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Trabalho Faculdade pronto 1 1

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP EDUCACIONAL
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Produção Textual Interdisciplinar em Grupo 
Relação teoria e prática no cotidiano da sala de aula
CIDADE
2020
Produção Textual Interdisciplinar em Grupo 
 Relação teoria e prática no cotidiano da sala de aula
Produção textual apresentada às disciplinas de Avaliação na Educação, História da Educação, Teorias e Práticas do Currículo, Sociologia da Educação Educação Formal e Não Formal, Didática, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula como requisito para aprovação no curso de Pedagogia.
Tutor(a)EaD –Adriana da Silva Paulino Oliveira
Tutor (a) Presencial – Salete Teodoro
CIDADE
2020
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO .......................................................................................................4
2 - DESENVOLVIMENTO ........................................................................................5-8
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................9
4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................9-10
	
 
1- INTRODUÇÃO
 A Produção Textual Interdisciplinar em Grupo tem como temática apresentar uma relação teórica no cotidiano da sala de aula, procurando mostrar os pontos de vistas práticos que fundamentam as ações de ensinar. Falaremos sobre a importância do estágio para nós futuros pedagogos , qual a lei que o rege , como essa prática ajudará nas nossas escolhas futuras. Também abordaremos os conceitos que regem a prática pedagógica, como o conceito mais tradicionalista e uma visão mais moderna, que tende a ser mais abrangente e com mais facilidade e conhecimento . É um dever da instituição escolar e do educador promoverem medidas que estimulem seus alunos no aprendizado, assim como atividades dinâmicas e participativas que poderão desenvolver seu potencial de socialização, indo além somente da própria avaliação mas como um preparo para a vida social.
2 - DESENVOLVIMENTO
 
Durante o curso de formação pedagógica, adquirimos inúmeros conhecimentos teóricos, temos contato com várias correntes filosóficas e também diferentes abordagens teóricas, e é o estágio que nos proporciona o primeiro contato com a vida docente, onde podemos compartilhar o que nos foi ensinado e aprender na prática como isso de fato acontece. 
O estágio em primeiro momento deve ser utilizado para observar o cotidiano da escola onde está inserido, tanto na parte administrativa, quanto na sala de aula e em todos os aspectos envolvido no dia a dia da escola. O estágio supervisionado tem por objetivo a formação de magistério e não pode ser prestado de qualquer maneira, existem leis e diretrizes que o norteiam.
 Algumas dessas leis que embasam o estágio são :
1) A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o estágio como: “O ato educativo escolar supervisionado, que visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio é um componente curricular obrigatório, faz parte do Projeto Pedagógico do Curso – PPC e, consequentemente, consta na Matriz Curricular do Curso”.(http://www.simonsen.br)
2) Diretrizes Curriculares para Formação Inicial em Nível Superior e para Formação Continuada (Resolução CNE nº 02/2015), “O estágio curricular supervisionado é componente obrigatório da organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade específica intrinsecamente articulada com a prática e com as demais atividades de trabalho acadêmico” (BRASIL, 2015, p. 11) (BRASIL. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em: jan.2020). 
É durante o estágio que o futuro docente passa a conhecer melhor o sistema educacional brasileiro e todas as teorias que podem ser aplicadas na sala de aula.
Ao falarmos sobre o sistema educacional, lembramos que, ele vem passando por várias modificações ao decorrer dos anos, e sendo alvo de grandes discussões e questionamentos em relação a sua qualidade e o seu método de ensino a ser passado em sala de aula.
A Educação de qualidade é aquela que contribui com a formação dos estudantes nos aspectos humanos e sociais, contribuindo para formar um individuo de qualidade que consiga se destacar na sociedade, mas o educador não tem condições de mudar essa realidade sozinho, porém tem uma grande responsabilidade para que isso si torne real, e um dos meios é saber escolher uma abordagem adequada e precisa para ministrar em sala de aula.
Durante a história da educação passamos por várias abordagens teóricas que se modificava conforme a necessidade da sociedade, surgirão diante de diferentes pensamentos filosóficos, essas tendências se dividem entre a Tendência Pedagógica Liberal e Tendência Pedagógica Progressista.
A educação Liberal Tradicional, vem desde o ano de 1500 com objetivo de transmitir conhecimento e informações padronizados e rígidos, mas ainda hoje vem trazendo certas características, tornando-se presente com uma forte influência , onde o educador verbaliza e o aluno escuta em silêncio, assistindo o educador passar o conteúdo programado de uma forma engessada, onde não exista uma preocupação diária de como o aluno vai absorver o conteúdo. A educação tradicional, reflete uma educação opressora e discriminatória, no qual é também um exemplo de uma educação bancária(assim chamada por Paulo Freire), onde o professor deposita o conhecimento em um aluno vazio de seus próprios pensamentos, consequentemente, um tipo de avaliação classificatória, de olho nos resultados da nota, para saber se o aluno está apto para passar de ano, e esse é um dos pontos negativo, pois o professor deve ser o mediador da informação, propondo ferramentas que estimule o aluno a buscar seu próprio conhecimento e não um monólogo opressivo do educador sobre o educando, isso faz com que o aluno se preocupe apenas com a prova que vai fazer e não se preocupe em absorver o conteúdo para sua vida.
 Assim está embasada a prática de ensinar da professora Lourdes, que se baseia na educação mais tradicional, onde não se leva em consideração os conhecimentos prévios, o aluno é apenas um receptor de conteúdo, para ela é através de exposições de conteúdos e exercícios que os aluno aprendem, não há diálogo, nem se pode questionar ou dá sua opinião, os alunos simplesmente memorizam os conteúdos. Seu critério de avaliação é bastante discriminatório, é apenas uma prova ao final do bimestre, para classificar os aptos ou não, que passarão de ano, pois desde as épocas mais antigas eram assim utilizadas na concepção tradicional, sempre foi baseada em notas e provas, ou seja, aquela que fornece um resultado mensurável, o que dá aos pais e alunos maior segurança em termos de controle. Este sistema, segundo Hoffmann (2009): “é vago, uma vez que apenas aponta falhas no processo de aprendizagem”. Além de discriminar e selecionar, reforça a ideia de uma escola para poucos.
 Paulo Freire – "defendia uma educação assumidamente ideológica" – "propunha uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos e condenava o tradicionalismo da escola brasileira
 Renovadora progressista: a educação escolar assume o propósito de levar o aluno a aprender e construir conhecimento, considerando as fases do seu desenvolvimento. Os conteúdos escolares passam a adequar-se aos interesses, ritmos e fases de raciocínio do aluno. Sua proposta metodológica tem como característica os experimentos e as pesquisas. O professor deixa de ser um mero expositor e assume o papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem. A aprendizagem é construída através de planejamentos e testes. O professor passa a respeitar e a atender as necessidades individuais dos alunos.
 Renovadora não-diretiva: há uma maior preocupação com o desenvolvimento da personalidade do aluno, com o autoconhecimento e com a realização pessoal. Os conteúdosescolares passam a ter significação pessoal, indo ao encontro dos interesses e motivação do aluno. São incluídas atividades de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal, acentuando-se a importância dos trabalhos em grupos. Aprender torna-se um ato interno e intransferível. A relação professor-aluno passa a ser marcada pela afetividade.
 Tecnicista: enfatiza a profissionalização e modela o indivíduo para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Os conteúdos que ganham destaque são os objetivos e neutros. O professor administra os procedimentos didáticos, enquanto o aluno recebe as informações. O educador tem uma relação profissional e interpessoal com o aluno.
	 Já as Tendências Pedagógicas Progressistas analisam de forma critica as realidades sociais, cuja educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social, explicando o papel do sujeito como um ser que constrói sua realidade. Ela assume um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo. É aquela que leva em consideração as concepções sobre o mundo que o aluno já possui, de onde deve partir a interferência pedagógica, o professor levanta o que os alunos já sabem e o que ainda não sabem sobre o tema, e a partir daí ele monta suas estratégias de ensinar. É divida em três tendências:
 Libertadora: o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade e os conteúdos são extraídos da pratica social e cotidiana dos alunos. Os conteúdos pré-selecionados são vistos como uma invasão cultural. A metodologia é caracterizada pela problematização da experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o aluno é tida como horizontal em que ambos passam a fazer parte do ato de educar.
 Libertária: a escola propicia práticas democráticas, pois acredita que a consciência política resulta em conquistas sócias. Os conteúdos dão ênfase nas lutas sociais, cuja metodologia é está relacionada com a vivência grupal. O professor torna-se um orientador do grupo sem impor suas ideias e convicções.
 Crítico-social dos conteúdos: a escola tem a tarefa de garantir a apropriação crítica do conhecimento cientifico e universal, tornando-se uma arma de luta importante. A classe trabalhadora deve apropriar-se do saber. Adota o método dialético, esse que é visto como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola. O educando participa com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.
 Neste conceito, as avaliações são usadas para diagnosticar o que aprendeu ou não aluno, exige prestar muita atenção no aluno, conhecê-lo, ouvir seus argumentos, propor-lhe questões novas e desafiadoras e assim o professor pode mudar seu jeito de ministrar o conteúdo, o aluno não é mais o único responsável por seu fracasso escolar, todos dentro do espaço da escola tem papel importante nesta concepção.
Assim se faz presente na educação que a professora Melissa passa para seus pequenos alunos, que para ela assim se faz a educação de qualidade, uma educação emancipatória, libertadora, uma educação onde o professor se preocupa com os conteúdos passados aos alunos, há uma empatia entre professor e aluno. Usa diferentes meios de avaliação, para detectar e tratar onde se deve melhorar a forma de passar seu ensinamento, por isso, usa provas com questões autoavaliativas, trabalhos, seminários, não se preocupa com a nota ou com o erro, na verdade, tudo isso é usado para diagnosticar onde ficou “brecha’’ que o aluno não compreendeu. Busca mudar a realidade de dentro da sala de aula, mostrando aos alunos que ela se importa com o que eles absorveram ou não da matéria passada.
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os educadores devem estar conscientes e entender o poder e influência de seu comportamento e atitudes, assim como do que ensinam e de como ensinam para terem êxito entre os estudantes, isso é muito importante quando se pensa em educação, porque, quando trabalhamos nessa área, reconstruímos a cultura, os valores; é importante que o professor tenha conhecimento das teorias pedagógicas antes de entrar em sala de aula para chegar em tal conceito.
 
4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Arcas, Paulo Henrique. Avaliação na Educação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
Abordagens Histórica e Teóricas da Avaliação - Seção 1.1 do livro da disciplina de Avaliação na Educação - página 9 a 27.
Avaliação da aprendizagem e currículo: algumas reflexões. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/article/view/661/484.
BRASIL. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em: jan.2020.
Educação formal, não formal e informal: da trilogia aos cruzamentos, dos hibridismos a outros contributos de Ana Bruno. Disponível em: http://mediacoes.ese.ips.pt/index.php/mediacoesonline/article/view/68/pdf_28
FIRMINO, Fabiana. O que são Tendências Pedagógicas. Disponível em: https://pedagogiaparaconcurso.com.br/o-que-sao-tendencias-pedagogicas/. Acesso em: 18 de abril de 2020. 
Tendências Pedagógicas na Prática Escolar de José Carlos Libâneo. Disponível em: https://praxistecnologica.files.wordpress.com/2014/08/tendencias_pedagogicas_libaneo.pdf.
Universidade Federal de Goiás. Disponível em: https://estagiodepedagogia.fe.ufg.br/p/2543-apresentacao. Acesso em: 11 de março de 2020.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1989.
SAVIANI. Dermeval. Escola e democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/pedagogia/tendencias-pedagogicas/
HOFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2009.
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