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Parasitologia Humana - Introdução

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Parasitologia Humana 
Introdução 
 
Contextualizando 
Estuda o parasitismo, que se constitui como toda 
relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de 
espécies diferentes, observando, que além da 
existência de uma associação intima (entre tecidos 
dos parasitos com tecidos do hospedeiro) e 
duradoura (dias, meses, anos), há uma 
dependência metabólica de grau variado (varia 
com a espécie, tem espécies altamente 
dependentes e tem outras que dependem apenas 
em alguns momentos do hospedeiro para se 
alimentar, obter abrigo e se multiplicar); 
A parasitologia estuda os protozoários, helmintos, 
artrópodes (há helmintos e protozoários de vida 
livre, ou seja, uma pequena é parasita); 
Hospedeiros: são os organismos que abrigam os 
parasitos. Exemplo: homem, cachorro, gato, porco. 
Protozoários 
 
Pertencem ao Reino Prozoa, são eucariontes, 
unicelulares e com células altamente complexas; 
possuem carioteca, sistema de endomembranas, o 
que permite a divisão de tarefas; e, são 
microscópicos. 
 
 
Helmintos 
 
Pertencem ao Reino Animalia – animais invertebrados 
- são eucariontes e pluricelulares; e, geralmente 
macroscópicos, podem ser vistos a olho nu. Mas, há 
pequenas larvas apenas podem ser vistas por 
microscópio. 
 
Artrópodes 
 
Pertencem ao Reino Alimalia, filo artrophoda; 
representado por animais invertebrados, em que 
alguns se comportam como ectoparasitos humanos 
(parasitos externos/da superfície do corpo humano, 
como piolhos e pulgas) e alguns são transmissores 
de parasitos (vetores, como músculos). 
 
Habitat: 
Quanto ao habitat podem ser:
- Endoparasitos: se desenvolvem dentro do 
hospedeiro. Exemplo: tênia. 
- Ectoparasitos: se desenvolvem externamente do 
seu hospedeiro. Exemplo: piolho, pulga, ácaro e 
carrapato; 
Tipos 
Parasito obrigatório: aquele que é incapaz de viver 
fora do hospedeiro, dependendo dele para se 
multiplicar. Muitos deles passam de um hospedeiro 
para o outro sem passar pelo ambiente externo. 
Possuem alta dependência. Exemplo: vírus; 
Parasito facultativo: pode ou não parasitar um 
hospedeiro. Possuem vida livre, mas se houver 
oportunidade de parasitar, ele irá. Exemplo: a 
ameba de vida livre, acanthamoeba, vive em lagos 
de água doce, quando o indivíduo toma banho de 
lago, elas podem penetrar pela mucosa nasal, 
chegar até o cérebro e causar uma encefalite; 
Parasito periódico: aquele que frequenta o 
hospedeiro intervaladamente. Exemplo: carrapato; 
Parasito acidental: aquele que parasita outro 
hospedeiro que não é o seu normal. Exemplo: os 
parasitos de cachorro. Quando pisamos nas fezes 
do cachorro, esses parasitos podem penetrar em 
nossa pele, as famosas larva migras ou bicho 
geográfico, e, por não estarem adaptadas as 
nossas condições fisiológicas ela não acha o 
caminho da corrente sanguínea, então fica 
andando na pele até morrer, pois o seu ciclo 
biológico só irá completar se estiver no seu 
hospedeiro correto; 
Parasito errático: aquele que vive fora do seu 
habitar normal. Exemplo: áscaris, ou lombriga, seu 
habitat usual é o intestino delgado, mas, pode 
migrar para outro órgão. 
Hospedeiro 
Os hospedeiros se constituem como os 
organismos que abrigam os parasitos, podem ser: 
- Hospedeiro definitivo: abriga o parasito na fase 
adulta (helmintos) ou sexuada (protozoários); 
- Hospedeiro intermediário: abriga o parasito na 
fase larvária (helmintos) ou assexuada 
(protozoários) 
Exemplo: 
 
- Hospedeiro natural/reservatório: aquele que 
funciona como fonte de infecção para outros 
animais. Exemplo: 
 
Vetor 
O vetor é um organismo que serve de veículo 
para transmissão de algum parasito; 
- Vetor biológico: quando o parasito se multiplica 
dentro dele;
- Vetor mecânico: quando o parasito não se 
multiplica dentro dele, serve apenas de 
transporte/carregador, em que podemos nos 
infectar através do alimento contaminado. 
Exemplo: mosca, formiga e barata. 
Condições necessárias 
Condições ecológicas/ambientais que favoreçam a 
vida do parasito no hospedeiro; 
Condições comportamentais que favoreçam o 
encontro entre o parasito e o hospedeiro; 
Penetração e adaptação as condições fisiológicas 
do organismo do hospedeiro; 
Resistência a reação do hospedeiro – achar o seu 
local e resistir a reação do sistema de defesa do 
organismo do hospedeiro. 
Parasitismo X doença 
Não é doença, mas pode surgir da interação do 
parasito com o meio, ou seja, sua presença não 
significa doença clínica (sinais e sintomas), irá 
depender de: 
- Número de formas infectantes (carga parasitaria); 
- Virulência da cepa (pode haver variedades 
populacionais, onde uns podem ser mais 
agressivos que os outros); 
- Órgãos atingidos; 
- Grau de resposta imune, idade e estado 
nutricional (organismos com deficiências calórico-
proteica tem impacto direto no grau de resposta 
imune. As crianças possuem sistema imune 
imaturo e os idosos menos eficiente). 
Especificidade 
Especificidade parasitaria é a quantidade de 
hospedeiros que o parasito depende para concluir 
seu ciclo, ou seja, chegar a fase adulta: 
- Monoxeno: apenas um hospedeiro. Exemplo: 
áscaris (homem); 
- Heteroxeno: dois ou mais. Exemplo: tênia 
(porco/boi e homem). 
Foco natural 
Foco natural de uma parasitose se constitui como 
a área segura para existência e transmissão de um 
parasito. Dependendo de: 
- Ambiente propício para sobrevivência d e um 
parasito e hospedeiro, chamado de biótopo; 
- Uma biocenose específica, ou seja, condição 
necessária para que o parasito continue circulando 
naquele ambiente; 
- As doenças causadas pelos parasitos são tidas 
como um problema médico/social, as quais 
atingem a classe socialmente mais vulnerável, pela 
falta de água tratada, coleta de esgoto/lixo e 
moradia precária; 
- As parasitoses tem influência sob a mortalidade, 
onde crianças de 0 a 4 anos são mais atingidas e 
a prevalência é encontrada no Norte e no 
Nordeste do país, com uma % acima da média 
nacional. 
 
 
 
 
 
Cecília Araújo

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