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ATIVIDADE PRÁTICA - TECNOLOGIA DOS MATERIAIS_RU 2815071

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1 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA 
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
DISCIPLINA DE TECNOLOGIA DOS MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA DE SELEÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho orientado pelo Professor Marcos Baroncini Proença 
como parte da avaliação da Disciplina de Tecnologia dos Materiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADERSON DA COSTA TAVARES 
RU 2815071 
GOIANÉSIA – GOIÁS 
2020 
 
 
2 
 
 
Sumário 
 
1. Introdução ................................................................................................ 3 
2. Especificações Técnicas do Produto ....................................................... 4 
3. Material metálico ..................................................................................... 5 
4. Tipos de Aços Inoxidáveis ....................................................................... 7 
a. Austeníticos ........................................................................................... 7 
b. Ferríticos .................................................................................................. 8 
c. Martensiticos .......................................................................................... 9 
d. Duplex ................................................................................................... 10 
5. Endurecíveis por precipitação ............................................................... 12 
6. Material Polímero .................................................................................. 13 
7. Material Cerâmico.................................................................................. 15 
8. Proposta para Troca de Materiais ......................................................... 19 
9. Bibliografia ............................................................................................. 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. Introdução 
 
 Para análise dos materiais, vamos utilizar o fogão doméstico como base 
de análise, tendo em vista que o mesmo apresenta componentes metálicos, 
polímeros plásticos e peças cerâmicas. 
 Sabendo que o objeto mencionado é de uso contínuo e diário na maior parte 
das famílias de nosso país, a análise que se dará adiante, tem como objetivo 
verificar os materiais utilizados em todos os componentes do item(fogão) e 
classificar suas características, resistências, assim sendo possível ao leitor 
avaliar o material e entender sua composição. 
 O fogão utilizado na análise é de fabricação Atlas Havana eletrodomésticos 
modelo “HAVANA” - 5 bocas inox, composto por um forno a gás e/ou um forno 
elétrico, 5 “Botões” de polímero plástico, vidro na composição da mesa e nas 
portas dos fornos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Fogão 5 bocas Atlas Havana 
4 
 
2. Especificações Técnicas do Produto 
 
Figura 2 - Especificação Fogões Havana 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. Material metálico 
 
 Foi selecionado para análise nesse trabalho o aço inox, que compõe 
toda a carcaça do fogão, além dos painéis de estufa do forno. 
 É importante ressaltar que a utilização do INOX tem sua escolha mais 
afetada pela parte estética do produto, visando, entretanto, propriedades 
mecânicas melhores do que outros tipos de aços utilizados em fogões mais 
baratos. 
 A utilização do aço inox encarece o produto, pois aumenta de forma visível 
a sua estética e embelezamento, sendo um produto mais visado do que com 
um aço menos trabalho. 
 O termo “aço inoxidável” abrange muitas composições padrão e ligas 
especiais feitas para certas aplicações. Aços inoxidáveis variam em sua 
composição desde ligas de ferro relativamente simples com cerca de 11-12% 
de Cromo, há ligas complexas que incluem até mais de 25% de Cromo, com 
quantidades substanciais de Níquel, Molibdênio e outros elementos de liga. 
 
O que os aços inoxidáveis oferecem 
 
 Resistência à corrosão, manchas, ferrugem e pits*. 
 Resistência à oxidação até 700°C e, em alguns casos, acima de 1000°C. 
 Limites elásticos variando de 200 N/mm2 até acima de 1500 N/mm2. 
 Resistência ao impacto e tenacidade em temperaturas criogênicas. 
 Pode ser fundido, forjado, usinado, polido e ligado através de técnicas 
de soldagem. 
 Longa duração, aparência atraente. 
Porque é inoxidável? 
 
 Na presença de oxigênio ou atmosfera oxidante, o Cromo forma 
rapidamente uma película de óxido (passivo) sobre a superfície exposta, a 
qual, então, atua como uma barreira e inibe futuras oxidações ou corrosões. 
 Deve-se observar que em atmosferas redutoras ou na ausência total de 
oxigênio, as propriedades de resistência dos aços inoxidáveis à corrosão ficam 
seriamente prejudicadas. 
*Pits – são pequenos buracos originados por corrosão superficial. 
 Embora os aços inoxidáveis sejam amplamente usados na indústria 
moderna, eles foram, na verdade, desenvolvidos muito recentemente, datando 
de 1920 as primeiras aplicações industriais. 
 O desenvolvimento e subsequente fabricação dos aços inoxidáveis 
transformaram completamente a grande, embora frágil, fábrica de produtos 
químicos. Modernizaram-se de forma que essa fábrica sofresse uma revolução 
e isto tornou possível produzir industrialmente ácidos puros. 
 Os aços inoxidáveis permitiram um grande progresso na produção de 
fertilizantes, e em particular o plástico. A resistência à corrosão que os aços 
6 
 
inoxidáveis têm é devida, principalmente, às suas propriedades auto protetoras 
e neutralidade química. 
 Conhece-se um grande número de metais que sofrem várias modificações no 
estado de suas superfícies quando expostos a reagentes químicos diferentes. 
Os exemplos clássicos são os seguintes: 
 
FERRO – Fica inerte (neutro) rapidamente em ácido nítrico concentrado, em 
soluções neutras ou ácidas de nitratos, cromatos, bi-cromatos, permanganatos, 
etc. 
 Esta neutralidade química não é uma propriedade permanente como no caso 
de metais nobres ou preciosos, e pode desaparecer rapidamente, em função 
do meio que o circunda e, em particular, sob a ação de halogênios (íons de 
C1). 
 
NÍQUEL – Comporta-se de forma similar a do ferro, mas sua inércia é menos 
estável. Interesse prático como um metal e nas ligas nas quais é usado. Sob 
este ponto de vista, ele tem as propriedades de um metal nobre. Estes três 
metais formam a base de produção do aço inoxidável, no qual o ferro ligado 
com cromo oferece considerável propriedade de resistência à oxidação quando 
seu conteúdo alcança 11-12% de Cromo. 
 Os diagramas abaixo indicam os diferentes potenciais elétricos das ligas de 
ferro-cromo de acordo com seus aumentos de conteúdo de cromo. 
Veja que a partir de 12% de Cr, o potencial aumenta abruptamente. Costuma- 
se explicar que esta propriedade é devida à formação de uma camada 
impermeável e insolúvel de óxido de cromo na superfície do metal. 
 
Figura 3 – Gráfico 1 
 
 Deve-se notar que a formação desta camada de óxido de cromo não pode 
se realizar na ausência de oxigênio. Por isso, em meio redutor (metais 
alcalinos, lítio, sódio, potássio, etc., e as terras alcalinas, berilo, magnésio, 
cálcio, etc.) estas propriedades de resistência à corrosão desaparecem. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA RESISTÊNCIA DO AÇO INOXIDÁVEL À 
CORROSÃO/OXIDAÇÃO DE ACORDO COM O TEOR DE CROMO 
 
Figura 4 - Gráfico 2 
4. TIPOS DE AÇOS INOXIDÁVEIS 
 
a. Classificação 
Os aços inoxidáveis são regulamentados por várias associações 
internacionais, por exemplo: 
 
AISI – American Iron & Steel Institute 
ISO – International Standards Organization 
DIN – Deutsche Industrie Norm 
 
 Fora estas especificações, alguns fabricantes de aço fornecem tipos 
adaptados a aplicações especiais e as quais não estejam em conformidade 
com nenhuma especificação nacional ou internacional. 
 Todos os aços inoxidáveis, entretanto, independentemente das 
especificações, podem ser convenientemente classificadosem três grupos 
principais que representam três tipos distintos de estruturas metalúrgicas. 
Estes grupos, em ordem crescente de conteúdo de liga são: 
 
a. Austeníticos 
b. Ferríticos 
c. Martensiticos 
d. Austeno-Ferrítico 
 
a. Aços inoxidáveis austeníticos 
 
 Estes são os aços inoxidáveis mais comunentes usados. Normalmente 
eles têm composições que contém cromo suficiente para oferecer resistência à 
corrosão (18% Cr) junto com níquel (8% Ni) para assegurar uma estrutura 
austenítica estável em temperatura ambiente. 
 Os teores de Cromo e Níquel podem ser aumentados, e elementos 
adicionais (normalmente molibdênio) podem ser acrescentados para melhorar 
a resistência à corrosão e a formação de “pits”. Embora estas ligas não possam 
ser endurecidas por tratamentos térmicos, elas são particularmente afetadas 
por endurecimento em trabalho. Certos aços inoxidáveis austeníticos, quando 
aquecidos numa faixa de 500°C a 800°C e esfriados lentamente, tornam-se 
8 
 
suscetíveis de corrosão intergranular. O resfriamento lento permite a 
precipitação dos carbonetos ricos em cromo nos contornos dos grãos o que 
deixa as áreas adjacentes empobrecidas de cromo. A precipitação ocorre mais 
rapidamente, quanto mais alto for o conteúdo de carbono do aço. Estas áreas 
tornam-se locais anódicos em ambientes ácidos e resulta em corrosão 
preferencial ao longo dos contornos dos grãos. 
 A ampla tolerância térmica da classe dos austeníticos tornou-os 
adequados as aplicações em baixas temperaturas, as aplicações em depósitos 
de gás líquido, assim como para fornos de altas temperaturas e trocadores de 
calor. Os aços austeníticos são não-magnéticos e tem coeficientes de 
expansão 50% maior do que o do aço carbono e uma condutividade térmica de 
apenas um terço. 
 
SUMÁRIO DOS AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS 
 
 Os mais comumente usados 
 Excelente resistência à corrosão 
 Endurecem em trabalho 
 Sujeito a trincas a quente e precipitação de carbonetos 
 Normalmente não são necessários nem pré e pós-aquecimento 
 Não magnéticos 
 
 
Figura 5 - Aços série 300 
b. Aços inoxidáveis ferríticos 
 
 Como a estrutura dos cristais destes aços são idênticas a do ferro (ferrita) 
à temperatura ambiente, o nome FERRÍTICO é usado para classificar este 
grupo. 
 Aços inoxidáveis ferríticos contêm normalmente entre 15% e 30% de Cromo 
com teores de Carbono abaixo de 0,2%. Sua estrutura estável é mantida até 
9 
 
em temperaturas de fusão e, por isso, o endurecimento por resfriamento não é 
possível. O trabalho a frio reduz a ductibilidade, a qual necessita de cuidados 
no recozimento intermediário que evita crescimento de grãos e subseqüente 
grafitização. 
 Os aços inoxidáveis ferríticos são geralmente, mais resistentes à corrosão 
do que os do grupo Martensiticos e podem ser usados em contato com ácido 
sulfúrico, ácidos orgânicos, tais como fórmico, cítrico, láctico, oxálico, etc. e 
ambientes com água do mar. 
 Estes aços são fortemente magnéticos até a sua temperatura Curie de 
cerca de 760°C e tem um coeficiente de expansão similar a dos aços baixo 
carbono. Sua condutividade térmica é aproximadamente 50% dos aços baixa 
carbono. 
 
SUMÁRIO DOS AÇOS INOXIDÁVEIS FERRÍTICOS 
 
 Cromo (15-30%) 
 Boa resistência à corrosão 
 Sujeito a crescimento de grãos 
 É recomendado um recozimento posterior à solda 
 Magnético 
 
Figura 6 - Aços inoxidáveis Ferríticos 
 
c. Aços inoxidáveis martensíticos 
 
 Exatamente como as ligas de ferro-carbono são tratáveis termicamente, 
então as ligas de ferro, cromo e carbono podem ser temperadas para se obter 
dureza máxima e posteriormente revenidas para melhorar a ductibilidade. 
 Aços inoxidáveis Martensiticos, que normalmente contém entre 12-17% de 
Cromo e 0,08-0,75% de Carbono, tem grande temperabilidade; espessuras 
substanciais endurecerão durante o resfriamento ao ar ou no óleo. 
A dureza real em determinada condição de resfriamento dependerá do teor de 
carbono que, se for maior que 0,2%, produz baixos valores de ductibilidade. 
Para melhorar a ductibilidade, o aço pode ser revenido, o que por outro lado, 
tem o efeito de reduzir ligeiramente sua resistência à corrosão. 
 Aços inoxidáveis Martensiticos tem resistência à corrosão apenas moderada 
em atmosferas industriais poluídas e ambientes de águas do mar, mas, ao 
10 
 
contrário de outros grupos, eles podem sem endurecidos por tratamentos 
térmicos. 
 Assim, eles são particularmente, adequados para ferramentas de corte, 
lâminas correntes, instrumentos, molas e prendedores. Estes aços são 
fortemente magnéticos e tem um coeficiente de expansão similar ao dos aços 
baixo carbono. 
 
SUMÁRIO DOS AÇOS INOXIDÁVEIS MARTENSÍTICOS 
 
 Cromo (12-17%) 
 Resistência moderada à corrosão 
 Endurecimento ao ar (têmpera) 
 Recomenda-se pré-aquecimento e recozimento após soldagem 
 
 
Figura 7- Aços inoxidáveis Martensiticos 
 
d. Aço inoxidável austeno-ferrítico – duplex 
 
 Os aços inoxidáveis duplex são ligas metálicas a base de ferro-carbono, 
portanto denominadas aços, que contém um teor mínimo de 12% de Cromo, 
portanto consideradas inoxidáveis, e que se apresentam duas fases principais 
em sua microestrutura, em quantidades aproximadamente iguais (50%-50%) 
por isso recebem o nome de duplex. Normalmente, essas duas fases são a 
ferrita e a austenita, levando alguns autores a utilizar nomenclaturas do tipo 
“ligas ferríticas-austeníticas”. Alguns deles podem ainda ser classificados como 
11 
 
super duplex. Isso ocorre quando ocorre o valor do índice PRE (Pitting 
Resistance Equivalent) é superior a 40. 
 Este índice é normalmente utilizado para comparar a resistência à corrosão 
por pits de diferentes materiais. Aquele que apresenta maior valor de PRE 
certamente possui maior resistência à este tipo de corrosão. Para calcular esse 
índice, deve-se conhecer a composição. 
Química do aço e utilizar a equação abaixo. 
 
PRE = (%Cr) + 3,3.(% Mo) + 16. (N) 
 
 É importante ressaltar que esses aços podem conter outros elementos de 
liga, com finalidades específicas, tais como o molibdênio, o nitrogênio, o cobre 
e o tungstênio. 
 
SUMÁRIO DOS AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENO-FERRÍTICOS – DUPLEX 
 
 Cromo (18-20%) 
 Excelente resistência à corrosão 
 Excelentes propriedades mecânicas 
 Não recomendado pré-aquecimento 
 Magnético 
 
 
Figura 8- Aços Duplex fundidos 
12 
 
5. Endurecíveis por precipitação 
 
 Pertencem a esta família os aços 17 e 520B, que podem ser tratados 
termicamente para oferecer boa tenacidade e ductilidade. 
 Os aços Endurecíveis por precipitação (PH) têm boa ductilidade e 
tenacidade, dependendo do tratamento térmico. Sua resistência à corrosão é 
comparável ao aço austeníticos 304 (1.4301). Podem ser soldados mais 
facilmente que os aços Martensiticos comuns. 
 
Figura 9 - Aços inox Endurecíveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
6. Material polimérico. 
 
I. Análise feita para os plásticos empregados. 
 Os itens plásticos que fazem parte do fogão são os materiais poliméricos 
que serão abordados nessa análise. 
 Eles são encontrados nos pés do fogão, nos “Botões” e suportes para 
portas dos fornos. “O plástico tem seu nome originário do grego plástikos que 
significa “capaz de ser moldado”. 
 É um material de origem natural ou sintética, obtido a partir dos derivados 
de petróleo, de reciclagem e de fontes naturais, como a seiva de árvores. 
 Os plásticos fazem parte da família dos polímeros, que são macromoléculas 
caracterizadas pela repetição múltipla de uma ou mais unidades químicas 
simples: os monômeros, sendo unidas entre si por reações de polimerização. 
 Hoje o mercado brasileiro está dividido em função da aplicação do plástico 
pelo tipo de resina. Ele é um dos responsáveis pela a empregabilidade, 
principalmente das pequenas e microempresas.” 
Os plásticos se dividem: 
• Termoplásticos: possuem cadeia linear ou ramificada e secaracterizam por 
terem baixo ponto de fusão e por poderem ser fundidos e solidificados diversas 
vezes, o que permite sua reciclagem; 
• Termofixos ou termorrígidos: possuem cadeia em rede e são geralmente 
líquidos, após solidificarem não permitem uma nova fundição, dificultando sua 
reciclagem. 
Destacam-se os seguintes tipos de plásticos: 
a. Polietileno 
 
 É termoplástico, polímero parcialmente cristalino, é bem flexível, inerte face 
a maioria dos produtos químicos, possuí excelentes propriedades elétricas , 
grande resistência a impacto, alta flexibilidade, boa conformabilidade, 
estabilidade térmica e química, são algumas características de destaque do 
Polietileno. 
O polietileno se divide em: 
 
PEBDL (Polietileno de baixa densidade e cadeia linear): Tem boa 
flexibilidade e tenacidade, boa resistência à tração e ao rasgo, sendo 
translúcido e transparente. Usado em filmes, sacolas, peças rotomoldadas em 
geral, caixas de água e outros. 
 
PEMD (Polietileno de média Densidade): Excelente resistência química e é 
mais rígido que o anterior. Usado pra fabricação de tubulações de circulação 
de água e gás. 
 
PEAD (Polietileno de alta densidade): Alta resistência química e a corrosão, 
alta resistência a abrasão, resistência a fadiga e à fratura, além de boa dureza. 
Usado para fabricação de baldes, tubos, tampas, bombonas, potes, frascos e 
outros. 
 
14 
 
PEUAPM (Polietileno de ultra peso molecular): Alta resistência à abrasão, à 
fadiga e a fratura, é duro, com excelente resistência química e a corrosão, 
sendo também auto lubrificante. Usado para perfis, engrenagens, 
revestimentos, bombas, gaxetas, mancais e outros. 
 
 
Figura 10 - Polietileno 
 
b. Polipropileno 
 
 É um polietileno melhorado em relação à resistência mecânica, possuí boa 
resistência elétrica, não absorve umidade, é leve e rígido, boa resistência 
química, possuí limitada resistência térmica à abrasão, sofre degradação por 
ação UV e de agentes oxidantes. 
 
c. Poliuretano 
 
 Poliuretano é um polímero produzido pela reação de poliadição de um 
isocianato (di ou polifuncional) com um poliol e outros reagentes como: 
agentes de cura ou extensores de cadeia. Neste polímero o uretano é a 
molécula que se repete, sendo que sua estrutura é composta por quatro 
tipos de átomos (dois oxigênios, um nitrogênio, um carbono e um hidrogênio) 
distribuídos de certa forma. Sua estrutura pode ser cristalina ou amorfa. 
 
 
 
15 
 
 
 
 
Figura 11 - Ligação Química 
 
 
Propriedades do material: 
 
 Menor peso, menos ruído, menor custo de fabricação, resistência à 
corrosão, resistência a abrasão, resistência ao corte e ao rasgo, resistência a 
óleo, resistência a grandes carregamentos, grande variedade de durezas, pode 
ser fundido, resistente a ozônio e resistente à micro-organismos. 
 
7. Material Cerâmico 
 
Cerâmica pode ser definida como sendo um sólido formado com aplicação de 
calor ou calor + pressão contendo: 
 
 Pelo menos 1 metal e 1 não metal 
 Pelo menos 2 elementos sólidos não metálicos 
 Pelo menos 2 elementos sólidos não metálicos. 
 
 As cerâmicas compreendem todos os materiais inorgânicos, não metálicos, 
obtidos geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas. 
16 
 
 
 
Figura 12 - Material Cerâmico 
a. Vidro 
 
 O vidro é uma substância sólida e amorfa, que apresenta temperatura de 
transição vítrea. No dia a dia o termo se refere a um material cerâmico 
transparente geralmente obtido com o resfriamento de uma massa líquida à 
base de sílica. Em sua forma pura, o vidro é um óxido metálico super-resfriado, 
transparente, de elevada dureza, essencialmente inerte e biologicamente 
inativo, que pode ser fabricado com superfícies muito lisas e impermeáveis. 
 Estas propriedades desejáveis conduzem a um grande número de 
aplicações. No entanto, o vidro geralmente é frágil, quebra - se com facilidade. 
O vidro comum se obtém por fusão em torno de 125 0 °C de dióxido de silício, 
(SiO2), carbonato de sódio (Na2CO 3) e carbonato de cálcio (CaCO3). 
17 
 
 
 
Figura 12 – Ligação dos vidros 
 
“Propriedades – são geralmente transparentes (apesar de haver alguns 
opacos), inertes a ácidos e bases; são impermeáveis aos gases e aos líquidos 
e parcialmente permeáveis às radiações do espectro solar (ultravioleta e 
infravermelho). 
 
 Vidro boro-silicato: Termorresistente, ou seja, resistente ao fogo. 
 Vidro sódio-cálcico: Maior resistência mecânica. 
 Vidro do tipo cristal: É menos resistente, porém tem mais brilho. 
18 
 
 
 
Figura 14 - Propriedades Físicas 
19 
 
8. Proposta de troca de materiais 
 
 A proposta analisada refere-se aos polímeros plásticos utilizados na 
composição do fogão. 
A ideia inicial é a troca das peças plásticas de: 
- Poliuretano 
- Polipropileno 
- Polietileno 
 Por um polímero plástico em comum a todos os componentes (botões, 
pés, apoios para os fornos) que seria o Policarbonato. 
 O policarbonato é um poliéster linear obtido através da reação entre o 
Bisfenol A (ou Difenilol Propano) e o gás fosgênio. Sua principal 
característica é a alta transparência, mesmo com espessuras consideráveis, 
que combinada com a alta resistência ao impacto faz desse polímero um 
plástico de engenharia que tem sido muito utilizado na construção civil em 
substituição ao vidro. 
 A presença de grupos benzênicos na cadeia principal da molécula torna o 
policarbonato um polímero rígido, amorfo e com uma baixa contração na 
moldagem (tanto na transversal quanto paralela ao fluxo). O fato de possuir 
grupos laterais polares e regularidade na cadeia, faz com que tenha um alto 
valor de transição vítrea (145°C), com isto ele possui elevados valores para as 
propriedades térmicas e estabilidade dimensional muito boa. 
 A cadeia polimérica do policarbonato é simétrica, o que lhe confere boas 
propriedades dielétricas através de uma larga faixa de frequência. Enquanto 
seu alto valor de HDT garante a manutenção destas propriedades até 125°C. 
 
Características: 
 
 Alta transparência 
 Alta resistência ao impacto 
 Alta resistência térmica 
 Boa retardância à chama mesmo sem aditivos 
 Excelentes propriedades elétricas 
 Bom isolante de alta frequência à temperatura ambiente 
 Sensível à hidrólise 
 Elevado módulo de flexão 
 Baixa contração no molde 
 O policarbonato é 250 vezes mais resistente que vidro e trinta vezes 
mais resistente que o acrílico 
 É recomendado para cobrir áreas externas e cobertura que exijam luz 
natural 
20 
 
 É também muito utilizado em decorações, pois sua maleabilidade 
permite que tome diversas formas 
 Atende aos códigos de ‘’flamabilidade’’: são auto extinguíveis (não 
propagam chama) e os gases são atóxicos, aprovadas pelas instituições 
internacionais 
 Não amarelecimento: São protegidas contra o ataque dos raios solares 
(U.V) 
 Curvatura a frio: podem ser curvadas a frio, obedecendo a um raio 
mínimo de 100 vezes a espessura, facilitando assim sua instalação. 
 Transmissão de luz: o índice de transmissão de luz é praticamente 
idêntico ao do vidro. Até 120º não altera as características. 
 
 Pode-se observar que o Policarbonato não atua somente como um 
material qualquer que pode substituir os polímeros plásticos citados; como 
suas propriedades incluem “retardância à chama”, “alta resistência térmica”, 
 o mesmo atua com o um limitador para possíveis acidentes ocasionados pelo 
uso do fogão, que envolvam fogo ou altas temperaturas, tornado o produto 
mais seguro e garantindo maior confiabilidade na prevenção de possíveis 
acidentes domésticos provenientes de princípios de incêndio. 
 
 
 
Figura 11 - Ligação Policarbonato 
 
 
 
21 
 
9. Bibliografia 
 
PAVANATI, Henrique Cezar. Ciência e Tecnologia dos Materiais. São Paulo, 
2015. 
 
SMITH, Hashemi. Fundamentos da Engenharia e Ciência dos Materiais. 5 
ed . Porto Alegre, 2012. 
 
VAN VLACK, Laurenci H. Princípios daCiência e Tecnologia dos Materiais. 
13 ed . São Paulo, 2000. 
 
Castolin, Eustectic. Linha Mundial Eustectic Castolin para Soldagem de 
Aços inoxidável. São Paulo, 2006.

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