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Estruturas Extensionais Conceitos Básicos - Resultam na extensão (separação) verdadeira, da crosta ou de um referencial qualquer. - Falhas extensionais podem apresentar deslocamentos de até 100km, em geral menores do que as falhas de empurrão ou as transcorrentes, mas ainda consideráveis. - Nessa escala de deslocamento, a superfície da Terra é o melhor referencial: -> se a distância entre dois pontos na superfície da Terra aumentar durante a deformação, então tem-se extensão naquela direção. -> mas, dependendo da posição relativa desses dois pontos, essa extensão também pode ocorrer numa falha de rejeito direcional. Conceito de Extensão verdadeira Para se avaliar a extensão verdadeira, é preciso considerar a componente extensional (de abertura) perpendicular à direção da falha. Falha vertical Falha horizontal Falha extensional verdadeira (envolve extensão da crosta) É uma falha não-vertical e não-horizontal, de rejeito de mergulho. Para falhas de menor porte, emprega-se o termo falha extensional para designar falhas que estendem um dado referencial (camada, corpo tabular, etc.), independente de sua estrutura interna. Dependendo do referencial, pode-se falar em extensão crustal ou extensão paralela à camada. Mergulho do Plano de Falha Mergulhos do PF entre zero e 90° Em geral PF = 60° (valor teórico) Mas podem ser de alto ou baixo ângulo Os diferentes mergulhos tendem mesmo a coexistir. Sistemas de Falhas Extensionais Modelo Tipo Dominó Também chamada de tectônica do tipo dominó ou estante de livros (bookshelf tectonics),descreve a rotação de uma série de blocos rígidos individuais simultaneamente e no mesmo sentido. Desenvolvimento de um Sistema do Tipo Dominó Inicial – a transição para a parte não afetada é acomodada por uma falha lístrica. Novo sistema de falhas em resposta à nova extensão máxima. Falhas Normais de Baixo Ângulo, Extensão Crustal e Núcleos de Embasamento Falhas normais de baixo ângulo -Do ponto de vista mecânico representam um problema - 1 vertical não gera ruptura em planos de baixo ângulo de mergulho - A reativação de falhas inversas pré-existentes é também improvável (não há evidências). - A explicação mais provável é que essas falhas tenham sido originalmente de alto ângulo e tenham sido rotacionadas depois. (figura b e c acima) Extensão crustal e a geração de núcleo de embasamento 1) Formação de falha normal lístrica na crosta superior, que se torna progressivamente horizontal ao longo de uma zona de fraqueza na transição rúptil-dúctil (placa superior placa inferior). Sucessivas falhas se formam em arranjo subparalelo ou em cunha. 2) Após certa quantidade de extensão, forma-se novo conjunto de falhas na placa superior (teto). O soerguimento isostático leva à desativação das falhas iniciais, mas seguem se formando novas falhas paralelas ou em cunha. 3) O soerguimento rotaciona a falha original até uma posição mecanicamente favorável para a geração de novo plano de falha no mesmo bloco. 4) O processo se repete até que se estabelece uma série de blocos rotacionados em estilo dominó e semi-grabens relacionados. 5) As falhas mais jovens (ativas) são as mais fortemente mergulhantes. 6) A principal diferença em relação ao estilo dominó clássico é que os dominós se desenvolvem em diferentes momentos. Formação direta de falhas extensionais de baixo ângulo - A formação de falhas extensionais de baixo ângulo é reproduzida experimentalmente. - Um dos principais motivos seria a existência de zonas de fraqueza suborizontais, tais como: ------camadas pouco resistentes, ------ estruturas pré-existentes (falhas ou zonas de cisalhamento) capazes de gerar uma anisotropia - Outro motivo importante é a reativação de estruturas de cavalgamento de grande porte em registe extensional. Geometria do Tipo Rampa-Patamar-Rampa Rifteamento Um rifte se forma quando a crosta é distendida por tensões tectônicas. O rifteamento pode ser ativo ou passivo, como modelos extremos levando a ambientes geotectônicos e estruturais distintos. Riftes ativos - a causa do rifteamento é a subida de manto astenosférico quente (plumas mantélicas) – predomínio da atividade magmática, não necessariamente com extensão importante. Riftes passivos - a causa do rifteamento é o estabelecimento de um campo tensional de grande alcance, relacionado à tectônica de placas. Em geral formados em zonas de fraqueza pré-existentes na litosfera. Os riftes naturais muito comumente têm componentes de ambos os extremos. Modelo de formação de um rifte – fase 1 Extensão inicial - Arqueamento suave da crosta em grande escala (formação de domos), em que são geradas ou reativadas fraturas profundas. Nesse estágio, quantidade de strain é baixa, e as fraturas podem ser preenchidas por magma gerando diques. Modelo de formação de um rifte – fase 2 Fase principal - Estágio de extensão onde a crosta é afinada na vertical e estendida na horizontal. Forma-se um complexo de falhas extensionais e já se tem sedimentação sincrônica (não mostrada no desenho). Modelo de formação de um rifte – fase 3 Subsidência e sedimentação pós-rifte - Após cessada a extensão, tem início o estágio de subsidência. A sedimentação continua. Na pilha sedimentar podem-se gerar falhas devido à compactação diferencial. Margens Passivas e Riftes Oceânicos Se um rifte continental seguir se estendendo, o resultado é que a crosta vai romper e ser substituída por crosta oceânica. Quando isso acontece, o que se estabelece de cada lado desse rifte é uma margem passiva, que agora fica situada em crosta oceânica. Margens passivas têm baixa atividade sísmica, e a atividade tectônica é principalmente gravitacional. Enquanto a margem continental gradualmente subside e é coberta pelos sedimentos clásticos, a atividade tectônica no rifte é geralmente significativa. Nos riftes ocânicos há muito mais produção de magma e calor, em contraposição aos continentais. A combinação de magma quente + litosfera fina resulta numa estrutura positiva, com um graben relativamente elevado no eixo central, com geometria semelhante à encontrada nos núcleos de embasamento, mas sem a erosão. Extensão crustal e a geração de núcleo de embasamento
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