que ocorreram os problemas relatados sobre Roma e a sua 
consequência para o Império, entre os séculos IV e V. 
a) Trata-se do contexto das invasões dos povos visigodos, sendo 
uma das causas do fi nal do Império Romano do Oriente. 
b) Trata-se do contexto dos saques de povos vândalos, sendo 
uma das causas do fi nal do Sacro Império Romano-Germânico. 
c) Trata-se do contexto das pilhagens de povos ostrogodos, 
sendo uma das causas do fi nal do Império Bizantino. 
d) Trata-se do contexto das incorporações de povos vikings, sendo 
uma das causas do fi nal do Sacro Império Romano do Oriente. 
e) Trata-se do contexto das invasões de povos bárbaros, sendo 
uma das causas do fi nal do Império Romano do Ocidente. 
05. (UPF 2018) O historiador romano Tácito escreveu sobre o 
tratamento dado aos cristãos em Roma: 
“[...] uma grande multidão foi condenada não apenas pelo 
crime de incêndio mas por ódio contra a raça humana. E, em suas 
mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados 
nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por 
cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fi m do dia, eram 
queimados para servirem de luz noturna.” 
(TÁCITO, Cornelius. Anais. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1964).
Sobre o tratamento dado aos cristãos pelo Estado Romano, é 
correto afi rmar: 
a) A perseguição violenta desencadeada contra os seguidores do 
cristianismo foi praticada até a queda do Império Romano. 
b) A violência contra os cristãos foi decorrente da fraqueza 
doutrinária da sua religião, o que facilitava a aplicação da 
justiça por parte do Estado Romano. 
c) As perseguições aos cristãos foram circunstanciais, motivadas 
pelo fanatismo de alguns governantes, pois o Estado Romano 
tolerava a presença de todas as religiões. 
d) Apenas os principais líderes cristãos foram perseguidos, pois o 
Estado Romano se caracterizava pela tolerância religiosa. 
e) As razões da violenta perseguição ao cristianismo no Império 
Romano têm relação com o fato de que os cristãos não 
aceitavam que o Imperador fosse adorado como um deus. 
06. (UEFS 2017)
Na Antiguidade Clássica, o atual território da Síria foi conquistado 
e dominado
a) pelas tropas egípcias do faraó Ramsés II, compostas 
especialmente por judeus.
b) pelos gregos macedônios e, posteriormente, pela república 
romana, no período da sua expansão imperialista, ocasião em 
que essa região foi transformada em província.
c) pela migração dos bárbaros hunos, que, vindos do norte da África, 
exterminaram a cidade de Palmira, joia da arquitetura oriental.
d) pelos judeus, que, ocupando o Líbano, deram origem ao povo 
palestino, grande aliado dos mesopotâmios.
e) pelos árabes, que, dominando Alepo, fundaram o maior califado 
do mundo ocidental na época.
07. (Ufg 2014) Leia o verbete a seguir.
vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Membrode um povo 
germânico de bárbaros que, na Antiguidade, devastaram o Sul da 
Europa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele que destrói monumentos 
ou objetos respeitáveis. 3. Fam. Indivíduo que tudo destrói, quebra, 
rebenta.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: dicionário da língua 
portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. (Adaptado).
O verbete “vândalo” indica que o mesmo termo adquire diferentes 
signifi cados. O sentido predominante no dicionário citado, e 
amplamente empregado na cobertura midiática das recentes 
manifestações no Brasil, decorre da prevalência, na cultura 
ocidental, de uma 
a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cultura dos povos 
germânicos, consolidou a dicotomia entre civilização e barbárie.
b) mentalidade medieval, que, após a queda do Império Romano, 
se apropriou da herança cultural dos povos germânicos 
conquistadores, valorizando-a. 
c) concepção renascentista, que resgatou os valores cristãos da 
sociedade romana, reprimidos desde as invasões dos povos 
bárbaros.
d) imagem construída por povos dominados pelo Império, que 
identifi caram os vândalos como símbolo de resistência à 
expansão romana. 
e) percepção resultante dos conflitos internos entre os povos 
germânicos que disseminou uma imagem negativa em relação 
aos vândalos. 
08. (MACKENZIE 2017) Leia o texto a seguir.
Esta refundação efetua-se sob o signo do cristianismo. Trata-
se menos de uma conversão de Constantino do que da vontade 
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HISTÓRIA I 03 ANTIGUIDADE TARDIA: A QUEDA DE ROMA E A FORMAÇÃO DO MUNDO MEDIEVAL
de reunifi cação do Império sob um dogma, cujo monoteísmo 
é bastante conveniente à concepção de poder absoluto que o 
imperador encarna. Constantinopla é, portanto, ao mesmo tempo a 
cidade epônima de Constantino, o berço da dinastia que ele fundou 
e a sede de sua nova religião.
Stéphane Yérasimos. La nouvelle Rome. Disponível em: www.histoire.presse.fr. Acesso 
em 15 ago. 2015
Assinale a alternativa que corresponde, corretamente, ao excerto 
e ao contexto.
a) A partir de Constantino, a política romana liga-se à religião 
cristã, atendendo a interesses de fortalecimento da fi gura do 
imperador e a contenção da crise até então vivida pelo Império.
b) A fundação de Constantinopla, com a consequente 
transferência da capital, atendeu a interesses religiosos de 
fortalecimento do Cristianismo na parte oriental do Império.
c) A transferência da capital do Império para Constantinopla 
e a perseguição aos cristãos, promovida pelo imperador 
Constantino, conseguiram conter as crises vividas em Roma.
d) O crescimento do monoteísmo, as contestações ao poder do 
imperador e a conversão de Constantino ao Cristianismo forçaram 
à perseguição a outras religiões e à transferência da capital.
e) A ofi cialização do Cristianismo e a transferência da capital para 
Constantinopla, ambas realizadas por Constantino, atenderam 
a interesses políticos e religiosos do governo romano.
09. (UEFS 2017) O processo de declínio do Império Romano do 
Ocidente começou em meados do século IV d.C., sobretudo em 
razão da série de problemas que, desde o século III, o assolava, 
como as invasões bárbaras, a crise econômica e a disputa dos 
militares pelo poder. 
(QUEDA DO IMPÉRIO... 2016)
A ligação entre a aludida crise econômica e a formação das bases 
do modo de produção feudal se encontram na
a) gradual substituição do sistema escravista pelo de colonato, 
baseado na prestação de serviços agrícolas em terras dos 
senhores, em troca de subsistência e proteção.
b) divulgação de uma nova arquitetura, baseada na construção 
de muralhas em torno dos castelos dos senhores, decorrente 
da necessidade de defesa contra as frequentes rebeliões de 
escravos.
c) expansão do comércio mediterrâneo, controlado pelos 
mercadores árabes, que proibiam o comércio dos romanos 
com o Oriente Médio.
d) organização das corporações de ofício que controlavam a 
produção e os preços das mercadorias nos países do norte da 
África.
e) adoção do cristianismo como religião ofi cial do Império, desde 
o governo de Otávio Augusto e de Júlio Cesar.
10. (UPE-SSA 1 2017) Observe a imagem a seguir:
(http://ngm.nationalgeographic.com/2012/09/ronan-walls/clark-photography#/08-
mainz-slaves-statue-670.jpg)
Ela retrata um pedestal romano encontrado em Mainz, na Alemanha, 
no qual se observam dois cativos acorrentados. Essa imagem 
representa a(s) seguinte(s) característica(s) sociopolítica(s) da 
Roma Antiga:
a) o apurado trabalho escultórico das populações eslavas.
b) a crítica à instituição da escravidão pela religião ofi cial romana.
c) a difusão e a importância do trabalho escravo na sociedade 
romana.
d) o racismo da cultura romana especializada na escravidão 
negra africana.
e) o respeito com que as populações conquistadas pelo Império 
eram tratadas.
11. (FAMERP 2017) Durante o século IV, a velocidade da expansão do 
cristianismo aumentou muito, especialmente nas cidades [romanas]. 
As antigas crenças continuaram existindo, mas o número de fi éis 
diminuiu muito. Os cristãos passaram a chamar os adeptos das 
outras religiões de pagãos e, em algumas ocasiões, se dedicaram a 
destruir seus templos e as estátuas dos deuses antigos.
Isso não signifi ca que as religiões tenham vivido em conflito. O 
cristianismo tomou diversas ideias e características do paganismo 
para si. Os livros escritos no início do Império e na época da República 
eram considerados obras-primas da literatura, e mesmo os que 
falavam de outros deuses eram lidos e apreciados pelos cristãos.
Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.
Segundo o texto, a ascensão do cristianismo na Roma Antiga: 
a) não impediu o avanço de outras formas de religiosidade, e 
o paganismo, apesar de reprimido, continuou a crescer e 
manteve-se hegemônico. 
b) deu-se a partir das conquistas romanas na Palestina e revelou 
a correção e a supremacia religiosa da fé cristã frente às 
antigas religiões. 
c) não impediu a manifestação de outras formas de religiosidade 
e, apesar de terem ocorrido tensões, algumas antigas práticas 
religiosas persistiram. 
d) deu-se a partir das cruzadas, que levaram a fé cristã aos 
pagãos, judeus e muçulmanos que controlavam as terras do 
Oriente Próximo. 
e) deu-se a partir do extermínio dos grupos que professavam 
crenças antigas e da eliminação dos materiais que contivessem 
referências ao paganismo.
12. (UFJF 2017-2) Sobre a atuação da Igreja Católica na passagem 
entre a Antiguidade e a Idade Média (séculos V/VI), podemos 
afi rmar que ela: 
a) conseguiu terminar, de forma defi nitiva, com a Igreja Cristã 
Ortodoxa predominante no Oriente, recuperando seu caráter 
universalista.
b) mantinha sob sua guarda uma boa parte da produção 
intelectual existente no Ocidente, sobretudo em manuscritos 
nas bibliotecas de mosteiros.
c) enfrentava a continuidade das perseguições ofi ciais por parte 
de diversos Estados que surgiram da fragmentação do Império 
Romano do Ocidente. 
d) concentrava suas pregações religiosas nas áreas urbanas 
em expansão após o término do período de intensos conflitos 
militares. 
e) criticava ativamente a exploração dos trabalhadores rurais 
nas grandes propriedades de terras que produzia para sua 
autossufi ciência.
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HISTÓRIA I
13. (UPE-SSA 1 2016) 
Essa é a imagem de um mosaico elaborado na província romana da 
África, atuais Tunísia e Argélia, no séc. IV d.C. Ela mostra um senhor 
de terras vândalo, povo germânico, que conquistara a região.
Sobre essa imagem, é CORRETO afi rmar que: 
a) a presença do cavalo é uma clara inserção germânica, pois os 
romanos não haviam domesticado o animal. 
b) a casa fortifi cada à esquerda é uma criação germânica, resultado 
da necessidadede se proteger em território recém-conquistado. 
c) a capa e as calças que o personagem usa são tipicamente 
germânicas, adaptadas à vida sobre cavalos e diferentes das 
togas romanas. 
d) a arte do mosaico existia somente na África do Norte, sendo 
desenvolvida pelos cartagineses séculos antes de Cristo. 
e) a tecnologia para a montaria, como a sela e os arreios, foi 
invenção germânica. Os romanos as desconheciam
14. (FGV 2015) A colisão catastrófi ca dos dois anteriores modos de 
produção em dissolução, o primitivo e o antigo, veio a resultar na 
ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.
Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. 
Porto: Afrontamento, 1982, p. 140.
O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais 
nesse pequeno trecho. A esse respeito é correto afi rmar:
a) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo 
romano em crise e as formações sociais dos guerreiros 
germânicos. 
b) O escravismo predominava entre os povos germânicos e 
tornou-se um ponto de intersecção com a sociedade romana. 
c) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, 
foi transformada a partir das invasões germânicas dos séculos 
IV a VI. 
d) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada 
e as relações servis que permitiram a síntese social com os 
romanos. 
e) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos 
conflitos constantes nas fronteiras romanas devido à ofensiva 
dos magiares.
15. (PUC SP Verão 2015) 
"O apóstolo Paulo era cidadão de Tarso, uma pequena cidade, 
muito antiga, que era a capital provincial da Cilícia. Mas Paulo era 
também judeu, membro de uma etnia que se reproduzia por laços 
familiares e pela aderência a uma religião, cujo templo se encontrava 
distante, em Jerusalém. Era um judeu da diáspora. Numa viagem 
para Damasco, Paulo se tornou cristão e, entre os cristãos, apóstolo. 
Nessa condição, assumiu a identidade de apóstolo dos não judeus e 
viajou, por terra e por mar, por boa parte do Mediterrâneo oriental. Foi 
a Chipre, à Panfi lia, passou pela Capadócia, pelo centro da Anatólia, 
e morou em Éfeso, onde foi confrontado pelos artesãos locais, 
escapando apenas pelo medo geral de uma intervenção do poder 
romano. Muitas vezes estabeleceu-se com o apoio das comunidades 
judaicas locais. Morou na cidade de Felipe, visitou a Macedônia e a 
Acaia e, segundo os Atos, passou por Corinto, capital provincial, onde 
exerceu outra de suas identidades — a de artesão. Chegou a Atenas 
e discutiu com os fi lósofos da cidade. Passou também por Mileto, 
Rodes, Tiro, Cesareia, Jerusalém e outras cidades. Ao ser perseguido 
em Jerusalém, refugiou-se em Cesareia, onde foi preso. Fez, então, 
uso de sua identidade de cidadão romano, que também possuía, 
e de seu conhecimento da língua grega, para não ser espancado e 
executado. Para ser julgado, atravessou todo o Mediterrâneo, com 
uma escala em Malta, após um naufrágio, tendo vivido em Roma com 
amigos e fi éis. Suas cartas mostram um amplo círculo de relações e 
de influências em Roma e no Mediterrâneo oriental. O ponto central é: 
teria sido a carreira de Paulo possível ou verossímil 500 anos antes?"
Norberto Luiz Guarinello. História antiga. 
São Paulo: Contexto, 2013, p. 157-158. Adaptado.
A trajetória do apóstolo Paulo, descrita no texto, revela que
a) o intercâmbio cultural na Antiguidade era regular e sistemático 
desde a globalização da fi losofi a grega e da hegemonia dos 
valores helenísticos no Oriente extremo.
b) os povos da Antiguidade mantinham-se fi rmemente fechados 
em suas comunidades, sem que houvesse qualquer tipo de 
integração ou transformação cultural.
c) a força política do cristianismo na Grécia e em Roma garantia 
a segurança e a ampla possibilidade de circulação de seus 
adeptos, empenhados na difusão dessa fé religiosa.
d) a tolerância religiosa existente na Grécia e na Roma antigas 
permitia contínuas romarias de todos os seus habitantes por 
todos os territórios de seus impérios.
e) o Império Romano era bastante heterogêneo no seu interior 
e parte de seus habitantes podia valer-se de suas várias 
identidades e vínculos pessoais e religiosos.
16. (UEL 2018) Durante o século II, o Império Romano atingiu 
sua máxima extensão territorial, dominando quase toda a atual 
Europa, o norte da África e partes do Oriente Médio. No fi nal do 
século IV, porém, essa unidade começaria a ser desfeita com a 
divisão do império em duas porções: a ocidental, com a capital em 
Roma, e a oriental, com a capital em Bizâncio. Nos séculos IV e V, 
a fragmentação territorial se aprofundou ainda mais e o Império 
Romano do Ocidente acabou desaparecendo para dar lugar a 
diversos reinos germânicos.
Quanto à desagregação e queda do Império Romano do Ocidente, 
assinale a alternativa correta. 
a) O êxodo rural causado pelos ataques dos povos germânicos 
resultou num crescimento desordenado das cidades, criando 
instabilidade e desordem política nos centros urbanos e 
forçando a abdicação do último imperador romano. 
b) O paganismo introduzido no Império Romano pelas tribos 
germânicas enfraqueceu o cristianismo e causou a divisão 
entre cristãos católicos e ortodoxos, encerrando o apoio 
da Igreja ao imperador e consequentemente fazendo ruir o 
império. 
c) A língua ofi cial do Império Romano, o latim, ao se fundir com 
os idiomas falados pelos invasores, deu origem às línguas 
germânicas, difi cultando a administração dos territórios que 
se tornaram cada vez mais autônomos até se separarem de 
Roma. 
d) A disputa entre os patrícios romanos e a plebe pelas terras 
férteis facilitou a invasão do império pelos “povos bárbaros”, 
pois o exército romano foi obrigado a deixar as fronteiras 
desguarnecidas para defender os proprietários das terras das 
constantes rebeliões. 
e) Com o fi m das conquistas territoriais, o escravismo e a produção 
entraram em declínio, somado às “invasões bárbaras” e à ascensão 
do cristianismo, que aceleraram a fragmentação e queda de Roma. 
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HISTÓRIA I 03 ANTIGUIDADE TARDIA: A QUEDA DE ROMA E A FORMAÇÃO DO MUNDO MEDIEVAL
17. (FGV 2018) A vida privada dos escravos romanos à época do 
Império é um espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, 
esses homens tinham vida própria; por exemplo, participavam da 
religião, e não apenas da religião do lar que, afinal, era o seu: fora de 
casa, um escravo podia perfeitamente ser aceito como sacerdote 
pelos fiéis de alguma devoção coletiva; podia também se tornar 
padre dessa Igreja cristã que nem por um momento pensou em 
abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo, é possível que 
as coisas religiosas os tenham atraído muito, pois bem poucos 
outros setores estavam abertos para eles. Os escravos também 
se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, do circo 
e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, assim como os 
tribunais, as crianças das escolas e... os burros de carga.
(Paul Veyne, O Império Romano. Em: Paul Veyne (org.). História da vida privada v. 1: do 
Império Romano ao ano mil, 2009. Adaptado)
A partir da discussão presente no trecho, é correto afirmar: 
a) a característica fundante do escravismo romano era a 
origem étnica, o que fazia com que a escravização dos 
povos conquistados e o tráfico nas fronteiras do Império 
proporcionassem a grande maioria da mão de obra servil, ao 
mesmo tempo em que a escravidão entre os próprios romanos 
havia caído em desuso desde a crise da República. 
b) os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas 
seres humanos, na medida em que até os senhores que os 
tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral 
de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, 
características necessariamente humanas; no entanto, esses 
seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu 
amo detinha. 
c) a escravidão caracterizava as relações de produção em Romae os escravos, em sua inferioridade jurídica, desempenhavam 
uma função produtiva, marcados por um lugar social de 
pobreza, privação e precariedade, estando associados às 
formas braçais de trabalho e à produção de bens materiais em 
uma sociedade altamente hierarquizada. 
d) a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa 
transformação ao longo dos séculos, de tal forma que a própria 
sociedade romana passou a questioná-la, tornando mais 
brandas as relações escravistas em meio à transformação 
do cristianismo em religião oficial do Império, o que contribuiu 
para o aprofundamento da crise do escravismo. 
e) as relações escravistas caracterizaram os tempos da 
República romana, muito associadas ao poder dos patrícios, 
pertencentes à aristocracia de grandes proprietários, mas 
entraram em decadência na passagem para o Império, pois os 
generais que centralizaram o poder reconheciam na escravidão 
um mecanismo de enfraquecimento do exército. 
18. (ENEM (Libras) 2017) 
TEXTO I
Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram 
denunciados como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram 
cristãos; aos que respondiam afirmativamente, repeti uma segunda 
e uma terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os 
que persistiram, mandei executá-los, pois eu não duvidava que, 
seja qual for a culpa, a teimosia e a obstinação inflexível deveriam 
ser punidas. Outros, cidadãos romanos portadores da mesma 
loucura, pus no rol dos que devem ser enviados a Roma.
Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, província romana situada na Ásia 
Menor, ao imperador Trajano. Cerca do ano 111 d.C. Disponível em: www.veritatis.com.
br. Acesso em: 17 jun. 2015 (adaptado).
TEXTO II
É nossa vontade que todos os povos regidos pela nossa 
administração pratiquem a religião que o apóstolo Pedro transmitiu 
aos romanos. Ordenamos que todas aquelas pessoas que seguem 
esta norma tomem o nome de cristãos católicos. Porém, o resto, os 
quais consideramos dementes e insensatos, assumirão a infâmia 
da heresia, os lugares de suas reuniões não receberão o nome de 
igrejas e serão castigados em primeiro lugar pela divina vingança e, 
depois, também pela nossa própria iniciativa.
Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade 
Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
Nos textos, a postura do Império Romano diante do cristianismo é 
retratada em dois momentos distintos. Em que pesem as diferentes 
épocas, é destacada a permanência da seguinte prática: 
a) Ausência de liberdade religiosa.
b) Sacralização dos locais de culto.
c) Reconhecimento do direito divino.
d) Formação de tribunais eclesiásticos.
e) Subordinação do poder governamental.
19. (FGV 2017) Podendo-se encontrar na crise do mundo romano 
do século III o início da profunda perturbação de que sairá o Ocidente 
medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V 
como o acontecimento que precipita as transformações, que lhes 
dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica profundamente a 
aparência.
LE GOFF, J. A civilização do Ocidente Medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983, v. 1, p. 29.
A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média 
a) foram decorrentes do fortalecimento do cristianismo que, 
a partir do século III, tornou-se a religião oficial do Império 
Romano.
b) tiveram entre suas características a diminuição do ingresso de 
mão de obra escrava e o processo de ruralização social.
c) foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias 
de peste e lepra que estimularam o deslocamento para as 
cidades. 
d) levaram ao fortalecimento das instituições públicas romanas e 
ao desenvolvimento das atividades mercantis no Mediterrâneo. 
e) foram particularmente catastróficas na parte Oriental do 
mundo Romano, pela proximidade geográfica com os povos 
germânicos. 
20. (UEPB 2014) Quanto aos povos germânicos que vieram dar 
origem aos reinos bárbaros no ocidente europeu medieval, pode-se 
afirmar corretamente: 
a) No território do antigo Império Romano, um dos reinos que 
mais se destacaram no século VII da era cristã foi o dos hicsos. 
b) A presença dos bárbaros no Império Romano foi um processo 
que ocorreu gradualmente, iniciado muito antes das “invasões”, 
à medida que eles penetravam nos territórios do Império e 
passavam a ser utilizados em trabalhos agrícolas, bem como 
a integrar o exército. 
c) O renascimento carolíngio inibiu o desenvolvimento científico e 
proibiu a recuperação de obras clássicas. 
d) Com as invasões germânicas foi abolido totalmente o direito 
consuetudinário devido à adoção do Direito Romano. 
e) Não há registros históricos que apontem a contratação de 
bárbaros como mercenários para lutar no exército romano. 
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03 ANTIGUIDADE TARDIA: A QUEDA DE ROMA E A FORMAÇÃO DO MUNDO MEDIEVAL
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HISTÓRIA I
05. APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UFES 2015) No ano 15 a.C, nasceu Julio César Germânico,
também conhecido como Nero Cláudio Druso e, posteriormente,
celebrizado apenas sob a alcunha de Germânico. Sobrinho de
Tibério, pai de Calígula e irmão do imperador Cláudio, Germânico
morreu misteriosamente em Alexandria, no Egito. Ele ficou assim 
conhecido por ter vencido várias tribos germânicas e ajudado a
estabelecer as fronteiras ao norte e a leste do Império Romano,
tendo recebido várias honrarias de Roma e ocupado os cargos de
questor e de cônsul. 
a) Analise a relação dos chamados povos bárbaros com a
expansão e a decadência do Império Romano.
b) Identifique duas características importantes do período 
imperial romano.
02. (UNICAMP 2009) Após a tomada e o saque de Roma pelos
visigodos, em 410, pagãos e cristãos interrogaram-se sobre as
causas do acontecimento. Para os pagãos, a resposta era clara:
foram os maus princípios cristãos, o abandono da religião de
Roma, que provocaram o desastre e o declínio que se lhe seguiram. 
Do lado cristão, a queda de Roma era explicada pela comparação
entre os bárbaros virtuosos e os romanos decadentes: dissolutos,
preguiçosos, sendo a luxúria a origem de todos os seus pecados.
(Adaptado de Jacques Le Goff, "Decadência", em História e Memória. Campinas, Ed. da 
Unicamp, 1990, p. 382-385.)
a) Identifique no texto duas visões opostas sobre a queda de 
Roma.
b) Entre o surgimento do cristianismo e a queda de Roma, que
mudanças ocorreram na relação do Império Romano com a
religião cristã?
03. (UFRN 2002) As sociedades se organizam politicamente de
diferentes formas. O texto a seguir se refere a diferenciações entre
romanos e germanos.
Por mais que tentem imitar o Império Romano, no plano tanto 
das instituições políticas como das estruturas sociais, os novos 
governos que se instalam na Gália no século V - sejam visigodos, 
burgúndios ou francos - não o conseguem. (...)
[Nessas tribos se] constitui o que se deve chamar de "Estado" 
de um tipo novo, espécie de comunidade de pessoas militares 
sem domicílio fixo nem duração garantida. O cimento dessa 
organização não é, como em Roma, a ideia de salvação pública e de 
bem comum, porém, antes, a reunião de interesses privados numa 
associação provisória automaticamente reconstruída pela vitória.
VEYNE, Paul (Org.). "História da vida privada: do império romano ao ano mil". São Paulo: 
Companhia das Letras, 1994, v.1. p. 405- 6.
Considerando as ideias contidas no texto, explicite duas diferenças 
entre romanos e germanos no que se refere à organização sócio-
política.
04. (UNESP 2001) "Meu caro Plínio, você agiu como devia tê-lo
feito, examinando as causas daqueles que lhe foram delatados
como cristãos. Não se pode ter uma regra geral e fixa a este 
respeito. Não devem ser perseguidos, mas se forem denunciados e 
perseverarem, devem ser punidos."
(Carta do Imperador Trajano a Plínio, 112 d.C.)
Baseando-se no texto, responda.
a) Cite um tipo de punição dada aos cristãos nessa época.
b) Por que os cristãos eram perseguidos?
05.(UNICAMP 2016) A palavra árabe iman provém de uma raiz que 
significa ‘ter certeza’ e designa fé, no sentido da certeza. A fé, por 
conseguinte, não contradiz o conhecimento nem a compreensão.
Pelo contrário, o desejo de saber é uma obrigação religiosa, e os
tempos pré-islâmicos (século VI) na Arábia são chamados pelos 
islâmicos de jahiliya, ignorância. 
(Adaptado de Burkhard Scherer (org.), As Grandes religiões: temas centrais comparados. 
Petrópolis: Vozes. 2005, p. 77.) 
a) Cite uma característica política e uma característica religiosa
da península arábica pré-islâmica.
b) Como conviveram fé e conhecimento científico no mundo 
islâmico na Alta Idade Média?
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
05. E
06. A
07. A
9. A
10. C
11. C
13. C
14. A
15. E
16. E
17. B
18. A
19. B
20. B
1. A
2. C
3. A
4. E 08. A 12. B 
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. 
a) A expressão “bárbaro” usada pelos romanos se referia a qualquer povo que não
tivesse a origem e a cultura romana. Os povos germânicos eram os povos do norte 
da Europa e uma parte deles foi conquistada pelos romanos definindo as fronteiras 
do império. A partir do século III d.C. novos grupos migraram e se interiorizaram
no Império, num processo normalmente denominado de “invasões bárbaras” que
contribuíram para a decadência do Império, mesmo considerando que nem sempre 
houve confronto armada e uma parte desses povos se aliou a Roma.
b) A principal característica do Império é a centralização política, com a formação de um 
governo autoritário, apoiado no poder das estruturas militares, mesmo considerando 
que o exército não era uma instituição coesa e havia diversas lutas internas. Pode-
se destacar também o controle sobre vastas regiões – o texto explicita o Egito – 
transformadas em províncias de Roma, que produziam de acordo com os interesses 
dos conquistadores e ainda tiveram parte de seu povo escravizado.
02. 
a) Para os pagãos, a queda de Roma seria um castigo pelo abandono da crença nas
divindades romanas tradicionais; para os cristãos, seria um castigo divino pelos
pecados dos romanos, destacando-se a o pecado da luxúria.
b) A princípio, o cristianismo foi alvo de perseguições ordenadas pelos imperadores,
sobretudo, por não reconhecerem a autoridade divina dos imperadores. Porém,
apesar da violência das perseguições, o número de cristãos aumentou levando os
imperadores buscar seu apoio. O imperador Constantino, concedeu-lhes liberdade de 
culto pelo Edito de Milão em 313 e Teodósio proclamou o cristianismo religião oficial 
do Império Romano através do Edito de Tessalônica em 391.
03. Os romanos caracterizavam-se, sobretudo no período imperial, como uma sociedade 
urbana, com amplo desenvolvimento das atividades mercantis e do escravismo a partir 
das conquistas territoriais, iniciadas no período republicano. As instituições políticas (o
Senado, a Assembleia Centuriata e as Magistraturas) exerciam funções representativas 
e administrativas durante a fase republicana, tendo sido enfraquecidas com a ascensão 
dos governos imperiais.
Os germânicos, no período de contato com o Império Romano, a partir do século III, 
organizavam-se em tribos e suas leis eram consuetudinárias. Em tempos de guerras 
e festas religiosas, as tribos formavam confederações e, através do comitatus, os 
guerreiros juravam lealdade aos chefes.
04. 
a) Entrega às feras no circo (ou decapitação).
b) Sendo monoteísta, o cristianismo rejeitava o culto imperial. Além disso, por ser
uma religião favorável aos pobres e escravos, era considerado subversivo pelas
autoridades romanas.
05. 
a) Característica política: falta de unidade, devido à divisão da população em tribos
independentes.
Características religiosas: falta de unidade religiosa, com diversidade de divindades 
entre as tribos; religião politeísta; cidade de Meca como pólo de peregrinações, devido 
à existência da Caaba, que abrigava ídolos representativos das várias tribos.
b) Conforme o próprio texto explicita, a religião islâmica não colidia com a busca do
conhecimento, mas a estimulava; a partir daí, os árabes, na Alta Idade Média, não
apenas assimilaram conhecimentos dos povos com os quais tiveram contato, mas 
desenvolveram eles próprios o estudo das ciências, destacando-se na medicina, na 
matemática e na astronomia.
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ANOTAÇÕES
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