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2 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. LUCRO IMOBILIÁRIO Conceito de LUCRO: ganho auferido durante uma operação comercial (normalmente associado a uma sobra, um saldo positivo frente à subtração entre despesas e receitas). LUCRO IMOBILIÁRIO: calculado especificamente à transação imobiliária. Saldo positivo entre o valor de aquisição do imóvel (despesa) e o valor que esse mesmo imóvel foi revendido (receita). Qual é o valor do imóvel considerado? Aquele declarado na mais recente Declaração de Imposto de Renda. Rendas provenientes de aluguéis não é Lucro Imobiliário. Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal nº 84, de 2001: Artigo 3º: Estão sujeitas à apuração de ganho de capital as operações que importem: 1. ALIENAÇÃO, a qualquer título, de BENS ou direitos ou cessão ou promessa de cessão de direitos à sua aquisição, tais como as re- alizadas por COMPRA E VENDA, PERMUTA, ADJUDICAÇÃO, DESAPROPRIAÇÃO, DAÇÃO EM PAGAMENTO, PROCURAÇÃO EM CAUSA PRÓPRIA, PROMESSA DE COMPRA E VENDA, cessão de direitos ou promessa de cessão de direitos e CONTRATOS afins; 2. TRANSFERÊNCIA A HERDEIROS e legatários na sucessão causa mortis, a donatários na DOAÇÃO, inclusive em adiantamento da legítima, ou atri- buição a ex-cônjuge ou ex-convivente, na DIS- SOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL OU UNIÃO ESTÁVEL, de direito de propriedade de bens e di- reitos adquiridos por valor superior àquele pelo qual constavam na Declaração de Ajuste Anual do de cujus, do doador, do ex-cônjuge ou ex-con- vivente que os tenha transferido. Frente a um ganho de capital, deve existir o pagamento de um Imposto a res- peito dessa renda. Portanto, havendo Lucro Imobiliário, deve-se pagar imposto de renda sobre o valor desse lucro. Se a venda do imóvel for realizada por um valor igual ou inferior ao valor decla- rado desse mesmo imóvel, não haverá a incidência de imposto de renda, porque não houve ganho de capital, não ocorreu o Lucro Imobiliário. O Imposto de Renda, atualmente, é disciplinado pela LEI nº 9.250/95, considerando as alterações e no- vas redações dadas por leis que a sucederam. Artigo 153 da Constituição Federal estabelece que compete à União instituir impostos, entre outras coisas, sobre renda e proventos de qualquer natureza. ATENÇÃO! Renda e proventos de qualquer natureza “são os GANHOS ECONÔMICOS do contribuinte GERADOS POR SEU CAPITAL, por seu trabalho ou pela combinação de ambos e apurados após o confronto das entra- das e saídas verificadas em seu patrimônio, num certo lapso de tempo” (Roque Antônio Carraza). 3Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. INSTRUÇÃO NORMATIVA da Secretaria da Re- ceita Federal nº 84, de 11 de outubro de 2001, arti- go 32, estabelece que o imposto pago após o venci- mento é acrescido de: JUROS, equivalentes à taxa referencial do Sis- tema Especial de Liquidação e Custódia, a taxa SELIC, para títulos federais, acumulada men- salmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do vencimento até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento; MULTA de mora, calculada à taxa de 0,33% , POR DIA DE ATRASO, a partir do primeiro dia após o vencimento do débito, limitada a 20%. Alíquotas referentes ao imposto de renda sobre o Lucro Imobiliário: A Lei nº 13.259/16, que dispõe em seu Art. 1º a alteração do Art. 21 da Lei nº 8.981/95, estabelece que o ganho de capital percebido por pessoa física em decorrência da alienação de bens e direitos de qualquer natureza sujeita-se à incidência do imposto sobre a renda, com as seguintes alíquotas: 15%sobre a parcela dos ganhos que não ultra- passar R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais); 17,5% sobre a parcela dos ganhos que exceder R$5.000.000,00 (cinco milhões de reais) e não ul- trapassar R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); 20% sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e não ultra- passar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais 22,5% sobre a parcela dos ganhos que ultrapas- sar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais) No caso de pessoa jurídica, segundo o artigo 2º da LEI nº 13.259/2016, as alíquotas aplicadas variam de acordo com a forma que a pessoa jurídica for tributada, lembrando que as Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das seguintes formas: Simples, Lucro Presumi- do, Lucro Real ou Lucro Arbitrado. Neste caso o ideal é que seja consultado o contador dessa pessoa jurí- dica para outros esclarecimentos. As operações imobiliárias em que a propriedade é transferida estão sujeitas ao imposto do Lucro Imobiliário. Os prazos devem ser respeitados, sob pena de multa pelo descumprimento! O imposto quanto ao Lucro Imobiliário deve ser quitado junto ao Fisco, pelo vendedor, até o último dia útil do mês seguinte ao mês em que ocorreu a venda do imóvel. Na regra geral, o custo do imóvel é o que consta da declaração do imposto de renda, como já mencionado. Contudo, quando faltar especificação do preço ou valor pago pela aquisição do imóvel, o custo do imóvel será: O valor atribuído para efeito de pagamento do ITBI, o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis. O ITBI é um tributo municipal que incide sobre compra de um imóvel. Sua taxa varia de cidade para cidade. Atu- almente, tende a ficar entre 1% e 3% do valor da negociação ou da cotação feita pelo município, valendo o que for mais alto. VALOR DE AQUISIÇÃO (custo do imóvel) 4 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. O valor de avaliação no inventário ou arrolamento; O valor de transmissão utilizado, na aquisição, para cálculo do ganho de capital do alienante; O valor corrente, na data de aquisição. ITBI - Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis: realizada “inter vivos”, por ato oneroso, que deve ser pago ao município onde está situado o imóvel. O ITBI é um imposto MUNICIPAL. Por “ato oneroso” entende-se aquele ato que produz vantagens e obrigações para todas as partes envolvidas e um exemplo típico disso é a compra e venda de um bem. O ITBI deve ser pago pelo adquirente dos bens ou direitos, ou seja, no caso mais comum, que é a compra e venda de um imóvel, quem deve recolher o imposto é o comprador. ITCMD - Imposto sobre a Transmissão “Causa Mortis” e por Doação: Diferente do ITBI que é um imposto municipal, o ITCMD é um imposto ESTADUAL, que deve ser pago nos casos de transmissões de bens imóveis por doação ou por herança, e deve ser pago por quem recebe a propriedade desse bem imóvel, ou seja, pelo her- deiro ou por aquele que o recebe pela doação. Comentário: INSTRUÇÃO NORMATIVA da Secretaria da Re- ceita Federal, nº 84/2001, Arts. 5º ao 8º, conside- rando suas alterações dadas pela Instrução Norma- tiva número 599/2005: CUSTO DOS BENS OU DIREITOS o VALOR DE AQUISIÇÃO EXPRESSO EM REAIS. O custo de aquisição dos bens e direitos adquiri- dos ou as parcelas: 1. pagas até 31 de dezembro de 1991 a. avaliados pelo valor de mercado para essa data e informados na Declaração de Ajuste Anual do exercício de 1992, ano calendário de 1991, de acordo com o artigo 96 da Lei número 8.383, de 1991, é esse valor, atuali- zado até 1º de janeiro de 1996. i. Aplica-se o disposto no caput na hi- pótese de contribuinte desobrigado de apresentar a declaração do exercí- cio de 1992, ano-calendário de 1991, e seguintes. b. não avaliados a valor de mercado, e dos bens e direitos adquiridos ou das parcelas pagas entre 1º de janeiro de 1992 e 31 de dezembro de 1995, i. o custo corresponde ao valor de aqui- sição ou das parcelas pagas até 31 de dezembro de 1995, atualizado mediante a utilizaçãoda Tabela de Atualização do Custo de Bens e Direitos, constante no Anexo Único dessa instrução normativa. 2. O custo dos bens e direitos adquiridos ou das parcelas pagas a partir de 1º de janeiro de 1996 não está sujeito a atualização. Essa Instrução Normativa da Receita Federal é acompanhada pelo Índices de correção monetária considerando as diversas moedas em vigor nessas datas, sendo apresentados índices em Reais, Cru- zeiros Reais, Cruzeiros, Cruzados Novos, Cruzados, Cruzeiros Novos e até em Mil-Réis. Portanto, para ter essa informação atualizada, sugerimos que acesse o portal do Sistema Normas – Gestão da Informação mantido pela Receita Federal. Acesse normas.receita.fazenda.gov.br Em “Órgãos e entidades”, selecione “SRF - Secre- taria da Receita Federal” Em “Tipos de ato” selecione “Instrução Normati- va” (role a tela para buscar esse item) 5Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. No campo do termo que deseja pesquisar digite 84 e tecle ENTER Dentre os resultados listados, clique na estará a Instrução Normativa da Secretaria, número 84, da SRF, com data de publicação de 14/10/2001. No final da página, clique no link “Anexo Único. doc” para acessar a tabela com os índices de corre- ções monetárias. INSTRUÇÃO NORMATIVA da Secretaria da Re- ceita Federal, número 84/2001, Art. 17, consideran- do suas alterações dadas pela Instrução Normativa número 599/2005: Podem integrar o CUSTO DE AQUISIÇÃO, quan- do comprovados com documentação hábil e idônea E discriminados na Declaração de Ajuste Anual, no caso de: I. bens imóveis: a) os dispêndios com a construção, ampliação e reforma, desde que os projetos tenham sido apro- vados pelos órgãos municipais competentes, e com pequenas obras, tais como pintura, reparos em azulejos, encanamentos, pisos, paredes; b) os dispêndios com a demolição de prédio construído no terreno, desde que seja condição para se efetivar a alienação; c) as despesas de corretagem referentes à aqui- sição do imóvel vendido, desde que tenha supor- tado o ônus; d) os dispêndios pagos pelo proprietário do imó- vel com a realização de obras públicas, tais como colocação de meio-fio, sarjetas, pavimentação de vias, instalação de redes de esgoto e de eletri- cidade que tenham beneficiado o imóvel; e) o valor do imposto de transmissão pago pelo alienante na aquisição do imóvel; f) o valor da contribuição de melhoria; g) os juros e demais acréscimos pagos para a aquisição do imóvel; h) o valor do laudêmio pago, etc.; II - outros bens ou direitos: os dispêndios reali- zados com a conservação e reparos, a comissão ou a corretagem quando não transferido o ônus ao adqui- rente, os juros e demais acréscimos pagos, etc. Ressalta-se que essas despesas e dispêndios somente podem ser considerados quando comprovados com documentação hábil e idônea e discriminados na Decla- ração de Ajuste Anual. Estamos falando de: Construção, ampliação e reforma Dispêndios com construção, ampliação e reforma, desde que os projetos te- nham sido aprovados pelos órgãos municipais competentes; Dispêndios com pequenas obras, tais como pintura, reparos em azulejos, encanamentos, pisos, paredes, as quais obviamente dispensam aprovação de projeto pelos órgãos municipais, pois não caracterizam alteração do projeto inicial; Dispêndios com demolição de prédio construído no terreno, desde que seja condição para se efetivar a alienação; Despesas de corretagem referentes à aquisição do imóvel vendido, desde que tenha suportado o ônus; 6 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Dispêndios pagos pelo proprietário do imóvel com a realização de obras públicas, tais como colocação de meio fio, sarjetas, pavimentação de vias, ins- talação de redes de esgoto e de eletricidade que tenham beneficiado o imóvel; Transmissão o valor do imposto de transmissão pago pelo alienante na aquisi- ção do imóvel; Contribuição de melhoria o valor da contribuição de melhoria; Juros e demais acréscimos os juros e demais acréscimos pagos para a aquisição do imóvel, como os pagos em casos de financiamento, por exemplo; Laudêmio o valor do laudêmio pago. Aplicação de percentual de redução do imposto LEI nº 7.713/1988, Art. 18: Para apuração do valor a ser tributado, no caso de alienação de bens imóveis, poderá ser aplicado um percentual de REDUÇÃO sobre o ganho de capital apurado, segundo o ANO de AQUISIÇÃO ou incorporação do bem, de acordo com a seguinte tabela. Ano de Aquisição ou Incorporação Percentual de Redução Ano de Aquisição ou Incorporação Percentual de Redução Até 1969 100 1979 50 1970 95% 1980 45% 1971 90% 1981 40% 1972 85% 1982 35% 1973 80% 1983 30% 1974 75% 1984 25% 1975 70% 1985 20% 1976 65% 1986 15% 1977 60% 1987 10% 1978 55% 1988 5% Parágrafo único. Não haverá redução, relativamente aos imóveis cuja aquisição venha ocorrer a partir de 1º de janeiro de 1989. 7Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Isenção de pagamento do Imposto Fatores que caracterizam a ISENÇÃO do pagamento do imposto sobre o Lucro Imobiliário: Lei nº 9.250/1995: Art. 22. Fica isento do imposto de renda o ganho de capital auferido na alienação de bens e direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de alienação, no mês em que esta se realizar, seja igual ou inferior a: I - R$ 20.000,00 (vinte mil reais), no caso de alienação de ações negociadas no mercado de balcão; II - R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), nos demais casos. Parágrafo único. No caso de alienação de diversos bens ou direitos da mesma natureza, será considera- do, para os efeitos deste artigo, o valor do conjunto dos bens alienados no mês. O limite de 35 mil reais se refere ao valor DO IMÓVEL e não ao valor auferido de lucro. Isso tem que ficar bem claro! ATENÇÃO! Lei nº 9.250/1995: Art. 23. Fica isento do imposto de renda o ganho de capital auferido na alienação do ÚNICO imóvel que o titular possua, cujo valor de aliena- ção seja DE ATÉ 440 mil reais, DESDE QUE não te- nha sido realizada qualquer outra alienação nos últimos CINCO anos. Lei nº 11.196/2005 Art. 39. Fica ISENTO do imposto de renda o ganho auferido por PESSOA FÍSICA residente no País na venda de IMÓVEIS RESIDENCIAIS, desde que o alienante, no PRAZO DE 180 (cento e oiten- ta) dias contado da celebração do contrato, apli- que o produto da venda na AQUISIÇÃO DE IMÓ- VEIS RESIDENCIAIS localizados no País. § 1º No caso de venda de mais de 1 (um) imó- vel, o prazo referido neste artigo será contado a partir da data de celebração do contrato relativo à 1ª (primeira) operação. § 2º A aplicação parcial do produto da venda implicará tributação do ganho proporcionalmen- te ao valor da parcela não aplicada. § 3º No caso de aquisição de mais de um imó- vel, a isenção de que trata este artigo aplicar-se-á ao ganho de capital correspondente apenas à parcela empregada na aquisição de imóveis residenciais. § 4º A inobservância das condições estabele- cidas neste artigo importará em exigência do im- posto com base no ganho de capital, acrescido de: I - juros de mora, calculados a partir do 2º (segundo) mês subseqüente ao do recebi- mento do valor ou de parcela do valor do imóvel vendido; e II - multa, de mora ou de ofício, calculada a partir do 2º (segundo) mês seguinte ao do recebimento do valor ou de parcela do valor do imóvel vendido, se o imposto não for pago até 30 (trinta) dias após o prazo de que trata o caput deste artigo. § 5º O contribuinte somente poderá usufruir do benefício de que trata este artigo 1 (uma) vez a cada 5 (cinco) anos. 8 Todos os direitosreservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material. Valor da Corretagem Instrução Normativa da Secretaria da Recei- ta Federal número 84/2001, Art. 19, § 4º: O valor da corretagem, quando suportado pelo alienante, o vendedor, é deduzido do valor da alie- nação e, quando se tratar de venda A PRAZO, com diferimento da tributação, a dedução será feita so- bre o valor da parcela do preço recebida no mês do pagamento da referida corretagem. No caso de Permuta: INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF Nº 84/2001, Art. 29: Na determinação do ganho de capital su- jeito à incidência do imposto são excluídos os ga- nhos de capital decorrentes de: IV - permuta, sem torna, de unidades imobiliárias; V - permuta, caracterizada com a entrega, pelo licitante vencedor, de títulos da dívida pública fede- ral, estadual, do Distrito Federal e municipal, ou de outros créditos contra a União, como contrapartida à aquisição das ações ou quotas leiloadas no âmbito dos respectivos programas de desestatização. No caso de Permuta com torna em dinheiro: INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF Nº 84/2001, Art. 23. No caso de permuta com recebimento de torna em di- nheiro, o ganho de capital é obtido da seguinte forma: I - o valor da torna é adicionado ao custo do imóvel dado em permuta; II - é efetuada a divisão do valor da torna pelo valor apurado na forma do inciso I, e o resultado obtido é multiplicado por cem; III - o ganho de capital é obtido aplicando-se o percentual encontrado, conforme inciso II, sobre o valor da torna.
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