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ANA LORELY FREITAS NECO 01302828 FICHAMENTO DE CONTEÚDO DO ARTIGO: LEGALIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO ENFERMEIRO NO BRASIL: HISTÓRIA, TENDÊNCIAS E DESAFIOS FORTALEZA, CE 2020 Assunto: Legalização da prescrição de medicamentos pelo enfermeiro no Brasil: história, tendências e desafios. Fonte: Martiniano CS, Andrade PS, Magalhães FC, Souza FF, Clementino FS, Uchôa SAC: “Legalização da prescrição de medicamentos pelo enfermeiro no Brasil: história, tendências e desafios.” Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2015 Jul-Set; 24(3): 809-17. Pode ser encontrada em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 07072015000300809&lng=en&tlng=en Na introdução do artigo Legalização da prescrição de medicamentos pelo enfermeiro no Brasil: história, tendências e desafios, as autoras abordaram generosas informações sobre a presente e real situação do profissional de enfermagem no Brasil, em relação a prescrição de medicamentos, os conflitos causados entre os demais profissionais da saúde e outras atribuições destinadas ao profissional. Com base nas autoras, a categoria médica debate sobre algumas práticas do enfermeiro, mesmo estas sendo regulamentadas à profissão pela Lei n. /1986 e pelo Decreto n. 94.406/1987. Como consequência dessa situação, novas legislações vêm sendo dispostas no setor de saúde, pondo em evidência as devidas responsabilidades que correspondem as funções do enfermeiro. O capítulo intitulado “Os caminhos legais percorridos pela categoria de enfermagem para a prescrição de medicamentos” se desenrola em uma linha do tempo que se inicia em 1932 com o Decreto Federal n. 20.931 “que regula e fiscaliza, de forma simultânea, o exercício da medicina, da odontologia, da medicina veterinária e das profissões de farmacêutico, parteira e enfermeira” e que aborda de maneira inédita sobre a prescrição de medicamentos pela enfermagem no Brasil. Ainda referente ao capítulo citado acima, segundo as autoras, as competências atribuídas aos enfermeiros sempre foram debatidas e questionadas durantes os anos. Na década de 50 as enfermeiras começaram a questionar as técnicas executadas e a debater sobre a necessidade de maior conhecimento específico sobre os procedimentos que realizavam, a fim de conquistar a identidade e independência da profissão. Anos depois, apesar de a prescrição pelo enfermeiro ser garantida em 1986, pela Lei n. 7.498, só entrou em vigor na década de 90, quando as legislações normatizadoras do processo de enfermagem foram instituídas e regulamentarem a consulta de enfermagem e prescrição da assistência de enfermagem. Outra vertente abordada no artigo é a ausência de interesse da categoria e de seus órgãos representantes, em assumirem tamanha responsabilidade, não reconhecendo como incumbência dos seus deveres como profissional de enfermagem e, portanto, mantendo a prescrição restrita apenas as equipes de saúde de atenção básica, onde a atribuição recebe bastante reconhecimento e capacitação. Os profissionais privilegiados pela prescrição de medicamentos e solicitação de exames, como anteriormente mencionado, são os enfermeiros da atenção básica, por meio da ESF, que possuem, além destas, muitas outras funções. Nessa perspectiva são muitas as evoluções das ações de cuidado desses profissionais, que vem ganhado ascensão social e política, além de autonomia na profissão e assim se destacando entre os outros profissionais da mesma área, ganhando o devido reconhecimento e desmistificando o desprestígio associado ao ofício por tantos anos. De acordo com o conteúdo presente no artigo, a maior vantagem dessas atribuições aos serviços de enfermagem é econômica. Pois em nosso país não há grandes motivações para o ato. Porém, no sistema da Estratégia Saúde da Família existe uma insuficiência na quantidade necessária de médicos, resultante do corte de gastos. Sendo assim, uma boa alternativa encontrada, foi ampliar as ações de enfermagem, para suprir a necessidade do serviço. Por fim as autoras ainda relatam sobre a tendência da classe médica ao monopólio profissional, onde a os profissionais e seus representantes legislativos impugnavam o pleno exercício das demais áreas e profissionais da saúde, no intuito de centralizar as funções e, portanto, indo contra o novo modelo de saúde. E atentam sobre alguns desafios da classe de enfermagem como: “a conquista de novas relações do enfermeiro com outros profissionais da equipe, usuários e a gestão dos serviços de saúde.”; e “eliminar a polarização que a prescrição de medicamentos assume no cotidiano dos enfermeiros visto que alguns se recusam a prescrever ao passo que outros assumem tal atribuição.
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