Coleções zoológicas

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Coleção didática
e
científica
Ministrante: 
Prof. Dr. Nelson Antunes de Moura
O QUE É UMA COLEÇÃO ZOOLÓGICA?
UMA COLEÇÃO ZOOLÓGICA AGRUPA DE FORMA
ORGANIZADA, AMOSTRAS DE POPULAÇÕES ANIMAIS,
PARTES OU PRODUTOS DESTES E DADOS ASSOCIADOS A
ESTAS PEÇAS, VISANDO O APROVEITAMENTO CIENTÍFICO E,
CONSEQUENTEMENTE, DA SOCIEDADE. (AURICCHIO &
SALOMÃO, 2002).
Coleções Zoológicas
• As coleções zoológicas geralmente são
depositadas em instituições de cunho científico
e/ou didático, como museus, universidades e 
institutos de pesquisas. 
• Ou a organizações não governamentais, empresas
particulares, polícias científicas e aduaneira, 
instituições veterinárias, medico-sanitárias, 
agropecuárias, etc. 
(AURICCHIO & SALOMÃO, 2002).
• 1. Coleções didáticas • 2. Coleções científicas
• Toda coleção tem importância
didática;
• Sem utilização indiscriminada;
• Pode ocasionar perda de peças de 
importância;
• Geralmente material sem
procedência, excedentes, 
parcialmente danificadas.
• Durabilidade reduzida (manuseio)
• Maioria na Europa e USA;
• Motivo: viagens exploratórias e 
compra de acervos de outros paises;
• Principais: MZUSP, Emilio Goeldi e 
Museu Nacional RJ;
• Importantes para estudos
taxonômicos e biológicos.
• Detém recursos financeiros para 
manutenções.
2.1.1. Coleções científicas de caráter regional
Material de determinada região 
geográfica ou localidade:
- Universidades locais, escolas técnicas, 
institutos de pesquisas, etc.
- Falta de hábitos de montar coleções 
regionais (MARTINS, 1994);
- Aumentar acervo qualitativo e 
quantitativo;
- Superar problemas financeiros e 
administrativos.
2.1.2. Coleções científicas particulares
- Mantidas com recursos próprios;
- Corre risco de perder se não tiver apoio;
- Normalmente são doados e vendidos e 
incorporados a coleções maiores;
- Superar problemas financeiros e 
administrativos.
- Material para a rápida identificação de 
exemplares por comparação.
2.1.3. Coleções científicas especiais
- Coleções de características peculiares;
- Zoológicos, criadores particulares, biotérios, comerciantes de 
animais e empresas de ecoturismo;
- Podem realizar pesquisas ou contribuem para estudos de 
outros;
- Muitas têm interesses econômicos (MARTINS, 1994).
2.1.4. Coleções de grupos taxonômicos determinados
- Apenas de determinados grupos biológicos;
- Serpentes, coleópteros, conchas de gastrópodes, 
etc.;
- Ex: Coleção herpetológica “Alphonse Richard 
Hoge” do Instituto Butantan (+ de 70 mil 
exemplares);
- EX: Coleção ofiológica do Hospital Vital Brazil (8 mil 
exemplares causadores de acidentes).
2.1.5. Coleções de cunho agropecuário
- Coleções de animais causadores de danos 
à lavoura ou à criação;
- Vinculadas à institutos de pesquisas 
agropecuárias e veterinárias;
2.1.6. Coleções de referência ou identificação
- Agrupam exemplares com a finalidade de facilitar a 
identificação de espécimes por comparação;
- Seus exemplares devem ser identificados por 
especialistas;
- Não precisa de um número grande de exemplares de 
cada espécie, mas sim um número mínimo;
- Com variação morfológica e estágios ontogenéticos.
2.1.7. Anexo das coleções e coleções acessórias
- Coleções anexas são aqueles acervos que não exigem 
numeração própria, além da numeração da coleção principal;
- A necessidade ou não fica a critério do curador;
- Não são menos importante que as demais;
- O animal da coleção principal que deu origem ao material da 
coleção acessórias deve estar registrado no livro tombo da 
coleção principal.
2.1.8. Exemplares-Tipo
São aqueles citados 
na publicação na qual 
se apresentou 
formalmente a 
espécie ou 
subespécie;
A qual atribuiu um nome 
científico;
https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/especie-de-crustaceo-
descoberta-por-brasileiros-e-nomeada-em-homenagem-marielle.html
https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/especie-de-crustaceo-descoberta-por-brasileiros-e-nomeada-em-homenagem-marielle.html
2.1.8. Exemplares-Tipo
Estes exemplares representam “o 
padrão de referência que 
determina a aplicação de um 
nome científico”.
Apenas espécies e subespécies 
possuem exemplares-tipo;
https://jc.ne10.uol.com.br/brasil/2020/07/11953735-especie-de-
ra-e-descoberta-em-goias-recebe-nome-de--cora-
coralina.html?aff_source=56d95533a8284936a374e3a6da3d7996
https://jc.ne10.uol.com.br/brasil/2020/07/11953735-especie-de-ra-e-descoberta-em-goias-recebe-nome-de--cora-coralina.html?aff_source=56d95533a8284936a374e3a6da3d7996
2.1.8. Exemplares-Tipo
CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA:
Categorias de Tipo:
a) Cótipo: Abolido pelo CINZ (era sintipo ou parátipo).
b) Holótipo: exemplar único ou espécie-tipo da publicação;
c) Lectótipo: um dentre vários síntipos; após a publicação;
d) Neótipo: Somente quando houver perda do holótipo, lectótipo ou síntipo;
e) Isótipo: duplicata do holótipo;
f) Parátipos: Todos os exemplares de uma série-tipo, exceto o holótipo;
g) Topótipo: espécime coletada na mesma localidade que o holótipo e em 
datas diferentes;
2.1.8. Exemplares-Tipo
Os Tipos são os exemplares mais importantes de uma 
coleção taxonômica;
Exemplares-tipo devem ser guardados separadamente na 
coleção;
Os vidros com holótipos, lectótipos, neótipos, sintipos, 
parátipos e paralectótipo devem ser identificados com 
tarjas vermelhas.
2.1.9. Partes ou produtos animais
Peças anatômicas: ossos, tecidos, órgãos 
moles, peles, embriões, hemipênis, material 
diafanizado, lâminas histológicas e 
preparações citogenéticas;
Não é interessante a formação de acervos 
anatômicos indiscriminadamente;
Recomenda que fezes sejam mantidos no 
animal; hemipênis também.
2.1.10. Fauna acompanhante
Coleta de animais distintos daqueles de 
interesse;
Ex: parasitos, comensais, simbiontes, fauna 
que ocupa o mesmo ambiente, presas, 
predadores, etc. 
Recomenda que este material seja entregue 
a pesquisadores do grupo para compor as 
coleções adequadas. 
2.1.11. Coleções incorporadas e materiais de expedições
Expedições de coleta possuem número de campo, caderno de campo, e 
livro-tombo próprio.
O livro-tombo da coleção que recebeu o material deve conter 
referências à origem e ao (s) número(s) anteriores dos novos 
integrantes . 
2.1.12. ARQUIVOS DE SONS E IMAGENS
Estes arquivos, tais como para aves, podem ser usadas 
para outras pesquisas – sonogramas, fotografias, 
filmes, desenhos – são registros muito úteis.
A qualidade e a confiabilidade são essenciais;
2.1.12. ARQUIVOS DE SONS E IMAGENS
Os dados biológicos (sexo, medidas ou escala, 
estágios de desenvolvimento) devem ser 
mantidos juntos com os arquivos;
2.1.12. ARQUIVOS DE SONS E IMAGENS
Precisa de autorização de uso e crédito em publicações; Citar localidade, hora, 
ambiente, clima e outros dados importantes; Após registro sonoro, deve procurar 
identificá-lo e individualizá-lo.
2.1.12. ARQUIVOS DE SONS E IMAGENS
- Um anfibiólogo experiente pode 
reconhecer as espécies de anuros 
pelo coaxar;
- As aves, pelo canto.
- Estas informações são muito 
importantes para a taxonomia; 
- Muitas aves possuem variações 
canoras e de plumagem, tanto em 
adultos e filhotes, quanto entre 
machos e fêmeas;
MONITORAMENTO DA FAUNA NA CGH RANCHO FUNDO (PORTO DOS GAÚCHOS-MT)