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Ética e Profissionalismo em Biomedicina

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - ÉTICA E PROFISSIONALISMO EM BIOMEDICINA
ATIVIDADE - Elabore uma resenha crítica sobre uma das situações emergentes e persistentes sobre Bioética.
Todo conhecimento gera grandes discussões com relação à definição dos limites teóricos inerentes a este, com a bioética não é diferente já que as normas e comportamentos válidos nela requerem um confronto das variadas tendências e exigências com base nos conceitos de solidariedade, vulnerabilidade e precaução para guiar visões, ações, intervenções para além do contexto interno da bioética clínica, abarcando o contexto externo da sociedade como um todo, mas delimitada prioritariamente para o âmbito das ciência da vida e da saúde como elementos para a bioética global.
Segundo Hans Jonas (1903-1993), notável filósofo alemão: “Age de tal modo, que os efeitos de tua ação sejam compatíveis com a permanência de uma vida autenticamente humana na terra [...] e de modo que os efeitos de tua ação não sejam destruidores da possibilidade futura de tal vida”. Com base nesta frase podemos traçar a linha de conduta dentro da bioética, sobretudo nos dias atuais, nos quais a vulnerabilidade humana e do planeta está cada dia mais evidente , a precaução é fundamental dirigindo o agir para evitar ou diminuir danos frente ao humano e ao meio ambiente. 
Deste modo, sem a solidariedade, que significa prática compartilhada que refletem um compromisso coletivo assumindo custos, não podemos avançar na aplicação e no avanço dos conhecimentos científicos, da prática médica e das tecnologias que lhes estão associadas. No âmbito da bioética, a solidariedade tem uma relevância significativa em âmbitos em que as pessoas dependem uma das outras, tais como saúde pública, no âmbito da assistência à saúde, os cuidados de longa duração e as questões ligadas a assistência social.
Com base neste raciocínio, devemos dar uma alta consideração à vulnerabilidade humana. 'Embora a proteção dos direitos individuais seja importante na prática clínica e na pesquisa com os seres humanos, políticas públicas de saúde e de pesquisa, em contraste, enfocam os interesses da comunidade como um todo e na proteção de grupos de pessoas que estão em risco por causas de doenças infecciosas, precárias condições de saúde, por exemplo, idosos, grupos vulneráveis e minorias étnicas e epidemias (HIV/AIDS, Ebola, etc.).'
Quanto maior a vulnerabilidade maior deve ser a proteção. O resgate da dignidade e cuidado integral das pessoas vulneráveis, crianças, pessoas portadoras de transtornos mentais, idosos, doentes em fase terminal, em estado vegetativo persistente, entre tantas outras situações, em que estamos frente à consciência e liberdade diminuídas, deve ser garantido através da proteção.
Pensando na globalização, hoje a vulnerabilidade é causada ou exacerbada pela falta de meios e da capacidade do indivíduo a proteger a si próprio, frente à condições sociais, educação e acesso à informação, discriminação de gênero, situações de privação de liberdade, marginalização em vários âmbitos da sociedade, exploração de recursos em países em desenvolvimento, situações de guerras, e impacto de desastres naturais - terremotos, tufões e tsunamis.
A igualdade é a consequência desejada da equidade . A equidade é a referência que permite resolver parte razoável das distorções na distribuição da saúde, ao aumentar as possibilidades de vida de importantes parcelas da população. A distribuição democrática dos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico ainda está muito longe de ser alcançada. Esta é a dura e crua realidade. E a vida, em muitas instâncias, passa a ser um negócio: rentável para alguns e inalcançável para uma gama de excluídos sociais que não têm condições de acesso às novas descobertas e seus decorrentes benefícios. Hoje, a distância entre os excluídos e os incluídos na sociedade de consumo mundial tanto quantitativa quanto qualitativamente é paradoxalmente maior que há vinte anos atrás. Neste abrangente mundo da pesquisa científica é necessário a sabedoria ética, bem como o controle social na políticas públicas. 
Quando existem incertezas científicas consideráveis sobre causas, probabilidade e natureza de possível dano, ou seja, quando determinadas atividades humanas podem ser cientificamente plausíveis e interessantes, mas provocam danos moralmente inaceitáveis, deve-se agir para evitar ou diminuir tal dano. Aplicar a precaução e agir procurando evitar ou diminuir danos moralmente inaceitáveis, deve ser o foco evitando afetar negativamente a vida dos seres humanos e do meio ambiente.

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