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ESTRATÉGIA DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E BENEFÍCIOS FISCAIS Queridos alunos, Uma emoção pode gerar diversos tipos de reações! Que final de semana nós queremos? Acordo boa sorte • Horários de intervalos • Plano de Aula • Avaliação • Atividades Planejamento Tributário •O planejamento tributário é uma ferramenta contábil que o auxilia a recolher os impostos e encontrar maneiras para otimizar a carga de tributos, aplicando medidas legais. Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário •A Elisão Fiscal é o ato de possibilitar uma menor carga tributária para a empresa através de atos lícitos baseadas na legislação. Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário: existe também a Evasão Fiscal. • Omissão de informação; • Fraude; • Coluio; • Falsificação e alteração de documentos; • Deixar de emitir documentos e obrigações. Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário A Receita Federal possui meios, cada vez mais modernos, para identificar e punir tais atos Siga @Scout_lieda E COMO FICA O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM MEIO A UM CENÁRIO CADA VEZ MAIS TECNOLÓGICO? Siga @Scout_lieda T-REX HARPIA O Contador e as Tecnologias ao seu redor Siga @Scout_lieda Siga @Scout_lieda Siga @Scout_lieda 65% de chance de automação nas próximas décadas https://www.bbc.com/news/technology-34066941 Siga @Scout_lieda Siga @Scout_lieda Siga @Scout_lieda Advogados 4% MAS, HÁ UMA CHANCE DE 37% DE AUTOMAÇÃO NAS PRÓXIMAS DUAS DÉCADAS. O QUE FAZER NESTE CENÁRIO? COMO PODE AUXILIAR O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO? A Próxima Era da Inteligência Analítica: Inteligência Artificial Siga @Scout_lieda O QUE FAZER NESTE CENÁRIO? COMO PODE AUXILIAR O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO? “Todos os aspectos das nossas vidas serão transformados [pela IA]”, e isso pode ser “o maior evento na história da nossa civilização”. Stephen Hawking Siga @Scout_lieda Como mudar esse cenário? Siga @Scout_lieda Algumas práticas Metodologia da disciplina • Dinâmica das aulas: • Quiz utilizando os app Socrative Student e Kahoot (o aluno deverá baixar em seu smartphone ou se preferir poderá acessar no notebook). • Resolução de dois casos analisados ao longo da disciplina. • Cada caso será abordado em equipes seguindo as seguintes instruções: • exposição dos fatos do caso aos alunos e discussão com a turma sobre questões relevantes que deverão ser analisadas • os grupos apresentarão proposta de solução; Metodologia da disciplina • Descrição dos fatos do caso: material disponibilizado no ambiente virtual • O que será o estudo de caso? Pessoas físicas ou jurídicas buscarão assessoria jurídico-tributária para lidar com situações ou propostas de estruturação de negócios que surgirão para sua avaliação; como assessores contábeis e legais, o papel de cada grupo será o de sugerir propostas de implementação de planejamento tributário, indicando os fundamentos jurídicos, riscos envolvidos e precedentes relacionados ao tema em debate • O que deve ser feito por cada aluno? Embora as apresentações e relatórios sejam apresentados em grupo, deverá haver empenho individual na atividade de pesquisa de doutrina e jurisprudência, levantamento de questões e interação com os monitores da disciplina O QUE É Planejamento Tributário? • Escolha das melhores alternativas legais visando a diminuição do ônus tributário. • Atividade preventiva, realizada antes da ocorrência do fato gerador. • Objetiva a otimização de resultados, mediante a redução de custos tributários (carga tributária). Elisão Fiscal • É uma atividade legítima e lícita. • Consiste em prever a situação de fato (fato gerador) e suas conseqüências tributárias. • Objetiva a escolha da melhor opção legal disponível para redução da carga tributária. • Requer considerar os tributos federais, estaduais e municipais que incidirão sobre atos e fatos jurídicos futuros. • Porque implica na diminuição da carga tributária, reduzindo a arrecadação, é preocupação constante da administração pública. Norma Antielisão (LC 104) Procura alcançar, de forma mais eficaz, as operações nacionais e internacionais realizadas pelos contribuintes. Introduziu o art. 116 no CTN: “Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos e negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.” Dissimulação = ocultação de rendimentos pelo contribuinte (sonegação). Evasão fiscal • É crime contra a Ordem Tributária (Lei 8.137/90). • Consiste na prática de ato que vise: • omitir informação ou prestar informações falsas às autoridades fazendárias; • fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; • falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; • elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; • utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil financeira diversa daquela que é por lei fornecida à Fazenda Pública; • fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento do tributo. Sigilo Bancário LC nº 105/01 – prevê a quebra de sigilo bancário, sem autorização judicial, nos casos de processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso. Análise pela CPMF cruzava os dados da movimentação financeira de pessoas físicas (CPF) e jurídicas (CNPJ) com os informados nas declarações de IR. Formas de Tributação das Pessoas Jurídicas a) Simples. b) Lucro Presumido. c) Lucro Real d) Lucro Arbitrado. Período de Apuração Real, Presumido, Arbitrado • Períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano- calendário. • No caso da apuração com base no lucro real, o contribuinte ainda tem a opção de apurar anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa. • Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento. Alíquotas e Adicional • 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado de conformidade com o Regulamento. • A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, se sujeita à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento). Exemplo • Lucro Real de R$ 90.000,00 no 1º trimestre de 2020: • • a) IRPJ à alíquota normal = R$ 90.000,00 x 15% = R$ 13.500,00 • b) IRPJ Adicional = R$ 30.000,00 x 10% = R$ 3.000,00 • • Valor a Recolher (a + b) = R$ 13.500,00 + R$ 3.000,00 = R$ 16.500,00 PESSOA JURÍDICA TRIBUTADA COM BASE NO LUCRO PRESUMIDO OU ARBITRADO I) o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica; II) a parcela dos lucros ou dividendos excedente ao valor determinado no item I, desde que a empresa demonstre, através de escrituração contábil feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucro presumido ou arbitrado. Descrição Valor R$ Valor da base de cálculo do IRPJ 50.000,00 (-) IRPJ devido no trimestre 7.500,00 (-) Contribuição Social sobre o lucro devida no trimestre 6.750,00 (-) PIS devidono trimestre 4.000,00 (-) Cofins devida no trimestre 18.500,00 (=) Valor que pode ser distribuído sem Imposto de Renda na Fonte 13.250,00 Planejamento tributário Caso o lucro apurado contabilmente, no trimestre, fosse de R$ 60.000,00, então, além dos R$ 13.250,00 citados no exemplo, poderiam ser distribuídos, com isenção, o valor que excedesse (R$ 60.000,00 – R$ 13.250,00) = R$ 46.750,00. Distribuição dos lucros Se o trimestre corresponde ao 1o trimestre/2020, então a distribuição poderá ocorrer a partir de 01.04.2020. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND http://redecastorphoto.blogspot.com/2012/04/banqueiros-querem-mais-lucros.html https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ Distribuição antecipada de lucros Art. 204. A companhia que, por força de lei ou de disposição estatutária, levantar balanço semestral, poderá declarar, por deliberação dos órgãos de administração se autorizados pelo estatuto, dividendo à conta do lucro apurado nesse balanço. § 1º. A companhia poderá, nos termos de disposição estatutária, levantar balanço e distribuir dividendos em períodos menores, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre do exercício social não exceda o montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182. § 2º. O estatuto poderá autorizar os órgãos de administração a declarar dividendos intermediários, à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. PJ obrigadas ao lucro real A partir de 01.01.2014 está obrigada ao Lucro Real a pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses (Lei 12.814/2013). Outras hipóteses de obrigatoriedade: – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; Outras hipóteses de obrigatoriedade: – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do artigo 2º da Lei 9.430/1996; – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). – que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (incluído pelo artigo 22 Medida Provisória 472/2009, convertida na Lei 12.249/2010). Outras hipóteses de obrigatoriedade: Empresas Imobiliárias – Custo Orçado Também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF 25/1999). Sociedades de Propósito Específico (SPE) As Sociedades de Propósito Específico (SPE) deverão apurar o imposto de renda das pessoas jurídicas com base no lucro real, conforme estipulado no artigo 56, § 2, IV da Lei Complementar 123/2006. Securitização de Créditos Comerciais A obrigatoriedade de adoção do Lucro Real pelas pessoas jurídicas que explorem a atividade de securitização de créditos comerciais, de que trata o Parecer Normativo Cosit nº 5, de 2014, subsiste desde a entrada em vigor do art. 14, VI, da Lei 9.718/1998. Base: Solução de Consulta Cosit 202/2015. Lucro Real Trimestral Opção Modalidade de Pagamento Balanço Levantado Real Trimestral Trimestral Trimestralmente Estimativa Mensal Anualmente ou mensal * Lucro Real Trimestral – planejamento tributário • Desvantagem: Há restrição de compensação de prejuízos fiscais, eventualmente apurados, nos trimestres seguintes. Exemplo- opção trimestral • Prejuízo Fiscal no 1º trimestre: R$ 500.000,00 • Lucro Real no 2º trimestre: R$ 100.000,00 • Prejuízo compensável: 30% de R$ 100.000,00 = R$ 30.000,00 • Lucro Real no 2º trimestre, após a compensação de prejuízo do 1º trimestre: R$ 100.000,00 menos R$ 30.000,00 = R$ 70.000,00 • IRPJ e CSLL a pagar: (R$ 70.000,00 x15% IRPJ + 9% CSLL) + (R$ 10.000 x 10% Adicional IRPJ) = R$ 17.800,00. Exemplo: Lucro Real anual com balancetes de suspensão mensais • Prejuízo Fiscal no 1º trimestre: R$ 500.000,00 • Lucro Real no 2º trimestre: R$ 100.000,00 • Apuração no 2º trimestre: R$ 500.000,00 (prejuízo fiscal de 01.01 a 31.03) menos R$ 100.000,00 (lucro real de 01.04 a 30.06) = R$ 400.000,00 de prejuízo. • IRPJ e CSLL a pagar: ZERO. Recolhimento por estimativa • A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no Lucro Real poderá optar pelo pagamento do imposto e adicional, em cada mês, determinados sobre base de cálculo estimada (Lei 9.430/1996, artigo 2º). • A opção será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade. • Na opção de estimativa, o pagamento do IRPJ pode ser suspenso ou reduzido, desde que a empresa comprove, através de balancetes mensais, que o saldo do IRPJ a recolher é menor que o calculado por estimativa sobre a receita. Exemplo 1 - estimativa • Uma empresa apurou, no balancete do período de 01/janeiro a 30/abril, que o Lucro Real é de R$ 20.000,00. • Cálculo do imposto: R$ 20.000,00 x 15% = R$ 3.000,00 de IRPJ. • Digamos que, nos meses de fevereiro a abril, recolheu IRPJ por Estimativa, no total de R$ 4.000,00, portanto, valor superior aos R$ 3.000,00 apurados em balancete. ➔ Conclusão: no mês de maio, poderá deixar de recolher a parcela de estimativa, relativa a abril. Exemplo 2 - estimativa • Admitindo-se os mesmos números do exemplo 1, porém com Lucro Real de R$ 50.000,00, haverá os seguintes cálculos: • IRPJ: R$ 50.000,00 x 15% = R$ 7.500,00 • Estimativa já recolhida = R$ 4.000,00 • Saldo a recolher = R$ 7.500,00 - R$ 4.000,00 = R$ 3.500,00 • Para fins de planejamento tributário, a empresa poderá, simplesmente, recolher por Estimativa (em vez de optar por recolher com base no Lucro Real apurado no balancete de abril). • Isto poderá ser vantajoso se o valor da Estimativa Mensal, calculada com base na Receita Bruta auferida em abril, for inferior a R$ 3.500,00. Exemplo 3 - estimativa • Admitindo-se os mesmos números do exemplo 1, porém com Prejuízo Real de R$ 10.000,00: • IRPJ: zero (pela existência de prejuízo fiscal). • Estimativa já recolhida = R$ 4.000,00. • Não haverá saldo a recolher (tendo em vista que o IRPJ devido com base no balancete é zero). Base de cálculo da estimativa mensal ESPÉCIES DE ATIVIDADES PERCENTUAIS RECEITA Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural 1,6% Venda de mercadorias ou produtos, Transporte de cargas, Atividades imobiliárias, Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios, Serviços hospitalares, Atividade Rural, Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante, Outras atividades não especificadas (exceto prestação de serviços) 8 % Serviços de transporte (exceto o de cargas); Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedadesde crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta, Serviços gerais com receita bruta até R$ 120.000/ano (ver nota 1) 16% Base de cálculo da estimativa mensal ESPÉCIES DE ATIVIDADES PERCENTUAIS RECEITA Serviços em geral (ver nota 2); Serviços prestados pelas sociedades civis de profissão legalmente regulamentada; Intermediação de negócios (ver nota 2); Administração, locação ou cessão de bens móveis/imóveis ou direitos (ver nota 2); Construção por administração ou empreitada, quando houver emprego unicamente de mão de obra (ver nota 2); Factoring (ver nota 2) 32% No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual 1,6 a 32% Operação de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito realizadas por Empresa Simples de Crédito (ESC) – Lei Complementar 167/2019 38,4% • Nota 1: Se a receita bruta ultrapassar R$ 120.000/ano, ficará sujeita ao percentual de 32%, retroativamente ao mês de janeiro. Neste caso, deve-se efetuar o recolhimento das diferenças do IRPJ apurado, até o último dia útil do mês subsequente àquele que ocorrer o excesso, sem nenhum acréscimo. • Nota 2: As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços mencionadas nestes itens poderão utilizar o percentual de 16%, enquanto a sua receita bruta acumulada do ano em curso não ultrapassar a R$ 120.000,00. Na hipótese de ultrapassar este valor, observar as instruções contidas na nota 1, anterior. • Nota 3: Os serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, serão tributados, a partir de 01.01.2009, à base de cálculo de 8% (oito por cento). Base: artigo 29 da Lei 11.727/2008. Notas Revenda de Veículos usados Uma revendedora de veículos usados adquire um veículo para revenda por R$ 7.000,00. Posteriormente, vende o mesmo por R$ 8.000,00. A receita bruta, para fins de base de cálculo, será de R$ 8.000,00 - R$ 7.000,00 = R$ 1.000,00 (e não R$ 8.000,00). Bases: Lei 9.716/1998, artigo 5º e IN RFB 1.700/2017, art. 242. Receita Bruta = diferença entre o preço de venda e o custo da aquisição. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY https://jampawebjornal.blogspot.com/2016/04/financiamento-de-veiculo-fazer-com-o.html https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ Ganhos de Capital e outras receitas Os ganhos de capital, demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas na receita bruta, serão acrescidos à base de cálculo da estimativa (Lei 8.981/1995, artigo 32, e Lei 9.430/1996, artigo 2º). Exemplo: • Receita Bruta - Vendas de Produtos.. R$ 10.000,00 • Percentual Aplicável................................... 8% • Lucro Estimado sobre Receita Bruta..R$ 800,00 • Ganho de capital na venda de imobilizado.R$ 200,00 • Lucro Estimado Tributável............. R$ 1.000,00 • IRPJ Devido – 15%.......................... R$ 150,00 Ganho de capital O ganho de capital nas alienações de bens do ativo imobilizado, investimento e intangível e de aplicações em ouro não tributadas como renda variável corresponderá à diferença positiva verificada entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil. Venda veículo do ativo imobilizado Descrição Valor R$ 1. Valor da Venda do Veículo 10.000,00 2. Valor Contábil da Aquisição 18.000,00 2a.(-)Valor da Depreciação Acumulada 11.000,00 3 = Valor Contábil do Veículo (2 – 2a) 7.000,00 = Ganho de Capital Apurado (1 - 3) 3.000,00 Doação de Bem Imóvel (sócio) • A doação de bens do sócio à pessoa jurídica, sem que corresponda a uma integralização de capital, configura acréscimo patrimonial para a pessoa jurídica, o qual se sujeita à incidência do Imposto sobre a Renda. • No caso de tributação com base no Lucro Real, o valor do bem recebido em doação integrará o resultado não operacional da empresa. • Base: Solução de Consulta Cosit 111/2016. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA https://pt.wikipedia.org/wiki/Edif%C3%ADcio_Pra%C3%A7a_da_Bandeira https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ Exemplo apuração estimativa mensal •Receita Bruta da Venda de Produtos: R$ 80.000,00 •Ganho de Capital: R$ 5.000,00 •Rendimentos de Aplicações financeiras (submetidos ao IRF): R$ 2.000,00 Descrição Valor/Cálculo 1. Receita Bruta da Venda de Produtos 80.000,00 2. Alíquota aplicável á Receita Bruta 8% 3. Base de Cálculo sobre a Receita Bruta (1 x 2) 6.400,00 4. Ganho de Capital 5.000,00 5. Rendimentos de renda fixa (submetidos ao IRRF) (não entram no cômputo do cálculo) 6. Total da Base de Cálculo (3 + 4) 11.400,00 Redução de incentivos fiscais 1. IRPJ Lucro Real apurado no Balanço Anual – 15% 50.000,00 2. Adicional de IRPJ – 10% 9.333,00 3. Incentivos Fiscais (PAT) (“1” x 4%) 2.000,00 4. Incentivos Fiscais (cultura) (“1” x 4%) 2.000,00 5. IR Fonte Aplicações Financeiras e Outras 2.999,00 6. IR Pago por Estimativa Mensal 20.945,00 7. Saldo do IRPJ a Pagar (1+2 - 3 - 4 - 5 - 6) 31.389,00 Exemplos de adições ao lucro real 1) Lucros auferidos no exterior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas serão adicionados ao lucro líquido, para determinação do lucro real correspondente ao balanço levantado no dia 31 de dezembro do ano-calendário em que tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurídica domiciliada no Brasil (artigo 1º, Lei 9.532/1997). 2) Pagamentos efetuados à sociedade civil quando esta for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas (Decreto-lei 2.397/1987, artigo 4º); 3) Encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais previstos no Regulamento do Imposto de Renda; Exemplos de adições ao lucro real 4) Perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade), realizadas em mercado de renda fixa ou variável (Lei 8.981/1995, artigo 76, § 3°); 5) Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressalvado a hipótese em que são considerados salários indiretos (Lei 9.249/1995, artigo 13, inciso IV); 6) Contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica (Lei 9.249/1995, artigo 13, inciso V); 7) Doações, exceto as expressamente admissíveis como dedutíveis (Lei 9.249/1995, artigo 13, inciso VI); Exemplos de adições no lucro real 8) Despesas com brindes (Lei 9.249/1995, artigo 13, inciso VII); 9) A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (a partir de 1997), registrado como custo ou despesa operacional (Lei 9.316/96, artigo 1º e parágrafo único); 10) Perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações (Lei 8.981/95, artigo 76, § 4°). Nota: as pessoas jurídicas que apuram o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ com base no lucro real poderão deduzir da base de cálculo da CSLL as perdas em operações realizadas no mercado de renda variável, sem a limitação descrita (Solução de Consulta Cosit 198/2014). Exemplos de adições no lucroreal 11) Provisões, exceto a provisão de férias, 13º salário e as provisões técnicas obrigatórias das companhias de seguro e de capitalização. 12) A parcela realizada da reserva de reavaliação, quando computada no resultado do exercício e ainda não tributada. 13) As participações nos lucros atribuídas a administradores e partes beneficiárias de sua emissão. Exemplos de adições no lucro real 14) Saldos do lucro inflacionário acumulado, realizado no período-base. 15) Perda apurada na alienação ou baixa de investimento adquirido mediante dedução do IRPJ (exemplo: quotas do Finor, Finam). 16) Resultado negativo da equivalência patrimonial no capital social de coligada ou controlada. 17) Prejuízos de alienação de ações, títulos ou quotas de capital, com deságio superior a 10% (dez por cento) dos respectivos valores de aquisição, salvo se a venda houver sido realizada em bolsa de valores ou decorrer de participações permanentes. 18) Multas, salvo as de natureza compensatória (como multas pagas espontaneamente no atraso de recolhimento de tributos). 19) Tributos e contribuições cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos dos incisos II a IV do artigo 151 da Lei nº 5.172, de 1966, haja ou não depósito judicial (Lei 8.981/1995, artigo 41, § 1º). Exemplos de adições no lucro real 20) Valores apurados dos preços de transferência, conforme artigo 18 a 24 da Lei 9.430/1996. 21) Depreciação de carros de luxo, barcos, apartamentos e outros bens utilizados pela administração, sócios e demais dirigentes da empresa e que não estejam ligados intrinsecamente com a atividade da empresa (inciso III, artigo 13 da Lei 9.249/96); 22) Na venda de bens do ativo imobilizado que foram reavaliados, deve ser adicionado ao Lucro Real o valor da reserva de reavaliação referente ao bem; 23) Perda no recebimento de créditos que não estiverem em conformidade com os artigos 9º a 12 da Lei 9.430/1996. Adições – Lei 12.973/2014 – Alienação de Bens – Parcela do Valor Justo VIDE ANEXOS ADOAÇÃO INICIAL DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE – IN 1700 Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND http://wcalcagno.blogspot.com/2007/11/ifrs-la-nueva-contabilidad-nuestra.html https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ TRIBUTOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA Determinado contribuinte impetrou mandato de segurança contra o PIS, requerendo depósito dos montantes questionados até o julgamento da lide. Contabilizou: D – PIS (Conta de Resultado) C – PIS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 100.000,00 Pelo depósito do montante para recurso: D – Depósito Judicial – PIS (Realizável a Longo Prazo) C – Bancos cta. Movimento (Ativo Circulante) R$ 100.000,00 Pela transferência do valor do Passivo Circulante para Não Circulante: D – PIS a Recolher (Passivo Circulante) C – PIS – Recurso Judicial (Não Circulante) R$ 100.000,00 TRIBUTOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA Em 31 de março do ano subsequente há sentença judicial definitiva que é desfavorável ao contribuinte na respectiva ação, e o depósito judicial é revertido como renda da União. O lançamento contábil, para zerar o ativo e passivo é: D - PIS – Recurso Judicial (Não Circulante) C. Depósito Judicial – PIS (Realizável a Longo Prazo) Recuperação de tributos • Os valores restituídos a título de tributo pago indevidamente somente serão tributados pelo IRPJ se, em períodos anteriores, tiverem sido computados como despesas dedutíveis do Lucro Real, seja qual for o fundamento para a repetição do indébito. • O mesmo critério vale para a CSLL. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY http://jornalismocolaborativo.com/por-que-o-valor-da-moeda-vive-mudando/ https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ Exemplo recuperação de tributos Empresa recupera R$ 10.000,00 a título de COFINS, paga indevidamente no ano anterior. Contabilizou, naquele ano, o referido valor como despesa dedutível (conta redutora de vendas). No ano corrente referido valor deverá ser tributado, tanto pelo IRPJ quanto pela CSLL, sem nenhuma exclusão no e-LALUR ou no e-LACS. Também os juros SELIC comporão o resultado, pois se trata de receita financeira. Base: Solução de Consulta Cosit 651/2017. Exclusões do lucro real O anexo II da Instrução Normativa RFB 1.700/2017 (na redação dada pela IN RFB 1.881/2019) apresenta uma lista não exaustiva das exclusões ao lucro líquido do período de apuração, para fins de determinação do lucro real e do resultado ajustado. Exclusões – Lei 12.973/2014 – Alienação de Bens – Parcela do Valor Justo •Consulte os anexos da IN 1700/2017 •“Utilização de Subcontas na Adoção Inicial - Ajuste a Valor Presente e Avaliação a Valor Justo” Compensação de prejuízos na fusão, cisão, incorporação • A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá compensar prejuízos fiscais da sucedida (Decreto-Lei 2.341/1987, artigo 33). • No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os seus próprios prejuízos, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido (Decreto-Lei 2.341/1987, artigo 33, parágrafo único). Exemplo Cisão parcial, na qual 40% do patrimônio líquido da cindida foi vertido para uma empresa nova. A empresa cindida mantinha registrado na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real um prejuízo fiscal de períodos anteriores de R$ 100.000,00. O lucro real relativo ao evento, antes da compensação de prejuízos, resultou em R$ 50.000,00. Exemplo • Assim, na apuração do Lucro real, obrigatório em virtude da cisão parcial, absorveu R$ 15.000,00 de prejuízos fiscais (30% de 50.000,00). • Por outro lado, permanecerá no LALUR, para compensação futura, o valor de R$ 51.000,00 [(100.000,00 – 15.000,00) x 60%], devendo ser baixado, além dos R$ 15.000,00, o valor de R$ 34.000,00 (100.000,00 – 15.000,00 – 51.000,00), correspondente à parcela de prejuízos proporcional ao patrimônio vertido (40%). COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS – TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO E RETORNO AO LUCRO REAL A pessoa jurídica tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal a compensar, que venha a optar pelo lucro presumido em período (s) posterior (es), poderá efetuar a compensação desse prejuízo caso retorne ao lucro real. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS – TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO E RETORNO AO LUCRO REAL • Prejuízo fiscal em 2018, quando optou pelo Lucro Real: R$ 100.000,00 • Opção de tributação em 2019: Lucro Presumido • Opção de tributação em 2020: Lucro Real Lucro Real ocorrido em 2020: R$ 50.000,00 Poderá compensar até 30% deste lucro real (R$ 15.000,00) relativo ao prejuízo fiscal de 2018. Compensação Contábil de prejuízos • A absorção na escrituração comercial de prejuízos contábeis apurados mediante débito à conta de lucros acumulados, de reservas de lucros ou de capital, ao capital social, ou à conta de sócios, matriz ou titular de empresa individual, não impede a compensação dos prejuízos fiscais (PN CST nº 4, de 1981). Incentivo Fiscal - PAT É permitido às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deduzir do Imposto de Renda devido, a título de incentivo fiscal, entre outros, o valor correspondente à aplicação da alíquota do imposto sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período em Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT). A dedução direta no imposto, relativa ao incentivo ao PAT, fica limitada a 4%, do Imposto de Renda (sem a inclusão do adicional). Exemplo: Valor do IRPJ (sem adicional) devido: R$ 120.000,00 Limite de dedução do PAT: 4% de R$ 120.000,00 = R$ 4.800,00 Programa Empresa Cidadã A pessoa jurídica pode aderir ao Programa Empresa Cidadã mediante requerimento de adesão formulado em nome do estabelecimento matriz, pelo responsável perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Benefício Fiscal A pessoa jurídica tributada com baseno lucro real poderá deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração da empregada pago no período de prorrogação de sua licença-maternidade e da licença- paternidade, vedada a dedução como despesa operacional. A dedução fica limitada ao valor do IRPJ devido com base: a) no lucro real trimestral; b) no lucro real apurado no ajuste anual e; c) em receita bruta e acréscimos ou com base no resultado apurado em balanço ou balancete de redução. O valor deduzido com base no lucro estimado: - não será considerado IRPJ pago por estimativa; e - deve compor o valor a ser deduzido do IRPJ devido no ajuste anual. Base: Lei 11.770/2008, com alterações da Lei 13.257/2016. Receita Bruta • Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário. • Como exemplo de tais tributos, temos: o IPI, o ICMS, o ISS, o PIS e COFINS Substituição Tributária. Exemplo conceito de Receita Bruta Empresa industrial e comercial apurou os seguintes valores de receita bruta: Total do valor de notas fiscais R$ 10.000.000,00, sendo R$ 1.000.000,00 relativo a IPI destacado R$ 1.200.000,00 relativo a ICMS Substituição Tributária O valor da receita bruta será: R$ 10.000.000,00 – R$ 1.000.000,00 - R$ 1.200.000,00 = R$ 7.800.000,00. Receita Líquida • A receita líquida será a receita bruta diminuída de: • I - devoluções e vendas canceladas; • II - descontos concedidos incondicionalmente; • III - tributos sobre ela incidentes; e • IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei 6.404/1976, das operações vinculadas à receita bruta. Receita Líquida • Receita Bruta: R$ 10.000.000,00 • Devoluções e Vendas Canceladas: R$ 200.000,00 • Descontos Concedidos Incondicionalmente: R$ 100.000,00 • Tributos sobre a Receita Bruta (ICMS, PIS, COFINS, ISS) R$ 2.500.000,00 • Valores oriundos de Ajustes a Valor Presente das Parcelas a Receber da Receita Bruta: R$ 500.000,00 • Teremos então, como receita líquida: • R$ 10.000.000,00 - R$ 200.000,00 - R$ 100.000,00 - R$ 2.500.000,00 - R$ 500.000,00 = R$ 6.700.000,00. Subvenções para Investimentos As subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e as doações feitas pelo poder público não serão computadas na determinação do lucro real, desde que seja registrada em reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei 6.404/1976, que somente poderá ser utilizada para: • I - absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente absorvidas as demais Reservas de Lucros, com exceção da Reserva Legal; ou • II - aumento do capital social. Na hipótese de utilização para absorção de prejuízos, a pessoa jurídica deverá recompor a reserva à medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes. Subvenções para Investimentos • Empresa recebeu subvenção para investimento, no ano de 2020 de R$ 1.000.000,00, e utilizou o valor para compensar prejuízos contábeis anteriores. Deverá, num primeiro momento, registrar a constituição de reserva de incentivos fiscais, mediante transferência da conta transitória do patrimônio líquido que contém o resultado do exercício: D – Lucro Acumulado a Destinar (Patrimônio Líquido) C – Reservas de Incentivos Fiscais (Patrimônio Líquido) R$ 1.000.000,00 Histórico: formação da reserva de incentivos fiscais n/exercício. Em seguida, realiza a compensação com os prejuízos acumulados: D - Reservas de Incentivos Fiscais (Patrimônio Líquido) C – Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) R$ 1.000.000,00 Histórico: pela compensação da reserva de incentivos fiscais c/ prejuízos. • No Livro de Apuração do Lucro Real, deverá excluir, no ano de 2020, o valor de R$ 1.000.000,00, a título de formação de reserva de incentivos fiscais. Subvenções para Investimentos • Posteriormente, no ano de 2021, houve lucro contábil de R$ 5.000.000,00. Deverá, então, proceder à reconstituição da reserva de incentivos fiscais, desta forma: D – Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) C – Reservas de Incentivos Fiscais (Patrimônio Líquido) R$ 1.000.000,00 Histórico: recomposição da reserva de incentivos fiscais do exercício de 2020. Teste de Recuperabilidade (Impairment) • Poderá ser reconhecido na apuração do lucro real somente os valores contabilizados como redução ao valor recuperável de ativos que não tenham sido objeto de reversão, quando ocorrer a alienação ou baixa do bem correspondente. • No caso de alienação ou baixa de um ativo que compõe uma unidade geradora de caixa, o valor a ser reconhecido na apuração do lucro real deve ser proporcional à relação entre o valor contábil desse ativo e o total da unidade geradora de caixa à data em que foi realizado o teste de recuperabilidade. Exemplo Alienação de parte de um ativo que compõe uma unidade geradora de caixa, sendo que os valores contábeis correspondem a: Valor contábil do ativo vendido: R$ 100.000,00 Valor contábil total da unidade geradora de caixa (da qual este ativo faz parte): R$ 500.000,00 Valor contabilizado anteriormente como redução ao valor recuperável de ativos desta unidade geradora de caixa: R$ 120.000,00. • Assim sendo, • % a ser reconhecido no lucro real: R$ 100.000,00 : R$ 500.000,00 = 20% • Valor a ser considerado no lucro real: 20% x R$ 120.000,00 = R$ 24.000,00. Incentivo de Inovação tecnológica • Poderão ser excluídos, para fins de apuração do lucro real, os gastos com desenvolvimento de inovação tecnológica referidos no inciso I do caput e no § 2 do art. 17 da Lei 11.196/2005, quando registrados no ativo não circulante intangível, no período de apuração em que forem incorridos e observado o disposto nos artigos 22 a 24 da referida Lei. • Neste caso, deverá adicionar ao lucro líquido, para fins de apuração do lucro real, o valor da realização do ativo intangível, inclusive por amortização, alienação ou baixa. Exemplo Gastos com desenvolvimento de inovação tecnológica realizados, contabilizados em conta própria do ativo intangível: R$ 300.000,00. Amortização contabilizada no período de apuração: R$ 20.000,00 Lançamentos no LALUR: + Adições: Amortizações do Intangível - gastos com desenvolvimento de inovação tecnológica R$ 20.000,00 - Exclusões: Gastos com desenvolvimento de inovação tecnológica realizados, contabilizados em conta do Intangível: R$ 300.000,00. Projetos inviáveis • Para fins do controle contábil, a pessoa jurídica deverá elaborar projeto de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, com controle analítico dos custos e despesas integrantes para cada projeto incentivado. • É admitido o gozo dos incentivos fiscais em relação aos dispêndios em projetos de inovação tecnológica que se tornem inviáveis, desde que obedecidas as demais condições para a sua fruição. • Base: Solução de Consulta Cosit 18/2015. Consórcios Contemplados a pagar – dedução dos valores ativados e variações monetárias a) Registros por ocasião da aquisição do bem: Por ocasião da aquisição do bem adquirido por Consórcio, há necessidade de registrar o custo total na conta própria desse bem, no subgrupo ativo imobilizado, bem como os ajustes decorrentes do (a): Total dos pagamentos realizados (inclusive lance, se for o caso), dando- se baixa na conta transitória em que foram registrados inicialmente. Dívida assumida, calculada pela multiplicação do valor atual da parcela mensal pelo número de parcelas restantes, a qual será registrada em conta (s) do passivo circulante e exigível a longo prazo, se for o caso. Exemplo Consórcios contemplados a pagar Valor de veículo adquirido mediante consórcio: R$ 50.000,00 Valor das quotas já pagas(registradas no ativo) R$ 20.000,00 D – Veículos (Imobilizado) R$ 50.000,00 C – Adiantamentos de Consórcio R$ 20.000,00 C – Consórcios a Pagar (Passivo) R$ 30.000,00 Valor de cada parcela: R$ 1.000,00 e Número de parcelas a pagar: 40 Saldo devedor na data do recebimento do bem: R$ 40.000,00 (40 x R$ 1.000,00) Valor do ajuste: R$ 40.000 – R$ 30.000 (valor já existente na conta) = R$ 10.000 Ajuste contábil: D – Variações de Consórcios a Pagar (Despesas Financeiras) C – Consórcios a Pagar (Passivo) R$ 10.000,00 Consórcios contemplados a pagar b) Acréscimos da dívida a partir do recebimento do bem Os acréscimos no saldo a pagar que ocorrerem no futuro por mudanças no preço do bem, serão considerados como despesas de variações monetárias, visto que se referem à atualização monetária de obrigações em função de índices contratados. c) Efeitos fiscais A contabilização da forma apresentada é respaldada pelo PN CST 1/83, e poderá representar menor pagamento de IRPJ e CSL sobre o Lucro Real de até 34% sobre o valor da despesa financeira contabilizada. Juros sobre capital próprio Imposto de Renda: retêm-se 15% dos sócios mas deduz-se integralmente como despesa financeira (dentro dos limites e condições fixados pelo artigo 347 do Regulamento do IR), podendo reduzir até 25% de IRPJ. A diferença pode resultar em menor IRPJ de até 10% sobre o valor pago/creditado dos juros. Nota: a tributação, para os sócios (pessoas físicas) é exclusiva na fonte (§ 3o art. 9 da Lei 9249/95). Contribuição Social: pode deduzir-se até 100% do valor pago/creditado, dentro dos limites e condições fixados, podendo economizar até 9% do valor. Resumo: a utilização deste planejamento poderá resultar numa economia de até 19% do valor pago/creditado. Exemplo JCP Patrimônio Líquido Valores R$ Capital Social 3.000.000,00 Reserva de Reavaliação 500.000,00 Outras Reservas 350.000,00 Lucros Acumulados 1.000.000,00 Total Patrimônio Líquido 4.850.000,00 Lucro do Exercício antes dos juros s/capital próprio 600.000,00 Taxa anual – TJLP (Bacen) 12% Demonstrativo do Cálculo (+)Total Patrimônio Líquido 4.850.000,00 (-) Reserva de Reavaliação (500.000,00) = Base de Cálculo 4.350.000,00 Alíquota 12% Valor Limite Máximo dos Juros 522.000,00 Limite de Dedutibilidade Maior valor de: 50% Lucro do Exercício (500.000 x 50%) 250.000,00 ou 50% Lucros Acumulados (1.000.000,00 x 50%) 500.000,00 Valor Dedutível a ser contabilizado 500.000,00 IRRF - 15% a recolher 75.000,00 JCP – reflexos tributários A empresa recolhe 15% IRRF sobre o valor dos juros e pode deduzir como despesa do lucro real. No exemplo a empresa tinha um lucro de R$ 600.000,00, com a contabilização dos juros passou a ter um lucro de apenas R$ 100.000,00, a economia foi de aproximadamente R$ 95.000,00 de IRPJ 500.000 x 34% = 170.000,00 500.000 x 15% = 75.000,00 (IRRF). Economia: 95.000,00 O Contador deve observar que há uma tributação reflexa para as pessoas jurídicas sócias que percebem o rendimento. A empresa que recebe os juros sobre capital próprio deverá contabilizar o valor destinado (recebido ou não) como receita financeira e se recuperar do Imposto de Renda Retido na Fonte. Se o sócio for pessoa física o rendimento será consideração como exclusivo na fonte, não sendo tributado novamente. Antes da opção pelos juros sobre capital próprio deve-se estudar a viabilidade tributária considerando a tributação reflexa do sócio (pessoa jurídica). Contabilização Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito Contabilização dos Juros 31/12/19 Despesas Financeiras – Juros s/ capital próprio Valor juros s/ capital próprio ref o exercício de 2019 500.000,00 31/12/19 Juros Cap. Prop a Pagar – João Maria – Passivo Circulante Vlr juros s/ capital próprio ref exercício de 2019 a pagar p/ João Maria 250.000,00 31/12/19 Juros Cap. Prop a Pagar – Maria João – Passivo Circulante Vlr juros s/ capital próprio ref exercício de 2019 a pagar p/ Maria João 250.000,00 Contabilização Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito Contabilização do IRRF s/ juros s/ capital próprio 31/12/19 Juros Cap. Prop a Pagar – João Maria – Passivo Circulante Valor IRRF s/juros s/ capital próprio ref o exercício de 2019, de João Maria 37.500,00 31/12/19 Juros Cap. Prop a Pagar – Maria João – Passivo Circulante Valor IRRF s/juros s/ capital próprio ref o exercício de 2019, de Maria João 37.500,00 31/12/19 IRRF a recolher – Passivo Circulante Vlr IRRF s/juros s/ capital próprio ref exercício de 2019 75.000,00 JCP • A vantagem do pagamento de juros sobre o patrimônio líquido, sob o ponto de vista da economia fiscal, está em três pontos básicos:a) a alíquota de fonte é de 15% e o IRPJ é de 25% se considerarmos o adicional de 10%; há assim uma economia de 10%;b) reduz-se a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro cuja alíquota é de 9%, há assim uma economia de 9%;c) os juros podem ser imputados ao valor dos dividendos o que, na prática, torna os "dividendos" dedutíveis na apuração do IR. Os juros sofrerão retenção de IRF pela alíquota de 15%. No beneficiário pessoa jurídica, se tributada pelo lucro real, a fonte será considerada como antecipação do devido ou compensada com o que houver retido por ocasião do pagamento ou crédito de juros, a título de remuneração do capital próprio, a seu titular, sócios ou acionistas. No caso de tributação pelo Lucro Presumido ou Arbitrado, a fonte será considerada como antecipação do devido. Nos demais casos, os rendimentos pagos a pessoa jurídica, mesmo que isenta, ou a pessoa física, serão considerados tributados exclusivamente na fonte. Os juros pagos ou recebidos serão contabilizados, segundo a legislação tributária, respectivamente, como despesa financeira ou receita financeira. Remunerações, Participações nos Lucros e Juros Sobre Capital Próprio Siga @Scout_lieda Remunerações, Participações nos Lucros e Juros Sobre Capital Próprio Siga @Scout_lieda Interesse Econômico Com regras sobre Remunerações e Lucros, Fisco quer evitar que Rendas e Lucros não sejam tributados devidamente Em função de manipulação do gestor Informação Contábil Forma jurídica dos negócios Siga @Scout_lieda Remuneração de Sócios Siga @Scout_lieda Dedutibilidade Remuneração Remuneração de sócios, diretores ou administradores, titular de empresa individual e conselheiros fiscais e consultivos É dedutível Não são dedutíveis Retiradas não debitadas em custos ou despesas operacionais Retiradas que não correspondam à remuneração mensal fixa por prestação de serviços Percentagens e ordenados pagos a membros das diretorias das S/As que não residam no paísSiga @Scout_lieda Tipos de remuneração Remuneração Direta Remuneração Indireta Pro-Labore Benefícios Devem ser somadas para compor a remuneração total do sócio Siga @Scout_lieda Remuneração Indireta Integrarão a remuneração dos beneficiários A contraprestação de arrendamento mercantil ou o aluguel ou, quando for o caso, os respectivos encargos de depreciação Veículo Imóvel Despesas com benefícios e vantagens concedidos pela empresa, pagas diretamente ou através de contratação de terceiros Aquisição de alimentos Clubes e assemelhados Empregados postos à disposição ou cedidos Conservação, custeio e manutenção de veículos ou imóveisSiga @Scout_lieda Remuneração Indireta A empresa identificará os beneficiários das despesas e adicionará aos respectivos salários os valores a elas correspondentes A não observância implicará a tributação exclusiva na fonte a alíquota de 35% PJ: dedutível se pagos a beneficiários identificados e individualizados Siga @Scout_lieda Distribuição de Lucros Siga @Scout_lieda Distribuição de Lucros •Distribuição declarada de lucros •Distribuição de lucros ou dividendos •Juros sobre capital próprio •Distribuição disfarçada de lucros Siga @Scout_lieda Distribuição de Lucros Lucros ou dividendos não ficam sujeitos à incidência doIR na fonte e são isentas para o beneficiário (PJ ou PF) Siga @Scout_lieda Participação dos Trabalhadores Lucros A PJ poderá deduzir como despesa operacional As participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados Dentro do próprio exercício de sua constituição Siga @Scout_lieda Juros sobre Capital Próprio Siga @Scout_lieda Juros Sobre Capital Próprio • Conceito econômico • Relacionado ao Custo do Capital Próprio • Conceito Tributário • Juros pagos ou creditados individualmente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio Siga @Scout_lieda Cálculo de JCP Capital social Reservas de capital Reservas de lucros Ações em tesouraria Prejuízos acumulados Para fins de cálculo de JCP, serão consideradas exclusivamente as seguintes contas do patrimônio líquido Siga @Scout_lieda Juros Sobre Capital Próprio Patrimônio Líquido X TJLP Limitado a 50% do lucro antes dos JSCP 50% dos Lucros Acumulados e Reservas de Lucros Dos dois o maior Siga @Scout_lieda Exemplo Com Lucro Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3 TJLP 10% 10% 10% PL Anterior 105.000 135.000 90.000 Capital 100.000 100.000 100.000 R. Lucros 5.000 35.000 (10.000) 10% s/ PL 10.500 13.500 9.000 Resultado Per. 10.000 10.000 10.000 50% Resultado 5.000 5.000 5.000 50% R. Lucros 2.500 17.500 - x - JSCP 5.000 13.500 5.000 Siga @Scout_lieda Exemplo Com Prejuízo Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3 TJLP 10% 10% 10% PL Anterior 105.000 135.000 90.000 Capital 100.000 100.000 100.000 R. Lucros 5.000 35.000 (10.000) 10% do PL 10.500 13.500 9.000 Resultado Per. (10.000) (10.000) (10.000) 50% Resultado - x - - x - - x - 50% R. Lucros 2.500 17.500 - x - JSCP 2.500 13.500 - x - Siga @Scout_lieda IRRF • Estão sujeitos ao IRRF de 15% na data do pagamento ou crédito ao beneficiário • No recebimento dos juros, o IRRF é compensável com IRRF da PJ lucro real, presumido ou arbitrado • Tributação definitiva – PF ou PJ isenta Siga @Scout_lieda Contabilização D – Reserva de Lucros C – Passivo Circulante C – IRRF a Pagar Siga @Scout_lieda Distribuição Disfarçada de Lucros Siga @Scout_lieda Distribuição Disfarçada EMPRESA PESSOAS LIGADAS Sócio/Acionista Administrador ou o titular da PJ Cônjuge e parentes até terceiro grau PF PJ Negócios Devem produzir mesmos efeitos se realizados com terceiros Por intermédio de terceirosSiga @Scout_lieda Lucros Distribuídos Disfarçadamente Presume-se distribuição disfarçada de lucros no negócio pelo qual a pessoa jurídica Aliena, por valor notoriamente inferior ao de mercado Bem do seu ativo a pessoa ligada Adquire, por valor notoriamente superior ao de mercado Bem de pessoa ligada Sinal, depósito em garantia ou importância paga para obter opção de aquisição Perde, em decorrência do não exercício de direito à aquisição de bem e em benefício de pessoa ligada Diferença é indedutível Diferença é indedutível Perda é indedutível Siga @Scout_lieda Lucros Distribuídos Disfarçadamente Transfere a pessoa ligada, sem pagamento ou por valor inferior ao de mercado Direito de preferência à subscrição de valores mobiliários de emissão da companhia Paga a pessoa ligada aluguéis, royalties ou assistência técnica Em montante que excede notoriamente ao valor de mercado Realiza com pessoa ligada qualquer outro negócio em condições de favorecimento (Condições mais vantajosas para a pessoa ligada do que as que prevaleçam no mercado ou em que a PJ contrataria com terceiros) Diferença é indedutível Diferença é indedutível Importâncias pagas ou creditadas são indedutíveis Siga @Scout_lieda Valor de Mercado É a importância em dinheiro que o vendedor pode obter mediante negociação do bem no mercado O valor do bem negociado frequentemente no mercado, ou em bolsa, é o preço das vendas efetuadas em condições normais de mercado, que tenham por objeto bens em quantidade e em qualidade semelhantes Siga @Scout_lieda Valor de Mercado Sem mercado ativo Poderá ser determinado com base em Negociações anteriores e recentes do mesmo bem Em negociações contemporâneas de bens semelhantes Entre pessoas não compelidas a comprar ou vender e que tenham conhecimento das circunstâncias que influam de modo relevante na determinação do preço Se o valor negociado basear-se em laudo de avaliação de perito ou empresa especializada: cabe à autoridade tributária a prova de que o negócio serviu de instrumento à distribuição disfarçada Siga @Scout_lieda IRPJ/CSLL JSCP - JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO • Poderá deduzir → para efeito de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração pelo capital próprio (Art. 347, RIR/99); • Calculados → sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro-rata dia, da TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo; 123 Siga @Scout_lieda IRPJ/CSLL JSCP - JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO • Limite → o efetivo pagamento ou crédito dos JSCP fica condicionado à existência de lucros, computados depois da dedução da CSLL e antes da dedução dos juros ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao valor de duas vezes o montante dos juros a serem pagos ou creditados. 124 Siga @Scout_lieda IRPJ/CSLL JSCP - JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO • Patrimônio Líquido → para efeito de apuração dos juros sobre o capital próprio deverá ser utilizado o do inicio do período quando não houver alteração no mesmo durante o período a ser pago; • Composição do Patrimônio Líquido → para efeito do cálculo dos juros sobre o capital próprio: • Capital Social; • Reservas de Capital; • Reservas de Lucros; • (-) Ações em Tesouraria; e • (-) Prejuízos Acumulados. 125 Siga @Scout_lieda • Retenção na fonte → os JSCP estão sujeitos ao IRRF, à alíquota de 15%), na data do seu pagamento ou crédito ; • Considerado → este imposto na fonte de 15%- 18%, como: • Antecipação do devido → na declaração de rendimentos, no caso do beneficiário ser PJ tributada pelo lucro real, presumido ou arbitrado; • Tributação definitiva → nos demais casos, tais como PF, inclusive se o beneficiário for pessoa isenta; IRPJ/CSLL JSCP - JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO 126 Siga @Scout_lieda • JSCP pagos ou creditados → a título de remuneração do capital próprio, poderão ser considerados como valor dos dividendos mínimos obrigatórios, sem prejuízo da tributação e retenção na fonte (§ 3.º - art. 347, RIR/99); • Cálculo dos JSCP → NÃO deve considerar o valor de reserva de reavaliação de bens ou direitos da PJ, bem como da conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial (AAP), no montante do patrimônio líquido, exceto se esta for adicionada na determinação da base de cálculo do IRPJ e da CSLL (§ 4.º - art. 347, RIR/99); IRPJ/CSLL JSCP - JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO 127 Siga @Scout_lieda O fisco estabelece uma série de mecanismos para evitar que rendas e lucros não sejam tributados devidamente Há possibilidade de planejamento tributário utilizando as várias formas de remuneração e distribuição de lucros previstas na lei Siga @Scout_lieda Distribuição de lucros – não incidência Para não incidir INSS sobre o lucro distribuído pelas empresas em geral aos respectivos sócios, a título de lucros do próprio exercício, não integra a remuneração para efeito de contribuição previdenciária (20%), desde que seja com base na escrituração contábil e que conste no contrato social cláusula que fixe a apuração e distribuição de lucros em períodos menores que 12 meses, sendo tais demonstrações (balanço e resultado) transcritas no livro diário. Pessoas em débito com a Fazenda Nacional O art. 17 da Lei 11.051/2004, procedeu a alteração no art. 32 da lei nº 4.357/64, dispõe que as pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito, não garantido, para com a União e suas autarquias de Previdência e Assistência Social, por falta de recolhimento de imposto, taxa ou contribuição, no prazolegal, não poderão: a) distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas; ou b) dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotista, bem como a seus diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos; A inobservância desta regra importa em multa que será imposta: a) às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações ou remunerações, em montante igual a 50% (cinquenta por cento) das quantias distribuídas ou pagas indevidamente; e b) aos diretores e demais membros da administração superior que receberem as importâncias indevidas, em montante igual a 50% (cinquenta por cento) dessas importâncias. De qualquer forma a multa fica limitada, respectivamente, a 50% (cinquenta por cento) do valor total do débito não garantido da pessoa jurídica. Omissão de Receita • Saldo credor de caixa, falta de escrituração de pagamento, manutenção no passivo de obrigações pagas e falta de comprovação do passivo Caracteriza-se como omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova da improcedência da presunção, a ocorrência das seguintes hipóteses: • A indicação na escrituração de saldo credor de caixa; • A falta de escrituração de pagamentos efetuados; • A manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada. Suprimento de Caixa por Sócios É importante que estes recursos sejam perfeitamente identificáveis, especialmente quanto à origem. Recomenda-se repassar o dinheiro emprestado para a empresa por cheque ou transferência eletrônica de fundos. Caracterizam-se também como omissão de receita os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. Duplicatas que podem ser baixadas como perdas e reduzir o lucro tributável • Os Créditos não recebidos podem ser baixados como perda (despesa dedutível) para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL. • Poderão ser registrados como perda os créditos decorrentes de operações com pessoas ou empresas não ligadas, conforme artigos 9º a 12 da Lei 9.430/1996. • Recomenda-se fazer o registro da referida despesa dentro dos critérios legais assim que possível, visando assim economia tributária no pagamento do IRPJ e CSLL no lucro real. Duplicatas que podem ser baixadas como perdas e reduzir o lucro tributável - LEI Nº 13.097, DE 19 DE JANEIRO DE 2015 (art. 8º) Das Perdas no Recebimento de Créditos na Determinação do Lucro Real e da Base de Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido • ................................................................................................................................................... • § 7º Para os contratos inadimplidos a partir da data de publicação da Medida Provisória nº 656, de 7 de outubro de 2014 , poderão ser registrados como perda os créditos: • I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário; • II - sem garantia, de valor: • a) até R$ 15.000,00 (quinze mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento; • b) acima de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais), por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida a cobrança administrativa; e • c) superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento; Duplicatas que podem ser baixadas como perdas e reduzir o lucro tributável - LEI Nº 13.097, DE 19 DE JANEIRO DE 2015 (art. 8º) III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, de valor: a) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e b) superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o disposto no § 5º .” (NR) Contabilização Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito 31/12/X1 Perdas no Recebimento Duplicatas - Despesas Vlr dupl. 1010, vcto 28/06/X1 não recebida do cliente XY 4.950,00 31/12/X1 Duplicatas a Receber- Ativo Circulante Vr. Baixa da duplicata 1010, vencida em 28/06 e não quitada pelo cliente. 4.950,00 Registro das duplicatas vencidas há mais de 180 dias, sem garantia, dentro do limite de valor em que a baixa é direta à conta de duplicatas a receber: Contabilização Registro nas demais hipóteses: Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito 31/12/X1 Perdas no Recebimento Duplicas- Despesas Vlr dupl. 521, vcto 29/11/X0 não recebida do cliente YZ 25.000,00 31/12/X1 (-) Estimativa para créditos de liquidação duvidosa Vlr baixa dupl. 521, vcto 29/11/X0 não recebida do cliente YZ 25.000,00 Os valores registrados na conta redutora dos créditos poderão ser baixados definitivamente da escrituração contábil, a partir do momento em que se completar cinco anos do vencimento do crédito sem que o mesmo tenha sido liquidado pelo devedor Lucro Presumido As empresas optantes pela sistemática do Lucro Presumido podem pagar o Imposto de Renda, Contribuição Social sobre o Lucro, PIS e COFINS, reconhecendo as receitas pelo regime de caixa. Estas orientações também são válidas para empresas optantes pelo SIMPLES. Base Legal: § 2° do artigo 13 da Lei 9.718/1998. Condições: • A emissão da nota fiscal seja feita por ocasião da entrega do bem ou da conclusão do serviço; • Registrar no Livro Caixa, a nota fiscal individualmente a cada recebimento; • Na contabilidade, registrar em conta específica os recebimentos, a cada nota fiscal. • Os recebimentos deverão ser controlados na conta duplicatas a receber ou clientes. Dessa forma, a base para a tributação serão os recebimentos constantes nessas contas e não nas contas de Receitas. • Os recebimentos deverão ser discriminados indicando a nota fiscal a que se refere. http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei9718.htm Lucro Presumido 1) em 20/01, recebimento da 1ª parcela da nota fiscal 1245 – R$ 1.000,00; 2) em 20/02 recebimento da 2ª parcela da nota fiscal 1245 – R$ 1.000,00 e assim sucessivamente. O PIS, a COFINS, a CSLL e o IRPJ serão apurados com base no recebimento constante na conta de clientes ou duplicatas a receber, independentemente do faturamento. CONHECENDO MODELO DE NEGÓCIO CONHECENDO MODELO DE NEGÓCIO Propósito Negocial - CARF •Intervalo temporal entre as transações •Coerência entre a transação e a atividade empresarial envolvida •Independência das partes Incorporação ao contrário Operação casa e separa Operação casa e separa Operação casa e separa Caso Carrefour Caso Natura Caso Ratinho Caso Ratinho Caso Ratinho Atletas Atletas Caso Guga – serviços personalíssimos Trechos da nota divulgada por Guga após decisão do CARF CARF O parágrafo único do artigo 116 do Código Tributário Nacional, incluído pela Lei Complementar 104/2001, dispõe sobre a possibilidade de o Fisco desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Elisão Fiscal A elisão fiscal consiste num planejamento tributário lícito, situação em que o contribuintese organiza de modo a submeter-se a carga tributária inferior a que estaria sujeito inicialmente, sem que isso implique em sonegação fiscal. Casos pendentes Receita Federal A Receita Federal, reprimindo o que considera planejamento tributário ilícito, usualmente desconsidera operações negociais que tenham gerado economia fiscal, quando enxerga algum indício de que teria havido simulação; passando a tributar a operação que intitula de real, sem dar valor jurídico para a operação que intitula de fictícia. Integralização com imóveis “A” virou sócia de “B” só para evitar vender diretamente os imóveis e pagar IR sobre ganho de capital, que seria o tributo cabível por não ser imobiliária. Sendo assim, teria abusado do direito de integralizar em uma empresa imobiliária unicamente para pagar menos tributo, pois, como receita da imobiliária “B”, a venda dos imóveis gerou menor tributação. • Acórdão 1202-001.176 (publicado em 15.08.2014) • PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. ABUSO DE DIREITO. INOPONIBILIDADE AO FISCO. O planejamento tributário na visão da Receita Federal (PN Cosit 4/18) A definição oficial do entendimento da Receita Federal sobre as seguintes questões práticas: • O art. 124 do CTN admite a responsabilização solidária por débitos tributários entre componentes do mesmo grupo econômico quando restar comprovada a existência de liame inequívoco entre as atividades desempenhadas por seus integrantes mediante comprovação de confusão patrimonial ou de outro ato ilícito contrário às regras societárias? O planejamento tributário na visão da Receita Federal (PN Cosit 4/18) • O art. 124, I, é hipótese de responsabilidade capaz de atrair a sujeição passiva de terceiros que tenham praticado atos ilícitos tributários em conjunto com o contribuinte ou com o substituto tributário? • Em caso afirmativo, tem interesse comum na situação que constitui o fato gerador da obrigação principal a pessoa que por seus atos ou omissões concorre para a prática de infração à legislação tributária? O artigo 124, I do CTN estabelece que “são solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal”. Qual o “interesse comum” que justifica a extensão, por solidariedade, da responsabilidade tributária a terceiro que não realizou o fato jurídico tributário? Entendimento da RFB “a responsabilidade tributária solidária a que se refere o inciso I do art. 124 do CTN decorre de interesse comum da pessoa responsabilizada na situação vinculada ao fato jurídico tributário, que pode ser tanto o ato lícito que gerou a obrigação tributária como o ilícito que a desfigurou. A responsabilidade solidária por interesse comum decorrente de ato ilícito demanda que a pessoa a ser responsabilizada tenha vínculo com o ato e com a pessoa do contribuinte ou do responsável por substituição. Deve-se comprovar o nexo causal em sua participação comissiva ou omissiva, mas consciente, na configuração do ato ilícito com o resultado prejudicial ao Fisco dele advindo”. Siga @Scout_lieda Siga @Scout_lieda CONCEITOS TRIBUTÁRIOS Siga @Scout_lieda Planejamento tributário – Normas antielisivas Siga @Scout_lieda Ilícitos Atípicos: Siga @Scout_lieda Ilícitos Atípicos: Siga @Scout_lieda Ilícitos atípicos Siga @Scout_lieda Ilícitos atípicos Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário - Visão do Fisco Os atos praticados pelo Contribuinte devem preencher, dentre outros, os seguintes requisitos: • (I) não podem ter sido praticados com o propósito único e específico de redução da carga tributária, e neste sentido, • (II) devem estar revestidos de uma substância econômica, o que se convencionou denominar de “propósito negocial (business purpose)”. Siga @Scout_lieda Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário - Visão do Fisco • A delimitação clara e objetiva de quais atos podem ser praticados pelo Contribuinte é de suma importância para as empresas, uma vez que a falta de clareza expõe a um risco de autuações indesejáveis, e cria embates intermináveis entre Fisco e Contribuinte Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário “o Planejamento Tributário é entendido como o conjunto de estudos e estratégias elaborados com o objetivo de racionalizar o ônus tributário que pesa sobre as atividades empresariais, através da adoção de práticas que visem a economia de tributos.” Siga @Scout_lieda Objetivos do planejamento tributário • (I) reduzir o montante do tributo ainda não efetivamente devido, sua alíquota ou base de cálculo, • (II) evitar a incidência do fato gerador ou • (III) postergar o seu pagamento, sem a ocorrência da multa, suportando as ações e omissões em documentos que retratem a realidade e a veracidade dos atos jurídicos praticados. Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário •atividade estritamente preventiva •análise dos tributos incidentes sobre as atividades empresariais •identificar os atos e fatos tributáveis e seus efeitos •comparar os resultados prováveis •escolha da alternativa menos onerosa. Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário •atos realizados antes da incidência do tributo, ou seja, antes da ocorrência do fato gerador Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário •“a economia lícita de tributos obtida através da organização das atividades do contribuinte, de sorte que sobre elas recai o menor ônus possível” Machado, 2010 Siga @Scout_lieda Regras para um bom planejamento tributário • Humberto Bonavide BORGES, 2004 •(I) verificar se a economia de impostos é oriunda de ação ou omissão anterior à concretização da hipótese normativa de incidência; •(II) examinar se a economia de impostos é oriunda de ação ou omissão legítimas; Siga @Scout_lieda Regras para um bom planejamento tributário• Humberto Bonavide BORGES, 2004 • (III) analisar se a economia de impostos é proveniente de ação realizada por meio de formas de direito privado normais, típicas e adequadas; e • (IV) investigar se a economia de impostos resultou de ação ou conduta realizadas igualmente a suas formalizações nos correspondentes documentos e registros fiscais Siga @Scout_lieda Planejamento tributário A redução ou o não pagamento de tributos podem representar uma atividade lícita de gestão de custos, ou uma atividade ilícita de simulação e fraude, diferenciando-se, assim, dois conceitos: o da elisão e o da evasão fiscal. Siga @Scout_lieda Elisão x Evasão elisão fiscal é a expressão utilizada para designar a economia legal de tributos, enquanto evasão fiscal é a designação dada para a sua forma ilegal. Siga @Scout_lieda Elisão Antes do fato gerador Conduta lícita Sem prática simulatória Reduzir tributo Siga @Scout_lieda Evasão Conduta ilícita Após o fato gerador Prática Simulatória Intuito de não pagar tributo São comumente identificados por meio de fraudes e de sonegação fiscal. Siga @Scout_lieda Sonegação Fiscal - lei nº 4.729/65 •“Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal: •I – prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei; Siga @Scout_lieda Sonegação Fiscal - lei nº 4.729/65 •“II – inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública; Siga @Scout_lieda Sonegação Fiscal - lei nº 4.729/65 III – alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a fazenda pública; Siga @Scout_lieda Sonegação Fiscal - lei nº 4.729/65 •IV – fornecer ou emitir documentosgraciosos ou alterar despesas, majorando-as, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis; Siga @Scout_lieda Sonegação Fiscal - lei nº 4.729/65 •V – exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da paga, qualquer porcentagem sobre a parcela dedutível ou deduzido do Imposto sobre a Renda como incentivo fiscal. Siga @Scout_lieda Fraude, Art. 72 da Lei 4.502/64 “é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, ou excluir ou modificar as suas características essenciais, de moda a reduzir o montante do imposto devido, ou a evitar o seu pagamento”. Siga @Scout_lieda Fraude e Sonegação Ato voluntário e consciente adotado pelo contribuinte com o intuito de violar a legislação fiscal Siga @Scout_lieda Simulação e Negócio Jurídico Indireto •§ 1º do art. 167 do Código Civil: •Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: •“I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas as quais realmente se conferem, ou transmitem; Siga @Scout_lieda Simulação e Negócio Jurídico Indireto •II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados”. Siga @Scout_lieda Simulação •“É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma”. Siga @Scout_lieda Elementos da simulação •i) intencionalidade da divergência entre a vontade e a declaração, •ii) o acordo simulatório e •iii) o intuito de enganar terceiros Siga @Scout_lieda Simulação •Simulação absoluta existe apenas um negócio jurídico correspondente à vontade declarada inexistente; •Simulação relativa existem dois negócios jurídicos, o simulado, correspondente à “vontade declarada enganadora” e o dissimulado, correspondente à vontade real. Siga @Scout_lieda Simulação absoluta •Ato jurídico inexistente, ilusório, fictício, ou que não corresponde à realidade, total ou parcialmente, mas a uma declaração de vontade falsa. •Aparenta-se celebrar um negócio jurídico quando, na realidade, não se pretende realizar negócio algum. Siga @Scout_lieda Simulação relativa •Quando por detrás do negócio simulado existe outro dissimulado. Siga @Scout_lieda À guisa de reflexão • para que se possa caracterizar a simulação em atos jurídicos, é indispensável que os atos praticados não pudessem ser realizados, fosse por vedação legal ou por qualquer outra razão. Siga @Scout_lieda Abuso do Direito •Artigo 187 do Código Civil de 2002, “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”. Siga @Scout_lieda À guisa de reflexão • se o negócio realizado teve por objetivo exclusivamente a redução da carga tributária, será ele considerado um abuso de direito. • princípio da capacidade contributiva e da isonomia Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário – propósito negocial • princípio da capacidade contributiva e da isonomia: O Propósito Negocial •Também chamado de substrato econômico ou business purpose, o aspecto negocial é o pilar de qualquer bom Planejamento Tributário a ser pensado e executado pelas empresas. Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário – propósito negocial •Propósito negocial é um motivo para se realizar determinada ação, sem ser a própria economia tributária. Siga @Scout_lieda Exemplo •Uma empresa é optante do Simples e, ao ultrapassar o faturamento máximo permitido, divide-se em duas. Essa cisão pode ser considerada pelo Fisco como fraude. Entretanto, caso haja um outro motivo além da simples economia, será considerado válida. Siga @Scout_lieda Exemplo •A empresa pode ser vendedora e distribuidora de determinado produto e se dividir em uma empresa que vende e outra que distribui, por motivos de organização, estrutura e afins. Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário - Ética •“É cada vez maior a facilidade de fiscalizar essas empresas e, por isso, não se pode mais ter a visão de que sonegar é o melhor caminho”. Siga @Scout_lieda Propósito Negocial •I. Houve um adequado intervalo entre as operações? •Exemplo: operações societárias que normalmente demoram meses para ocorrer e que em alguns casos foram realizadas em intervalo de horas ou dias. Siga @Scout_lieda Propósito Negocial •II. Independência entre as partes envolvidas • Muitos negócios jurídicos foram descaracterizados por terem sido realizados entre empresas de mesmo grupo ou familiares. Siga @Scout_lieda Propósito Negocial • III. coerência entre a operação e as atividades empresariais das partes envolvidas •Para a constatação da existência de propósito negocial, entende a Administração que o planejamento tributário deve estar intimamente relacionado com a atividade operacional das partes. Siga @Scout_lieda Norma Geral Antielisiva •Lei Complementar nº 104/2001 – LC104/2001. •“Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: • I. tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; Siga @Scout_lieda Norma Geral Antielisiva • “II. tratando-se da situação jurídica desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. • Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária”. Siga @Scout_lieda Norma geral antielisiva •Entretanto, a constitucionalidade do parágrafo único do artigo 116 está sendo discutida em sede da ADI n° 2446, em trâmite perante o STF e ainda sem julgamento. Siga @Scout_lieda Propósito Negocial •Os casos de planejamento tributário ainda não foram analisados amplamente pelos tribunais sob a ótica da necessidade de existência do propósito negocial. Ainda é escassa a jurisprudência neste sentido!!! Siga @Scout_lieda Planejamento Tributário •Nem todos os atos praticados com o fim de fugir do recolhimento do tributo aos cofres públicos podem ser considerados como planejamento tributário. Siga @Scout_lieda Leitura Recomendada O PROPÓSITO NEGOCIAL COMO ELEMENTO ESSENCIAL PARA O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA ERA DA SUSTENTABILIDADE THE PURPOSE OF NEGOTIATING AS AN ESSENTIAL ELEMENT FOR TAX PLANNING IN THE AGE OF SUSTAINABILITY Ricardo Lopes de Moraes - Especialista em Direito Corporativo Universidade Positivo – Curitiba (PR) – Brasil AREL FAAR, Ariquemes, RO, v. 2, n. 2, p. 41-68, mai. 2014 MORAES, R.L. Siga @Scout_lieda Siga @Scout_lieda CASO PRÁTICO 1 - REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA – PATRIMÔNIO PREPONDERANTEMENTE IMOBILIÁRIO • Empresa estrangeira detentora de imóvel (no interior de São Paulo), mediante investimento direto, nos anos 80.Empresa estrangeira (proprietária) não possuía CNPJ, porém o imóvel encontrava-se registrado em seu nome. Por uma série de razões, a venda direta do imóvel pela empresa estrangeira a um brasileiro, não era possível. • Solução: Constituição de uma sociedade imobiliária (IMOB), em nome da empresa estrangeira, em parceria com um sócio brasileiro (seu procurador à época). Versão do imóvel na IMOB, a título de integralização de capital. Recolhimento do ITBI a valor baixo (valor venal do IPTU), pois o município do imóvel não aplicava a tabela de referência. Venda do imóvel pela IMOB. Tributação de aproximadamente
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