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A PERCEPÇÃO E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE À ASSISTÊNCIA HUMANIZADA EM UTI: REVISÃO INTEGRATIVA

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1
Bacharel em Enfermagem pela
Unidade de Terapia Intensiva – Faculdade Redentor. E
1
Orientadora. Enfermeira, Doutora em Enfermagem (UFRJ), Especi
Emergência e Enfermagem do Trab
enfbeta@yahoo.com.br 
 
 
Contato: (32) 991599476_ E-mail: 
 
 
 
 
 
A PERCEPÇÃO E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE À ASSISTÊNCIA 
HUMANIZADA EM UTI: REVISÃO INTEGRATIVA
 
Resumo 
Humanizar é ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, 
com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais, e 
implementação se dá por meio de mudanças das relações entre os ator
cuidado usuários, gestores e trabalhadores.
trabalho,compreender porque a humanização da assistência de enfermagem encontra barreiras para 
ser implementada na UTI. Trata
publicados na íntegra, gratuitos e que respondessem aos objetivos propostos
LILACS, BDENF e SCIELO no 
anos de publicação. Resultado:
realizada uma leitura crítica e reflexiva dos títulos e dos resumos encontrados. Posteriormente, após 
a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, estabeleceu
acordo com as Bases de Dados, 
entre os anos de 2016 e 2015.
Bacharel em Enfermagem pela Fundação Osvaldo Aranha (UniFOA), Pós-graduanda
Faculdade Redentor. E-mail: karoline-leal@hotmail.com
, Doutora em Enfermagem (UFRJ), Especialista em Terapia Intensiva,
e Enfermagem do Trabalho. Professora em cursos de especialização no
mail: karoline-leal@hotmail.com 
 
PERCEPÇÃO E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE À ASSISTÊNCIA 
HUMANIZADA EM UTI: REVISÃO INTEGRATIVA
 
 
1 Karoline Carvalho Leal Pereira
2 Roberta Teixeira Prado
Humanizar é ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, 
com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais, e 
implementação se dá por meio de mudanças das relações entre os atores envolvidos no processo do 
cuidado usuários, gestores e trabalhadores. Diante do exposto, objetiva
trabalho,compreender porque a humanização da assistência de enfermagem encontra barreiras para 
. Trata-se de uma revisão integrativa em que foram selecionados
publicados na íntegra, gratuitos e que respondessem aos objetivos propostos
no período julho de 2018 a agosto de 2018, considerando os últimos 6 
Resultado: Foram capturados 40 artigos, em que num primeiro momento, foi 
realizada uma leitura crítica e reflexiva dos títulos e dos resumos encontrados. Posteriormente, após 
a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, estabeleceu-se uma amostra de 
acordo com as Bases de Dados, a maioria dos artigos encontram-se na Lilacs
entre os anos de 2016 e 2015. Conclusão: embora os enfermeiros tenham dimensão da importância 
 
graduanda em Enfermagem em 
@hotmail.com 
lista em Terapia Intensiva, Urgência e 
especialização no Iespe. MG. E-mail: 
PERCEPÇÃO E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE À ASSISTÊNCIA 
HUMANIZADA EM UTI: REVISÃO INTEGRATIVA 
Karoline Carvalho Leal Pereira 
Roberta Teixeira Prado 
 
Humanizar é ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, 
com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais, e sua 
es envolvidos no processo do 
Diante do exposto, objetiva-se com este 
trabalho,compreender porque a humanização da assistência de enfermagem encontra barreiras para 
em que foram selecionados artigos 
publicados na íntegra, gratuitos e que respondessem aos objetivos propostos, nas bases de dados 
de 2018, considerando os últimos 6 
que num primeiro momento, foi 
realizada uma leitura crítica e reflexiva dos títulos e dos resumos encontrados. Posteriormente, após 
se uma amostra de 11 artigos. De 
na Lilacs e foram publicados 
embora os enfermeiros tenham dimensão da importância 
 
 
da humanização da assistência prestada ao paciente, fica claro que a teoria nem sempre acompanha 
a prática uma vez que existem inúmeros fatores que dificultam a humanização, dentre eles, o 
reduzido número de profissionais, o número elevado de pacientes, a complexidade do cuidado 
prestado ao paciente crítico, o crescente avanço da tecnologia que por vezes mecaniza o 
atendimento, a falta de atualização dos profissionais dentre outros. 
Descritores: Assistência de Enfermagem, Humanização da Assistência, e Unidade de Terapia 
Intensiva. 
 
Abstract 
Humanize is to offer quality care by articulating the technological advances with the reception, 
improvement of the care environments and the working conditions of the professionals, and its 
implementation is through changes in the relationships between the actors involved in the care 
process users, managers and workers. In view of the above, the purpose of this study is to understand 
why the humanization of nursing care finds barriers to be implemented in the ICU. It is an integrative 
review in which the articles published in full, free of charge and that correspond to the objectives 
proposed, were selected in the LILACS, BDENF and SCIELO databases from July 2018 to August 
2018, considering the last 6 years of publication. Result: 40 articles were captured, in which at first, a 
critical and reflective reading of the titles and abstracts found was performed. Subsequently, after 
applying the inclusion and exclusion criteria, a sample of 11 articles was established. According to the 
Databases, most of the articles are in Lilacs and were published between the years 2016 and 2015. 
Conclusion: although nurses have a dimension of the importance of the humanization of care provided 
to the patient, it is clear that the theory neither always accompanies the practice since there are many 
factors that hinder humanization, among them, the small number of professionals, the high number of 
patients, the complexity of the care provided to the critical patient, the growing advance of the 
technology that sometimes mechanises the care , the lack of updating of professionals among others. 
Descriptors:, Nursing Care, Humanization of Care and Intensive Care Unit. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Embora o trabalho de enfermagem seja caracterizado pelo cuidado, a gestão esta 
pautada no paradigma centralizado, vertical e formal, com ênfase na fragmentação do 
trabalho e com tarefas detalhadas e inflexíveis voltadas a manuais de procedimentos e 
rotinas e normas, que na maioria das vezes desvalorizam as relações interpessoais. 
(MARTINS et al., 2015) 
 Salvar vidas não deve ser o único enfoque do modelo assistencial em que se baseia 
o cuidado de enfermagem. É importante valorizar a humanização, as relações entre usuário 
e profissional de saúde, o diálogo/comunicação, o conforto dos acompanhantes, além da 
segurança do paciente. (SANTOS et al., 2016) 
 
 
 Almeida e Fófano, em 2016, ressaltam em seu estudo, a importância de se 
desenvolver tecnologias criativas voltadas para as relações humanas e a saúde, uma vez 
que a unidade de terapia intensiva esta inserida num contexto que envolve equipamentos 
tecnológicos e sentimentos impresumíveis, como medo, dor, ansiedade, estresse, entre 
outros. 
 No campo da saúde, a humanização começou a ser abordada em torno da década 
de 1980, quando esse termo ganhou notoriedade devido à luta antimanicomial, na área da 
Saúde Mental e do movimento feminista pela humanização do parto e do nascimento, na 
área da Saúde da Mulher, produzindo repercussões significativas sobre a temática. 
(CHERNICHARO; SILVA; FERREIRA, 2014) 
 A necessidade de manutenção da dignidade do ser humano e o respeito por seus 
direitos em todas as fases da vida, configura em um dos principais objetivos do cuidado 
humanizado em UTIs, porém, este tema também envolve a forma de gerir os processos de 
trabalho em saúde para o alcance de melhorias, não só individuais mas também coletivas, 
pessoais e estruturais nas instituições de saúde. (RIBEIRO et al., 2016) 
 A procura dessa humanização, o Ministério da Saúde lançou em 2003, a Política 
Nacional de Saúde (PNH)caracterizada por seu método, princípios, diretrizes e dispositivos, 
surgiu com a idéia de que Humanizar é ofertar atendimento de qualidade articulando os 
avanços tecnológicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das 
condições de trabalho dos profissionais, e sua implementação se dá por meio de mudanças 
das relações entre os atores envolvidos no processo do cuidado usuários, gestores e 
trabalhadores. (MS Brasil, 2015) 
 Por acreditar na importância da assistência de enfermagem humanizada, as 
questões norteadoras desta pesquisa são: qual a compreensão do profissional de 
enfermagem a respeito da importância do cuidado humanizado em UTI? Quais as barreiras 
encontradas pelos profissionais de enfermagem para humanização do cuidado na unidade 
de terapia intensiva? Este estudo justifica-se por conter um tema atual, mundialmente 
discutido e por impactar diretamente no prognóstico do paciente. 
 O objetivo do estudo é compreender porque a humanização da assistência de 
enfermagem encontra barreiras para ser implementada na UTI, discutindo as concepções 
acerca da humanização em UTI, apresentando dados da literatura que possam auxiliar na 
implementação do cuidado humanizado e descrevendo as possíveis barreiras, encontradas 
em UTI’s, que dificultam a implementação de uma assistência humanizada. 
 
 
 
 
 
 
2. MÉTODO 
 
 O estudo foi desenvolvido por meio de uma revisão integrativa da literatura, a qual se 
constitui numa ampla abordagem metodológica referente às revisões, permitindo a inclusão 
de estudos experimentais e não experimentais para uma compreensão completa do 
fenômeno analisado. Permite também a combinação de dados da literatura teórica e 
empírica, além de incorporar um vasto leque de propósitos: definição de conceitos, revisão 
de teorias e evidências, e análise de problemas metodológicos de um tópico particular. 
(SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010) 
 A Revisão Integrativa de Literatura tem a finalidade de agrupar e resumir os 
resultados de pesquisas já concluídas sobre um determinado assunto, de maneira 
sistemática, para aprofundamento do conhecimento sobre o tema investigado, fornecendo 
uma síntese do conhecimento, facilitando a utilização dos resultados de pesquisas na 
assistência a saúde. (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008) 
 Para o desenvolvimento foram utilizadas as seguintes etapas: identificação do tema 
e seleção da hipótese ou questão de pesquisa; estabelecimento de critérios para inclusão e 
exclusão de estudos; definição das informações a serem extraídas dos estudos 
selecionados/categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão 
integrativa; interpretação dos resultados; apresentação da revisão/síntese do conhecimento. 
(MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008) 
 As questões norteadoras desta revisão foram: “Qual a compreensão do profissional 
de enfermagem a respeito da importância do cuidado humanizado em UTI? Será que o 
cuidado humanizado é colocado em prática em todos os momentos?” 
 A busca dos artigos foi feita através da biblioteca virtual de saúde regional (BVS) na 
base de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), na 
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e no Banco de Dados 
da Enfermagem (BDENF)no período de julho 2018 a agosto de 2018, considerando os 
últimos 6 anos de publicação, sendo selecionados para busca os seguintes descritores 
padronizados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Humanização da Assistência, 
Assistência de Enfermagem e Unidade de Terapia Intensiva. Com o cruzamento desses 
descritores através do operador booleano (AND), foram capturados 242 artigos científicos. 
Após filtragem nas bases de dados: LILACS, MEDLINE e BDENF, dos quais foram 
selecionados artigos publicados nas fontes e que atendessem aos seguintes critérios de 
inclusão: artigos publicados na íntegra, gratuitos que tivessem como assunto principal: 
humanização da assistência, unidade de terapia intensiva e cuidados de enfermagem; que 
possuíssem como idioma de publicação o português e o inglês e que estivessem dentro do 
 
 
recorte temporal2003 a 2018.Não foram utilizadas monografias, teses, dissertações e os 
artigos que não atendessem a qualquer um dos critérios de inclusão. 
 Para a análise e posterior síntese dos artigos que atenderam aos critérios de 
inclusão foi utilizado um quadro sintético, que contemplou os seguintes aspectos: base de 
dados, autores do artigo, título do artigo, ano de publicação, tipo de pesquisa, periódico e 
objetivo do estudo. 
 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 No processo de busca nas bases de dados, foram capturados 40 artigos, em que 
num primeiro momento, foi realizada uma leitura crítica e reflexiva dos títulos e dos resumos 
encontrados. Posteriormente, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 
estabeleceu-se uma amostra de 11 artigos. Num segundo momento, procedeu-se a uma 
análise criteriosa dos artigos selecionados e a construção do quadro a seguir, de modo a 
agrupar os resultados encontrados, para uma melhor elaboração da síntese dos conteúdos 
enfocados pelas pesquisas. Os artigos que se repetiram em duas bases de dados foram 
agregados na base de dados que continha o maior número de artigos. 
 De acordo com as Bases de Dados, dois (18,2%) dos artigos se encontram na 
BDENF e nove (81,8%) na Lilacs. 
 Dos 11 artigos publicados sobre o assunto em questão, percebeu-se nesta revisão 
integrativa que um (9,1%) dos artigos selecionados é do ano de 2017; quatro (36,4%) do 
ano de 2016; quatro (36,4%) do ano de 2015; dois (18,2%) artigos do ano de 2013. Ainda no 
que tange ao recorte temporal de publicação pode-se considerar que a maioria dos estudos 
foi realizada no intervalo entre 2015 e 2016, indicando a necessidade de estudos mais 
atualizados com relação ao tema e objetivo proposto. 
 Com relação ao tipo de estudo, foram encontrados uma (9,1%) Pesquisa Qualitativa; 
duas (18,2%) Revisões Integrativas; uma (9,1%) pesquisa Documental de característica 
Descritiva, Exploratória, e com abordagem Qualitativa; uma (9,1%) Pesquisa Transversal; 
duas (18,2%) Descritivas Qualitativas; uma (9,1%) Bibliométrica; uma (9,1%) Descritiva, 
Exploratória de abordagem Qualitativa e uma (9,1%) Descritiva. 
 
Tabela 1 
 Sumarização dos artigos que constituem a amostra da revisão integrativa 
 
 
 
 
Base 
de 
Dados 
Autores 
do Artigo 
Título do Artigo Ano de 
Publicação 
Tipo de 
Estudo 
Periódico Objetivo do Estudo 
BDENF Donoso et 
al. 
Dificuldades 
encontradas 
pela 
enfermagem 
para 
implementar a 
humanização na 
Unidade de 
Terapia 
Intensiva. 
2017 Qualitativo Revista de 
Enfermagem 
do Centro –
Oeste 
Mineiro 
Conhecer a percepção 
dos profissionais de 
enfermagem de unidade 
de terapia intensiva 
sobre as peculiaridades 
do avanço tecnológico. 
Lilacs Medeiros 
et al. 
Comprehensiven
ess and 
humanization of 
nursing care 
management in 
the Intensive 
Care Unit. 
2016 Pesquisa 
documental 
de 
característic
a descritiva, 
exploratória 
e com 
abordagem 
qualitativa. 
Rev. Esc. 
Enferm USP 
Identificar os elementos 
capazes de promover a 
integralidade e 
humanização na gestão 
do cuidado de 
enfermagem na 
Unidade de Terapia 
Intensiva, com enfoque 
ecossistêmico. 
BDENF Ribeiro et 
al. 
Dificuldades 
encontradas 
pela 
enfermagem 
para 
implementar a 
humanização na 
Unidade de 
Terapia 
Intensiva. 
2016 Revisão 
Integrativa 
Rev. Enferm 
UFPI 
Analisar artigos 
referentes a 
humanização na 
Unidade de Terapia 
Intensiva 
proporcionadas pela 
equipe de enfermagem. 
Lilacs Rodrigues 
e Calegari 
Humanização da 
Assistência na 
Unidade Terapia 
Intensiva 
Pediátrica: 
Perspectiva da 
Equipe de 
enfermagem. 
2016 Pesquisa 
Transversal 
REME – 
Rev. Min 
Enferm 
Analisar a visão da 
equipe de enfermagem 
sobre a humanizaçãoda 
assistência às crianças 
e famílias na Unidade 
de Terapia Intensiva 
Pediátrica. 
Lilacs Reis et al. Humanização do 
cuidado nas 
unidades de 
terapia intensiva: 
revisão 
2016 Revisão 
Integrativa 
Fundam. 
Care online 
Identifica o que a 
literatura cientifica 
nacional tem abordado 
acerca da humanização 
do cuidado nas Unidade 
de Terapia Intensiva em 
 
 
integrativa. bases de dados online. 
Lilacs Araujo e 
Araujo 
Compreensão 
fenomenológica 
de enfermeiros 
intensivistas à 
luz do 
pensamento 
humanístico de 
Paterson e 
Zderad. 
2015 Descritivo 
Qualitativo 
Rev. Enferm 
UERJ 
Compreender a 
percepção de 
enfermeiros acerca do 
processo de cuidar de 
pacientes internados em 
Unidade de Terapia 
Intensiva. 
Lilacs Martins et 
al. 
Humanização no 
processo de 
trabalho na 
percepção de 
enfermeiros de 
Unidade de 
Terapia 
Intensiva. 
2015 Qualitativo 
Descritivo 
Cogitare 
Enferm 
Identificar os fatores que 
propiciam e dificultam a 
humanização entre os 
trabalhadores de 
enfermagem na 
percepção de 
enfermeiros de uma 
unidade de terapia 
intensiva. 
Lilacs Roseiro e 
Paula 
Concepções de 
humanização de 
profissionais em 
Unidade de 
Terapia 
Intensiva 
Neonatal. 
2015 Qualitativa 
Quantitativa 
Estudos de 
psicologia 
Investigar a concepção 
de humanização da 
equipe de profissionais 
de três Unidades de 
Terapia Intensiva 
Neonatal da Região 
Metropolitana da grande 
Vitória, Espirito Santo. 
Lilacs Silveira e 
Contim 
Educação em 
saúde e prática 
humanizada da 
enfermagem em 
unidade Terapia 
Intensiva: 
Estudo 
bibliométrico. 
2015 Pesquisa 
bibliométrica 
J. res.: 
fundam. 
Care. Online 
Abordar a participação 
do enfermeiro enquanto 
principal cuidador e 
educador em saúde 
inserido na UTI. 
Lilacs Oliveira et 
al. 
Humanização na 
teoria e na 
prática: a 
construção do 
agir de uma 
equipe de 
enfermeiros. 
2013 Descritiva, 
exploratória 
de 
abordagem 
Qualitativa. 
Rev. Eletr. 
Enf. 
[internet] 
Descrever como o saber 
e o fazer (conceito e 
prática) humanização da 
assistência vem sendo 
constituídos pelos 
enfermeiros desta UTI 
que integram uma 
equipe em processo 
contínuo de formação e 
estudo científico. 
Lilacs Mello et Humanização: 2013 Descritivo Arq. Cienc. Descrever a utilização 
 
 
al. Nós abraçamos 
esta idéia. 
Saúde 
UNIPAR 
de uma metodologia 
ativa sobre 
humanização do 
cuidado em uma 
atividade de educação 
permanente em duas 
Unidades de Terapia 
Intensiva adulto de um 
hospital universitário 
público. 
 
 
 Com esta pesquisa observou-se que os profissionais reconhecem a importância da 
humanização e praticam uma assistência de enfermagem permeada por atitudes 
humanísticas, porém reconhecem a deficiência de conhecimento teórico sobre a temática e 
ressaltam fatores que dificultam a humanização da assistência, dentre eles: o reduzido 
quadro de funcionários, o tempo, a alta demanda de pacientes e falta de informação teórico-
prática. (RODRIGUES e CALEGARI, 2016) 
 Por meio desta revisão integrativa pode-se perceber que a enfermagem mantém a 
essência da profissão que é o cuidar apesar das características inerentes ao complexo 
ambiente hospitalar, estabelecem relações interpessoais e consideram a presença de 
sentimentos humanos nas ações de cuidar tão importantes quanto as atividades técnicas. 
(ARAUJO e ARAUJO, 2015) 
 Em termos de assistência humanizada ao paciente, são evidentes os esforços dos 
enfermeiros para aplicar os conceitos teóricos em suas práticas, embora haja momentos em 
que se evidencia uma contradição entre o real e o ideal, pois os profissionais ainda não 
conseguiram tornar reais suas concepções teóricas, isto é, ainda não houve uma 
transformação integral do atendimento oferecido. Esse fato indica necessidade de mudar o 
foco da atenção de administradores e gestores do serviço, voltando seus esforços para a 
busca de estratégias que incentivem a mudança de atitude pessoal dos profissionais. 
(OLIVEIRA et al., 2013) 
 Os profissionais compreendem o cuidado humanizado a partir do resgate da 
perspectiva afetiva, em oposição ao modelo médico-tecnicista de atenção à saúde e 
expressaram a importância da permanência família nas unidades e sua participação no 
cuidado. (ROSEIRO e PAULA, 2015) 
 Em contrapartida, Ribeiro e colaboradores (2016) salientam que, embora os 
profissionais da equipe de saúde tenham consciência da importância de estimular e 
promover a humanização, por vezes acabam executando os cuidados de forma mecânica e 
sistemática, devido ao acúmulo de tarefas. Ressaltam ainda que não basta pensar em 
 
 
humanização com enfoque apenas ao paciente, é preciso pensar também nos familiares por 
traz desses pacientes, e na própria equipe que presta o cuidado. 
 É papel do enfermeiro adotar uma postura e conduta voltada para a humanização do 
atendimento, porém, a tarefa de humanizar a UTI demanda esforço e atitude em relação a 
um sistema tecnológico dominante em detrimento do cuidar como uma característica 
humana, uma vez que as atividades intensas dos enfermeiros restringem o tempo 
necessário para realização de um contato humano e mais íntimo com o paciente, 
culminando em constante necessidade de reciclagem da equipe de profissionais de 
enfermagem com ações voltadas para a educação em saúde. (SILVEIRA e CONTIM, 2015) 
 Embora o avanço da avanço da tecnologia seja uma realidade emergente no 
ambiente da UTI, e haja a necessidade por parte dos profissionais se adaptarem a ela, é 
imprescindível que se leve em consideração que o cuidado deve ser conduzido por 
cuidadores afim de harmonizar a humanização do cuidado á evolução da tecnologia e da 
ciência. (DONOSO et al., 2017) 
 Para a humanização do cuidado em UTIs, o uso da tecnologia deve estar aliando-a à 
empatia, com a compreensão do cuidado fundamentado no relacionamento interpessoal 
terapêutico, visando à promoção do cuidado seguro, responsável e ético a indivíduos 
críticos. O que deve ser garantido a partir da educação permanente aos profissionais e a 
valorização de sua participação nos modelos de gestão favorecendo melhorias nos cuidados 
em saúde. (REIS, 2016) 
 É importante que o enfermeiro aproprie-se de conhecimento afim de compreender o 
processo saúde-doença-cuidado em sua totalidade, para que se tenha condições de pautar 
as ações de enfermagem na produção de um cuidado efetivo, seguro e de qualidade, 
mesmo diante das adversidades encontradas no ambiente da UTI, produzindo ações 
gerenciais criativas e inovadoras, capazes de integrar na prática processos mais flexíveis, 
dinâmicos e cooperativos, pautados no diálogo e na construção coletiva, bem como em 
resultados mais favoráveis à produção do cuidado, incluindo o usuário e a família nesse 
processo. (MEDEIROS et al.,2016) 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Concluindo a presente revisão integrativa, percebeu-se que embora os enfermeiros 
tenham dimensão da importância da humanização da assistência prestada ao paciente, fica 
claro que a teoria nem sempre acompanha a prática uma vez que existem inúmeros fatores 
que dificultam a humanização, dentre eles, o reduzido número de profissionais, o número 
elevado de pacientes, a complexidade do cuidado prestado ao paciente crítico, o crescente 
avanço da tecnologia que por vezes mecaniza o atendimento, a falta de atualização dos 
 
 
profissionais dentre outros. Não basta pensar em humanização com enfoque apenas ao 
paciente, é preciso pensar também nos familiares por traz desses pacientes, e na própria 
equipe que presta o cuidado. Com este estudo, entende-se ser necessária a realização de 
constante capacitação dos profissionais de saúde. 
 Espera-se que o estudo contribua para um melhor entendimento das questões 
ligadas à humanização, possibilitando, principalmente aos profissionais de enfermagem, um 
aprofundamento da temática,que lhes forneça subsídios à prática do cuidado em uma 
perspectiva humanizada, visando contribuir para a melhoria da qualidade da assistência 
considerando as características que se processam na unidade de terapia intensiva. 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
1. ARAÚJO, Loraine Machado de; ARAÚJO, Lorena Machado de. Compreensão 
fenomenológica de enfermeiros intensivistas à luz do pensamento humanístico de 
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publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/3318> Acesso em: 
08.ago.2018. 
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Assistência à Saúde. Programa 
Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde, 
2001. 60 p. (Série C. Projetos, Programas e Relatórios, n. 20). Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnhah01.pdf> Acesso em: 12.dez.2017. 
3. CHERNICHARO, Isis de Moraes; SILVA, Fernanda Duarte da; FERREIRA, Márcia 
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Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v18n1/1414-8145-ean-18-01-0156.pdf> 
Acesso em: 12.dez.2017. 
4. DONOSO, Miguir Terezinha Vieccelli; SOUZA, Marlene Aparecida Ferreira de; 
MATTOS, Selme Silqueira de; CAMPOS, Daniela Mascarenhas de Paula; 
SILQUEIRA, Salete Maria de Fátima; SHARRY, Sandra. A enfermagem nas 
unidades de terapia intensiva: o aparato tecnológico versus a humanização da 
assistência. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro.v.7, e1883. 2017. 
Disponível em:<https://doi.org/10.19175/recom.v7i0.1883> Acesso em: 08.ago.2018. 
5. Fernandes FCL. Superdicionário da língua portuguesa. 53ª ed. São Paulo, 
SP: Globo; 2000. 
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/3318
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/3318
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnhah01.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ean/v18n1/1414-8145-ean-18-01-0156.pdf
 
 
6. MARTINS, Júlia Trevisan ; GALDINO, Maria José Quina; GARANHANI, Mara Lúcia; 
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7. MEDEIROS, Adriane Calvetti de; SIQUEIRA, Hedi Crecencia Heckler de; 
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2016. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000600015> 
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8. MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; 
GALVÃO, Cristina Maria.Revisão integrativa: método de pesquisa para a 
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