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Prévia do material em texto

Ética e Legislação 
Profissional
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Samuel Dereste Dos Santos
Prof. Dr. Silvio Pinto Ferreira Junior
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Fundamentos de Direitos Humanos
• Conceito de Direitos Humanos;
• Direitos fundamentais das Pessoas;
• Qualidade de Vida.
• Abordar os fundamentos sobre conceitos dos Direitos Humanos;
• Abordar os fundamentos de direitos fundamentais das pessoas;
• Subsidiar o aluno nos conhecimentos fundamentais sobre humanos e direitos fundamen-
tais das pessoas no contexto da sociedade atual.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Fundamentos de Direitos Humanos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Fundamentos de Direitos Humanos
Conceito de Direitos Humanos
Introdução
A Cidadania, por definição, consiste em que as pessoas tenham acesso aos 
direitos individuais, sociais, políticos e econômicos que assegurem a dignidade do 
ser humano. Existe uma ligação muito forte entre cidadania e direitos humanos. 
Nos dias atuais, é de suma importância a construção da cidadania e a prática dos 
direitos humanos em caráter de urgência.
Seu exercício implica em atitudes que envolvam o indivíduo e o grupo no qual 
está inserido, sua comunidade e outros segmentos da sociedade. O principal desafio 
é estimular as pessoas no desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária, com 
consciência crítica, com o objetivo de mudar o meio onde se vive (DHNET, 2019).
Figura 1 – Protesto de 2016 contra as reformas e ajustes do governo. Sinalização clara da importância 
da consciência do cidadão quanto aos seus direitos e deveres na sociedade em que atua
Fonte: EACH USP
O desenvolvimento de uma consciência crítica consiste em fomentar, nos in-
divíduos, a importância de saber analisar as situações que precisam ser enfren-
tadas. A partir dessa atitude, é possível encontrar a melhor direção em busca da 
transformação política, social, econômica e cultural. Isso significa se abrir para as 
mudanças que ocorrem em velocidade cada vez mais acelerada e que devem ser 
assimiladas, frente ao natural tempo de adaptação (DIAS, 2004).
Os Direitos Humanos Básicos
O documento universal que apresenta o direito das pessoas é a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas 
(ONU), em 1948. Neste documento, um aspecto fundamental, que norteia os de-
mais direitos, é o direito à vida. Todos os esforços precisam ser direcionados para o 
aumento da expectativa de vida, independente do país em questão, evitando condi-
ções desumanas e de pouca salubridade ou expectativa de vida.
8
9
Figura 2 – Eleanor Roosevelt exibe cartaz contendo a Declaração Universal
dos Direitos Humanos (1949). O estabelecimento destas diretrizes ordenou
o desenvolvimento de legislações sobre os direitos humanos no mundo todo
Fonte: Wikimedia Commons
O direito à vida, partindo como base para todos os outros, amplia a perspec-
tiva de proteção e garantia de uma condição digna como: educação, a moradia, 
o direito ao trabalho, à informação, à segurança, ao lazer e à cultura. Alguns 
deles se referem à individualidade das pessoas e são os chamados direitos indivi-
duais, mencionados no Art. 5o da Constituição da República Federativa do Brasil 
(DHNET, 2019).
Esse conjunto de direitos aborda grande parte das obrigações da relação entre so-
ciedade e o estado, e ambos possuem, em solidariedade, a responsabilidade de ofe-
recer as condições necessárias para que cada pessoa possa usufruir de seus direitos.
Cabe ao Estado priorizar os investimentos nas áreas da educação, saúde, mora-
dia, empregabilidade, proteção ambiental, bem-estar social, segurança, entre ou-
tras iniciativas, para que os recursos oriundos da arrecadação de impostos possa 
ser utilizado de forma igualitária para o beneficiamento de toda a sociedade e das 
pessoas que nela convivem (DHNET, 2019).
Direitos fundamentais das Pessoas
A Igualdade
A igualdade é o princípio que está na base da Constituição Brasileira de 1988. 
Ela versa que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, ga-
rantindo aos brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito 
à vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade.
9
UNIDADE Fundamentos de Direitos Humanos
Figura 3 – A igualdade deve garantir livre acesso de oportunidades e direitos a todas as pessoas
Fonte: Getty Images
Por definição, o direito à igualdade significa que todos os indivíduos são iguais 
perante a lei, e que a justiça deve ser igual para todos. Para que todos sejam trata-
dos em condições de igualdade, não deve haver distinção de sexo, raça ou classe 
social. No exercício de funções profissionais, por exemplo, mulheres e negros não 
podem ser discriminados, recebendo salários menores ou sofrendo restrições na 
admissão (DHNET, 2019).
Figura 4 – A igualdade entre homens e mulheres é um tabu que 
precisa ser quebrado e discutido, para uma sociedade mais justa
Fonte: Getty Images
As práticas racistas, por sua vez, não são toleradas nos regimes democráticos. 
A Lei Federal nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, versa sobre todas as prerrogativas 
de proteção contra crimes raciais. Segundo o texto legal, podem ser punidos em 
função de discriminações racistas resultantes de:
• Crimes resultantes dos preconceitos de raça ou de cor;
• Impedimento do acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo 
da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de servi-
ços públicos;
• Obstrução ou negação de acesso a emprego em empresa privada;
• Recusa ou impedimento do acesso a estabelecimento comercial, hotel, pensão, 
negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador;
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11
• Recusa, negação ou impedimento da inscrição ou ingresso de aluno em esta-
belecimento de ensino público ou privado de qualquer grau. 
Direito à Família
A Constituição Federal de 1988 aperfeiçoou as relações familiares e redimen-
sionou os conceitos de família. Com os seus avanços significativos, pode-se notar:
• A possibilidade do divórcio foi definitivamente consagrada mediante a ruptura 
do vínculo de casamento, o que permite que os divorciados formem legalmente 
uma nova família;• A igualdade entre homens e mulheres no exercício de direitos e deveres. Desta 
forma, a mãe também pode representar seus filhos em atos civis;
• A liberdade de planejamento familiar. O art. 226, em seu parágrafo 7o, prevê 
que o casal possui liberdade para decidir o número de filhos que deseja ter, es-
tando, ambos, obrigados apenas a respeitar os princípios da dignidade humana 
e da paternidade responsável;
• A mulher tem garantia de estabilidade no trabalho durante os períodos do pré-
-natal, natal e da licença-maternidade, nos quais ela não poderá sofrer qualquer 
prejuízo de emprego e salário;
• O reconhecimento da união estável entre homem e mulher como entidade 
familiar. Companheiros e conviventes têm direitos previstos em lei, resultantes 
do convívio, e não ligados apenas à questão documental.
A Mulher e o Direito
Na sociedade, as mulheres ainda sofrem com discriminações e violações contra 
seus direitos humanos elementares, mesmo atuando e participando intensamente 
das atividades políticas, econômicas e sociais do país. É no âmbito do trabalho que 
se constata uma das mais conhecidas formas de discriminação de gênero, embora 
a população feminina no Brasil seja maioria (51,5%). 
Figura 5 – A luta das mulheres, durante décadas, evidenciou a diferença entre homens e mulheres 
nas mais variadas circunstâncias e consolidou sua luta na diminuição das diferenças
Fonte: psbes.org.br
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UNIDADE Fundamentos de Direitos Humanos
Mesmo assim a mulher trabalha mais (fora de casa e dentro de casa) e recebe 
salários em média 40% menores que os homens com a mesma qualificação, nível 
de instrução e atuação em setores de atividades que dividem com os homens.
Além de ter que conciliar as responsabilidades domésticas com a carreira, ainda 
sofre com injustiças como a demissão por motivo de gravidez, exigência de atestado 
de esterilização e não gravidez no ato admissional. Enfrentam também o assédio 
sexual e limitações na ascensão profissional.
Informações levantadas no portal Movimento Mulher 360 apontam o aumento 
da disparidade salarial entre gêneros nos últimos dois anos. As informações estão no 
relatório “País estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras – 2018”, realizado 
com base nos dados de renda do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desigualdade de Renda entre Mulheres e Homens aumenta após 23 anos. 
Disponível em: https://bit.ly/2OTxlQ6Ex
pl
or
Na amostragem, que foi feita com pessoas acima de 20 anos, foi constatado que, 
em 2016, as mulheres ganharam 72% do que ganharam os homens. Já em 2017, 
esse número caiu ainda mais, para 70%, sendo o primeiro recuo em 23 anos.
Em 2017, o salário médio das mulheres era de R$ 1.798,72, enquanto que o 
dos homens era de R$ 2.578,15. Comparativamente a 2016, houve, para ambos 
os gêneros, um aumento médio geral de renda. No entanto, o deles foi de 5,2%, 
enquanto que o delas foi de 2,2%.
Analisando o nicho dos mais ricos do Brasil, o gap salarial é ainda maior. Em 
2017, as mulheres mais ricas receberam, em média, 60% do que os homens mais 
ricos. Eles tiveram quase 19% de aumento em seus rendimentos entre 2016 e 2017, 
enquanto a renda delas cresceu apenas 3,4%.
No grupo dos 50% mais pobres, os homens perderam 2% nos seus rendimen-
tos, enquanto as mulheres desse grupo tiveram uma perda de 3,7%. O relatório 
demonstrou, ainda, que no que se refere à desigualdade salarial entre raças, os 
negros são os mais afetados, em especial as mulheres negras.
Quando se fala de mulheres negras, de baixa renda e menos instruídas, a situ-
ação se agrava ainda mais, tendo, na maioria das vezes, que se sujeitar ao subem-
prego (sem carteira profissional registrada).
Direitos da Criança e do Adolescente
O art. 227 da Constituição de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente 
asseguram às crianças e adolescentes brasileiros os direitos e deveres que se refe-
rem à pessoa humana, especialmente com relação às oportunidades, facilidades e 
12
13
ações para que possam se desenvolver tanto sob o aspecto físico, quanto mental, 
moral, espiritual e social.
Figura 6 – As crianças, muitas vezes, têm seus direitos fundamentais colocados em risco.
É dever da sociedade zelar pela proteção das crianças que serão o futuro da nação
Fonte: Getty Images
São direitos das Crianças e Adolescentes estabelecidos pela lei:
• No âmbito da criança: prioridades no atendimento em serviços públicos de saú-
de, e todos os cuidados necessários para sua concepção (atenção a gestante);
• No âmbito dos direitos: acesso à Certidão de Nascimento;
• No âmbito da família: ter direito a uma família e comunidade, e de maneira ex-
cepcional, uma família substituta, onde possa expressar suas crenças e costumes;
• No âmbito da sociedade: espaço cívico onde possa expressar suas opiniões e 
participar da vida política da sociedade;
• No âmbito da qualidade de vida: ter acesso a espaços públicos de lazer e convivência
• No âmbito da educação: ter acesso à boa educação escolar, profissionalização e 
orientação para inserção profissional. Participar de programas de jovem aprendiz.
Aos adultos cabe o dever de proteger, encaminhar, orientar e apoiar as crianças 
e adolescentes para que se transformem em adultos participantes, sujeitos políticos, 
trabalhadores e consumidores (DHNET, 2019). 
Direito do Consumidor
Os direitos do consumidor são garantidos pela Lei 8078 que instituiu o Código 
de Defesa do Consumidor. O documento resume as regras que protegem o cidadão 
no ato da compra de produtos e serviços. Foi um avanço bastante significativo, no 
âmbito da legislação brasileira, no combate aos problemas relacionados às relações 
de oferta e de consumo.
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UNIDADE Fundamentos de Direitos Humanos
Figura 7 – O consumo hoje envolve todas as pessoas em algum aspecto, 
e também possui seus preceitos que precisam ser respeitados
Fonte: Getty Images
Um dos aspectos abordados nesta legislação é o direito de esclarecimento sobre 
características e especificações dos produtos e serviços que se venha a consumir, 
especialmente quando implicarem em riscos à saúde. O consumidor não pode ser 
vítima de qualquer tipo de propaganda enganosa ou de cláusula abusiva com a qual 
seja obrigado a concordar para realização da prestação do serviço. Tais cláusulas 
podem também, posteriormente, serem revistas e não apresentam, necessariamen-
te, valor jurídico. 
Também é direito do consumidor a descrição completa de todas as taxas bancá-
rias e implicações nas formas de pagamento parcelado, para que o mesmo tenha 
ciência de todas as implicações que envolvem a realização de determinado serviço. 
Também é direito do consumidor a exigência de reparos ou troca de produtos que 
apresentem defeito.
Quanto aos prazos, quando os defeitos são facilmente identificáveis, em pro-
dutos não-duráveis (alimentos, por exemplo), o prazo é de 30 dias. Para produtos 
duráveis (eletrodomésticos, móveis) é de 90 dias, contados a partir do momento em 
que o produto for entregue ou o serviço encerrado. É importante que o consumidor 
guarde alguma prova da reclamação, exigindo documento de entrega do produto 
para conserto.
O consumidor tem o direito de recorrer às instâncias legais toda vez que se sentir 
violado com relação à prestação de algum serviço ou produto adquirido, e que este-
jam infligindo os direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor, podendo, 
inclusive recorrer a órgãos administrativos como o Procon, aos juizados de peque-
nas causas (valores até 40 salários mínimos) ou ao Fórum Cível (DHNET, 2019). 
14
15
Direito à Moradia
A moradia é uma necessidade elementar de qualquer cidadão. De maneira ge-
ral, o cidadão pode ser inquilino, onde ele paga aluguel a um proprietário, e está 
resguardado pela Lei do Inquilinato. Porém, ele também pode ser proprietário, na 
condição de quem já pagou pelo valor do imóvel, ou que está financiando o mesmo 
através de um sistema de financiamento bancário.
A moradia digna ainda não está presente em todas as regiões doBrasil, e em muitos casos as 
pessoas sofrem com submoradias, disponível em: http://bit.ly/2KtOXwbEx
pl
or
Quando se fala de Lei do Inquilinato, é previsto em lei que, no caso de inadim-
plência, o morador só pode ser retirado do imóvel por ordem judicial de despejo. 
Também a mesma lei prevê que, no caso do proprietário querer vender o imóvel, o 
inquilino possui prioridade na compra.
Para as pessoas que possuem baixa renda e que não possuem condições de 
comprar um imóvel, o poder público precisa implementar programas de Habitação 
Social ou Habitação Popular no sentido de atender as demandas dessa população, 
de forma que seja possível que a mesmas arquem, mesmo que com pequenos valo-
res, com o valor destas habitações (DHNET, 2019).
Direito à Educação
O artigo 205 da Constituição garante que a educação é um direito de todos e um 
dever do estado e da família. O Estatuto da Criança e do Adolescente garante que 
todas as crianças têm direito à educação em escolas públicas e gratuitas próximas 
de suas residências. Infligir este direito significa atacar a um direito constitucional 
estabelecido para todos os cidadãos.
Com relação aos principais direitos que envolvem educação, vale salientar que as 
crianças, de 0 a 6 anos de idade, devem ter atendimento em creche e pré-escola e 
os adolescentes tem direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de suas 
capacidades, o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Para as crianças e adolescentes portadores de deficiência, é obrigatório garantir 
o acesso a atendimento especializado em creches, pré-escola, e nos níveis mais ele-
vados do ensino e pesquisa, garantindo igualdade na oferta dos direitos garantidos 
pela constituição.
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UNIDADE Fundamentos de Direitos Humanos
Ao estudante trabalhador, deve ser garantido o ensino noturno e condições para 
estudar adequadamente, tendo à disposição material didático, transporte, alimentação 
e assistência à saúde, preferencialmente na rede regular de ensino (DHNET, 2019).
Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiências
A sociedade atual se esforça no sentido de que a constituição seja cada vez mais 
justa e abrangente com relação a todas as pessoas da sociedade. Porém, uma par-
cela que sofre com inclusão, sob diversos aspectos, são as Pessoas Portadoras de 
Deficiências. Dados da Organização das Nações Unidas estima que uma em cada 
dez pessoas apresenta algum tipo de deficiência, possuindo limitações funcionais 
permanentes, parciais, temporárias, totais, congênitas ou adquiridas. 
Cabe ao estado prever aos indivíduos portadores de deficiências auditiva, física, 
mental e visual terapias e tratamentos que permitam que estas pessoas possam convi-
ver em sociedade e exercer sua cidadania visando à sua plena integração na sociedade.
O cidadão portador de deficiências tem direito de levar uma vida normal, com 
acesso à educação, saúde, informação, trabalho e lazer, como todas as outras pes-
soas. Infelizmente nem sempre isso ocorre devido à falta de oportunidades iguais 
no trabalho e à inadequação dos bens e serviços coletivos, o que torna esses direi-
tos, apesar de garantidos pela Constituição, quase sempre passíveis de desrespeito 
(DHNET, 2019).
Direitos dos Idosos
Nos dias atuais, devido às novas tecnologias da área da saúde, cada vez mais a 
expectativa de vida aumenta, e assim, aumenta junto o número de pessoas idosas. 
Estas pessoas não podem vir a sofrer qualquer forma de negligência, discrimina-
ção, violação, crueldade ou agressão. Toda pessoa acima de 60 anos tem direito à 
assistência social pública sempre que dela necessitar, e todos os serviços precisam 
ser ajustados de modo que possam exercer sua cidadania de forma plena.
Alguns benefícios concedidos aos idosos, pela constituição, é o Voto facultativo, 
o acesso gratuito aos transportes coletivos e a isenção de imposto de renda na 
aposentadoria ou pensão paga pela Previdência da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. Com o envelhecimento da população, cada vez mais os 
produtos e serviços precisarão ser ajustados, visando ao atendimento das demandas 
específicas deste público, que naturalmente possui limitações (DHNET, 2019).
Direito à Saúde
A Constituição previu a criação do SUS – Sistema Único de Saúde, com o objeti-
vo de integrar todas as ações dos serviços municipais, estaduais e federais que com-
petem à saúde. O SUS é um sistema público, de atendimento gratuito, que deve 
permitir que ele seja atendido, independentemente do tipo de moléstia que sofra.
16
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Uma parcela da população, através de suas empresas ou de forma autônoma, re-
corre a serviços particulares de saúde, aderindo a um plano, convênio ou seguro de 
saúde privado. Ao aderir, convém que o interessado analise com atenção o contrato 
de prestação de serviços de saúde, observando itens como carência, abrangência de 
cobertura, doenças excluídas, preço por faixa etária e tempo de internação em UTI. 
A Lei Orgânica da Saúde (Lei Federal 8.080/90) assegura a gratuidade de todos 
os serviços assistenciais prestados na rede pública, inclusive para medicamentos. É 
expressamente proibida, sob qualquer justificativa, a cobrança de despesas comple-
mentares ou adicionais pelos serviços prestados na rede pública de saúde no Brasil 
(DHNET, 2019).
Qualidade de Vida 
A definição de Qualidade de Vida ganha, atualmente, um desenho singular no 
sentido das pessoas se conscientizarem, cada vez mais, quanto às ações que pre-
cisam ser feitas em prol da melhoria de vida de toda a coletividade. Questões que 
antes eram longínquas, como a qualidade do transporte público, hoje ganham con-
tornos reais e já fazem parte do rol de reivindicações das pessoas.
Nas grandes cidades, sofre-se muito com o efeito da poluição do ar, coleta de lixo 
desorganizada, falta de proteção do meio ambiente, falta de tratamento de esgoto, 
que juntos à falta de espaços livres e áreas verdes, tornam a vida nas cidades com-
plexa e desgastante. Desta forma, a pressão social para que os governantes mudem 
esse quadro torna-se fundamental.
Cabe ao poder público zelar pela preservação da qualidade de vida da popula-
ção, ampliando o número de equipamentos urbanos de saúde, cultura, lazer e es-
portes, e melhorando os serviços de transporte. Por outro lado, é dever também de 
cada indivíduo exercer a cidadania, cuidando e fazendo a manutenção dos serviços 
disponibilizados pelo poder público.
Preocupar-se com o futuro e ter consciência de que os recursos naturais são fi-
nitos é necessário e urgente, vide as campanhas relacionadas ao meio ambiente, à 
reciclagem, aos noticiários que diariamente abordam essas temáticas, pois se ações 
não forem tomadas e a sociedade de hoje não despertar para essas questões, são 
as futuras gerações que estarão comprometidas (DHNET, 2019).
17
UNIDADE Fundamentos de Direitos Humanos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Direitos Humanos no Brasil
Mondaine, M. Direitos Humanos no Brasil. Editora Contexto. São Paulo: 2009. (e-book)
Ler o texto “Programa de Superação do Racismo e da Desigualdade Social” – página 
126, que aborda importantes questões sobre o racismo e desigualdades sociais no Brasil.
 Vídeos
Violações aos Direitos Humanos são comuns 70 anos após declaração ser assinada
A Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos em 10 de dezembro 
de 2018. O documento, dividido em 30 artigos, foi assinado em 1948, pouco depois 
do fim da Segunda Guerra Mundial, a fim de garantir às pessoas uma série de direitos 
considerados fundamentais pela Organização das Nações Unidas (ONU). 
Com patrocínio do Colégio e Curso de A a Z e com cooperação da Representação da 
Unesco no Brasil, o GLOBO produziu o documentário ‘Toda pessoa tem o direito’, 
em que cinco pessoas narram como tiveram seus direitos desrespeitados sete décadas 
após a assinatura da Declaração.
https://youtu.be/7cpdbEp97d8
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Neste vídeo,o filósofo Leandro Karnal explana os principais conceitos sobre a 
declaração universal dos direitos humanos.
https://youtu.be/JjZxODEOn3w
 Leitura
Gênese, Evolução e Universalidade dos Direitos Humanos Frente à Diversidade de Culturas
Mbaya, E. R. Gênese, evolução e universalidade dos direitos humanos frente à 
diversidade de culturas in Revista Estudos Avançados 11 (30), 1997. 
Este artigo faz uma abordagem interessante sobre os conceitos de diferentes humanos 
frente a diferentes culturas. 
https://bit.ly/2ZcIRXM
18
19
Referências
DIAS, R. Introdução à Sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
DNET. Guia Cidadania e Comunidade. Conselho Estadual de Defesa da Pessoa 
Humana. Disponível em: <http://dhnet.org.br/dados/guias/dh/br/sp/gcidadan.htm>. 
Acesso em 16.05.19
19

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