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Método DADER

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS -FMU 
 
 
 
JHONATAS MARCEL 
LAURA STERNAD 
MARCOS MOYSES 
MATHEUS NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
MÉTODO DADER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
2 
 
 
Farmácia Clínica e Hospitalar 
Professor responsável: Prof. Ms. Eliana Rodrigues de Araujo 
 
 
 
Integrantes: RA: 
Jhonatas Marcel 8809401 
Laura Sternad 8942619 
Matheus Nascimento 8938112 
Marcos Moyses 8849196 
 
 
 
 
 
 
Farmácia 
7º Semestre 
Campus: Santo Amaro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) é fundamental para evitar 
“surpresas” como Reações Adversas a Medicamentos (RAM) e/ou Problemas 
Relacionados com os Medicamentos (PRM) no tratamento farmacológico do 
paciente. 
O AFT é um método de trabalho rigoroso e sistemático que requer o máximo de 
informações possíveis a respeito do paciente em tratamento, tais como problema de 
saúde, sinais e sintomas, medicamento (s) utilizado (s) e período de tratamento (data 
em que se deu início ao tratamento). Esse método se trata de uma atividade clínica, 
no qual está voltado para obter êxito no tratamento do paciente. 
Como qualquer outra atividade clínica e sanitária o AFT necessita de protocolos para 
que o mesmo seja viabilizado e realizado com máxima eficiência. 
Com o objetivo de obter respostas concretas e melhorar a qualidade de vida do 
paciente o Método DADER de AFT foi desenvolvido pelo Grupo de Investigação 
em Atenção Farmacêutica da Universidade de Granada em 1999, e hoje auxilia 
centenas de farmacêuticos pelo mundo, a fim de solucionar Problemas Relacionados 
com os Medicamentos (PRM) e proporcionar bem-estar (qualidade de vida) ao 
paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. METODOLOGIA 
 
A pesquisa a seguir trata-se de uma revisão literária onde foram encontrados na 
literatura dados necessários que deram origem a estrutura da mesma. Sendo o 
“descritor” pesquisado DADER. 
Assim foi feita uma revisão literária em cima da apostila - Programa DADER de 
Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) que descreve uma técnica desenvolvida 
pelo Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica da Universidade de Granada. 
2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. OBJETIVO 
 
Levar informações de maneira correta e solucionar dúvidas do leitor quanto ao 
método aqui exposto, a fim de que o mesmo tome conhecimento da técnica e faça a 
correta aplicabilidade no âmbito de trabalho, seja ele drogaria ou até mesmo clínica 
hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
4. MÉTODO DADER 
 O Método DADER de Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) é um método que 
avalia a situação de estado do paciente, foi desenvolvido em 1999 na Universidade de 
Granada pelo Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica a fim de identificar e 
solucionar Problemas Relacionados com os Medicamentos (PRM) prescritos e 
pertencentes as terapias dos pacientes. 
Uma ferramenta que vem auxiliando centenas de farmacêuticos espalhados pelo país para 
melhor acompanhar o tratamento de seus pacientes, sendo assim, esse é um método que 
se baseia no histórico Farmacoterapêutico para avaliar a situação do estado de saúde tais 
como doenças e medicamentos utilizados, após essa primeira avaliação e identificação de 
possíveis PRM o (s) farmacêutico (s) responsável (eis) entra com as intervenções 
farmacêuticas para então resolver os PRM e posteriormente avaliar os resultados 
observados. 
Para esclarecer o conceito de Problemas Relacionados com os Medicamentos foi 
publicado em 2002 o Segundo Consenso de Granada sobre PRM, no qual é definido 
como: problemas de saúde, entendidos como resultados clínicos negativos, derivados do 
tratamento farmacológico que, produzidos por diversas causas tem como consequência, 
o não alcance do objetivo terapêutico desejado ou o aparecimento de efeitos indesejáveis. 
(M. MACHUCA; F. FERNÁNDEZ & M. J. FAUS, 2004) 
O Método DADER de AFT segue um procedimento concreto na qual define junto com 
outros profissionais além do farmacêutico, incluindo o médico responsável o estado de 
situação objetivo desejável para o paciente, sendo assim são aplicadas algumas 
intervenções farmacêuticas correspondentes ao quadro clínico, avaliando sempre os 
conhecimentos e condições que afetam o caso. 
 
4.1. Para a realização desse Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) deve-se 
seguir algumas fases, são elas: 
 
 
 
7 
 
4.1.1. Oferta do Serviço 
Momento esse que o farmacêutico no ato do atendimento percebe ou suspeita de algum 
problema relacionado com os medicamentos (PRM). Seja pela percepção de: parâmetros 
fisiológicos ou bioquímicos irregulares, queixa do paciente referente à algum 
medicamento, consulta sobre algum problema de saúde, medicamento e/ou algum 
parâmetro bioquímico. Sendo assim o farmacêutico oferece ao paciente o serviço de AFT 
deixando o paciente ciente de que não irá substituir nenhum outro profissional da área da 
saúde e/ou seu médico e que sempre que necessário entrará em contato com seu 
profissional para que possam trabalhar em conjunto para melhor atender ao seu 
tratamento e que o objetivo desse serviço é almejar a máxima eficiência de seu tratamento. 
Se o paciente aceitar o serviço proposto, então uma “Primeira Entrevista” deve ser 
agendado em horário cômodo para ambos. 
4.1.2. Primeira Entrevista 
Nesse segundo contato (seguindo a lógica de que o primeiro foi a oferta do serviço) o 
paciente deverá trazer a pedido do farmacêutico todos os medicamentos que faz uso em 
seu âmbito domiciliar incluindo aqueles que estão em uso em seu tratamento. Deverá 
apresentar também todos os documentos que atestem seu estado de saúde como: laudo de 
diagnóstico médico e exames laboratoriais a fim de obter informações assertivas a 
respeito de seus problemas de saúde. 
Alguns cuidados devem ser tomados quanto a essa fase como o ambiente no qual irá 
realizar o atendimento, que deve ser um ambiente SEM ruídos, dentre outros problemas 
que desvie a atenção do farmacêutico e que passe ao paciente uma sensação de 
desinteresse. 
É de extrema importância que o farmacêutico responsável por realizar a Primeira 
Entrevista registre todas as informações colhidas do paciente a respeito de suas 
queixas/reclamações referente ao estado de sua saúde no “FORMULÁRIO DE 
HISTÓRIA FARMACOTERAPÊUTICA” documento para AFT (Acompanhamento 
Farmacoterapêutico) e que serve como pasta de identificação e anexo de documentos do 
paciente (ANEXO 1). Mas o aconselhável nesse momento de entrevista é que o 
farmacêutico faça suas anotações em um papel em branco a parte para não tomar muito 
do seu tempo em entrevista e logo após seu encontro com o paciente preencher o 
formulário com informações e respostas coletadas. 
8 
 
A Primeira Entrevista se estrutura em três pilares a serem seguidos: 
➢ Fase de preocupações e problemas de saúde 
Objetivo é conseguir que o paciente fale de forma aberta os problemas de saúde 
que mais lhe preocupam, o deixando ciente de que é uma conversa totalmente 
privada e que suas informações serão mantidas entre a equipe de farmácia e o 
mesmo e que se necessário contato com o médico responsável para melhor 
adaptação de sua terapia que o mesmo só será feita sob o seu consentimento. 
 
➢ Medicamentos utilizados pelo paciente 
Objetivo é saber do paciente se o mesmo tem conhecimento sobre os 
medicamentos de sua “sacola” e da adesão ao seu tratamento, o deixando 
expressar livremente e sem interrupções para que aumente a confiança no 
profissional conducente. Sendo assim o profissional devese atentar em responder 
algumas perguntas para preencher o formulário de “História Farmacoterapêutica” 
que são: 
1. Está utilizando? 
2. Quem lhe receitou? 
3. Para quê? 
4. Está melhor? 
5. Desde quando? 
6. Quanto? (Posologia) 
7. Como usa? 
8. Até quando? 
9. Alguma dificuldade? 
(Quanto a F.F.) 
10. Algo estranho? (PRM) 
 
➢ Fase de revisão 
Esta é a fase no qual o paciente deverá ser informado o término da entrevista e 
ficar ciente de que todas as informações sobre o seu estado de saúde serão 
revisadas para comprovar que estão completas e corretas, sendo assim, antes de 
dispensar o paciente deve-se então fazer a checagem de todas as informações 
coletadas com o objetivo de aprofundar nos aspectos que condizem a primeira 
fase da entrevista e assim completar algo que tenha passado despercebido tais 
como a descoberta de novos medicamentos não citados pelo paciente, talvez 
porque não o preocupa e realizar uma revisão seguindo uma ordem da cabeça aos 
pés. 
 
9 
 
Exemplo: 
• Cabelo 
• Cabeça 
• Ouvidos, olhos, nariz, 
garganta 
• Boca (ferida, seca) 
• Pescoço 
• Mãos (dedos, unhas) 
• Braços e músculos 
• Coração 
• Pulmão 
• Aparelho Digestivo 
• Rins (Urina) 
• Fígado 
• Aparelho Genital 
• Pernas 
• Pé 
• Músculo esquelético 
(Gota, dor nas costas, 
tendinites) 
• Pele (Secura, erupção) 
• Psicológico (depressão) 
• Neurológico (epilepsia) 
 
 
Todavia perguntas fechadas com respostas rápidas de SIM e NÃO deverão ser feitas para 
o refinamento do banco de dados, porém não se descarta a possibilidade de aprofundar 
em algum aspecto com perguntas abertas afim de explorar um pouco mais um problema 
relatado pelo paciente, coletando além dessas informações os dados demográficos do 
mesmo como: endereço, telefone, data de nascimento, médicos que o atendem, dentre 
outros relevantes para completar o seu perfil. Por fim finaliza-se verdadeiramente a 
entrevista/consulta com o paciente, agradecendo pela visita e deixando de forma clara e 
esperançosa a possiblidade de futuras visitas após o estudo de seu caso. 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGRAMA DE FLUXO DA PRIMERA ENTREVISTA. Método Dáder. Manual de Acompanhamento 
Farmacoterapêutico, 2004. Disponível em: http://www.pharmanet.com.br/atencao/metododader.pdf. 
Acessado em: 26 de março de 2020. 
11 
 
4.1.3. Estado de Situação 
O Estado de Situação (ES) é um documento que visa relacionar os problemas de saúde 
do paciente e os medicamentos por ele tomados em uma data determinada (data de 
primeira entrevista). Este documento é definido como “foto” do paciente e deve ser ele 
utilizado em todas as apresentações de casos em sessões clínicas. 
Como mencionado, a data da primeira entrevista reflete na data do documento e o 
primeiro ES do paciente são os resultados do estudo de dados obtidos pela entrevista. 
Na parte superior do documento (denominado como “foto do paciente”) deve constar os 
dados de singularidade paciente como: nome, idade, sexo, Índice de Massa Corporal 
(IMC), alergias a medicamentos, aspectos esses que podem influenciar no momento de 
considerar seu ES. A parte do documento que é definido verdadeiramente o Estado de 
Situação (ES) do paciente se localiza na parte central, onde deverá ter registrado o 
problema de saúde e os medicamentos em uso para o controle dessa doença. 
Esse documento deve conter as seguintes informações (ANEXO 2): 
✓ Problemas de saúde (PS) 
Essa coluna do documento descreve os problemas de saúde do paciente, a data 
em que esse problema se manifestou pela primeira vez, o grau de controle da 
doença no qual deverá ser respondido com “S” caso esteja controlado e “N” caso 
contrário, deverá conter também o nível de preocupação que paciente tem com 
respectiva doença no qual deverá ser respondido “M” para muito, “R” para 
regular e “P” para pouco. Se necessário alguma medida quantitativa para 
avaliação do PS como medidas de pressão arterial, esses devem ser anotados no 
campo “Parâmetros” localizado na parte inferior do documento. 
 
✓ Medicamentos 
Deverá estar descrito todos os medicamentos (Princípio Ativo – P.A.) em uso e a 
frente de sua respectiva doença, exemplo: Hipertensão arterial – Atenolol; além 
de constar a posologia (se paciente toma um manhã e um noite deverá estar 
descrito: 1-0-1), a data que iniciou o tratamento e/ou ingestão de tal medicamento 
e o grau de conhecimento do paciente a respeito da adesão do tratamento e que 
deverá ser descrita em: “M” muito boa, “R” regular ou “P” pouco. 
 
12 
 
✓ Avaliação 
Coluna deverá ser utilizada para descrever a suspeita de algum problema 
relacionado com os medicamentos (PRM). Essa se inicia por três campos que 
deverão ser marcados com “S” para sim e “N” para não, são eles: 
I. N (Necessidade – “Precisa ser feita a avaliação do medicamento em 
questão?”). 
II. E (Efetividade – “Medicamento está sendo efetivo para respectiva 
doença?”). 
III. S (Segurança – “É seguro?”). 
 O próximo passo é registra na coluna ao lado o PRM suspeito. 
 
✓ Intervenção Farmacêutica 
Nesta coluna deverá constar as datas de I.F. seguindo um Plano de Atuação 
montado para cada PRM e assim melhor organizá-las. 
É importante e para melhor visualização do farmacêutico responsável na hora de 
registrar os PS verificar os que tem correlação e descrevê-los o mais próximos 
possível para que na hora de avaliar o caso fique mais fácil associá-los e entender 
a estratégia terapêutica adotada pelo médico. 
A partir deste momento em que o documento em questão estará preenchido e 
planejado, este passará a ser o mais importante, visto que é um documento 
dinâmico e que permite estudar a evolução do paciente, ou seja, vai evoluindo ao 
mesmo tempo em que evolui a saúde do mesmo. Vale ressaltar ainda que o 
aparecimento e desaparecimento de PS e medicamentos dará lugar a um novo 
Estado de Situação (ES) e que uma outra fase de estudo deverá ser realizada. 
 
4.1.4. Fase de Estudo 
Nesta fase o objetivo é adquirir mais informações a respeito de cada Estado de Situação 
(ES) descrito na fase anterior, ou seja, deve se realizar um estudo minucioso a respeito de 
cada PS e medicamento. 
Contudo o farmacêutico deve analisar as duas partes diferenciadas e de forma individual 
do ES: Problema de Saúde (PS que deve conter em seu estudo aspectos de interesse do 
13 
 
farmacêutico como: Sinais e sintomas a controlar ou parâmetros consensuais de controle; 
Mecanismos fisiológicos de início da doença, para assim entender como atuam os 
medicamentos e como interferem no curso da doença; Causas e consequências do 
problema de saúde no paciente, para entender como realizar prevenção e a educação 
sanitária do paciente) e Medicamentos (que deve conter em seu estudo: Indicações 
autorizadas; Ação e mecanismo de ação; Posologia; Margem terapêutica; 
Farmacocinética; Interações; Interferências analíticas (valores biológicos analisados em 
exames e que dirão se é uma consequência do mecanismo de ação do medicamento, ou 
consequência do processo patológico); Precauções; Contraindicação; Problemas de 
segurança) 
É aconselhável que nesta fase de estudo o profissional responsável análise caso por caso 
e não tudo de um (PS) para depois analisar/estudar tudo de outro (medicamentos). Por 
exemplo: Hipertensão arterial – Atenolol. Estuda-se o PS (HAS) e todos seus aspectos, 
posteriormente o medicamento em uso para seu tratamento (Atenolol) e todos os seus 
aspectos e logo após junta-se esses estudos e analisa o porquê o médico prescritor usou 
tal estratégia, analisa também mecanismo de ação, possíveis efeitos indesejáveis do 
tratamento (RAM) e após todo o estudo faz-se a correlação de todos os PS descrito no 
Estado de Situação (ES) do paciente o que influenciará na intervenção farmacêutica (IF). 
É aconselhável também que análise/estude primeiro os PS diagnosticados e 
posteriormente os atestados pelo paciente.4.1.5. Fase de Avaliação 
Nesta fase avalia-se os PRMs que o paciente talvez esteja apresentando e/ou 
experimentando, sendo assim, é conveniente e de muita importância que o farmacêutico 
responsável tenha uma visão conjunta de todo o ES do paciente para assim determinar 
prioridades e até mesmo estruturar um plano de ação para a realização de intervenções 
farmacoterapêuticas. 
Após a primeira avaliação (visão conjunta) do ES do paciente inicia-se a avaliação de 
cada linha (lacuna) do documento, no qual corresponderá a uma estratégia 
farmacoterapêutica. 
Para definir então uma estratégia a ser executada em cada PS deve-se então levar em 
conta os pilares da farmacoterapia: Necessidade (“O paciente necessita desse 
14 
 
medicamento?”), Efetividade (“O tratamento está sendo efetivo?”) e Segurança (“É 
seguro?”). 
Ao definir uma intervenção farmacêutica, as perguntas sobre necessidade e efetividade 
deverão ser respondidas em conjunto, ao obter a resposta dessas perguntas o aconselhável 
é analisar de forma sucinta a estratégia tomada pelo médico e até mesmo entrar em contato 
para que possam em conjunto analisar tal estratégia, sem questioná-lo a respeito, levando 
em conta que a não efetividade de um medicamento pode ser resultado de uma falha da 
estratégia terapêutica adotada. 
A segurança é um problema intrínsecos dos medicamentos e tal pergunta deve ser feita a 
cada um dos medicamentos utilizados pelo paciente de cada fileira do ES. Em caso de 
algum medicamento sem efetividade e inseguro um novo estudo de forma minuciosa a 
respeito do uso do medicamento no tratamento de PS deve ser feito e uma nova estratégia 
de intervenção planejada. 
Por fim há uma pergunta importante a ser feita: 
“Ainda existe algum problema de saúde que não está sendo tratado?” 
Se a reposta for sim, então um novo PRM suspeito deverá ser avaliado. 
 
4.1.6. Fase de Intervenção 
Objetivo dessa fase é elaborar junto com o paciente um Plano de Atuação e executar as 
estratégias estabelecidas a fim de resolver o PRM apresentado. 
Antes de iniciar as intervenções previamente estabelecidas, deve-se levar em conta os 
problemas de saúde que mais preocupam o paciente tais como as prioridades possíveis 
observadas pelo profissional executante. 
No entanto para dar início a execução da intervenção, o farmacêutico responsável deve 
determinar o objetivo que deseja alcançar, sempre em comum acordo com as 
preocupações do paciente e a visão objetiva do profissional de saúde. Porém, deve-se 
sempre tentar intervir primeiro naquele problema de saúde que mais preocupa o paciente. 
Se as prioridades de intervenção forem em contradição com aquilo que mais preocupa o 
paciente, o farmacêutico deve criar um diálogo demonstrando a ele o caminho mais 
15 
 
adequado e a estratégia mais lógica para que possam obter uma resposta rápida quanto a 
solução de tal PRM. 
A ordem de prioridade de intervenção quanto aos PS e/ou PRMs descritos depende da 
situação atual de cada um deles, por isso a comunicação com o paciente nesse momento 
é algo de extrema importância, pois o mesmo deve ter ciência do caminho e estratégia 
que está sendo tomado tais como a sua relevância. 
 Nem sempre o farmacêutico deve levar como prioridade acertar na primeira proposta 
estabelecida, o melhor é caminhar aos poucos, trabalhando e conhecendo o “terreno” 
explorado naquela intervenção, tais como as proporções tomada pelo plano de atuação. 
Entretanto algumas opções devem ser analisadas na hora de intervir cada uma das 
prioridades pré-estabelecidas, levando em consideração a sua situação atual: 
• Casos em que prevalece a efetividade sobre a segurança. 
• Casos em que prevalece a segurança frente à efetividade. 
• Efetividade em longo prazo. 
• Segurança em longo prazo. 
• Começar pelo mais fácil para ganhar confiança. 
• Começar pelo mais rápido e ganhar tempo. 
• Descartar circunstâncias graves, pouco prováveis. 
• Tentar soluções fáceis, pouco arriscadas. 
• Estratégias conservadoras assegurando o terreno conquistado. 
• Estratégias arriscadas devido ao caráter de urgência. 
• Começar por aquelas que não necessitam participação do médico. 
• Começar pelo encaminhamento a um especialista. 
Após análise e determinação de prioridade de PRM a ser solucionado, deve-se começar 
o preenchimento do formulário de Intervenção Farmacêutica. (ANEXO 3) 
A intervenção pode ocorrer de duas maneiras: 
16 
 
➢ Farmacêutico – paciente: no qual o PRM apresentado pelo paciente tem causa 
derivado de suas próprias ações (automedicação). Deverá ser feita de forma 
verbal ou escrita ao depender da percepção do farmacêutico quanto ao êxito do 
tratamento. 
➢ Farmacêutico – paciente – médico: no qual o PRM deriva de alguma estratégia 
mal sucedida ou ineficaz ou quando o paciente apresenta algum problema de 
saúde que necessita diagnóstico pelo seu médico responsável. Sendo assim essa 
deverá se apresentar através de um informe escrito, no qual deve-se abordar os 
aspectos: 
I. Apresentação do Paciente: nesse deverá conter todos os dados do 
paciente, problema de saúde e o tratamento farmacológico. 
II. Motivo de encaminhamento: nesse deverá ser descrito a causa pela qual o 
paciente está sendo encaminhado para uma consulta, onde se apresenta os 
dados/parâmetros quantitativos que mostrem/sugerem o problema de 
saúde pela qual o paciente se encaminha, sinais e sintomas apresentados 
pelo paciente. Portanto deve-se ter cuidado em não utilizar palavras que 
sugerem que o farmacêutico está fazendo o diagnóstico ou prognóstico do 
problema de saúde. 
III. Avaliação do farmacêutico: nesse deve conter o estudo do profissional 
responsável (farmacêutico) sobre medicamentos/tratamento a fim de 
apresentar ao médico uma correlação entre os medicamentos e o problema 
(s) de saúde. 
IV. Despedida: Farmacêutico deverá outorgar autoridade ao médico quanto à 
avaliação risco benefício da Intervenção e oferecer colaboração para o 
êxito da mesma. 
Contudo deverá ser impresso duas cópias do “Informe de Intervenção” e ser entregue ao 
paciente, no qual uma ficará com o mesmo e o outro deverá ser entregue ao seu médico 
responsável. 
 
 
 
 
17 
 
4.1.7. Resultado da Intervenção 
O objetivo dessa fase é o resultado obtido com a intervenção farmacêutica em prol da 
resolução do problema de saúde, com isso dará lugar a um novo Estado de Situação (ES) 
do paciente. 
Segundo o Manual de Acompanhamento Farmacoterapêutico (2004) os resultados das 
intervenções poderão ser: 
• Intervenção aceita, problema de saúde resolvido. 
• Intervenção aceita, problema de saúde não resolvido. 
• Intervenção não aceita, problema de saúde resolvido. 
• Intervenção não aceita, problema de saúde não resolvido. 
Sendo Intervenção aceita, aquela no qual o paciente e médico aceita a sugestão de 
intervenção proposto pelo farmacêutico, modificando e/ou suspendendo o uso de 
medicamento (s) para o tratamento de PS e esse será considerado como resolvido quando 
o motivo para a intervenção tiver desparecido por completo. 
Ao fim dessa avaliação o formulário de Intervenção Farmacêutica (ANEXO 3) deverá 
ser finalizado com informações sobre os resultados da intervenção. 
 
4.1.8. Novo Estado de Situação 
Objetivo dessa fase é a observação e registro de mudanças no comportamento do paciente 
após a intervenção, tais como os problemas de saúde e tratamento farmacológico no qual 
foi submetido a um plano de atuação. Sendo assim deve se considerar para essa fase: 
✓ Se o médico responsável optar por dar continuidade a estratégia somada ao 
tratamento do paciente e não houver nenhuma alteração aparente no seu Estado 
de Situação (ES) o farmacêutico deve continuar acompanhando o caso, sempre 
observando de perto para assim verificar se há a necessidade ou não de uma nova 
intervenção. 
✓ Se houver alguma mudança após a intervenção, então esse será o ponto de partida 
de uma nova fase de estudos, no qualo farmacêutico responsável deve revisar 
todo o estudo sobre medicamentos antes prescritos mais os novos, levando em 
18 
 
conta os aspectos observados no ES do paciente a fim de aprofundar os estudos 
diante as novas circunstâncias. 
 
4.1.9. Visitas Sucessivas 
O objetivo dessa fase é continuar o acompanhamento do paciente afim de: 
✓ Dar continuidade ao plano de atuação previamente estabelecido junto ao paciente 
afim de resolver os PRM pendente. 
✓ Prevenir aparecimento de novos problemas de saúde e/ou PRM. 
✓ Coletar mais informações a fim de manter sempre atualizado a ficha do paciente 
e documentar os novos Estados de Situação deste. 
 
5. PRATICANDO... 
 
 
Paciente CASC, 47 anos, ensino médio incompleto, moradora do bairro Jardim Imbé, 
estremo sul de São Paulo, mãe de dois filhos, Artesã. 
Paciente portador de HAS, em tratamento com o medicamento Anlodipino 5mg. 
Paciente se queixa de dor no ombro direito e diz que faz uso do medicamento 
Ibuprofeno 300mg duas vezes ao dia. Percebeu que a sua pressão arterial está variando 
aproximadamente a duas semanas mesmo fazendo o uso de Anlodipino 5mg. 
Diz estar sentindo dores na nuca e cefaleia constantemente e que está preocupada com 
o problema de saúde relatado pois sua pressão arterial sempre foi elevada (160/80 
mmHg). 
 
Observação: 
Paciente portadora de HAS fazendo o uso de um anti-inflamatório não esteroidal 
(Ibuprofeno 300mg), visto que medicamentos da classe AINE são inibidores de COX-
1 E COX- 2, com efeitos na inibição de prostaglandinas (agente mediador da cascata 
de inflamação) e vasoconstritoras isso pode levar ao aumento da pressão arterial em 
pacientes normotensos ou hipertensos, sob tratamento ou não. Estas atenuam o efeito 
vasoconstritor de algumas substâncias endógenas, tais como angiotensina II, 
noradrenalina e vasopressina. As prostaglandinas também aumentam a excreção de 
19 
 
cloreto de sódio e água. Sendo assim a inibição desses efeitos das prostaglandinas 
pelos AINEs pode antagonizar os efeitos redutores da pressão arterial dos anti-
hipertensivos. 
 
❖ Uma intervenção e/ou plano de atuação estaria voltada a possibilidade de fazer 
a troca do medicamento Ibuprofeno 300mg pelo medicamento Codeína. 
Contudo o médico responsável por paciente deve ser consultado para juntos 
(Farmacêutico – paciente – médico) intervirem no problema de saúde 
analisado. 
 
➢ Com isso os dados coletados devem ser transcritos para formulários a serem 
anexados no arquivo de Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) do 
paciente. (Vide ANEXOS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O método DADER é uma ferramenta usada em prática clínica e que auxilia centenas de 
farmacêuticos espalhados pelo mundo, sendo uma ferramenta desenvolvida para o uso 
desses profissionais, mas que pode ser utilizada também por todos aqueles atuantes 
clínicos. 
Uma ferramenta desenvolvida para o acompanhamento e atenção farmacêutica ao 
paciente e que tem melhorado a prática recorrente da profissão contribuindo para o 
relacionamento de cuidado entre farmacêutico – paciente e farmacêutico – paciente – 
médico, onde os dois profissionais somam esforços para trabalharem em prol da saúde e 
bem estar de seu paciente. 
O farmacêutico clínico tem conquistado seu espaço no mercado cada vez mais amplo, e 
hoje já é possível desfrutar de consultórios farmacêuticos dentro de drogarias a fim de 
acompanhar e levar uma boa saúde a toda sociedade. Sendo assim, o método analisado e 
discutido nesse trabalho se torna expressamente necessário e pode-se dizer “uma mão na 
roda” para esses profissionais, em especial aqueles que estão chegando para reforçar a 
prática da profissão. 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
M. Machuca F. Fernández-Llimós M. J. Faus. Programa Dader de Acompanhamento 
Farmacoterapêutico (AFT); Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica (CTS-131) 
- Universidade de Granada. 2004. Disponível em: 
http://www.pharmanet.com.br/atencao/metododader.pdf. Acessado em: 07 de abril de 
2020. 
SILVA, Emília Vitória. ANTI-HIPERTENSIVOS X ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO- 
ESTERÓIDES. Boletim do Centro Brasileiro de Informações sobre Medicamentos – 
CEBRIM; Conselho Federal de Farmácia – CFF. 2008. Disponível em: 
http://www.cff.org.br/userfiles/file/boletim/1998/ANTIHIPERTENSIVOS%20X%20A
NTIIN__.pdf. Acessado em: 10 de abril de 2020. 
 
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5 
 
 
 
 Cada HISTÓRIA FARMACOTERAPÊUTICA deve ser codificada 
evitando a exposição direta do paciente, sendo assim o mesmo terá 
em sua capa um código no campus “PACIENTE Nº” que segue o 
raciocínio: 
✓ Os quatro primeiros dígitos identificam o país, sendo o 55 
referente ao código internacional e o XX Código do Estado 
(segundo o IBGE). 
✓ Os outros 5 dígitos, YYYYY, se referem ao número de 
cadastro da farmácia no CRF (disponível no certificado de 
regularidade). 
✓ Os cinco dígitos restantes se referem ao número de registro 
do paciente na farmácia. 
 55XX/YYYYY/ZZZZZ 
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