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Trabalho COSO

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Introdução
COSO é a abreviação por “Committee of Sponsoring Organizations of the TreadwayCommission”, uma organização Norte Americana privada, fundada em 1985, que se dedica a desenvolver e estudar assuntos gerenciais e de governança empresarial com o intuito de fornecer linhas guia ou diretrizes para os executivos. As áreas de principal interesse do COSO são Governança Corporativa, Ética de Negócios, Controles Internos, Gestão de Riscos Corporativos, Fraudes e Relatórios Financeiros.
Em Setembro de 1992 o COSO publicou um relatório intitulado “Internal Control – Integrated Framework” (Controles Internos e Estrutura Integrada), ou ICIF. Em 2004 publicou um novo relatório intitulada “Enterprise Risk Management - Integrated Framework” (Gestão de Riscos Corporativos - Estrutura Integrada), ou ERMIF, que é considerado uma evolução das questões relativas aos controles internos, focado no mais amplo problema da gestão de riscos corporativos. O COSO publicou vários outros estudos e relatórios ao longo dos anos, todos relacionados a gestão de riscos, controles internos e prevenção de fraudes.
A SEC (Securities and Exchange Commission) dos EUA, sugere e recomenda que as empresas adotem a estrutura de processos de controle definidos pelo COSO (ICIF) para que possam adimplir as regras definidas pela SOx (Lei Sarbanes-Oxley). Além disso o ICIF e a estrutura COSO são um dos padrões mais usados pelas companhias Norte Americanas para avaliar a própria observância as regras do FCPA.
A clássica estrutura do COSO, descrita no ICIF, é baseada em alguns conceito de base:
 
Os Controles Internos são um processo. Se trata de um instrumento para uma determinada finalidade.
Os Controles Internos são influenciados pelas pessoas. Não existem somente políticas, manuais, formulários, mas sobretudo pessoas, em todos os níveis de uma organização.
Os Controles Internos podem fornecer somente uma razoável segurança, e não uma segurança absoluta, para a diretoria de uma corporação.
 
Os Controles Internos são centrado na realização de objetivos em uma ou mais categorias que podem ser separadas ou sobrepostas. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	A fundamentação teórica no presente estudo está relacionada a temas ligados à contabilidade, especialmente sua história e importância nos mecanismos de fiscalização e controle, à governança corporativa, sua ascensão e adaptação e aos mecanismos de controles internos, sua evolução e parametrização.
	O Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO), ou Comitê das Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway, é uma organização criada em 1985. Portanto, pode-se afirmar que suas práticas sofreram alteração, de acordo com a evolução das práticas contábeis, econômicas, sociais, tecnológicas, etc. Mas iniciaremos o trabalho com aspectos que impactaram as ciências acima antes mesmo da organização COSO ser iniciada.
	Começaremos pelos aspectos contábeis, depois será analisado um tema mais específico, focado, o da Governança Corporativa, seguindo para o de Controles Internos em uma instituição, que muito impactaram (e o fazem até hoje) na evolução do COSO.
EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS
	A Contabilidade é atualmente uma ciência e uma prática fundamental em qualquer tipo de organização. Seu estudo se caracteriza sobretudo pelas análises acerca do patrimônio e, portanto, se torna essencial em qualquer análise envolvendo controle. Com a evolução das atividades comerciais, amparadas principalmente por mudanças/rupturas tecnológicas, a disciplina tornou-se cada vez mais versátil, saindo de um tema ligado a controle para assumir posição estratégica de gestão e tomada de decisão nas organizações.
	Em sua obra IUDICIBUS, MARION E FARIA (2009, apud CORREA, 2010) abordam o tema relatando que embora não se tenha noção exata do início da prática contábil, sempre foi uma necessidade humana a questão de mensuração de patrimônio, de seu controle, sobretudo visando seu sustento, sua subsistência .Mesmo antes de mecanismos modernos de escrita precisavam saber como contar o estoque que tinham à disposição.
	Embora a Contabilidade tenha sido introduzida e utilizada durante muito tempo como uma forma de controle, ou até mesmo de contagem, com a evolução das atividades empresariais sua importância na gestão foi sendo aumentada de forma ampla.
	Em sua obra, Correa (2009), aborda o tema, e evidencia essa transformação. A autora, mostra em seu trabalho primórdios da prática contábil, e depois analisa como sua evolução ajudou inúmeras áreas da empresa a conseguirem se expandir, trabalhar de forma adequada, com possibilidade de se mensurar o desempenho, intrinsecamente ligado ao conceito de planejamento, de estratégia por parte das empresas. Ela também, inclusive destaca uma característica interessante, onde divide o controle em administrativo e contábil, onde o primeiro é relacionado ao dia a dia e considerações que abrangem autoridade nas transações, implementação do plano tático, enquanto a segunda está relacionada ao plano de negócios, à sustentabilidade da companhia, a aspectos gerenciais e estratégicos.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
	Governança Corporativa é um tema considerado recente, que teve franca evolução a partir dos escândalos envolvendo grandes companhias como as gigantes do setor americano Enron e Worldcom, além de uma consultoria com prestígio internacional (Andersen), ocorridos no início dos anos 2000.
	Os escândalos fizeram florescer a necessidade de um maior controle por parte do Estado, pelo fato de estas companhias receberem recursos de todos os tipos de pessoas na forma de investimentos. Assim, e com o passar dos anos, foi se tornando cada vez mais importante a necessidade de se controlar as empresas, de todos os portes, mas sobretudo aquelas voltadas ao mercado de capitais, que se utilizam do dinheiro de investidores diretamente.
	Neste tópico do estudo pretende-se entender que a Governança Corporativa “diz respeito ao sistema de controle e monitoramento que são estabelecidos pelos acionistas controladores de uma determinada empresa ou corporação de tal modo que os administradores tomem suas decisões sobre a alocação de recursos de acordo com o interesso dos proprietários”. (JENSEN E MECKLING, 1976, Apud SILVEIRA, 2004)
	No âmbito mundial pode-se considerar como mais famosa e completa lei sobre o tema a Lei Sarbanes-Oxley (SOX), assinada nos Estados Unidos em julho de 2002, pioneira e bastante eficiente nos assuntos de compliance. Ela “visa garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas, (...) de modo a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência de fraudes ou assegurar que haja meios de identificá-las quando ocorrem, garantindo a transparência na gestão das empresas” (Wikipedia). 
	No Brasil, a principal autoridade no que diz respeito a conformidade é o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, que atua desde 1995. Tem como propósito “Uma governança corporativa melhor para uma sociedade melhor”. (IBGC)
O instituto é uma referência no país quando o requisito solicitado está relacionado a níveis de governança. Um exemplo prático pode ser o modelo adotado em nosso sistema de Mercado de Capitais, pela Bolsa de Valores B3.
A B3 se utiliza de diversos critérios, sobretudo relacionados à proteção de acionistas minoritários, e amparados por boas práticas do IBGC, para classificar suas empresas em diferentes níveis de Governança Corporativa. Há atualmente quatro divisões, sendo empresas que não apresentam classificação, empresas no Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado. À medida que os mecanismos são implantados, as companhias listadas podem subir de nível, indicando ao mercado de capitais uma melhor relação com seus investidores. (B3)
CONTROLES INTERNOS
	
	Tema de grande relevância para a sustentabilidade de uma organização, os Controles Internos garantem a conformidade em seus processos, permitindo que os objetivos traçados seja m alcançados da forma como forampropostos, de forma a não haver desvios de conduta no processo, colocando em risco o futuro da instituição.
	Em seu trabalho, Costa (2012) afirma que os controles internos adotados pelas companhias é feito por seus órgãos diretores e “tem por objetivo a conferência de dados, a verificação da eficácia dos sistemas implantados na empresa de forma a proteger o patrimônio de possíveis desvios ou fraudes, resguardando assim os interesses dos sócios, diretores e administradores, objetivando o alcance de metas”.
Percebe-se a importância e ligação do tema com o que foi acima colocado, bem como para o bom andamento e continuidade dos procedimentos de uma organização. Isso torna-se ainda mais relevante para empresas listadas em mercados de capitais, nas quais há presença de investidores diversos, pulverizados, sem acesso à administração e tomada de decisões da companhia (algumas vezes apenas para diversificação de investimentos mesmo, como é o caso das compras de ações preferenciais, por exemplo), onde as formas de adotadas de controles internos permitem que tais investidores, sobretudo minoritários, sejam protegidos.
COSO
Como relatado anteriormente, o COSO foi organizado 1985, para patrocinar a Comissão Nacional de Relatórios Financeiros Fraudulentos. Segundo o próprio órgão, trata-se de “uma iniciativa independente do setor privado que estudou os fatores causais que podem levar a relatórios financeiros fraudulentos. Também desenvolveu recomendações para empresas públicas e seus auditores independentes, para a SEC e outros reguladores e para instituições de ensino”.
Sua visão é “ser um líder reconhecido no mercado global no desenvolvimento de orientações nas áreas de risco e controle que permitam uma boa governança organizacional e redução de fraudes” (COSO).
Dessa forma, a instituição reúne um conjunto de estudos, regras, e melhores práticas aplicadas aos temas de auditoria, controles, riscos (operacionais e ligados a fraudes), que auxilia as empresas a atuar de maneira mais segura, menos exposta a tais riscos. Auxilia a própria companhia, que tem menores chances de exposição a erros, fraudes, problemas com justiça e impostos (no caso brasileiro com a Receita Federal, por exemplo), seus colaboradores, com um conjunto de regras definidas para serem seguidas, e ainda investidores, que conseguem ter acesso às informações e riscos a que estão expostos, divulgados pela companhia e/ou auditoria independente.
Segundo o Tribunal de Contas da União (2009, pág. 10), o COSO I tornou-se referência mundial pelos seguintes critérios:
· Uniformizar definições de controle interno;
· Definir componentes, objetivos e objetos do controle interno em um modelo integrado;
· Delinear papéis e responsabilidades da administração;
· Estabelecer padrões para implementação e validação;
· Criar um meio para monitorar, avaliar e reportar controles internos. 
CARACTERÍSTICAS DO COSO
O modelo COSO tornou-se referência mundial, por:
· Uniformizar definições de controle interno;
· Definir componentes, objetivos e objetos do controle interno em um modelo integrado;
· Delinear papéis e responsabilidades da administração;
· Estabelecer padrões para implementação e validação;
· Criar um meio para monitorar, avaliar e reportar controles internos.
Processo conduzido pela Diretoria, Conselhos ou outros empregados de uma companhia, no intuito de fornecer uma garantia razoável de que os objetivos da entidade estão sendo alcançados, com relação às seguintes categorias:
1. Eficácia e eficiência das operações;
1. Confiabilidade dos relatórios financeiros; e
1. Conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis.
O modelo COSO proporciona os critérios de avaliação, exemplificado por meio de seu conhecido cubo:
Os Componentes
Os componentes do Sistema de Controle Interno são o conjunto de práticas e procedimentos que devem ser executados para que os objetivos da organização sejam atingidos, ressaltando que todos os componentes devem estar presentes nos vários níveis da organização. Tendo por base o modelo do COSO I, o Sistema de Controle Interno é composto dos seguintes componentes: ambiente de controle, avaliação de risco, atividades de controle, informação, comunicação e monitoramento.
1. Ambiente de Controle
Um adequado ambiente de controle requer que os seguintes pontos sejam cumpridos:
a) a alta administração deve perceber os controles internos como essenciais à consecução dos objetivos da unidade e dar suporte adequado ao seu funcionamento;
b) os mecanismos gerais de controle instituídos pela Instituição devem ser percebidos por todos os servidores e funcionários nos diversos níveis da estrutura da unidade;
c) a comunicação dentro da Instituição deve ser adequada e suficiente;
d) deve existir um código formalizado de ética e conduta;
e) os procedimentos e instruções operacionais devem estar padronizados e postos em documentos formais;
f) deve haver mecanismos que garantam ou incentivem a participação dos funcionários e servidores dos diversos níveis da Instituição na elaboração dos procedimentos, instruções operacionais e código de ética ou conduta;
g) as delegações de autoridade e competência devem estar acompanhadas das definições claras das responsabilidades;
h) deve existir adequada segregação de funções nos processos e atividades de competência da Instituição;
i) os controles internos adotados devem contribuir para a consecução dos resultados planejados.
j) deve haver norma ou regulamento para as atividades de guarda, estoque e inventário de bens e valores;
k) não pode haver fraudes e perdas que sejam decorrentes de fragilidades nos processos internos da unidade;
l) na ocorrência de fraudes e desvios, deve ser prática da unidade instaurar sindicância para apurar responsabilidades e exigir eventuais ressarcimentos.
2. Avaliação de risco
A avaliação de risco requer que os seguintes passos sejam aplicados:
a) os objetivos e metas da unidade jurisdicionada devem estar formalizados;
b) deve haver clara identificação dos processos críticos para consecução dos objetivos e metas da unidade;
c) deve haver diagnóstico dos riscos (internos ou externos) envolvidos nos seus processos estratégicos, bem como identificação da probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-los
d) a avaliação de risco deve ser feita de forma contínua, de modo a identificar mudanças no perfil de risco ocasionadas por mudanças nos ambientes externos e internos;
e) deve ser prática da instituição a definição de níveis de riscos operacionais, de informação e de conformidade que podem ser assumidos pelos diversos níveis da gestão;
f) os riscos identificados devem ser mensurados e classificados de modo a serem tratados em uma escala de prioridades e a gerar informações úteis à tomada de decisões;
3. Atividades de Controle
Ter atividades de controle requer a aplicação dos seguintes procedimentos:
a) devem existir, de maneira claramente estabelecidas, políticas e ações, de natureza preventiva ou de detecção, para diminuir os riscos e alcançar os objetivos da Instituição. Estas políticas e ações são as atividades de controle.
b) as atividades de controle devem ser aprimoradas e funcionar consistentemente de acordo com um plano de longo prazo;
c) as atividades de controle devem possuir custo apropriado ao nível de benefícios que possam derivar de sua aplicação;
d) as atividades de controle devem ser abrangentes e razoáveis e estar diretamente relacionadas aos objetivos da Instituição;
4. Informação e comunicação
Um adequado procedimento de informação e comunicação possui os seguintes passos:
a) a informação relevante para a Instituição deve estar devidamente identificada, documentada, armazenada e comunicada tempestivamente às pessoas adequadas;
b) as informações consideradas relevantes pelas Instituição devem ser dotadas de qualidade suficiente para permitir ao gestor tomar decisões apropriadas;
c) a informação disponível para as unidades internas e pessoas da Instituição deve ser apropriada, tempestiva, atual, precisa eacessível;
d) a informação divulgada internamente deve atender as expectativas dos diversos grupos e indivíduos da Instituição de forma a contribuir para a execução das responsabilidades de forma eficaz.
5. Monitoramento
O monitoramento deve seguir as seguintes etapas:
a) O sistema de controle interno da Instituição deve ser constantemente monitorado para avaliar sua validade e qualidade ao longo do tempo;
b) O sistema de controle interno da Instituição deve ser avaliado quanto a sua capacidade de contribuir para a melhoria do desempenho no atingimento dos objetivos traçados.
Para se ter um Controle Interno adequado é necessário que ele seja bem estruturado pela administração, com medidas de efetividade e de custos razoáveis, que possam fornecer uma razoável margem de garantia, reduzindo o nível de erros e irregularidades, propiciando que as metas e objetivos traçados sejam cumpridos de forma eficiente e eficaz e com redução de custos, permitindo que os objetivos sejam cumpridos de forma correta.
As características de um sistema de controle interno eficiente são:
• Plano de Organização;
• Sistema de Autorização e Procedimentos; e
• Pessoal Qualificado.
Plano de organização: para que a empresa tenha um plano satisfatório, esse plano deve ser simples e flexível. É muito importante que o plano de organização, proporcione a independência das funções em cada setor. Embora a independência estrutural requeira uma separação das funções, o trabalho realizado por todas as áreas deve ser integrado, para que haja eficiência na operação.
Sistema de autorização e procedimentos: para se ter um sistema eficiente, deve incluir meios de controle dos registros de operações e transações. Para atingir a eficácia nessas operações é necessário aprovação de cada etapa para a concretização do programa administrativo. 
Pessoal profissionalmente e tecnicamente qualificado: um controle eficiente não depende somente de um planejamento administrativo e eficiência das operações, é necessário também pessoas competentes e qualificadas para realizar as tarefas de forma eficiente e econômica. 
O controle interno inclui também controles que podem ser peculiares tanto a Contabilidade como à administração. Existem vários tipos de Controle, são eles:
• Controles Contábeis dizem respeito aos métodos e procedimentos utilizados na salvaguarda do patrimônio e nas informações contábeis em relação à veracidade e confiabilidade dessas informações.
• Controles Administrativos métodos e procedimentos utilizados na elaboração de planos para atingir a eficiência operacional e adesão à política traçada pela organização.
• Controles Operacionais: planejamento, orçamento, contabilização e sistemas de informação, documentação, autorização, políticas, procedimentos e métodos.
• Controles para gestão dos recursos humanos: recrutamento e seleção, orientação, formação, desenvolvimento e supervisão.
• Controles de revisão e análise: avaliação do desempenho, análise interna das operações e programas, revisões externas, e outros.
• Controle das instalações e equipamentos: Verificação das instalações e equipamentos.
Para que o controle interno seja eficiente, é muito importante a ligação entre todos os controles citados acima, pois um sem o outro não tem como atingir a eficácia dos controles internos.
Objetivos
COSO-IC (COSO I)
O Coso-IC foca em três objetivos: operacionais, assegurar relatórios financeiros confiáveis e assegurar conformidade legal/regulatória. A visão relativa à estrutura organizacional busca atingir a organização como um todo, abarcando unidade, departamento, divisão, etc., ou seja, do maior ao menor nível.  O modelo concentra-se nos seguintes componentes: ambiente de controle, análise de riscos, atividades de controle, informação e comunicação e monitoração.
Em resumo, as perspectivas mostradas nas três faces do cubo do COSO-IC podem ser entendidas como o conjunto de atividades, recursos e viabilizadores críticos para o processo de controle interno a ser aplicado na instituição em todos os níveis, com vistas a assegurar o alcance de certos tipos de objetivos normalmente existentes nas organizações. Apesar da avaliação de riscos ser um componente do modelo, o foco está no processo de controle interno da organização, e não estão contempladas todas as atividades e outros aspectos importantes para a realização de um processo completo de gestão de riscos. Em outras palavras, o COSO-IC, é um modelo de controle interno que utiliza práticas de avaliação de riscos, não tendo sido elaborado com o objetivo de ser um modelo de gestão de riscos em sentido estrito.
COSO-ERM (COSO II)
Esse modelo, como o próprio nome revela, foi projetado com o objetivo de orientar as organizações no estabelecimento de um processo de gestão de riscos corporativos e na aplicação de boas práticas sobre o tema.
Vale lembrar que o COSO-ERM é uma evolução do COSO-IC, ou seja, abrange todo o escopo do modelo anterior e incorpora ferramentas complementares, De acordo com o COSO-ERM, a gestão de riscos corporativos é:
Processo que permeia toda a organização, colocado em prática pela alta administração da entidade, pelos gestores e demais colaboradores, aplicado no estabelecimento da estratégia e projetado para identificar possíveis eventos que possam afetar a instituição e para gerenciar riscos de modo a mantê-los dentro do seu apetite de risco, com vistas a fornecer segurança razoável quanto ao alcance dos objetivos da entidade (COSO, 2004, tradução livre).
Importante observação derivada da definição acima é que o processo corporativo de gestão de riscos previsto no COSO-ERM, além de ser aplicável na realização normal das atividades - operacionais, administrativas e de suporte - deveria ser aplicado também nas atividades de planejamento voltadas à definição da estratégia da organização. Isso fica ainda mais evidente quando se observa que a perspectiva do cubo do COSO-ERM relativa aos objetivos inclui um novo tipo de objetivo a ser assegurado e que não era listado no COSO-IC, qual seja, a categoria dos objetivos estratégicos.
COSO – ERM (COSO 2017)
A nova versão, COSO ERM – Integrating with Strategy and Performance, também denominado como Framework, destaca a importância de considerar os riscos tanto no processo de estabelecimento da estratégia quanto na melhoria da performance.
A primeira parte da publicação oferece uma perspectiva dos conceitos atuais e em desenvolvimento e aplicações do gerenciamento de riscos corporativos. A segunda parte da publicação apresenta 20 princípios organizados em 5 componentes inter-relacionados: Governança e cultura, Estratégia e definição de objetivos, Performance, Monitoramento do desempenho e revisão; e finalmente Informação, comunicação e divulgação.
Aderir a estes princípios pode conferir a organização uma razoável expectativa de que ela entende e se esforça para gerenciar os riscos associados à sua estratégia e objetivos de negócios.
Benefícios
É uma organização que busca a melhoria, transparência e fidedignidade de relatórios financeiros criando metodologias e conceitos para elaboração de controles internos para as empresas diminuírem sua exposição aos riscos. 
A principal missão desta organização é identificar que, o negócio seja conduzido de forma ordenada e eficiente;
· Recursos e ativos sejam salvaguardados,
· Erros, fraudes e roubos sejam detectados,
· Dados contábeis sejam mantidos com precisão e integridade, e
· Informações financeiras e econômicas (DFC, DRE, balanço patrimonial) sejam confiáveis.
Conclusão
A contabilidade tem conquistado importância cada vez mais acentuada devido à complexidade da economia, e a auditoria, que tem por objetivo proporcionar ao usuário as informações necessárias para melhor controle, clareza e transparência das entidades sob exame, ocupa função central.
O aumento da complexidade das operações de uma empresa elevou a necessidade de normas e controles internos. Um dos ramos mais importantes da ciência da economia, a auditoria, tem se destacado no que se refere à atuação e prestaçãode serviços. Desse modo, procurou-se analisar a importância dos controles internos para as empresas - controles financeiros, contábeis operacionais ou gerenciais - considerando a veracidade dos registros dos atos e fatos contábeis, o cumprimento da legislação e a identificação dos procedimentos contábeis. Tudo isso, a partir da lei de criação da organização, para que tenham conhecimento básico dos princípios propostos pela metodologia analisada, o COSO.
Este estudo sobre controle interno centrou-se na investigação de uma estrutura básica de controle, acerca dos processos desenvolvidos num sistema organizado de empresas em geral, envolvendo desde a origem até a forma como atualmente vem se destacando significativamente no mundo. Entre a bibliografia consultada, destaca-se a ideia da necessidade do controle interno rigoroso, dinâmico e moderno para que a auditoria alcance seus objetivos, proporcionando à empresa o instrumental necessário para ser bem sucedida no fenômeno econômico da globalização, pois o controle interno identifica os riscos dentro de uma organização.
Não há unanimidade quanto aos benefícios do processo de globalização, mas muitas empresas investiram alto no aprimoramento dos controles de administração interna visando garantir seu patrimônio e capital contra ações fraudulentas, isso também é evidente no Brasil.
Com o advento da Lei n. 11.638/07, que altera e introduz novos dispositivos a lei das sociedades por ações, foi estendido às sociedades de grande porte, ainda que não constituída sob a forma de S.A. (Sociedade Anônima). As disposições da Lei n. 6.404/76 relativas à escrituração e elaboração das demonstrações contábeis e à obrigatoriedade de auditoria por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). E as alterações da Medida Provisória 449/08, que extinguiu, para fins contábeis, o conceito de lucro não 84 operacional, que alterou o conceito de coligação: são coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.
Entende-se que essas empresas, pela importância no cenário econômico e social, devem ter o mesmo grau de informação das companhias abertas. Enquanto no exterior as empresas são Sociedades Anônimas (S.A), no Brasil, por serem caracterizadas como empresas limitadas, estas não sofrem influências e as penas da lei que se aplicam às empresas de sociedade anônima, deixando brecha para as exigências do processo de auditoria.
A complexidade da economia tornou necessário um acompanhamento cada vez mais meticuloso das finanças das empresas por parte dos futuros investidores. A necessidade de informações seguras para o futuro investidor exige o acompanhamento das demonstrações contábeis da empresa que, por sua vez, demanda medidas de segurança para evitar possíveis manipulações das informações.
É nesse sentido que se pode ressaltar o propósito do COSO em promover a melhoria dos relatórios financeiros, considerando a ética, a efetividade dos controles internos e a governança corporativa. De acordo com o COSO o controle interno consiste em uma série de ações que permeiam a infraestrutura de uma entidade e a ela se integram; constitui o resultado da interação de pessoas em todos os níveis da organização; e fornece apenas segurança razoável, não absoluta, à administração e ao conselho de administração.
Referencias
B3, Brasil Bolsa Balcão. Disponível em:< http://www.b3.com.br/pt_br/>. Acesso em 06 jun 2020.
CORREA, Luciana M. Controle Interno como facilitador da Auditoria Interna, um estudo baseado nos componentes da “Metodologia COSO”. Trabalho de Conclusão de Curso. Florianópolis. 2010. Disponível em:< https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstre
am/handle/123456789/127065/Contabeis294088.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 05 jun. 2020.
COSTA, Jhessica C. B. Controle Interno: Sugestão de Implantação em uma empresa de corretagem de seguros. 2012. Disponível em:< https://monografias.brasilescola.uol.com.
br/administracao-financas/controle-interno-sugestao-implantacao-uma-empresa-corretagem.htm#indice_22>. Acesso em 07 jun 2020.
COSO, Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission. Disponível em: < https://www.coso.org/Pages/default.aspx>. Acesso em 05 jun. 2020.
IBGC, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em:< https://www.ibgc.org.br/>. Acesso em 06 jun 2020.
SILVEIRA, Alexandre Di Miceli. Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade: Determinantes e Relação com o Desempenho no Brasil. 2004. 229 p. Tese (Doutorado em Administração, Faculdade de economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo.
TCU, Tribunal de Contas da União. Critérios gerais de Controle Interno da Administração Pública. 2009. Disponível em:<https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/
fileDownload.jsp?fileId=8A8182A15A4C80AD015A4D5CA9965C37>. Acesso em 07 jun 2020.
WIKIPEDIA, COSO. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/COSO>. Acesso em 07 jun. 2020.
WIKIPEDIA, Lei Sarbanes-Oxley. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/
Lei_Sarbanes-Oxley>. Acesso em 06 jun. 2020.
https://pt.wikipedia.org/wiki/COSO
https://www.coso.org/Pages/default.aspx
https://portaldeauditoria.com.br/panorama-das-diretrizes-coso-e-cobit/
https://www.crowe.com/br/-/media/Crowe/Firms/Americas/br/CroweHorwathBR/novo/DIEGO_MONTEIRO_COSO-conceito-atualizacoes-e-seus-principios_.ashx?la=pt-BR&hash=BBAA9EB277D05FF97829A90334F2E09E0862927B

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