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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR 11-06-2020

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2
RECONHECIMENTO DOS ESPAÇOS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL
O ASSISTENTE NA SAÚDE
Acadêmicas1
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo debater os espaços de atendimento de saúde como um campo de intervenção do Assistente Social. Problematizar-se-á, neste contexto, as competências e atribuições profissionais, assim como seus desafios e possibilidades de inserção nas equipes multiprofissionais da saúde numa ação interdisciplinar, sendo esse último item muito relevante. Pontua-se que no cenário atual exige-se cada vez mais do profissional a capacidade de trabalhar em grupo, tendo como sua base à interdependência entre os profissionais envolvidos, reconhecendo a área particular de cada um, somando esforços para a realização dos serviços. Tendo o Assistente Social um espaço em construção para compreender o trabalho interdisciplinar e efetivá-lo. Trata através deste de uma análise da área da saúde como um espaço de maior extensão de atuação do Assistente Social, suas competências e atribuições, bem como os desafios da profissão, a articulação e sintonia desse profissional com os usuários que buscam os serviços de saúde. Pesquisa do tipo levantamento bibliográfico e em outros métodos que fundamentaram o seu conteúdo, com base especialmente nos parâmetros de atuação do assistente social na saúde. 
Palavras-chave: Assistente Social. Saúde. Espaço. Atuação. Competências e Atribuições.
1 INTRODUÇÃO
Fazer uma abordagem sobre o profissional de Serviço Social na saúde é necessário, levando em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação. O trabalho em saúde, por fazer parte do setor de serviços e ser compreendido como um trabalho que se efetiva no momento do encontro entre trabalhador e usuário, apresenta peculiaridades e o assistente social, inserido nesse processo, se apresenta como profissional que tem uma intervenção de natureza essencialmente política.
Mioto & Nogueira (2006, p. 282), evidenciam que por estar situado no processo de trabalho coletivo em saúde, o assistente social, pautado na lógica dos direitos e da cidadania, a organização do seu trabalho “abarca os fatores de ordem política, econômica e social que condicionam o direito a ter acesso aos bens e serviços necessários para se garantir a saúde, bem como exige uma consciência sanitária que se traduz em ações operativas na concretização dos direitos”.
A área da saúde, para os profissionais de Serviço Social é vista como um desafio profissional por conta das vulnerabilidades sociais e econômicas apresentadas como demandas diárias. É necessário que esse profissional conheça as políticas que norteiam a área e as referências específicas como as principais patologias, para compreender o contexto o qual está inserido.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A saúde é a área que mais absorveu o profissional de Serviço Social no Brasil, a partir da década de 1940. A partir do Movimento de Reforma Sanitária, com a Constituição Federal de 1988 e a criação da Lei Orgânica da Saúde, que apontaram para um novo modelo de assistência à saúde voltada para sua promoção e para a superação do modelo centrado na doença e nas ações curativas, é que o assistente social passou a ter maior importância na área da saúde, sendo chamado principalmente, para compor equipes de trabalho multiprofissionais. Essas inovações, que exigiram a intervenção de um profissional capacitado para atuar nas múltiplas expressões da questão social originadas nas relações sociais que afetam a saúde, desafiaram o Assistente Social para uma prática comprometida com as camadas populares e influenciaram sua contratação como um dos promotores na consolidação do SUS e de seus princípios e na articulação da saúde com as demais políticas públicas (IAMAMOTO, 2009). A história de saúde no Brasil se contextualiza por meio de um processo econômico, político e social marcado não só pela evolução social como a integração de trabalhadores, êxodo rural e mínima participação do Estado em efetivar politicas públicas com o advento da Reforma Sanitária, o que proporcionou à população brasileira o direito ao atendimento dos serviços de saúde. 
O Serviço Social aconteceu no processo sócio-histórico que se dar aos exercícios deste profissional, atribuindo valores mediante a postura ética da capacidade de operação e em relação à prática profissional. No âmbito da saúde o assistente social apresenta-se como integrante essencial na equipe multiprofissional cabendo um papel fundante de analisar, investigar e perceber as mudanças estruturais do processo capitalista e as expressões da questão social e suas particularidades. 
No cotidiano das políticas de seguridade social no Brasil presenciamos a regressão constante dos direitos sociais, principalmente, a partir da realização de políticas compensatórias, quando conquistas sociais históricas como o Sistema Único de Saúde é desmantelado da perspectiva de universalidade e integralidade, passando a ser direcionado ao âmbito da carência mediante comprovação de pobreza. Considerando que tal aspecto tem fortalecido a perspectiva crescente de privatização e precarização da saúde pública, imposta pelo capitalismo neoliberal, o direito da população passa a ser transformado em espécie de negócio a ser consumido no mercado. Deste modo, acompanhamos, hodiernamente, a diminuição de investimentos públicos, principalmente da parte dos governos municipais que se dizem prejudicados pela desvinculação orçamentária de fundos públicos federais. 
Ao refletir determinado aspecto da gestão, concordamos com Nogueira (1998, p.190), ao afirmar que o gestor público de que se necessita hoje [...] “precisa ser um profissional da articulação, competente para negociar com atores mais desagregados e fragmentados, mais carentes e solicitantes, mais excluídos e mais cientes de seus direitos, se no material utilizado”. O Serviço Social enquanto profissão surge vinculada ao agravamento das mazelas sociais, assumindo a função de executor das ações socais destinadas à população pauperizada, que tinham por objetivo amenizar os conflitos entre a classe proletária e a burguesia. Sabe-se, portanto, que desde sua origem o Serviço Social encontra-se em meio ao antagonismo dos interesses entre as duas classes sociais fundamentais.
O Serviço Social recebia as influências dessa conjuntura de luta política, contudo a preocupação central da categoria nesse momento era a disputa pela nova direção a ser dada a profissão, por esse motivo não foi identificada uma participação diretamente ligada ao movimento pela reforma sanitária (BRAVO; MATOS, 2009, p. 204).
A atuação dos assistentes sociais vem tornando-se uma questão fundamental, tanto no debate acadêmico, como na formação profissional, principalmente desde a última década do século XX. Resultados de pesquisas e o contato sistemático com profissionais inseridos nas políticas sociais têm indicado a necessidade de aprofundar o conhecimento acerca da intervenção profissional, contextualizando-a no campo da política social (MIOTO; NOGUEIRA, 2013). 
Debates acerca da dimensão técnico operativa da profissão e sobre a instrumentalidade do Serviço Social estão se tornando mais frequentes e, na área da saúde, especificamente, alguns autores têm discutido acerca da atuação profissional, auxiliando na compreensão do fazer profissional. De fato, tais possibilidades se apresentam no documento: “Parâmetros para Atuação dos Assistentes Sociais na Política de Saúde”, elaborado pelo Grupo de Trabalho “Serviço Social na Saúde”, do conjunto CFESS/CRESS. O documento deveria ser obrigatoriedade de observação pelos municípios e respeitado na íntegra pelos gestores da Política Municipal de Saúde quanto às requisições e encaminhamentos realizados ao profissional de Serviço Social.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
 
Para a elaboração deste artigo foi utilizado de livros eletrônicos, código de ética, computadores, sites dos CRESS e CFESS. As pesquisas foram utilizadas de maneira que possa ser entendida e esclarecida, sendo bem analisadas.
 
O método de pesquisa foi o de levantamento bibliográfico,método essencialmente para este tipo de pesquisa, uma vez que é através que se torna possível adquirir conhecimento sobre as questões levantadas no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos. Considerando sobretudo a importância que se deve ter ao elaborar artigos apoiando-se em obras já publicadas e confiáveis. 
 
A pesquisa científica é um procedimento que utiliza metodologias próprias para construir conhecimentos com base no método científico. “o método científico é o caminho da ciência para chegar a um objetivo. A metodologia são as regras estabelecidas para o método científico[...]” (RICHARDSON, 1999, P.22). 
No decorrer das pesquisas foram feitas as anotações de dados em cadernos, agendas, dentre outros meios que pudessem desmitificar acerca do Assistente Social na área de saúde.
Grupo de Trabalho “SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE”. Esse documento, ora intitulado “parâmetros para a atuação de Assistentes Sociais na Saúde’’ tem como finalidade referenciar a intervenção dos profissionais de Serviço Social na área de saúde. Constitui-se com o produto do Grupo de Trabalho “ Serviço Social na área da Saúde”, instituído pelo Conselho Federal do Serviço Social (CFSS) em 2008, que se incorporou nas suas discursões e sistematização as deliberações do 36° e 37° Encontro Nacional CFSS/CRESS.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Considerado como um desafio porque assegurar ao cidadão uma prática humana e humanizadora, na qual o valor humano, a qualidade de vida e a dignidade da morte, no caso dos pacientes fora de possibilidades terapêuticas sejam alicerces construídos e objetivos comuns para toda a equipe. O Assistente Social baseado em sua fundamentação teórica e prática superar os obstáculos apresentados no contexto atual, considerando atividades e métodos para garantir direitos e melhores condições de vida aos usuários.
5 CONCLUSÃO
Diante do exposto, compreende-se que é possível sim a atuação interdisciplinar do assistente social na equipe multidisciplinar de saúde, quando o profissional deve manter o diálogo e olhar diferenciado para o objeto através da desacomodação, saindo assim da sua zona de conforto em busca do novo. 
Vale ressaltar que o Serviço Social não pode se caracterizar como uma prática por conta da intervenção no campo social, e sim evidenciar as dificuldades do ser humano em conviver com as diferenças, sendo necessário ir além de si mesmo e reconhecer no outro uma possibilidade de superação, fundamental planejar suas ações e intervenções baseadas na ética e no compromisso com o usuário. Visando a qualidade dos serviços prestados à população.
Para tanto, o assistente social por sua formação pode ser articulador deste debate, conseguindo indicar reflexões e formas de atendimento numa perspectiva de totalidade podendo pautar as reflexões no grupo de profissionais em direção ao reconhecimento das necessidades em saúde e das determinações sociais do processo saúde e doença.
Sobretudo, conclui-se que a prática interdisciplinar exige muito mais que a presença de profissionais de diferentes formações em uma mesma equipe, demanda o abandono de posturas profissionais rígidas, intolerantes e centralizadoras. A área da saúde, para os profissionais de Serviço Social é vista como um desafio profissional por conta das vulnerabilidades sociais e econômicas apresentadas como demandas diárias. É necessário que esse profissional conheça as políticas que norteiam a área e as referências específicas como as principais patologias, para compreender o contexto o qual está inserido. Mais que tem sido realizado com grande êxito, mesmo em meio a grandes dificuldades e desafios.
REFERENCIAS 
Cortez, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família. 
(NASF) no âmbito da Atenção Básica, cria a Modalidade NASF 3, e dá outras providências. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt3124_28_12_2012.html Acesso em 06/07/2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso: 18 de 
_______. Lei nº. 8.662. de 7 de junho de 1993. disponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.
BRAVO, Maria Inês Souza. A política de saúde na década de 90: projetos em disputa. Superando Desafios – Cadernos do SS do Hospital Universitário Pedro Ernesto Vol. 4. Rio de Janeiro, UERJ/HUPE, 1999.
BRAVO, M. I. S.; MATOS, M.C. Reforma Sanitária e Projeto Ético-Político do Serviço Social: elementos para o debate. In: BRAVO, M. I. S. et al. (orgs). Saúde e Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2004. 
BRAVO, M. I. S; MATOS, M.C. Projeto Ético-Político do Serviço Social e sua Relação com a Reforma Sanitária: Elementos para o Debate. In: MOTA, A. E. et al.(orgs). Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional. 4.ed. São Paulo: Cortez; Brasília: OPAS, OMS, Ministério da Saúde, 2009. p. 197-217.
CFESS. Conselho Federal de Serviço Social. Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais. Brasília, 1993. in CRESS. Conselho Regional de Serviço Social 10ª Região. 
Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). Parâmetros para Atuação de Assistentes Socais na Política de Saúde. Brasília, 2010. Disponível em:
NOGUEIRA, Marco Aurélio. As possibilidades da política. São Paulo: Paz e Terra, 1998. In:Capacitação em Serviço Social e política Social. Módulo 4. Brasília: CFESS/ABEPSS/ CE.
IAMAMOTO, Marilda Villela. Os espaços sócio ocupacionais do assistente social. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. p.341-375.
MIOTO, Regina Célia Tamaso; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro. Política Social e Serviço Social: os desafios da intervenção profissional. Revista Katálysis, v.16, 2013, p.61-71.
BRAVO & MATOS, Maurílio Castro. A saúde no Brasil: Reforma Sanitária e Ofensiva Neoliberal. In Bravo, MIS & PEREIRA, P.A (Orgs).Política Social e Democracia. São Paulo: Cortez: Rio de Janeiro: UERJ, 2001.
BRAVO & MATOS, Maurílio Castro. Reforma Sanitária e o Projeto Ético-Político do Serviço Social: elementos para o debate. In: BRAVO, Maria Inês Souza, VASCONCELOS, Ana Maria, GAMA, Andréa de Souza, MONNERAT, Gisele Lavina (Orgs): Saúde e Serviço Social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: UERJ, 2004. 
IAMAMOTO. Marilda Villela Projeto Profissional. Projeto Profissional, Espaços Ocupacionais e Trabalho do Assistente Social na atualidade. Atribuições Privativas do (a) Assistente Social Em Questão. Brasília, 2002.
ROSA, L.C. S et al. O Serviço Social e a Resolução 196/96 sobre ética em pesquisas envolvendo seres humanos.
	
1 Acadêmicas do curso de Serviço Social do Centro Universitário Leonardo da Vinci–UNIASSELVI – Polo Marabá/PA
2 Tutora/Orientadora local. Bacharel em Serviço Social. Tel.: 094 99135-6306 / wilda_2015@hotmail.com
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Serviço Social (SES-0926) – Prática do Módulo III – 12/06/2020

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