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05 - Cristologia [A vida de Jesus Cristo e sua credibiidade histórica]

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Noções básicas de Cristologia
TEOLOGIA II
Noções básicas de Cristologia
3. A vida de Jesus Cristo e sua credibilidade histórica
Que sabemos historicamente 
sobre Jesus Cristo?
Um contrassenso ...
Em princípio, os cristãos não precisam recorrer à investigação histórica. 
Pela fé, conhecem o mistério de Cristo. 
Porém, se em Jesus Cristo confessam o Filho de Deus encarnado na história, seria um grande contrassenso não usar dos meios que estejam ao alcance para conhecer melhor sua dimensão histórica e sua vida humana concreta.
Evangelhos...
Sobre Ele temos especialmente o testemunho dos Evangelhos .
Testemunhos extrabíblicos...
Além dos Evangelhos, também temos algum conhecimento seu em fontes não cristãs.
Existem vários testemunhos extra bíblicos que, desde o ponto de vista histórico, descrevem a Jesus de Nazaré de quem os Evangelhos falam. 
Fontes extra bíblicas
Trata-se de escritores romanos, de personagens famosos do mundo judeu, como também achados arqueológicos que confirmam situações descritas nos evangelhos.
a) Fontes pagãs
o escritor Suetônio (por volta de 120);
o historiador Tácito (50-120);
o legado do imperador Trajano na Bitínia, Plínio o Jovem (61-120);
o imperador Adriano.
Ponto comum
São testemunhos muito áridos, fato que pode ser considerado como garantia de sua imparcialidade. De qualquer forma, suas referências têm um valor documental importante, pois fornecem dele uma imagem esquemática: 
“Jesus é oriundo da Judeia, foi executado sob Tibério pelo governador Pôncio Pilatos e, no momento em que escrevem, é venerado por seus seguidores como um deus”. 
Suetônio:
alude ao Cristianismo, e quase certamente ao seu fundador, ao descrever a política estrangeira de Cláudio. O cronista narra que Cláudio “expulsou de Roma aos judeus que eram causa permanente de desordens sob o impulso de Crestus”. 
Essa notícia se refere aos anos 51-52, e nela, atribui às desordens a “Cresto”. Em outra passagem, o mesmo autor diz que se “infligiam suplícios aos cristãos, gente entregue a uma superstição nova e maléfica”.
Tácito (50-120)
O testemunho de Tácito é o mais importante com relação às coordenadas históricas de Cristo. Nele, elucida o grande incêndio de Roma (64 d.C.), que Nero atribuiu aos cristãos, pois a voz popular atribuía a ele o incêndio. 
Tácito, ao falar dos cristãos, diz o seguinte:
Este nome lhes vem de Cristo, a quem, no reinado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos havia condenado à morte; reprimida de momento esta detestável superstição retornava outra vez, não somente na Judeia, onde o mal teve sua origem, mas também em Roma, de onde aflui tudo o que há de horrível de vergonhoso, e encontra números seguidores.
Estilo neutro
Essa referência histórica tem uma importância enorme, pois reflete o estilo próprio de Tácito. 
O contexto, o estilo e o tom a tornam totalmente crível a juízo dos críticos. Nela se dá o dado inquestionável do julgamento de Cristo por parte de Pilatos no tempo de Tibério.
Concordância com o Evangelho
Essa referência está em perfeita concordância com a de outro historiador, nesse caso cristão, o evangelista Lucas:
No ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos procurador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia; Filipe, seu irmão, tetrarca de Ituréia e Traconítide; e Lisânias, tetrarca de Abilene; no pontificado de Anás e Caifás, foi dirigida a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto (Lc 3,1-2).
Plínio o jovem
O imperador romano Trajano havia enviado um comandante de legião a uma província da Ásia menor (Bitínia): Plínio o Jovem. Esse dirigiu uma carta ao Imperador, entre 111 e 113, interrogando-o sobre o tipo de conduta que deveria assumir para com os cristãos. Plínio diz que chegara à conclusão de que o cristianismo era uma grande superstição. Pelo que diz respeito às práticas cristãs, há um único ponto significante: “reúnem-se antes do amanhecer, cantam a Cristo, como se fosse deus…”. 
Assim, o texto testemunha o culto a Cristo.
Adriano
 Consta ainda a existência de uma carta do imperador Adriano enviada por volta de 125 ao procônsul da Ásia (atual Turquia), Minúcio Fundano. 
Essa carta, conservada pelo historiador Eusébio, dava instruções para atuar contra os cristãos. 
Há também uma segunda carta, atribuída ao mesmo Adriano, agora dirigida ao cônsul Serviano, na qual acidentalmente se mencionam Cristo e os cristãos.
Em suma:
Segundo Pagola, essas referências 
“têm um valor documental importante, pois eles são observadores neutros e inclusive hostis ao movimento cristão. Não duvidam nenhum momento da existência de Jesus”.
b) Flávio Josefo: um escritor judeu fala de Jesus
O historiador judeu, Flávio Josefo, alude a Cristo em duas ocasiões na obra Antiguidades judaicas, escrita em Roma pelos anos 90: ao falar do apedrejamento de Tiago, em Jerusalém em 62, refere-se ao apóstolo como “irmão de Jesus, a quem chamam o Cristo”. 
Esse testemunho é fidedigno: trata-se de uma afirmação nitidamente neutra sobre Tiago, chefe da Igreja de Jerusalém.
Testimonium Flavianum
A passagem que mais diretamente alude a Cristo é o chamado Testimonium Flavianum. Trata-se de um breve texto que fala de Jesus em sua obra “Antiguidades dos judeus” (18, 3,3):
 
Naquele tempo apareceu Jesus, um homem sábio. Foi autor de feitos admiráveis, mestre de pessoas que recebem com gosto a verdade. E atraiu muitos judeus e muitos de origem grega. E, quando Pilatos, por causa de uma acusação feita pelos homens principais dentre nós, o condenou à cruz, os que antes o haviam amado não deixaram de fazê-lo. E até o dia de hoje a tribo dos cristãos, chamados assim por causa dele, não desapareceu.
Algumas críticas
A crítica moderna encontra dificuldades em alguns elementos desse texto. 
Alguns veem nele uma interpolação (alteração do texto) de copistas cristãos na Idade Média. 
Atualmente, a maioria dos críticos opina que, sobre um texto original, pode-se ter interpolado certos dados. 
Porém, não há dúvidas de que o texto faça uma clara referência à atividade didático e taumatúrgica de Jesus, como também à intervenção de Pilatos em sua morte.

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