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Abordando sobre o suicídio nos contextos religioso e educacional

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Como abordar o 
Suicídio 
No contexto religioso e 
educacional 
 
Rockson Costa Pessoa 
 
[ 3 ] 
 
 
 
 
 
Este material foi elaborado por Rockson Costa Pessoa 
 
http://lattes.cnpq.br/1908977217205897 
 
O MESMO NÃO PODE SER COMERCIALIZADO 
 
O material é de total responsabilidade do autor e não 
pode ser considerado como uma medida final ou única de 
conscientização. 
rockson_pessoa@hotmail.com 
 
https://www.instagram.com/rocksonpessoa/?hl=pt-br 
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[ 4 ] 
Olá! Meu nome é 
Rockson Costa Pessoa. Sou 
psicólogo do Estado do 
Amazonas e meu registro 
profissional ou CRP é 
20/03665. 
Atuo na clínica 
psicológica, docência e pesquisa. 
A proposta desta cartilha é orientar você líder 
religioso ou educador que se deparou com o 
fenômeno SUICÍDIO e que não sabe como abordar 
tal problemática. 
Ao longo desta cartilha discutiremos como 
organizar palestras ou esclarecimentos assertivos 
de modo e formas de ação que favoreçam que os 
indivíduos com ideação suicida possam chegar até o 
profissional habilitado. 
Na página anterior, eu disponibilizei minhas 
mídias e acredito que você se beneficiará, e muito, 
com os conteúdos. 
[ 5 ] 
Acredito que você 
tenha lido a primeira 
cartilha e 
compreendido a 
importância do tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma vez que o fenômeno ocorre nos 
mais variados e distintos contextos, 
é interessante reconhecer que as 
estratégias empregadas devem dar 
conta dessa alteridade. 
 
 
Muitas vezes as ideações 
suicidas são identificadas 
em muitos indivíduos, como 
por exemplo, em instituições 
de ensino e até mesmo em 
espaços religiosos. E isso 
pede uma tratativa mais 
ampla e CUIDADOSA! 
[ 6 ] 
Vivemos em coletividade porque somos 
gregários! Isso explica o fato de estarmos inseridos 
nos mais diversos grupos sociais. E por sermos seres 
societários, compartilhamos não só aspectos 
positivos em um coletivo, como também fenômenos 
mobilizantes, tais como o SUICÍDIO. 
 
Uma vez que ponderemos acerca da 
complexidade dessa tecitura social, é relevante 
registrar que a observação de ideação suicida pode 
ocorrer em mais de uma pessoa de nosso grupo. 
[ 7 ] 
E esses grupos possuem 
uma linguagem própria e 
compartilham percepções que 
não só os distinguem dos 
demais comuns, como também 
lhes 
confere uma identidade 
grupal. E reconhecer isso 
é FUNDAMENTAL, quando 
se ambiciona intervir 
junto ao suicídio. 
 
Como já 
sabemos, o fenômeno do 
suicídio é observado em 
crianças, adolescentes, 
adultos, idosos. Diante 
disto, as medidas devem 
considerar toda essa 
população. 
[ 8 ] 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
demanda. 
Uma vez que seja 
observado o comportamento 
de ideação em seu grupo 
religioso ou sala de aula de 
modo que se justifique a 
elaboração de uma ação 
interventiva, aconselha-se 
que você entre contato com 
instituições e grupos que 
atuam frente a essa 
 
 
[ 9 ] 
• Não publicar fotografias do falecido 
ou cartas suicidas. 
• Não informar detalhes específicos do 
método utilizado. 
• Não fornecer explicações simplistas. 
• Não glorificar o suicídio ou fazer 
sensacionalismo sobre o caso. 
• Não usar estereótipos religiosos ou 
culturais. 
• Não atribuir culpas. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Organização Mundial da Saúde (2000). 
Uma vez que você 
contatou com sucesso, 
um profissional da 
Psicologia ou da 
Psiquiatria... 
É importante informar 
que ele adotará a 
PAUTA DE 
[ 10 ] 
CONTEXTO RELIGIOSO 
 
 
 
Discutir o fenômeno do suicídio no contexto 
religioso exige primeiramente, que seja considerado 
a diversidade das formas de viver a espiritualidade. 
E uma vez que são formas tão diferentes, é 
compreensível que o profissional não conheça as 
especificidades de todas essas religiões. 
[ 11 ] 
 
Independentement 
e do crença 
professada, caberá 
ao profissional 
respeito e aos ritos 
de cada grupo 
religioso. 
Diante dessa realidade é interessante que o 
profissional que irá 
abordar a explanação 
sobre suicídio, seja 
orientado sobre as 
regras, preceitos, 
dogmas e ritos comuns 
ao grupo em questão. 
NÃO MENOS 
IMPORTANTE, é 
interessante que o líder informe sobre elementos de 
seus guias ou livros sagrados, que possam ser úteis, 
uma vez que a LINGUAGEM é elemento 
imprescindível para uma explanação assertiva. 
 
 
IMPORTANTE destacar 
que a explanação do 
tema ocorra nos 
moldes do 
funcionamento do 
grupo... 
 
 
 
 
 
 
Missas, cultos, 
sessões, 
reuniões, 
rituais... 
A palestra terá por 
pauta, discutir sobre 
saúde mental e 
autocuidado. Deverá 
ainda informar que 
diante de eventos 
impactantes por vezes 
nos sentimentos 
desamparados, MAS 
QUE HÁ FORMAS 
SAUDÁVEIS de lidar 
com esses conflitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[ 12 ] 
[ 13 ] 
Uma vez que 
acompanhamos com 
preocupação o 
surgimento do suicídio em 
contexto religioso, é 
INTERESSANTE que a 
abordagem 
neste 
contexto considere: (a) a 
palestra ou explanação para toda 
 
 
 
 
 
comunidade religiosa e 
(b) a palestra formativa 
com os líderes, para que 
possam ser treinados 
em identificar sinais de perigo e não menos 
importante, para que saibam encaminhar esses 
indivíduos para os profissionais habilitados. 
[ 14 ] 
EM RESUMO 
 
 
Neste sentido, você 
líder religioso, deve 
buscar um profissional 
que esteja preocupado 
em cumprir com zelo 
seu papel profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
Uma vez que se perceba que 
o profissional apresente 
resistência quanto ao credo, 
é importante que se 
considere um outro 
 
 
Cabe ao líder: 
• Informar sobre os preceitos e 
ritos; 
• Propiciar um conhecimento 
básico sobre a liturgia ou 
dogmas de seu grupo; 
• Respeitar o conhecimento 
técnico do profissional. 
O RESPEITO DEVE SER MÚTUO! 
[ 15 ] 
CONTEXTO EDUCACIONAL 
 
 
De certo modo, acreditamos que os 
ambientes educacionais (desde as 
escolas infantis até os grandes 
centros universitários) 
possuem uma cobertura 
quando o fenômeno suicídio surge. 
Tal afirmativa é feita, pelo
 fato de muitas escolas 
possuirem um psicólogo escolar e os 
centros universitários albergarem curso de 
Psicologia. 
 
 
É importante destacar que a 
presença de COBERTURA não 
modifica o fato de que as 
demandas nesse ambiente 
SÃO MUITO 
FREQUENTES! 
[ 16 ] 
 
No contexto escolar é 
muito importante que a 
palestra com os alunos, 
corpo técnico e pais, seja 
feita com a presença do 
psicólogo escolar, mas 
que seja elaborada por 
profissional externo 
 
 
 
 
 
 
 
Se você é 
diretor ou 
responsável 
por uma 
escola, é 
importante 
considerar este 
informe. 
[ 17 ] 
Esta cartilha 
é destinada aos líderes 
religiosos e 
educadores! Não é 
destinada aos 
profissionais de 
Psicologia e 
Psiquiatria! Isto posto, 
explique o fato de você não ter encontrado as 
palavras ou intervenções 
consideradas por nós, para 
agir diante de uma 
demanda de ideação 
suicida e por quê? 
Porque nossa maior 
preocupação é fomentar 
o fenômeno em si. 
No ambiente escolar, 
considerada a presença do profissional habilitado é 
importante considerar reuniões em grupos 
pequenos! 
[ 18 ] 
Se o fenômeno se encontra circunscrito em 
um curso de Engenharia, Direito ou Farmácia, é 
interessante considerar uma palestra do próprio 
curso. Sendo 
interessante, que todo o 
corpo docente do referido 
curso participe da reunião. 
 
 
É interessante que 
consideremos a 
identidade dos grupos! 
Existe uma forma de ser 
compreendido por um 
aluno de engenharia e 
uma outra forma de ser 
entendido por um aluno 
de humanas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro ponto RELEVANTE: 
Os contextos 
educacionais devem 
considerar em sua 
agenda pedagógica, 
palestras e formações 
que privilegiem 
SAÚDE 
MENTAL! 
[ 19 ] 
IMPORTA INFORMAR:Que o profissional de Psicologia e o 
Especialista da Psiquiatra são os dois 
profissionais habilitados para atuar frente ao 
fenômeno SUICÍDIO. Diante de qualquer 
indicativo de ideação, eles devem ser acionados e 
possuem ferramentas para manejar tal 
problemática! 
 
 
 
 
 
[ 20 ] 
• Publicar fotografias do falecido ou 
cartas suicidas. 
• Informar detalhes específicos do 
método utilizado. 
• Fornecer explicações simplistas. 
•Glorificar o suicídio ou
 fazer sensacionalismo 
sobre o caso. 
•Usar estereótipos religiosos ou 
culturais. 
• Atribuir culpas. 
 
Fonte: Organização Mundial da Saúde (2000). 
O QUE NÃO SE PODE FAZER 
 
 
 
 
 
 
 
 
[ 21 ] 
 
Vivemos 
tempos de 
mobilização ante o 
fenômeno suicídio. 
Conforme discutido 
nesta cartilha, 
existem formas de 
abordar o fenômeno 
sem que incorramos no erro de propagá-lo. 
Pouco discutimos sobre formas assertivas de 
minimizar a ocorrência do suicídio, talvez pelo fato 
dele nos mobilizar, de sobremodo que passamos a 
focar somente em sua manifestação. 
Por mais que psicólogos e psiquiatras sejam 
os únicos profissionais qualificados par atuar frente 
ao fenômeno suicídio, TODOS PODEM e DEVEM 
ABORDAR SOBRE A VIDA. 
[ 22 ] 
 
 
 
Por hora, importa 
reconhecer o óbvio! 
Estamos observando 
fenômeno de tal 
magnitude, porque 
temos falhado em 
atuações preventivas! 
 
 
 
 
 
Uma vez que o 
fenômeno tenha sido 
enfrentado com 
medidas assertivas, é 
VÁLIDO que uma 
agenda de trabalho 
seja mantida. 
 
PRECISAMOS FALAR 
SOBRE 
SAÚDE 
MENTAL! 
 
 
 
 
 
[ 23 ] 
REFERÊNCIAS 
 
BENINCASA, Miria; REZENDE, Manuel Morgado. Tristeza e 
suicídio entre adolescentes: fatores de risco e 
proteção. Boletim de psicologia, v. 56, n. 124, p. 93-110, 2006. 
 
BERZINS, Marília Viana; WATANABE, Helena Akemi Wada. 
Falar de suicido é também falar da vida e da qualidade de vida. 
2012. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. PREVENÇÃO, D. O. 
SUICÍDIO: Um manual para profissionais da mídia. 2000.

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