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Tatyane Ferreira Odontologia Parasitologia – PROTOZOÁRIOS (toxoplasmose, giardíase, doença de chagas, Malária, amebíase) ➢ TOXOPLASMOSE: • Toxoplasma gondii, é uma Zoonose • Crianças recém-nascidas (encefalite, icterícia, urticaria e hepatomegalia): hidrocefalia e microcefalia. Gravidade: gestantes e imunocomprometidos • Altas de mortalidade e morbidade • O gato pode eliminar as formas morfológicas de resistência nas fezes MORFOLOGIA: ✓ Morfologia múltipla, depende do habitat e estagio evolutivo ✓ Encontrado em tecidos (exceção das hemácias) líquidos orgânicos ✓ Apresentam organelas citoplasmáticas: complexo apical (conoide, anel polar, roptrias) = adesão, reconhecimento e penetração – motilidade e liberação de proteínas e lipídeos (exceção das hemácias) ✓ Formas infectantes: taquizoitos, bradizoitos e esporozoitos • Taquizoitos: Fase aguda ou proliferativa Multiplicação rápida (endodiogenia) Pouca resistência ao suco gástrico, mas penetram rápido Cistos: taquizoitos envolvidos por membrana cística • Bradizoitos: Fase crônica, vários tecidos são encontrados, raro na aguda Chamado também de cistozoito (dentro de cistos) Multiplicação lenta (endodiogenia) Muito resistentes a tripsina e pepsina • Oocistos: Forma de resistência com parede dupla ao ambiente Produzidos no intestino de felídeos não imunes e eliminado com as fezes de forma imatura, apresentam esporozoítos TRANSMISSÃO: ✓ Ingestão ou inalação de oocistos por alimentos ou água, caixas de areia, moscas; ✓ Ingestão de cistos com bradizoitos em carne crua ou malcozida, como porco; ✓ Congênita ou transplacentária. Tatyane Ferreira Odontologia CICLO: • Ciclo heteróxeno • Gato e outros felídeos: hospedeiros definitivos • Homem e Aves: hospedeiros intermediários ✓ Fase assexuada: linfonodos e tecidos de vários hospedeiros Hospedeiro (homem) ingere: • As formas de taquizoitos são destruídos no estomago (não apresentam parede cística) ou penetram mucosas Qualquer uma das formas sofrem intensa multiplicação e podem infectar qualquer célula, menos hemácias, como taquizoitos. Essa disseminação: ocorre por taquizoitos livres na linfa ou no sangue que podem provocar um quadro polissintomatico, onde a gravidade depende da quantidade e suscetibilidade. Isso é a fase aguda. Com o surgimento da imunidade, os parasitos somem ou evoluem para a fase crônica, formando cistos. Ocorrendo endodiogenia ou endopoligenia. Pacientes com baixa imunidade: rompimento do cisto (fase aguda). • Taquizoitos no sangue (aguda) e bradizoitos nos tecidos (crônica). ✓ Fase sexuada: células intestinais dos gatos não imunes ✓ Fase coccidiana: ciclo no gato • Mesma forma de infecção, só que no gato. • Ocorre somente nas células epiteliais principalmente no intestino delgado. Ao penetrarem, passam por um processo de multiplicação (endodiogenia e merogonia), originando merozoitos que formam os merontes em conjunto. Rompimento do vacúolo parasitoforo da célula, libera os merozoitos que penetra novas células e se transformam em gametofitos com o processo de maturação: gametas masculinos moveis (microgametas) e os gametas femininos imóveis (macrogametas). Os microgametas fecundam o macrogameta formando um ovo, evolui formando um oocisto imaturo, depois de formar uma parede dupla, eliminara com as fezes, maturado pelo esporogonia. • Gato só tem sintomas, se o taquizoitos entrar na mucosa, e logo após a corrente sanguínea (raro). Oocistos (esporozoitos): agua ou alimento Cistos (bradizoitos): carne crua Taquizoitos: leite Tatyane Ferreira Odontologia PATOGENIA: • Aborto / Aumento dos gânglios e febre / Retina / Pele / Cefaleia, Febre, Convulsões / Miocárdio, Pulmonar / Aborto, Anomalias DIAGNOSTICO: • Pesquisa do protozoário em liquido amniótico e sangue (fase aguda), biopsia de tecidos (fase crônica), exames imunológicos da gestante (anticorpos IgM no soro do recém-nascido), ELISA, RIFI EPIDEMOLOGIA: • Distribuição mundial TRATAMENTO: • Não há medicamento para fase crônica • Pirimetamina + sulfadoxina + ácido fólico. Na ocular, anti-inflamatórios ou antiparasitários Tatyane Ferreira Odontologia ➢ GIARDIASE: • Giardia lamblia; • Parasito do intestino delgado de mamíferos, aves, anfíbios. MORFOLOGIA: Trofozoito: Binucleado e forma corpos medianos 4 flagelos do blefaroplasto (anterior, ventral, posterior, caudal) Cisto: Oval - 4 núcleos TRANSMISSÃO: • Ingestão de cistos por água, alimentos • Através de pessoas ou animais domésticos CICLO: • Monóxeno • Desencistamento: ácido do estomago Duodeno, jejuno (colonização) • Trofozoitos se multiplicam por fissão binaria longitudinal (nucleotomia, plasmotomia) • Encistamento do parasito e eliminação SINTOMATOLOGIA: • Diarreia: fezes diarreicas (trofozito e cistos) e fezes normais (cisto), perda de peso, má absorção de gordura, vitaminas A, E, D, K • Assintomático PATOGENIA: • Trofozoitos da giárdia aderidos ao epitélio podem romper e distorcer as microvilosidades; • Parasita produz e libera substancias citopáticas; • Atapeamento da mucosa impedindo a absorção de nutrientes; • Processos inflamatórios; • Alterações morfológicas na mucosa e intestino. IMUNIDADE: • Se encontra anticorpos anti IgG, IgM, IgA no soro de indivíduos infectados com Giardia Tatyane Ferreira Odontologia DIAGNOSTICO: • Clinico: diarreia, perda de apetite, insônia. • Laboratorial: parasitológico (exame de fezes) e o imunológico (ELISA). EPIDEMOLOGIA: • Más condições higiênicas e crianças. PROFILAXIA: • Higiene pessoal, destino correto das fezes, tratamento da água. TRATAMENTO: • Metronidazol e Tinidazol. Tatyane Ferreira Odontologia ➢ DOENÇA DE CHAGAS: • Trypanosoma cruzi • Encontrado mais na fase crônica, que não existe medicação • Forma infectante: tripomastigota-sangue • Triatominae - inseto MORFOLOGIA: • Amastigota: Oval, se multiplica nas células do hospedeiro vertebrado por divisão binária é sempre intracelular • Epimastigota: Se multiplica no hospedeiro invertebrado (vetor) • Tripomastigota: Sem capacidade de multiplicação: ✓ Sanguínea: presente no sangue do hospedeiro infectado, circulam na corrente sanguínea: finas (movimento rápido, tropismo por macrófagos) e largas (movimento lento, tropismo com células musculares), em relação a metaciclica, o flagelo é maior ✓ Metacíclica: nas fezes do barbeiro infectado, forma evolutiva infectante TRANSMISSÃO: • Vetor, transfusão sanguínea, transmissão oral, transplantes CICLO: • Heteróxeno • O vetor infectado ao fazer seu repasto sanguíneo, defeca e lança na pele a forma tripomastigota metacíclica, elas penetram e invadem as células se transformando em amastigotas e se multiplica assexuadamente, elas se transformam em tripomastigotas e destroem e célula saindo para o sangue. Ela agora pode penetrar outra célula ou ser ingerida por um novo inseto em nova picada, sendo o último caso, ela transforma-se em epimastigota no intestino do inseto, sofre multiplicação, e forma tripomastigota metaciclica no reto do inseto, passa para as fezes e pode reiniciar o ciclo. PATOGENIA: • Resposta inflamatória; • Fase aguda (assintomática ou sintomática: sinal de Romana/tecido conjuntivo, Chagoma de inoculação/pele, febre, insuficiência cardíaca), Fase crônica assintomática, fase crônica sintomática (forma ninhos de amastigota nas fibras musculares cardíacas: afetando o sistema cardiovascular e digestivo) Tatyane FerreiraOdontologia DIAGNOSTICO: • Clinico ou laboratorial (aguda – gota espessa, esfregaço sanguíneo corado pelo Giemsa, ELISA, RIFI para dectectar IgM; crônica – xerrodiagnostico, RIFI, ELISA, RHA) EPIDEMOLOGIA: • Ciclo silvestre e domestico TRATAMENTO: • Benzonidazol (fase aguda) PROFILAXIA: • Higiene ambiental, combate ao barbeiro, controle na doação de sangue Tatyane Ferreira Odontologia MALÁRIA: • Plasmodium falciparum( mais comum na africa)/ P. vivax (mais comum no brasil)/ P. malariae e P. ovale • mosquito Anopheles • Febre de 48-48 horas: febre terça • 42-42: febre quartan A febre decorre das hemácias destruídas CICLO • HOMEM: Esporozoítos (forma infectante) está na saliva do inseto e será lançado na corrente sanguínea e irão migrar para o fígado onde irão invadir os hepatócitos em que eles se reproduzem assexuadamente dando origem a merozoitos e após intensa multiplicações os merozoitos rompem os hepatócitos caindo no circulação sanguinea e invadem as hemácias iniciando o seu período intraeritrocitico. No interior das hemácias os merozoítos irão se transformar em trofozoito jovem ou anel e depois o anel se diferencia em trofozoito maduro e se nutrem da hemoglobina que contem ferro(componente toxico para o parasita, logo o plasmodium cristaliza o ferro formando um composto chamado hemozoina que será aprisionado num vacúolo- pigmento malárico) o trofozoito ira e diferenciar em esquizonte que irá originar novos merozoitos. Os merozoitos formados rompem a membrana da hemácia caindo na corrente sanguínea onde iram infectar novas hemácias reiniciando a fase intraeritrocítica. • Inseto Anopheles: Nas hemácias alguns trofozoitos não se transformou em esquizonte, mas se transformou em gametócitos (reprodução sexuada do parasito. No intestino do mosquito os gametócitos rompem suas hemácias e inicia a fase sexuada do ciclo os gametocitos se transformam em macro(fêmea) e microgametócitos (macho). Após a fecundação surge o zigoto que surge o oocineto. O oocineto perfura o intestino do mosquito formando um oocisto (local de desenvolvimento) ocorrendo várias divisões celulares formando esporozoitos no interior do oocisto. Após o rompimento do oocisto migram pelo sangue até chegar nas glândulas salivares. TRANSMISSÃO: • Transfusão sanguínea; • Inoculação por seringa; • Congênita; • Apenas a fêmea pica humanos. Tatyane Ferreira Odontologia TRATAMENTO: • Doxociclina+quinina; • Cloroquina. PREVENÇÃO • Dormir com mosquiteiro; • Repelentes e pomadas; • Casa limpa e telas nas cortinas além de não acumular água em pneus e etc. DIAGNOSTICO • Método de gota espessa; • Coleta de sangue. Tatyane Ferreira Odontologia ➢ AMEBIASE: • Entamoeba histolytica (patogênica) e Entamoeba díspar (comensais) • Segunda maior causa de mortes com parasitos • 4 nucleos, cariossoma central MORFOLOGIA: Trofozoitos:1 núcleo Pleomórfico, pseudópodes Forma magna: Forma invasiva, única capaz de invadir tecidos. Hematófago, hemácias engolfadas em seu interior. Sintomática. Não apresentam capacidade de formar cistos. Forma minuta: Forma não-invasiva. Bactérias no interior. Assintomáticas. Formam cistos, alta disseminação. Pré-cisto: Oval Cisto: Esféricos ou ovais Jovens (1 a 3 núcleos) e maduros (4 núcleos) TRANSMISSÃO: • Ingestão de alimentos e águas contaminadas com cistos maduros; • Manipulação de alimentos por portadores assintomáticos. CICLO: • Monoxeno Após a ingestão de cistos maduros que passam pelo estômago, ao chegar no intestino delgado (final) ou o começo do grosso promovem desencistamento liberando o metacisto que sofrera sucessivas divisões dando origem a 4 e após 8 trofozoítos metacísticos que migram para o intestino grosso e colonizam podendo seguir 2 ciclos: ✓ Não patogênico: onde se aderem a mucosa como comensal e se alimentam de dentritos e bactérias, e posteriormente se transformam em pré-cisto e depois em cistos tetranucleados para serem eliminados nas fezes Tatyane Ferreira Odontologia ✓ Patogenico: ocorre um desequilíbrio parasito-hospedeiro permitindo que o trofozoíto invada a submucosa intestinal através da liberação de citocinas e enzimas proteolíticas, se multiplicam ativamente no interior das ulceras podendo atingir outros órgãos pela circulação porta, causa fezes diarreicas mucossanguinolentas DIAGNOSTICO: • Laboratorial: Fezes liquidas (método direto) e fezes formadas (técnica de Ritchie), método ELISA SINTOMATOLOGIA: • Assintomáticas: exame de fezes para procurar cistos • Sintomáticas: colite desentérica (evacuações mucossanguinolentas, cólicas, febres), colite não-desentérica (evacuações diarreicas ou não, pouca febre), amebíase extra-intestinal (hepatite amebiana aguda, abcesso hepático) TRATAMENTO: • Derivados de quinoleína, Falmonox e Kithos • Tinidazol, cloroquina Tatyane Ferreira Odontologia ➢ LEISHMANIOSE: • Leishmania tegumentar e L. visceral • Divisão binária: duplicação do cinetoplasto, divisão nuclear e divisão do corpo do parasito • Parasitas intracelulares obrigatórios e unicelulares • Formas evolutivas: promastigota, paramastigota (livre ou aderida) e amastigota • Principal células hospedeira é o macrófago, como exemplo pela saliva, sistema complemento do hospedeiro vertebrado MORFOLOGIA: • Amastigota: Oval, forma bolsa flagelar, existe o K-DNA, sem flagelos livres, parasita o hospedeiro vertebrado • Promastigota: forma a roseta, parasita hospedeiros invertebrados • Promastigota metacíclica: forma infectante para os hospedeiros invertebrados, forma livre (motilidade) • Paramastigota: encontradas aderidas no trato digestivo, encontradas no vetor • Leishmaniose visceral: hospedeiro vertebrado silvestre é a raposa. Vetor: Lutzomyia longipalpis • Leishmaniose tegumentar: marsupiais (gambá), endetados (tatu) e roedores. Vetor: Lutzomyia umbratillis • Cachorro é um reservatório domestico da doença TRANSMISSÃO: • Picada do mosquito flebotomíneos: mosquito palha ou birigui (feminino) • Compartilhamento de seringas • Transfusão sanguínea CICLO: • Heteroxeno • A infecção de hospedeiros ocorre pela picada da fêmea mosquito palha que inocula formas promastigotas metaciclicas durante o repasto sanguíneo (que são resistentes a lisa pelo complemento). Após a internalização do parasito, o promastigota metaciclico é encontrado dentro do vacúolo parasitoforo, e ela se transforma em amastigota, capacidade de se multiplica em meio acido. Na ausência de controle parasitário pela célula hospedeira, ela se rompe e libera amastigotas que serão internalizadas pelos macrófagos. Diferença da LTA (ocorre nos macrófagos da pele e mucosa) e LV (ocorre em órgãos linfoides e viscerais). Tatyane Ferreira Odontologia • No vetor, a L. do subgênero Vianna se multiplica na região do estomago e intestino. A L. do subgênero Leishamania se multiplica apenas no estomago. Posteriormente, há uma migração do parasito para as porções anteriores do aparelho digestivo do vetor PATOGENIA: • LTA: Reação inflamatória, necrose, desintegração da epiderme, lesão uclero-crostosa Cutanea: lesões ulcerativas indolores Cutanea-mucosa: eritema e discreto infiltrado inflamatório no septo nasal (coriza), processo lento Cutanea-difusa: lesões não ulcerativas, do tipo bolha em toda pele • LV: Grave, letal e crônica. Alcança vias linfáticas, chegando ao órgãos linfoides. DIAGNOSTICO: • LTA: Clínico (anamnese) e laboratorial (Teste de Montinegro: imunológico, coleta de lesão, RIFI) Teste de montinegro: L.T. Cutanea:positivo, L.T. Cutanea-mucosa: positivo, L.T. Cutaneo-difusa: falso negativo) • LV: Punção de medula óssea e baço, biopsia hepática, hipergamaglobulinemia, RIFI, ELISA SINTOMATOLOGIA: • LTA: alterações na pele e mucosas • LV: febre, alterações nos órgãos linfoides e viscerais, leucopenia, anemia EPIDEMOLOGIA: • LV: Nordeste • LTA: Norte PROFILAXIA: • LTA: casas longes do mato, uso de repelentes • LV: tratamento de doentes, eliminação do vetor e de cães com soro positivo TRATAMENTO: LV: Glucantimea Tatyane Ferreira Odontologia
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