Provas Portugues

Prévia do material em texto

pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0MToxNCAtMDMwMA==
LÍNGUA PORTUGUESA
responda às questõesLeia o texto abaixo e
propostas.
A porta estava aberta. Foi só eu surgir e
arriscar uma espiada para a sala, o dono da casa
saltou da mesa para receber-me.
– Vamos entrar, vamos entrar. Estávamos à
espera do senhor para começarmos a reunião: o
senhor não é o 301?
Não, eu não era o 301. Meu amigo, que
morava no 301, tivera que fazer repentinamente uma
viagem, pedira-me que o representasse.
O homem estendeu-me a mão, num gesto
decidido:
– Pois então muito prazer.
Disse que se chamava Milanês e recebeu com
um sorriso à milanesa a minha escuta pelo atraso. [...]
– Aqui é o Dr. Matoso, do 302. Quando
precisar de um médico… Ali o capitão Barata, do 304
– representante das gloriosas ForçasArmadas. Dona
Georgina e Dona Mirtes, irmãs, não se sabe qual
mais gentil, moram no 102. Aquele é o Dr. Lupiscino,
do 201, nosso futuro Síndico…
Suas palavras eram recebidas com risadinhas
chochas, a indicar que vinha repetindo as mesmas
graças a cada um que chegava. Cumprimentei o
médico, um sujeito com cara mesmo de Matoso, o
capitão com seu bigodinho ainda de tenente, as duas
velhas de preto, não se sabia qual mais feia, o futuro
síndico, os demais. O dono da casa recolheu a
barriga e as ideias sentando-se empertigado à
cabeceira. Busquei o único lugar vago do outro lado e
acomodei-me. [...] Um dos presentes, solene, de
papel na mão, aguardava que restabelecesse a
ordem para prosseguir.
– Desculpem a interrupção – gaguejei. –
Podem continuar.
– Não havíamos começado ainda –
escusou-se o Milanês, todo simpaticão – Estávamos
apenas trocando ideias.
– Se o senhor quiser, recomeçamos tudo –
emendou a Milanesa, mais prática. – Ali nosso Jorge,
do 203, dizia que precisávamos…
– Perdão, quem dizia era o Dr. Lupiscino – e o
nosso Jorge do 203, um rapaz roliço como uma
salsicha de óculos, passou para o extrema. A esta
altura interveio o capitão, chutando em gol:
– Pode prosseguir a leitura.
Alguém a meu lado explicou:
– O Dr. Lupiscino fez um esboço de
regulamento. O senhor sabe, um regulamento
sempre é necessário…
O Dr. Lupiscino pigarreou e leu em voz alta:
– Quinto: é vedado aos moradores… Espere –
voltou-se para mim: – O senhor quer que leia os
quatro primeiros?
Condôminos
– Não é preciso – interveio o Milanês: – Os
quatro primeiros servem apenas para a introdução do
quinto. Vamos lá.
– Quinto: é vedado aos moradores guardar
nos apartamentos explosivos de qualquer espécie…
O capitão inclinou-se, interessado:
– É isso que eu dizia. Este artigo não está
certo: suponhamos que eu, como oficial do exército,
traga um dia para casa uma dinamite…
– O senhor vai ter dinamites em casa capitão?
– espantou-se uma das velhas, a Dona Mirtes.
– Não, não vou ter. Mas posso um dia cismar
de trazer…
– Um perigo, capitão!
– Meu Deus, as crianças – e uma senhora
gorda na ponta da mesa levou a mão à peitaria.
– Pois é o que eu digo: um perigo – tornou o
capitão. – Devíamos proibir.
– Pois então?
Ninguém entendia o que o capitão queria
dizer. Ele voltou à carga:
– E imagine se um dia a dinamite explode,
mata todo mundo! Não, é preciso deixar bem claro no
regulamento: “Não é vedado ter em casa explosivos
de qualquer espécie…”
– Não é vedado? Quer dizer que pode ter? –
desafiou o autor do regulamento, já meio irritado.
– Quer dizer que não pode ter explosivos –
respondeu o capitão, quase a explodir. [...]
(SABINO, Fernando. Condôminos. In: Rubem Broop et al.
. Crônicas 4. São Paulo: Ática, 1988. p. 25-27.Adaptado)
Para gostar
de ler
Questão 01
Sobre os verbos gaguejar e espantar-se, no texto, leia
as afirmações seguintes:
I. O verbo gaguejar (gaguejei) expressa que o
narrador estava constrangido em participar de
uma reunião que já começara, com pessoas que
ele não conhecia.
II. O verbo espantar-se (espantou-se) revela a
reação de Dona Mirtes em relação à intenção do
capitão em levar dinamites para o prédio.
III. Os dois verbos expressam a fala do narrador, que
apenas observa os acontecimentos da reunião de
condomínio.
Assinale a alternativa que apresenta a(s)
afirmação(ões) correta(s).
A) Somente a I está correta.
B) Somente a II está correta.
C) Somente I e II estão corretas.
D) Somente I e III estão corretas.
E) Somente II e III estão corretas.
01
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0MToxNCAtMDMwMA==
Transpondo-se para a voz passiva analítica a frase “O
homem estendeu-me a mão [...]”, a forma verbal
resultante será:
A) é estendida.
B) está sendo estendida.
C) será estendida.
D) estava sendo estendida.
E) foi estendida.
Questão 03
Questão 02
No 12º parágrafo, “[...] – e o nosso Jorge do 203, um
rapaz roliço como uma salsicha de óculos, passou
para o extrema.”, na caracterização de um dos
personagens, feita pelo escritor, há uma figura de
linguagem denominada:
A) metáfora.
B) eufemismo.
C) anáfora.
D) comparação.
E) metonímia.
Nas al ternat ivas abaixo, as expressões
preposicionadas são regidas por um nome, EXCETO:
A) das gloriosas (parágrafo 7)
B) do quinto (parágrafo 18)
C) à carga (parágrafo 28)
D) do regulamento (parágrafo 30)
E) do senhor (parágrafo 2)
Questão 05
O fragmento “Não é vedado ter em casa explosivos
de qualquer espécie…”, da forma como foi redigido
no contexto, contradiz o desejo de proibir o
armazenamento de explosivos de qualquer espécie
nos apartamentos. Observe as afirmações abaixo
sobre como corrigir tal equívoco.
I. O redator do regulamento deve usar o travessão,
no início da frase e dois pontos, após a locução
adverbial. “Não é vedado ter em casa: explosivos
de qualquer espécie…”
II. Na construção do regulamento, o uso da vírgula,
após o advérbio de negação, eliminaria,
coerentemente, qualquer ambiguidade. “Não, é
vedado ter em casa explosivos de qualquer
espécie…”
III. Para corrigir o equívoco e proibir a ação de
armazenar explosivos, o redator do regulamento
deve retirar o advérbio de negação: “É vedado ter
em casa explosivos de qualquer espécie…”
Assinale a alternativa que indica a(s) afirmação(ões)
correta(s), para que, de acordo com o texto, a
mensagem inicial seja mantida.
A) Somente a I está correta.
B) Somente a II está correta.
C) Somente a III está correta.
D) Somente I e III estão corretas.
E) Somente II e III estão corretas.
Questão 06
Assinale a alternativa em que estão correta e
respectivamente identificadas as relações de sentido
dos elementos em destaque nas frases:
I. “Estávamos à espera do senhor PARA
começarmos a reunião [...]”
II. “QUANDO precisar de um médico...”
III. “– Não, não vou ter. MAS posso um dia cismar de
trazer…”
A) finalidade – tempo – adversidade
B) adversidade – consequência – finalidade
C) conformidade – tempo – contrariedade
D) concessão – conclusão – conformidade
E) conclusão – oposição – causa
Questão 07
Observe a palavra em destaque em “[...] pedira-me
que O representasse.” (parágrafo 3), e assinale a
alternativa que a classifica corretamente.
A) pronome demonstrativo com função de
predicativo.
B) pronome oblíquo átono com função de objeto
direto.
C) artigo definido com função de adjunto adnominal.
D) pronome substantivo demonstrativo com função
de objeto indireto.
E) pronome oblíquo tônico com função de sujeito.
Questão 04
02
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0MToxNCAtMDMwMA==
Levando em consideração a definição apresentada
em cada frase, assinale a alternativa em que o
elemento definido está adequadamente nomeado.
A) “Tem como objeto de estudo a relação que se
estabelece entre o sintagma nominal e seus
respectivos complementos.” = regência verbal.
B) “Indica a crase, a junção da preposição a com os
artigos a e as ou com um pronome iniciado por a
(aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo).”
= acento grave.
C) “É o uso do signo em seu sentido real, ou seja, o
uso da palavra em seu sentido original.”
= conotação.
D) “É a designação geral para oscasos em que
palavras de sentidos diferentes têm a mesma
grafia = homônimos homófonos.
E) “É o uso do signo em seu sentido figurado,
simbólico, ou seja, o uso da palavra, dando-lhe
outro significado.” = denotação.
Questão 08
Quanto à formação da palavra destacada em “– O
Dr. Lupiscino fez um ESBOÇO de regulamento.”, é
correto afirmar que foi formada por:
A) derivação sufixal.
B) composição por justaposição.
C) derivação parassintética.
D) composição por aglutinação.
E) derivação regressiva.
Questão 09
Assinale a alternativa em que a reescrita da frase
“– Não havíamos começado ainda – escusou-se o
Milanês, todo SIMPATICÃO”, apresenta o adjetivo
destacado no grau superlativo absoluto analítico.
A) – Não havíamos começado ainda – escusou-se o
Milanês, muito simpático.
B) – Não havíamos começado ainda – escusou-se o
Milanês, todo simpaticíssimo.
C) – Não havíamos começado ainda – escusou-se o
Milanês, todo simpaticérrimo.
D) – Não havíamos começado ainda – escusou-se o
Milanês, o mais simpático que todos.
E) – Não havíamos começado ainda – escusou-se o
Milanês, o menos simpático de todos.
Questão 10
03
r-mat
Anexo de Arquivo
GabPort.pdf
r-mat
Anexo de Arquivo
GabPort.pdf
r-mat
Anexo de Arquivo
GabPort.pdf
r-mat
Concluído definido por r-mat
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0Mjo1NyAtMDMwMA==
responda às questõesLeia o texto abaixo e
propostas.
Texto 1:
Comecei a trabalhar com a nossa língua
bastante cedo, traduzindo obras literárias do inglês e
do alemão. Mais ou menos nessa época, início dos
20 anos, passei a escrever crônica de jornal, e
poemas avulsos, que aos poucos foram sendo
publicados em livros, até finalmente iniciar uma
carreira de ficcionista já beirando os 40 anos. Antes
disso fiz mestrado em linguística, e fui professora
dessa matéria em uma faculdade particular durante
dez anos. Não escrevo isso para dar meu currículo,
mas para dizer que não desconheço o assunto: ler e
escrever são para mim tão naturais quanto respirar, e
conheço alguma teoria. Nosso idioma, o português do
Brasil, me é íntimo, querido, respeitado, amado – e
está em mim como a própria alma. Aliás, a psique se
reconhece, se analisa e se expressa através das
palavras.
De vez em quando, inventa-se alguma
reforma para essa sutil, forte e independente
engrenagem. Passei por várias nesses muitos anos,
as ortográficas em geral pífias, algumas muito
malfeitas. Porém a gente se adapta, até por razões de
ofício. Mas, por favor, não tentem defender nosso
português de estrangeirismos: a língua não precisa
ser defendida. Ela é soberana. Ela é flexível. Ela é
viva. Nenhum gramático ou legislador, brilhante ou
tacanho, poderá botar essa dama em camisa de
força, nem a conter num regime policialesco. Ela
continuará sua trajetória, talvez sacudindo a cabeça
diante das nossas desajeitadas tentativas de
controlá-la. Como dirá qualquer bom professor de
português, ou qualquer linguista dedicado, estudioso,
uma parcela imensa dos termos que hoje usamos,
que por muito usados pela classe culta foram
dicionarizados – o dicionário sempre corre atrás da
realidade –, começou como estrangeirismo. Não
preciso citar, mas cito, garagem do francês, futebol do
inglês, coquetel da mesma forma. A língua incorpora
esses termos se são úteis, e os adapta ao seu
sistema. Botou o “m” final em miragem, por exemplo,
porque no nosso sistema as palavras não terminam
em “age”.
Muitos termos não podem ser traduzidos:
quem diz isso é esta velha tradutora que dedicou a
isso milhares de horas de sua vida. E não é possível
formar frases decentes, fluidas, claras, expressivas
como devem ser as frases, se a cada
“estrangeirismo” tivermos de fazer um rodeio, uma
explicação da palavra intraduzível. Isso, além do
mais, nos colocaria na rabeira do mundo civilizado e
globalizado, onde palavras – como objetos de bom
Deixem em paz a nossa língua
LÍNGUA PORTUGUESA uso – circulam de um lado para outro, pousam aqui ou
ali, adaptam-se, ou simplesmente passam. Quando
não passam, é porque são necessárias, e acabam
colocadas entre aspas ou em itálico. Línguas
altamente civilizadas usam “estrangeirismos”
livremente, sem culpa nem preconceito, como fator
de expressividade. Isso nem as humilhou, nem as
perverteu: ficaram enriquecidas. Nós é que
precisamos lutar contra uma onda terceiro-mundista,
uma postura de inferioridade que nos faz gastar
energias que poderiam ser aplicadas em algo urgente
como um orçamento vinte vezes maior para a
educação do nosso povo. (Lya Luft – fragmento)
Assinale a alternativa que tem base no texto.
A) A autora do texto discorre sobre o assunto
respaldada no fato de ser, há dez anos, professora
universitária.
B) Quando se refere ao “português do Brasil”, Lia Luft
reconhece que Brasil e Portugal têm idiomas
diferentes.
C) A língua é dinâmica e as modificações pelas quais
ela passa são naturais e próprias de sua evolução.
D) Embora critique as reformas impostas à língua,
Lya Luft admite a necessidade de legislação para
reformulá-la.
E) Dicionarizar uma palavra é um dos recursos
utilizados para fazê-la integrar o vocabulário dos
falantes.
Questão 01
Apenas uma das alternativas abaixo é verdadeira
com relação ao texto.Assinale-a.
A) A incorporação de estrangeirismos ao idioma é
característica específica da língua portuguesa.
B) A própria língua, em sua flexibilidade, descarta os
termos que não lhe convêm.
C) Segundo a autora, as pessoas que dominam a
língua precisam se unir para combater as
mudanças que a comprometem.
D) Em sua tese, Lya Luft defende a autonomia da
língua e a necessidade de excluir os
estrangeirismos.
E) Não é preciso negar os estrangeirismos, pois as
palavras podem ser adaptadas através da
modificação da terminação.
Questão 02
04
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0Mjo1NyAtMDMwMA==
Observe: “...ler e escrever são para mim tão naturais
quanto respirar”. Assinale a alternativa em que
também deve ser usado o pronome MIM.
A) Ele pegou o dicionário para ______ procurar o
significado da palavra.
B) Essa era razão suficiente para _____ continuar a
pesquisa.
C) Aquela situação precisava ser resolvida entre
_____ e você.
D) O pronome _____ nunca funciona como
complemento de verbo.
E) Ele agiu dessa forma para que _______
reconhecesse meus erros.
Questão 03
De acordo com a norma culta da língua, em uma das
alternativas abaixo, as duas construções são
possíveis.Aponte-a.
A) Nem tudo são flores na vida de um professor.
Nem tudo é flores na vida de um professor.
B) Fui eu que dei a última palavra.
Fui eu que deu a última palavra.
C) São meio-dia.
É meio-dia.
D) Chegou as férias e pudemos descansar.
Chegaram as férias e pudemos descansar.
E) Vossa Senhoria se enganou na remessa da
mercadoria.
Vossa Senhoria se enganastes na remessa da
mercadoria.
Questão 07
Assinale a alternativa em que o conteúdo dos
parênteses NÃO corresponde à ideia que a palavra
destacada retoma no texto.
A) “...não escrevo ISSO para dar meu currículo...”
(as credenciais da autora)
B) “...nem A conter num regime policialesco.”
(camisa de força)
C) “...esta velha tradutora que dedicou a ISSO
milhares de horas de sua vida.” (tradução das
palavras)
D) “ISSO, além do mais, nos colocaria na rabeira do
mundo civilizado...” (tentativa de tradução)
E) “ISSO nem as humilhou, nem as perverteu...”
(a incorporação de estrangeirismos)
Questão 04
Assinale a alternativa que pode substituir a oração
destacada em: “A língua incorpora esses termos
SE SÃO ÚTEIS, e os adapta ao seu sistema.”, sem
prejuízo semântico.
A) embora sejam úteis.
B) por mais que sejam úteis.
C) porque são úteis.
D) conforme sejam úteis.
E) caso sejam úteis.
Questão 06
Marque a alternativa que apresenta a mesma
construção da destacada em: “De vez em quando,
INVENTA-SE alguma reforma...”.
A) Precisa-se de professores com experiência.
B) Trata-se de um problema linguístico.
C) Referia-se a transformações na língua.
D) Dirigia-seao diretor da instituição.
E) Encontram-se vários dicionários nesta biblioteca.
Questão 05
Uma das orações destacadas abaixo se classifica de
maneira diferente das demais.Assinale-a.
A) “...mas para dizer QUE NÃO DESCONHEÇO O
ASSUNTO...”
B) “...crônica de jornal e poemas avulsos, QUE AOS
POUCOS FORAM SENDO PUBLICADOS EM
LIVROS...”
C) “...uma parcela imensa dos termos QUE HOJE
USAMOS...”
D) “...esta velha tradutora QUE DEDICOU A ISSO
MILHARES DE HORAS DE SUAVIDA.”
E) “...uma postura de inferioridade QUE NOS FAZ
GASTAR ENERGIAS...”
Questão 08
05
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0Mjo1NyAtMDMwMA==
Assinale a única alternativa em que o termo
destacado poderia ser substituído pelo pronome
LHE.
A) “...esta velha tradutora que dedicou A ISSO
milhares de horas de sua vida.”
B) “...traduzindo OBRAS LITERÁRIAS do inglês e
do alemão.”
C) “Não escrevo isso para dar MEU CURRÍCULO...”
D) “Mas, por favor, não tentem defender NOSSO
PORTUGUÊS de estrangeirismos...”
E) “Nenhum gramático ou legislador, brilhante ou
tacanho, poderá botar ESSA DAMA em camisa de
força...”
Questão 09
responda às questõesLeia o texto abaixo e
propostas.
Texto 2:
Esta é uma declaração de amor: amo a língua
portuguesa. E ela não é fácil. Não é maleável. E,
como não foi profundamente trabalhada pelo
pensamento, a sua tendência é a de não ter sutileza e
de reagir às vezes como um verdadeiro pontapé
contra os que temerariamente ousam transformá-la
numa linguagem de sentimento e de alerteza. E de
amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio
para quem escreve. Sobretudo para quem escreve
tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de
superficialidade.
Às vezes ela reage diante de um pensamento
mais complicado. Às vezes se assusta com o
imprevisível de uma frase.
Eu gosto de manejá-la como gostava de estar
montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas às vezes
lentamente, às vezes a galope.
Eu queria que a língua portuguesa chegasse
ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os
que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não
bastaram para nos dar para sempre uma herança de
língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos
fazendo do “túmulo do pensamento” alguma coisa
que lhe dê vida.
Essas dificuldades nós temos. Mas não falei
do encantamento de lidar com uma língua que não foi
aprofundada.
O que recebi de herança não me chega.
Se eu fosse muda, e também não pudesse
escrever, e me perguntassem a que língua eu queria
pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas
como não nasci muda e pude escrever, tornou-se
absolutamente claro para mim que eu queria mesmo
era escrever em português. Eu até queria não ter
aprendido outras línguas, só para que a minha
abordagem do português fosse virgem e límpida.
Declaração de amor
(Clarice Lispector)
Assinale a alternativa em que Lya Luft demonstra
considerar a língua portuguesa tão incontrolável
quanto a considera Clarice Lispector.
A) “Antes disso fiz mestrado em linguística, e fui
professora dessa matéria em uma faculdade
particular durante dez anos. Não escrevo isso
para dar meu currículo, mas para dizer que não
desconheço o assunto: ler e escrever são para
mim tão naturais quanto respirar, e conheço
alguma teoria.”
B) “Nosso idioma, o português do Brasil, me é íntimo,
querido, respeitado, amado – e está em mim como
a própria alma. Aliás, a psique se reconhece, se
analisa e se expressa através das palavras.”
C) “Nenhum gramático ou legislador, brilhante ou
tacanho, poderá botar essa dama em camisa de
força, nem a conter num regime policialesco. Ela
continuará sua trajetória, talvez sacudindo a
cabeça diante das nossas desajeitadas tentativas
de controlá-la.”
D) “Como dirá qualquer bom professor de português,
ou qualquer linguista dedicado, estudioso, uma
parcela imensa dos termos que hoje usamos, que
por muito usados pela classe culta foram
dicionarizados – o dicionário sempre corre atrás
da realidade –, começou como estrangeirismo.”
E) “L ínguas a l tamente c iv i l i zadas usam
“estrangeirismos” livremente, sem culpa nem
preconceito, como fator de expressividade. Isso
nem as humilhou, nem as perverteu...”
Questão 10
Luís de Camões foi um escritor português do século
XVI. Sua obra mais importante foi “Os Lusíadas”,
onde cantou em versos os feitos de sua pátria. Em
“Um Camões e outros iguais não bastaram para nos
dar para sempre uma herança de língua já feita.”,
Clarice Lispector quer dizer que:
A) Nossa língua se estagnou e não deve sofrer mais
modificações.
B) Na verdade, Brasil e Portugal sempre tiveram
idiomas diferentes.
C) Os escri tores portugueses sempre se
consideraram melhores que os brasileiros.
D) Camões não conseguiu esgotar todas as
possibilidades da língua portuguesa.
E) Escritores brasileiros e portugueses se
complementam.
Questão 11
06
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0Mjo1NyAtMDMwMA==
Assinale a alternativa em que o acento grave
indicativo de crase foi INDEVIDAMENTE colocado.
A) À medida que caminhava, recordava-se da
infância.
B) O professor sentou-se à direita do secretário.
C) Nós informamos à diretora o problema nas
avaliações.
D) Todos têm direito ao acesso à educação.
E) Frente à frente, os dois se olharam e sorriram.
Questão 15
Assinale a alternativa em que as palavras destacadas
no trecho abaixo foram correta e respectivamente
identificadas.
“E, como não foi profundamente trabalhada pelo
pensamento, a sua TENDÊNCIA é a de não ter
sutileza e de reagir às vezes como um verdadeiro
pontapé contra OS que temerariamente ousam
transformá-LA numa linguagem DE sentimento E de
alerteza.”
A) substantivo – artigo definido – pronome
demonstrativo – conjunção – preposição.
B) substantivo – pronome demonstrativo – pronome
pessoal oblíquo – preposição – conjunção.
C) adjetivo – artigo definido – pronome pessoal reto –
conjunção – verbo.
D) adjetivo – pronome pessoal oblíquo – pronome
pessoal reto – conjunção – verbo.
E) advérbio – pronome pessoal oblíquo – preposição
– preposição – conjunção.
Questão 12
A palavra destacada em “...um verdadeiro
PONTAPÉ...” foi formada pelo processo de:
A) derivação prefixal.
B) derivação sufixal.
C) derivação regressiva.
D) composição por justaposição.
E) composição por aglutinação.
Questão 13
Assinale a frase corretamente pontuada.
A) Quando pequena, as palavras me pareciam,
doces como caramelos.
B) Lembro-me de que, por um tempo detestei meu
nome tão curtinho.
C) Como lia muito, a linguagem cedo, fez parte da
minha vida.
D) Em horas de insônia, bastava estender a mão e ter
a companhia de um livro.
E) Ficava do outro lado da casa, a biblioteca de meu
pai.
Questão 14
07
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0NDozMSAtMDMwMA==
responda às questõesLeia o texto abaixo e
propostas.
O primeiro dever passado pelo novo professor
de português foi uma descrição tendo o mar como
tema. A classe se inspirou, toda ela, nos encapelados
mares de Camões, aqueles nunca dantes
navegados, o episódio do Adamastor foi reescrito
pela meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia na
saudade das praias do Pontal onde conhecera a
liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de
minha descrição.
Padre Cabral levara os deveres para corrigir
em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene,
anunciou a existência de uma vocação autêntica de
escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem
com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza,
afirmou, que o autor daquela página seria no futuro
um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu
acabara de completar onze anos.
Passei a ser uma personalidade, segundo os
cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos
campeões de matemática e de religião, dos que
obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de
Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos.
Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação
permanente durante os dois anos em que estudei no
colégio dos jesuítas.Houve, porém, sensível mudança na limitada
vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob
sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua
estante. Primeiro “As viagens de Gulliver”, depois
clássicos portugueses, traduções de ficcionistas
ingleses e franceses. Data dessa época minha paixão
por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer
Mark Twain, o norte-americano não figurou entre os
prediletos do padre Cabral.
Recordo com carinho a figura do jesuíta
português erudito e amável. Menos por me haver
anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o
amor aos livros, por me haver revelado o mundo da
criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois
anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão,
minha primeira prisão.
Nasce um escritor
(Jorge Amado)
CONHECIMENTOS BÁSICOS
Qual das opções abaixo melhor se relaciona ao
sentimento que o padre Cabral deixa transparecer ao
ler o texto do menino em sala?
A) Abnegação.
B) Admiração.
C) Subserviência.
D) Desprendimento.
E) Solicitude.
Questão 02
Assinale a única afirmação que tem base no texto.
A) Os alunos do internato sentiam-se oprimidos e em
seus trabalhos escolares manifestavam as
saudades de casa.
B) O destaque que passou a ter na escola fez com
que o menino se sentisse valorizado, o que lhe
imprimiu um sentimento de isolamento.
C) No internato, longe da terra que tanto amava, o
menino experimentou pela primeira e única vez a
sensação de aprisionamento.
D) O padre, ao ler a redação, se conteve nos elogios
para que o menino não se sentisse discriminado
entre os colegas de classe.
E) Pelo contexto, percebe-se que, no internato dos
padres jesuítas, os alunos eram incentivados a ler
textos de autores clássicos.
Questão 01
A regência do substantivo CERTEZA nos permite
perceber a omissão de uma preposição na introdução
da oração destacada em: “Tinha certeza, afirmou,
QUE O AUTOR DAQUELA PÁGINA SERIA NO
FUTURO UM ESCRITOR CONHECIDO.”Aponte-a.
A) a
B) para
C) com
D) em
E) de
Questão 03
Em: “...das praias do Pontal onde CONHECERA a
liberdade e o sonho.” (parágrafo 1), a forma verbal
simples destacada corresponde à composta:
A) foi conhecido.
B) tinha sido conhecido.
C) havia conhecido.
D) seria conhecido.
E) foi sendo conhecido.
Questão 04
Português
08
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo0NDozMSAtMDMwMA==
Pelo contexto, a vírgula abaixo poderia ser
substituída por uma conjunção, sem alteração no
sentido da frase.Aponte-a.
“Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-
americano não figurou entre os prediletos do padre
Cabral.”
A) portanto
B) por isso
C) embora
D) porque
E) porém
Questão 05
Assinale a opção em que as palavras foram
acentuadas seguindo, respectivamente, as mesmas
regras de acentuação de JESUÍTAS e PORTUGUÊS.
A) amável – país.
B) balaústre – jequitibá.
C) também – hermético.
D) espécie – Ilhéus.
E) férias – literário.
Questão 06
Assinale a opção que indica correta e
respectivamente a função sintática dos termos
destacados abaixo.
“...o episódio do Adamastor foi reescrito PELA
MENINADA.” (parágrafo 1)
“Pediu que escutassem com atenção o dever QUE ia
ler.” (parágrafo 2)
“Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde
brilhavamALUNOS MAIS VELHOS.” (parágrafo 3)
A) agente da passiva – objeto direto – sujeito.
B) complemento nominal – sujeito – objeto direto.
C) objeto direto – adjunto adverbial – objeto direto.
D) sujeito – objeto indireto – predicativo do sujeito.
E) sujeito – adjunto adnominal – objeto indireto.
Questão 07
09
CONHECIMENTOS BÁSICOS
Texto para responder às questões de 01 a 15.
O encontro
Maria da Piedade Lourenço era uma mulher
miúda e nervosa, com uma cabeleira pardacenta,
malcuidada, erguida, como uma crista, no alto da
cabeça. Ludo não conseguia distinguir-lhe os
pormenores do rosto. Todavia, deu pela crista.
Parece uma galinha, pensou, e logo se arrepende por
ter pensado aquilo. Andara nervosíssima nos dias
que antecederam a chegada da filha. Quando esta
lhe surgiu à frente, porém, veio-lhe uma grande
calma. Mandou-a entrar. A sala estava agora pintada
e arranjada, soalho novo, portas novas, tudo isso às
custas do vizinho, Arnaldo Cruz, que também fizera
questão de oferecer as mobílias. Comprara o
apartamento a Ludo, concedendo-lhe o usufruto
vitalício do mesmo, e comprometendo-se a pagar os
estudos de Sabalu até este concluir a universidade.
A mulher entrou. Sentou-se numa das
cadeiras, tensa, agarrada à bolsa como a uma boia
de salvação. Sabalu foi buscar chá e biscoitos.
Não sei como a hei de chamar.
Pode chamar-me Ludovica, é o meu nome.
Um dia poderei chamá-la mãe?
Ludo apertou as mãos de encontro ao ventre.
Podia ver, através das janelas, os ramos mais altos
da mulemba. Nenhuma brisa os inquietava.
Sei que não tenho desculpa, murmurou: Era
muito nova, e estava assustada. Isso não justifica o
que fiz.
Maria da Piedade arrastou a cadeira para
junto dela. Pousou a mão direita no seu joelho:
Não vim a Luanda para cobrar nada. Vim para
a conhecer. Quero levá-la de volta para a nossa terra.
Ludo segurou-lhe a mão:
Filha, esta é a minha terra. Já não me
resta outra.
Apontou para a mulemba:
Tenho visto crescer aquela árvore. Ela viu-me
envelhecer a mim.
Conversamos muito.
Asenhora há de ter família emAveiro.
Família?!
Família, amigos, eu sei lá.
Ludo sorriu para Sabalu, que assistia a tudo,
muito atento, enterrado num dos sofás:
A minha família é esse menino, a mulemba lá
fora, o fantasma de um cão. Vejo cada vez pior. Um
oftalmologista, amigo do meu vizinho, esteve aqui em
casa, a observar-me. Disse-me que nunca perderei a
vista por completo. Resta-me a visão periférica.
Hei de sempre distinguir a luz, e a luz neste país é
uma festa. Em todo o caso, não pretendo mais:
A luz, Sabalu a ler para mim, e a alegria de uma romã
todos os dias.
AGUALUSA, José Eduardo. .
Rio de Janeiro: Foz, 2012.
Teoria Geral do Esquecimento
Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.
I. A inevitabilidade do encontro com o passado se
dá quando Maria da Piedade Lourenço, filha de
Ludo, a conhece pessoalmente.
II. O primeiro momento é de estranhamento.
Depois, há a tentativa de fuga de Ludo para evitar
o reconhecimento dos fatos.
III. Por fim, a aceitação de que, sem o
reconhecimento de lembranças, só há
esquecimento.
IV. Em sua memória, Ludo se recupera de seu lugar
primeiro com uma facilidade indiscutível. Seu
corpo para ela é uma realidade próxima ao
mundo e aos outros corpos.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I e IV.
B) II, III e IV.
C) I, II e III.
D) II e III.
E) I, III e IV.
Questão 01
No primeiro parágrafo, ao descrever Maria da
Piedade Lourenço, o autor estabelece uma relação
de adversidade através do uso da palavra:
A) como.
B) todavia.
C) quando.
D) logo.
E) e.
Questão 02
10
Sobre os elementos destacados do fragmento
“Andara nervosíssima nos dias que antecederam a
chegada da filha.”, leia as afirmativas.
I. A palavra CHEGADA foi formada por derivação
parassintética.
II. ANDARA é um verbo no pretérito mais-que-
perfeito.
III. NOS DIAS é uma locução adverbial.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I.
B) I e III.
C) I e II.
D) II.
E) II e III.
Do ponto de vista da norma culta, a única substituição
que poderia ser feita, sem alteração de valor
semântico e linguístico, seria:
A) “Vim para a conhecer.” = Vim para conhecê-la.
B) “Ludo não conseguia distinguir-lhe os
pormenores do rosto.” = Ludo lhe não conseguia
distinguir os pormenores do rosto.
C) “Comprara o apartamento a Ludo, concedendo-
lhe o usufruto vitalício do mesmo” = Comprara o
apartamento a Ludo, lhe concedendo o usufruto
vitalício do mesmo.
D) “Sentou-se numa das cadeiras, tensa, agarrada à
bolsa como a uma boia de salvação.” = Se sentou
numa das cadeiras, tensa, agarrada à bolsa
como a uma boia de salvação.
E) “Já não me resta outra.” = Já não resta-me outra.
“Quando ESTA lhe surgiu à frente, porém, veio-lhe
uma grande calma.”
O uso da forma destacada do demonstrativo, no
contexto, se justifica em razão de:
A) marcarum tempo atual ao ato da fala.
B) referir-se aos termos que destacam o emissor.
C) fazer referência ao que se vai dizer, no interior do
discurso.
D) estabelecer referência com o elemento
antecedente mais próximo.
E) introduzir o que vai ser dito posteriormente.
Questão 03
Questão 05
Questão 04
Em “Disse-me QUE nunca perderei a vista por
completo”, o componente destacado é um(a):
A) pronome relativo.
B) pronome interrogativo.
C) pronome apassivador.
D) partícula expletiva.
E) conjunção integrante.
A frase “Ela viu-me envelhecer a mim.”, como efeito
expressivo, é exemplo de:
A) hipérbole.
B) pleonasmo.
C) prosopopeia.
D) eufemismo.
E) anáfora.
“Comprara o apartamento a Ludo, concedendo-lhe o
usufruto vitalício do mesmo, e comprometendo-se a
pagar os estudos de Sabalu até este concluir a
universidade.”
A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos
gramatical, sintático e semântico, analise as
afirmativas a seguir.
I. A primeira oração poderia ser iniciada pela forma
composta HAVIA COMPRADO, sem perda de
sentido.
II. Não há referente, no texto, que justifique o uso do
pronome LHE.
III. SE, dentro da oração a que pertence, é índice de
indeterminação do sujeito.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
A) I.
B) II.
C) I e III.
D) I e II.
E) II e III.
Questão 06
Questão 07
Questão 08
11
Sobre as formas verbais destacadas em “(1) HEI de
sempre distinguir a luz, e a luz neste país (2) É uma
festa.”, é correto afirmar que a(s):
A) duas formas indicam situação provável.
B) forma 1 está no futuro do pretérito e a forma 2, no
presente do indicativo.
C) forma 2 estabelece expectativa futura.
D) duas formas estão na terceira pessoa do singular.
E) duas formas estão no presente do indicativo.
De acordo com os estudos de regência verbal e com o
padrão culto da língua, leia as afirmações sobre os
verbos destacados em “ANDARA nervosíssima nos
dias queANTECEDERAM a chegada da filha.”.
I. As duas formas verbais compõem o predicado
verbo-nominal.
II. A primeira forma destacada indica basicamente
estado.
III. As duas flexões indicam que o verbo é núcleo do
predicado a que pertencem.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I.
B) II.
C) I e III.
D) I e II.
E) II e III.
Sintaticamente, o segmento destacado está
corretamente analisado em:
A) “Sentou-se numa das cadeiras, TENSA,
agarrada à bolsa como a uma boia de salvação..”
/predicativo do sujeito.
B) “Pode chamar-me LUDOVICA, é o meu nome.”
/sujeito.
C) “Disse-me QUE NUNCA PERDEREI A VISTA
POR COMPLETO.”/ objeto indireto.
D) “SABALU foi buscar chá e biscoitos.”/ aposto.
E) “Ludo segurou-LHE a mão” / complemento
nominal.
Na frase “Quando esta lhe surgiu à frente, PORÉM,
veio-lhe uma grande calma.”, a palavra em destaque
apresenta a seguinte relação:
A) aditiva.
B) causal.
C) adversativa.
D) consecutiva.
E) concessiva.
Questão 09 Questão 12
Questão 13
Questão 11
No contexto do último período do texto, o sentido da
expressão destacada em “EM TODO O CASO, não
pretendo mais” é equivalente ao de:
A) apesar disso.
B) de outra forma.
C) uma vez que.
D) de qualquer modo.
E) provavelmente.
Questão 10
12
Considere as seguintes afirmações sobre aspectos
da construção do texto:
I. No fragmento “A sala estava agora pintada e
arranjada, soalho novo, portas novas, tudo isso
às custas do vizinho.”, os adjetivos concordam
adequadamente em gênero e número com os
substantivos aos quais se referem.
II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase,
oA, em todas as ocorrências no segmento “Asala
estava agora pintada e arranjada, soalho novo,
portas novas, tudo isso às custas do vizinho,
Arnaldo Cruz, que também fizera questão de
oferecer as mobílias.”, poderia ser acentuado.
III. Na frase “Quero levá-LA de volta para a nossa
terra.”, o elemento destacado substitui Maria da
Piedade.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I e II.
B) II e III.
C) I.
D) II.
E) III.
Ao se passar o verbo destacado em “COMPRARA o
apartamento a Ludo” para a voz passiva analítica, a
forma correta na transposição seria:
A) Comprara-se.
B) Será comprado.
C) Seria comprado.
D) Fora comprado.
E) Foi comprado.
Questão 14
Questão 15
13
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo1ODowMyAtMDMwMA==
LÍNGUA PORTUGUESA
responda às questõesLeia o texto abaixo e
propostas.
Casou-se com o viúvo de espessa barba,
embora sabendo que antes três esposas haviam
morrido. E com ele subiu em dorso de mula até o
sombrio castelo.
Poucos dias haviam passado, quando ele a
avisou de que num cômodo jamais deveria entrar. Era
o décimo quinto quarto do corredor esquerdo, no
terceiro andar. A chave, mostrou, estava junto com as
outras no grande molho. E a ela seria entregue, tão
certo estava de que sua virtude não lhe permitiria
transgredir a ordem.
E não permitiu, na semana toda em que o
marido ficou no castelo. Mas chegando a
oportunidade da primeira viagem, despediu-se ela
acenando com a mão, enquanto com a outra
apalpava no bolso a chave proibida.
Só esperou ver o marido afastar-se caminho
abaixo. Então, rápida, subiu as escadas do primeiro,
do segundo, do terceiro andar, avançou pelo
corredor, e ofegante parou frente à décima quinta
porta.
Batia seu coração, inundando a cabeça de
zumbidos. Tremia a mão hesitante empunhando a
chave. Nenhum som vinha além da pesada porta de
carvalho. Apenas uma fresta de luz escorria junto ao
chão.
Devagar botou a chave na fechadura.
Devagar rodou, ouvindo o estalar de molas e
linguetas. E empurrando lentamente, bem
lentamente, entrou.
No grande quarto, sentadas ao redor da
mesa, as três esposas esperavam. Só faltava ela
para completar o jogo de buraco.
De um certo tom azulado
(COLASANTI, Marina.
Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
p. 115-116)
Contos de amor rasgados.
Questão 01
É correto afirmar que a complicação do miniconto “De
um certo tom azulado” é:
A) o casamento com um homem três vezes viúvo.
B) a chave estar junto com as outras chaves no
molho.
C) a certeza de que a mulher era virtuosa.
D) a mulher poder transitar por todo o castelo, exceto
por um cômodo.
E) a hesitação da mulher em abrir a porta proibida.
Questão 02
No texto, as principais características da mulher são:
A) subserviência e insegurança.
B) lealdade e medo.
C) sensibilidade e submissão.
D) cinismo e perspicácia.
E) curiosidade e teimosia.
Questão 03
A alternativa que substitui o fragmento “[...] embora
sabendo que antes três esposas haviam morrido.”, de
acordo com a norma-padrão e sem alteração de
sentido, é:
A) no entanto, sabia que antes três esposas haviam
morrido.
B) caso soubesse que antes três esposas haviam
morrido.
C) apesar de saber que antes três esposas haviam
morrido.
D) porque sabia que antes três esposas haviam
morrido.
E) quando soube que antes três esposas haviam
morrido.
Questão 04
sentido,No último parágrafo, a relação de
estabelecida pela preposição PARA, é de:
A) propriedade.
B) finalidade.
C) procedência.
D) modo.
E) destino.
Questão 05
No fragmento “[...] EM QUE o marido ficou no
castelo.” (parágrafo 3), os elementos destacados
retomam a expressão:
A) a ordem.
B) sua virtude.
C) na semana toda.
D) no castelo.
E) as escadas.
14
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo1ODowMyAtMDMwMA==
Questão 06
Assinale a alternativa em que há omissão do sinal
indicativo da crase que, de acordo com a
norma-padrão, deveria ser usada.
A) Só faltava ela completarAjogada.
B) Encaminhou-se em direçãoAdegraus da escada.
C) Entregou o molho de chavesAela.
D) Apenas uma fresta de luz escorria juntoAporta.
E) Dirigiram-seAcavalo para o castelo.
Questão 10
Em “Devagar botou a chave na fechadura. Devagar
rodou, ouvindo o estalar de molas e linguetas. E
empurrando lentamente, bem lentamente, entrou.”, a
figura de linguagem predominante é a:
A) hipérbole.
B) personificação.
C) antítese.
D) gradação.
E) catacrese.
Questão 07
Na proposta de uma nova redação para ideias do
texto, cometeu-se um erro quanto à concordância
verbal em:
A)Casou-se com o viúvo três esposas.
B) Havia várias chaves no molho.
C) Bateu acelerado o coração da mulher.
D) Estalaram as molas e linguetas.
E) Inundaram a cabeça os zumbidos.
Questão 08
Os complementos dos verbos transitivos dos trechos
transcritos foram, de acordo com a norma-padrão,
corretamente substituídos por pronomes oblíquos,
EXCETO na alternativa:
A) “[...] apalpava no bolsoACHAVE PROIBIDA.”
... apalpava-Ano bolso.
B) “[...] ver O MARIDO afastar-se caminho abaixo.”
... vê-LO afastar-se caminho abaixo.
C) “Então, rápida, subiuAS ESCADAS [...]”
Então, rápida, subiu-AS...
D) “Só faltava ela para completar O JOGO DE
BURACO.”
Só faltava ela para completá-LO.
E) “[...] transgredirAORDEM.”
... transgredir-LHE.
Questão 09
Quanto à formação da palavra destacada em “Só
esperou ver o marido afastar-se CAMINHO abaixo.”,
é correto afirmar que foi formada por:
A) derivação regressiva.
B) composição por justaposição.
C) derivação parassintética.
D) composição por aglutinação.
E) derivação sufixal.
15
��
�������	
�����
��
����������
��
��
��
��
��
����������
��
��
��
��
��
����������
��
��
��
��
��
��������� 
��
��
��
��
��
��
�������	
�
�
�
�
�
�
�������	
�
�
�
�
�
�
�������	
�
�
�
�
�
�
�������	
�
�
�
�
�
�
��
�������	
�
�
�
�
�
�
�������	�
�
�
�
�
�
�������	��
�
�
�
�
�
�������	��
�
�
�
�
�
�������	��
�
�
�
�
�
�������	��
�
�
�
�
�
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo1NDoxMiAtMDMwMA==
Concurso Público – Prefeitura Municipal de São Luís Téc. Nível Superior - Artes 
 
Língua Portuguesa 
 
Leia o TEXTO 1 e responda às questões de 01 a 07. 
 
TEXTO 1 
 
SEXO FORTE 
 
 Ao contrário do que comumente se pensa, a 
luta pela emancipação feminina não é uma 
característica da modernidade. Pesquisas recentes 
mostram que as mulheres, desde o período colonial, 
estiveram integradas ao processo de povoamento e de 
circulação de riquezas no país. Lideraram famílias e 
negócios e, mais ainda, quando estavam insatisfeitas 
com o casamento não se acanhavam em pedir o 
divórcio. Já no século XVII, muitas habitantes da 
colônia demonstravam grande coragem 
acompanhando maridos ou filhos que se 
embrenhavam no sertão, desbravando terras virgens e 
fundando vilarejos. Outras, tendo ficado viúvas e 
sozinhas, davam continuidade às atividades antes 
desenvolvidas pelos homens da casa. Muitas 
deixaram sua marca na história [...] 
 Processos datados dos séculos XVIII e XIX 
mostraram que as mulheres, enfrentando preconceitos 
e muitas vezes a truculência dos próprios maridos, 
sabiam muito bem como lutar para libertar-se de um 
casamento infeliz. Curiosamente, as ações de 
divórcios eram, na maioria, movidas por mulheres e 
aceitas pelo tribunal eclesiástico, especialmente nos 
casos de adultérios e maus-tratos. Cabe esclarecer 
que desde a Colônia até o final do Império, os pedidos 
de separação e de anulação de matrimônio eram 
julgados pelo tribunal eclesiástico, pois tratava-se de 
assunto da alçada da Igreja, que embora aceitasse 
legalmente os pedidos de divórcio, exigindo a 
separação de corpos e bens, não permitia que os 
cônjuges contraíssem novas núpcias. 
 
(Eni Mesquita Sâmara, Revista Nossa História, Ano 2, nº. 17) 
 
01 
Em relação ao conteúdo do TEXTO 1, é CORRETO 
afirmar que 
a) a emancipação feminina não é um fenômeno 
recente. 
b) os séculos XVIII e XIX marcam o início das ações 
emancipatórias da mulher. 
c) o divórcio foi a única demonstração de coragem na 
história da mulher. 
d) por ser movido pela mulher, o divórcio era da 
alçada da Igreja. 
e) a ação do divórcio, nos séculos XVIII e XIX, era 
prerrogativa apenas da mulher. 
 
 
 
 
02 
O texto “Sexo forte” é, predominantemente, 
a) poético pelo caráter denotativo da linguagem. 
b) literário pela ênfase conotativa. 
c) narrativo pela presença da mulher como 
personagem. 
d) descritivo pelas informações históricas que contém. 
e) dissertativo pelo caráter lógico e denotativo. 
 
03 
Em “... lutar para libertar-se de um casamento infeliz”, 
em relação à classe gramatical das palavras 
destacadas, marque a opção CORRETA. 
a) conjunção/preposição 
b) partícula expletiva/preposição 
c) preposição/preposição 
d) pronome/conjunção 
e) conjunção/partícula expletiva 
 
04 
Sobre os termos sublinhados em “Outras, tendo ficado 
viúvas e sozinhas, davam continuidade às atividades 
antes desenvolvidas pelos homens da casa. Muitas 
deixaram sua marca na história.” pode-se afirmar que 
são 
a) pronomes indefinidos e referem-se a terra virgens. 
b) advérbios e modificam o adjetivo viúvas. 
c) numerais e quantificam atividades. 
d) pronomes indefinidos e referem-se a mulheres. 
e) advérbios e modificam o termo sozinhas. 
 
05 
Em “... muitas habitantes da Colônia demonstravam 
muita coragem acompanhando maridos ou filhos que 
se embrenhavam no sertão, desbravando terras 
virgens e fundando vilarejos.” o sentido do verbo em 
destaque é 
a) destacavam. 
b) metiam. 
c) perdiam. 
d) fixavam. 
e) isolavam. 
 
 
 
 
 
19
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo1NDoxMiAtMDMwMA==
Concurso Público – Prefeitura Municipal de São Luís Téc. Nível Superior - Artes 
 
06 
Em “... embora aceitasse legalmente os pedidos de 
divórcio, exigindo a separação de corpos e bens, não 
permitia que os cônjuges contraíssem novas núpcias.” 
o termo sublinhado expressa uma idéia de 
a) causa. 
b) concessão. 
c) conclusão. 
d) comparação. 
e) proporção. 
 
07 
No texto “Sexo forte”, a intenção do autor é transmitir 
dados da realidade de maneira objetiva e direta, 
fazendo uso da denotação. Nesse sentido, predomina 
no texto a função _________________ da linguagem. 
Qual a alternativa que pode tornar VERDADEIRA a 
afirmativa acima? 
a) conativa. 
b) poética. 
c) referencial. 
d) fática. 
e) metalingüística. 
 
Com base no TEXTO 2, responda às questões de 08 a 
13. 
 
TEXTO 2 
 
 A Missão Espacial Phoenix pousa em Marte 
às 20h30 do domingo 25. Será a primeira sonda a 
descer perto do pólo norte. É início da primavera e a 
temperatura varia entre 73 graus Celsius negativos e 
33 graus Celsius negativos, bem mais amena que os 
130 graus negativos do inverno. A Phoenix é dotada 
de um braço-robô de 2,4 metros para escavar o solo e 
coletar o gelo abaixo da superfície. Ao analisar 
amostras do solo e do gelo, a equipe de cem 
pesquisadores quer saber se Marte tem, ou já teve no 
passado, condições de suportar vida. “O objetivo é 
chegar até o gelo e estudá-lo para saber se o planeta 
é habitável”, diz o brasileiro Nilton de Oliveira Rennó, 
de 48 anos, professor da Universidade de Michigan. 
“Mas esse não é o maior sonho da missão. O que 
ninguém se atreve a dizer é que estamos atrás de 
vida. Seria fantástico se a gente encontrasse bactérias 
marcianas.” Rennó coordena a equipe de ciências 
atmosféricas, uma das quatro da Phoenix, projeto US$ 
420 milhões tocado pela Universidade do Arizona e 
pela NASA. 
 
(Peter Moon. Revista Época, 19 de maio de 2008) 
 
 
 
 
 
08 
Assinale a alternativa em que o verbo em destaque 
está no mesmo tempo verbal de teve em – “... ou já 
teve no passado, condições de suportar a vida.” 
a) Semeie também os seus sonhos. 
b) O pesquisador conseguira a escolha de seu 
projeto. 
c) Reflitamos sobre as conseqüências dessa missão. 
d) O engenheiro creu no objetivo escolhido. 
e) A cada instante Rennó construía seu sonho. 
 
09 
Assinale a alternativa que reescreve corretamente a 
oração destacada, de acordo com o sentido do 
contexto: “Ao analisar amostras do solo e do gelo, a 
equipe de cem pesquisadores quer saber se Marte 
tem...” 
a) Quando a equipe de cem pesquisadores analisar 
amostras do solo e do gelo... 
b) Por mais que analise amostras do solo e do gelo... 
c) Quanto mais analisar amostras do solo e do gelo... 
d) A fim de analisar amostras do soloe do gelo... 
e) Embora a equipe de cem pesquisadores analise 
amostras do solo e do gelo... 
 
10 
Identifique em qual das alternativas se reescreve, 
observando também a correção gramatical, a frase 
“Seria fantástico se a gente encontrasse bactérias 
marcianas.”, mantendo o sentido original. 
a) Seria fantástico caso encontrássemos bactérias 
marcianas. 
b) Poderá ser fantástico caso se encontre bactérias 
marcianas. 
c) Seria fantástico se por acaso a gente 
encontrássemos bactérias marcianas. 
d) Poderia ser fantástico se caso a gente 
encontrassem bactérias marcianas. 
e) Era fantástico conquanto se encontrasse bactérias 
marcianas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxODo1NDoxMiAtMDMwMA==
Concurso Público – Prefeitura Municipal de São Luís Téc. Nível Superior - Artes 
 
11 
“É início da primavera e a temperatura varia entre...” 
 
Preservando o contexto, esse trecho poderia ser 
reescrito de outra forma, atentando-se para uma 
coesão adequada, sem que o sentido original fosse 
alterado, conforme a sugestão da alternativa: 
a) Apesar do início da primavera onde a temperatura 
varia entre... 
b) Por mais que seja o início da primavera porque a 
temperatura varia entre... 
c) A menos que seja o início da primavera e a 
temperatura varie entre... 
d) Tanto que é o início da primavera e a temperatura 
varie entre... 
e) Como é início da primavera, a temperatura varia 
entre... 
 
12 
Assinale a alternativa em que o conectivo em destaque 
estabelece entre as orações o mesmo sentido expresso 
pela conjunção em “Mas esse não é o maior sonho da 
missão”. 
a) Esta é a parte favorita da missão assim que 
existem 20% de chances de problemas. 
b) Pedia ajuda a vários institutos, contudo foi 
ignorado. 
c) Quando seu sonho for realizado, ele vibrará com 
entusiasmo. 
d) Qualquer ajuda terrestre nesse sentido será 
inviável, pois um sinal de rádio leva dez minutos 
até Marte. 
e) As temperaturas sobem tanto que o sonho da 
missão se eleva. 
 
13 
Assinale a alternativa em que a substituição sugerida 
para o termo grifado está CORRETA, preservando o 
contexto e considerando a língua padrão. 
a) “... às 20h 30 do domingo 25...” -> 20h 30min 
b) “... primeira sonda a descer...” -> ao 
c) “... varia entre 73 graus Celsius negativos e 33 
graus...” -> de 
d) “...e estudá-lo para saber...” -> estudar-lhe 
e) “... para escavar o solo e coletar o gelo...” -> 
tratar... escolher... 
 
 
 
 
 
14 
Assinale a opção em que se encontra um exemplo que 
admite, de acordo com a gramática normativa, 
concordância verbal tanto no singular como no plural. 
a) Ofício, requerimento, carta, tudo já foi enviado. 
b) Qual de nós acredita nesse discurso? 
c) Os processos deste país são diversificados. 
d) Grande parte dos processos espera o parecer 
durante longo período. 
e) Pode haver pareceres curtos. 
 
Atente para a publicidade a seguir para responder à 
questão15. 
 
15 
 
 
(Revista Veja, 14 de maio, de 2008)
 
O texto publicitário acima, na sua construção apelativa, 
recorre a um princípio natural contextualizado por 
qualquer cidadão “O seu direito de IR e VIR”, que pode, 
de modo preciso e coerente, ser sintetizado por 
a) facilidade e subserviência. 
b) conforto e independência. 
c) liberdade e segurança. 
d) autonomia e prestígio. 
e) autoridade e limitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21
25
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA
O texto a seguir servirá de base para você respon-
der às questões de 1 a 3.
O MAPA DO CÉREBRO
Drauzio Varella
O cérebro humano é a estrutura mais complexa do 
Universo. Decifrar os mecanismos por meio dos quais 
ele consegue criar movimentos, percepções, pensa-
mentos, memórias e a consciência é o maior desafio 
científico de todos os tempos. 
Está prestes a ser criado o BAM – Brain Activity 
Map (Mapa da Atividade Cerebral) –, um megaprojeto 
organizado para desenvolver novas gerações de técni-
cas que permitam mapear a atividade de neurônio por 
neurônio, com precisão de milissegundos.
Parece pretensão paranoide, mas não é. A neuro-
ciência tem feito enormes avanços na tecnologia que tor-
nou possível estudar as funções de neurônios isolados.
Imagens do cérebro em ação podem ser obtidas 
através da ressonância magnética funcional, método 
que consiste em injetar na veia glicose marcada com 
isótopos radioativos, e analisar através da ressonância 
sua distribuição pelas diferentes áreas cerebrais, en-
quanto a pessoa realiza funções como andar, rir, olhar 
para figuras que despertam compaixão, raiva, atração 
sexual, solidariedade.
Apesar desses avanços, os mecanismos respon-
sáveis pela percepção, cognição e ação permanecem 
misteriosos porque resultam de interações em tempo 
real de grande número de neurônios, conectados em 
redes que formam circuitos de altíssima complexidade.
O projeto BAM propõe construir pontes que permi-
tam descrever e manipular as atividades desses circui-
tos e redes de neurônios e até de cérebros inteiros, com 
a precisão em microescala de neurônio por neurônio.
O programa tem três objetivos:
1) Construir ferramentas capazes de, a um só tempo, 
obter imagens da maioria ou de todos os neurô-
nios que fazem parte de cada circuito envolvido 
nas funções cerebrais;
2) Desenvolver métodos para interferir com o funcio-
namento de cada neurônio, desses circuitos;
3) Entender as funções essenciais de circuito por cir-
cuito.
Para atingir tais objetivos, é necessário criar pro-
gramas de informática capazes de armazenar, mani-
pular e compartilhar dados de imagens e propriedades 
fisiológicas, em larga escala, que serão compartilhados 
com todos os investigadores participantes. Será obriga-
toriamente um esforço de colaboração internacional en-
tre neurocientistas, físicos, engenheiros e teóricos que 
trabalham na academia ou na indústria.
Dentro de cinco anos, vai ser possível monitorar ou 
controlar dezenas de milhares de neurônios. Ao redor dos 
dez anos, esse número terá sido multiplicado por dez.
Aos 15 anos, já poderemos observar a ação si-
multânea de um milhão de neurônios. Nessa fase, es-
taremos aptos a avaliar a função do cérebro inteiro do 
minúsculo peixe-zebra – usado como modelo em labo-
ratório – ou de determinadas áreas do córtex cerebral 
de camundongos e de primatas.
Quando essa metodologia estiver disponível, po-
derá ser utilizada para diagnosticar e tratar distúrbios 
neuropsiquiátricos, ajudar na recuperação de funções 
perdidas depois de derrames cerebrais e criar teorias 
a respeito da cognição e do comportamento humano, 
baseadas em evidências.
Transtornos cerebrais devastadores como demên-
cias, esquizofrenia, depressão, autismo, epilepsia têm 
suas origens na desorganização das interações entre 
circuitos de neurônios, no interior do cérebro. Da mes-
ma forma, as perdas de movimentos voluntários provo-
cadas por derrames, paralisia cerebral, esclerose múl-
tipla ou traumatismos medulares que desconectam os 
centros cerebrais do restante do corpo, poderão ser tra-
tadas e corrigidas por meio dessas novas tecnologias.
As atividades econômicas envolvidas no BAM se-
rão comparáveis às do Projeto Genoma, que exigiu 
investimentos da ordem de U$ 3,8 bilhões, mas gerou 
U$ 800 bilhões de impacto econômico. O financiamento 
deverá vir de fontes governamentais e da iniciativa pri-
vada.
Lamento não estarmos vivos – você e eu, leitor – 
para assistirmos à descrição das bases neurais da 
consciência, o desafio maior.
A consciência seria uma característica especial e 
exclusiva de nossa espécie ou apenas um subprodu-
to natural de cérebros mais complexos, que emergiria 
como simples consequência da integração da experiên-
cia individual com as informações sensoriais?
Haverá resposta para indagações como essas?
VARELLA, Dráuzio. O mapa do cérebro. 
Folha de S. Paulo, 3 maio 2014.
 
 22 que 
citada 
a fonte.
2501 Levando-se em conta as informações contidas 
no texto, analise as afirmações a seguir.
I. O autor termina o seu texto se perguntando se a 
consciência seria algo inerente à nossa espécie ou 
se seria o resultado da interação entre as nossas 
informações sensoriais e nossas experiências in-
dividuais.
II. A frase do antepenúltimo parágrafo (“Lamento não 
estarmos vivos – você e eu, leitor – para assistir-
mos à descrição das bases neurais da consciên-
cia, o desafio maior.”) expressa a total descrença 
do autor em relação ao projeto.
III. A total ausência de vocativos indica que o autor, 
além de objetivo, não faz qualquer concessão no 
sentido de se dirigir ao leitor, o que mostra que se 
trata de um texto que se enquadra numa modali-
dade científica.
Está(ão) correta(s):
A) somente I.
B) somente II.
C) somente III. 
D) somente I e II.
E) somente II e III.
02 Levando-se em conta exclusivamente as infor-
mações do texto, assinale a afirmativa correta.
A) O principal objetivo do BAM é o de injetar na veia 
glicose marcada com isótopos radioativos para 
analisar os neurônios.
B) O BAM pretende analisar, através da ressonância, 
os neurônios das pessoas no momento em que 
estão realizando funções como andar, rir, olhar 
para pessoas que despertam compaixão.
C) O autor do texto critica o projeto BAM por conside-
rá-lo muito pretensioso.
D) Apesar de já existirem ferramentas capazes de, si-
multaneamente, obter imagens de todos os neurô-
nios do cérebro, o BAM pretende desenvolver tam-
bém métodos para interferir no funcionamento de 
cada neurônio.
E) Para a consecução do BAM, será necessária a co-
laboração de vários estudiosos e profissionais em 
escala internacional. 
03 Observe a frase a seguir, retirada do texto-base.
As atividades econômicas envolvidas no BAM serão 
comparáveis às do Projeto Genoma, que exigiu investi-
mentos da ordem de U$ 3,8 bilhões, mas gerou U$ 800 
bilhões de impacto econômico.
Em qual das alternativas a seguir temos um uso 
de crase que tem a mesma justificativa que teria a 
da ocorrência de crase utilizada em “às” na frase 
acima?
A) Ele assistiu à peça do seu melhor amigo.
B) Ele se refere à que saiu, mas todos ainda ficaram 
em dúvida.
C) A aula começou exatamente às dez horas da ma-
nhã.
D) Ninguém foi à festa depois dos últimos aconteci-
mentos.
E) Logo à entrada da fazenda, ele encontrou o carro 
perdido.
04 No quarto parágrafo, temos uma vírgula antes 
do “E”, perfeitamente justificável em função do con-
junto da frase e dos elementos que a compõem. Em 
qual das frases a seguir, pelo mesmo motivo, temos 
que adicionar uma vírgula antes do “E” para que a 
frase fique correta?
A) A consciência ecológica, pressuposto tão impor-
tante, deve ser mais trabalhada com os alunos 
para que compreendam e saibam explicar com 
mais profundidade a razão da preservação da 
Terra.
B) É importante ressaltar que, apesar de tudo, a con-
ferência foi organizada sem o patrocínio da rede 
privada e sem que os participantes precisassem 
arcar com qualquer custo adicional.
C) Muitas pesquisas são necessárias nas práticas 
médicas nas cidades e estados antes da realiza-
ção dessas conferências.
D) Temos de garantir que os médicos exerçam as 
suas funções de forma honesta, condição mínima 
para um bom tratamento e que estejam sempre 
acessíveis aos doentes.
E) Os vencedores foram convidados a participar da 
conferência como convidados da comissão orga-
nizadora e solicitados a apresentar seus trabalhos 
na conferência, motivo pelo qual todos ficaram 
contentes.
23
25
 
É permitida a reprodução, desde q ue citada a fonte. 
05 Leia o trecho a seguir:
Da mesma forma, as perdas de movimentos volun-
tários provocadas por derrames, paralisia cerebral, 
esclerose múltipla ou traumatismos medulares que 
desconectam os centros cerebrais do restante do cor-
po, poderão ser tratadas e corrigidas por meio dessas 
novas tecnologias.
Quando lemos alguns textos, é comum encontrar-
mos construções em que há uma distância muito 
grande entre o sujeito da frase e o verbo que corres-
ponde a ele. Na frase citada, por exemplo, o verbo 
“poder” vai para o plural (“poderão”) porque está 
concordando com o núcleo “perdas”, que aparece 
muitas palavras antes. Em função dessa distância 
ou da inversão da posição sujeito/verbo, é comum 
as pessoas errarem a concordância em algumas 
frases. Assinale a alternativa em que ocorreu um 
ERRO de concordância.
A) Internacionalmente e também no Brasil vêm sendo 
discutidas as inconsistências da tentativa de utili-
zar uma diretriz de revisão ética única para todas 
as pesquisas em saúde.
B) Embora tenha ocorrido apenas na esfera privada, 
esses problemas ainda permanecem sem solu-
ção, tanto aqui quanto na Europa.
C) Trata-se, apesar de tudo, de questões essenciais 
para a saúde e o bom desempenho funcional dos 
indivíduos que trabalham nessa empresa.
D) Já houve, tanto na esfera pública quanto na esfera 
privada, diversas manifestações de descontenta-
mento com o salário que se paga aos funcionários.
E) Intervêm, em situações muito semelhantes a essa, 
tantos fatores aleatórios que não há como prevê-
-los com muita antecedência.
06 Analise as frases a seguir.
A. Não podemos afirmar por que o cliente está bravo.
B. Não podemos afirmar porque o cliente está bravo.
C. O cliente está bravo e não sabemos afirmar por quê.
Avalie os comentários sobre essas frases, assina-
lando (V) para verdadeiro e (F) para falso.
( ) Na frase A, não sabemos qual é a razão de o clien-
te estar bravo.
( ) Na frase B, o motivo pelo qual não podemos afir-
mar algo é o fato de o cliente estar bravo.
( ) A frase C tem o mesmo sentido que o da frase A.
( ) A frase C está gramaticalmente incompleta.
Assinale a sequência correta, de cima para baixo.
A) V – F – V – F
B) V – F – F – F
C) V – V – V – F
D) F – V – F – V
E) V – F – F – V
07 Leia com atenção o trecho a seguir.
A ambiguidade é um problema de construção na produ-
ção da mensagem. Ela se dá a partir de vários fatores.
Como você deve ter observado, o pronome “ela” 
pode ter vários referentes (pode ser “ambiguida-
de”, “construção”, produção” ou “mensagem”), por 
isso, essa construção é considerada ambígua. Ago-
ra, analise as frases a seguir.
I. Atlético quebra invencibilidade do São Paulo em 
casa.
II. O deputado falou para os seus colegas que suas 
observações, quanto ao relatório apresentado, 
não deveriam ser revistas.
III. Policial atira em assaltante com arma de brinque-
do em São Paulo.
Assinale a alternativa que contém um comentário 
INCORRETO sobre essas frases.
A) A frase I é ambígua e uma das possibilidades de 
reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: 
“Em casa, Atlético quebra invencibilidade do São 
Paulo”.
B) A frase II é ambígua e uma das possibilidades de 
reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: 
“O deputado falou para os seus colegas que as 
observações dele, quanto ao relatório apresenta-
do, não deveriam ser revistas”.
C) A frase II é ambígua e uma das possibilidades de 
reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: 
“O deputado falou para os seus colegas que as 
observações deles, quanto ao relatório apresenta-
do, não deveriam ser revistas.
D) A frase III é ambígua e uma das possibilidades de 
reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: 
“Policial atira em assaltante que estava com arma 
de brinquedo”.
E) A frase III é ambígua e uma das possibilidades de 
reconstruí-la sem ambiguidade seria a seguinte: 
“Policial atira em assaltante portando uma arma 
de brinquedo”.
24
25
CONCURSO PÚBLICO – PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PIRAQUARA APLICAÇÃO: 19/10/2014
Elaboração: CEC – Núcleo de Concursos É permitida a reprodução, desde q ue citada a fonte. Folha 4/13
08 Observe a sequência de frases a seguir.
I. A moça saiu ontem à tarde. Assisti ao filme da 
moça.
II. A moça a cujo filme assisti saiu ontem à tarde.
Como você observou, houve adequação no uso do 
pronome relativo e obediência à regênciaverbal da 
norma padrão escrita. Assinale a alternativa em que 
houve erro em II na junção das frases contidas em I.
A) I. A moça saiu ontem à tarde. Reconheci a moça 
durante a festa.
 II. A moça que reconheci durante a festa saiu on-
tem à tarde.
B) I. A moça saiu ontem à tarde. Simpatizei com 
as ideias da moça.
 II. A moça com cujas ideias simpatizei saiu on-
tem à tarde.
C) I. A moça saiu ontem à tarde. Todos dispuseram 
das brilhantes ideias da moça.
 II. A moça de cujas brilhantes ideias todos sim-
patizaram saiu ontem à tarde.
D) I. A moça saiu ontem à tarde. Concordo plena-
mente com as ideias da moça.
 II. A moça cujas ideias concordo plenamente 
saiu ontem à tarde.
E) I. A moça saiu ontem à tarde. Todos adoram a 
moça.
 II. A moça que todos adoram saiu ontem à tarde.
09 Leia as palavras a seguir.
I. fábrica
II. revólver
III. decretará
Assinale a alternativa que indica a(s) palavra(s) cuja 
retirada do acento implica mudança de classe gra-
matical.
A) somente em I.
B) somente em II.
C) somente em III.
D) somente em I e II.
E) em I, II e III.
10 Leia os quadrinhos a seguir.
1
2
3
4
Laerte. In: <http://literarizando.wordpress.com/2011/04/11/figu-
ras-de-linguagem-ironia-e-eufemismo/>
Assinale a alternativa que contém uma afirmação 
INCORRETA sobre os quadrinhos de Laerte.
A) À medida que o personagem de óculos ameaça, 
o outro personagem (à esquerda de cada quadri-
nho) vai amenizando as acusações que faz contra 
ele.
B) No terceiro quadrinho, o autor emprega a forma 
verbal “espera”. Mantendo a uniformidade de tra-
tamento, caso quisesse substituir esse verbo pelo 
verbo “escutar”, empregaria a forma “escute”.
C) O último quadrinho mostra a ironia do autor ao co-
locar o personagem da esquerda invertendo com-
pletamente aquilo que tinha a dizer sobre o outro.
D) No terceiro e quarto quadrinhos, o autor transfor-
ma os pontos de exclamações em pontos de in-
terrogações, transformando suas afirmações em 
indagações.
E) No primeiro quadrinho, há uma acusação aberta 
contra o outro, mas, à medida que os quadrinhos 
evoluem, vai havendo uma suavização dessas 
mesmas acusações.
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxOTowMDoxNCAtMDMwMA==
responda às questõesLeia o texto abaixo e
propostas.
Texto 1:
A biosfera, o nome que a ciência dá à vida,
parece algo enorme, que se espalha por toda parte,
que nos cerca por cima, por baixo, pelos lados,
andando, voando e nadando. Pois toda essa única
maravilha se espreme sobre uma camada ínfima do
planeta. Quão ínfima? Toda a vida da Terra está
contida em 0,5% da massa superficial do planeta.
Metade de 1%. O restante é rocha estéril recobrindo o
núcleo de ferro incandescente. Imagine uma
metrópole do tamanho de São Paulo ou Nova Yorque
totalmente deserta, quente demais ou fria demais
para manter formas de vida, exceto por um único
quarteirão. A vida, ou a biosfera, torna-se uma
reserva ainda mais enclausurada e única quando se
sabe que nenhuma forma de vida, mesmo a mais
primitiva, jamais foi detectada fora dos limites do
planeta Terra. Se toda a biosfera terrestre se mantém
em uma parte ínfima do planeta Terra, este, por sua
vez, é um grão de areia. Sem contar o Sol, a Terra
responde por apenas 1/500 da massa total do
sistema solar. Medida em relação ao universo, a Terra
é menor que a menor partícula do átomo comparada
a seu núcleo. Essa bolinha azul e frágil que vaga pelo
infinito recebe agora seu habitante humano número
7 bilhões, reavivando a imorredoura questão sobre
até quando a população mundial poderá crescer sem
produzir colapso nos recursos naturais do planeta.
A pergunta se impõe porque o crescimento no
uso desses recursos forma uma curva estatística
impressionante. Em 1976, os 4 bilhões de habitantes
que então povoavam o planeta consumiam recursos
equivalentes a uma Terra, ou seja, a natureza
conseguia repor tudo o que lhe era tirado. Hoje, o
consumo de recursos naturais excede em 50% a
capacidade de reposição da natureza. A estimativa é
que, em 2030, será necessário o equivalente a duas
Terras para garantir o padrão de vida da humanidade.
O limite está no horizonte – Os recursos naturais
da Terra garantem a vida de seus 7 bilhões de
habitantes. A dúvida é até que ponto a população
poderá crescer sem que eles entrem em colapso.
(VILICIC, Filipe. O limite está no horizonte. In: Ed. 2
de novembro de 2011- p.130-132 / TextoAdaptado)
Revista Veja.
LÍNGUA PORTUGUESA
A expressão destacada em “TODA A vida da Terra
está contida em 0,5 % da massa superficial do
planeta” se substituída, na reescrita do período,
mantém o mesmo sentido em:
A) “Qualquer vida da Terra está contida em 0,5 % da
massa superficial do planeta”.
B) “A vida inteira da Terra está contida em 0,5 % da
massa superficial do planeta”.
C) “Outra vida da Terra está contida em 0,5 % da
massa superficial do planeta”.
D) “Alguma vida da Terra está contida em 0,5 % da
massa superficial do planeta”.
E) “Apenas a vida da Terra está contida em 0,5 % da
massa superficial do planeta”.
Questão 02
Para reforçar a ideia de que a biosfera seria algo
enorme, o autor:
A) atribui inúmeras qualidades à biosfera, sem,
contudo, enaltecê-la em função das qualificações.
B) critica em detalhes os equívocos verificados e
divulgados nessa concepção de amplidão.
C) pormenoriza as áreas de constatação da referida
camada, personificando-a por meio de ações.
D) revela que o nome dado à vida é simplório demais
para ser estudado cientificamente.
E) restringe a biosfera a uma camada inferior do
planeta, incapaz de transparecer amplitude.
Questão 01
Questão 03
26
Pelo que se pode inferir do texto a respeito do 
crescimento demográfico:
A) o planeta Terra tem condições de suportar
 7 bilhões de pessoas, tendo em vista o
 reconhecimento de que os recursos naturais
 são, totalmente, renováveis.
B) ainda que o crescimento demográfico seja uma
 constatação recente, não há razão de as
 gerações atuais demonstrarem preocupações
 com as gerações futuras.
C) o número de habitantes do planeta, mesmo que
 ultrapasse a capacidade de acomodação, não
 prejudicará a relação de consumo, dada a
 abundância de recursos naturais.
D) considerando-se o crescimento populacional, o
 consumo deve ser consciente, de modo que o
 uso dos recursos naturais seja compatível com a
 capacidade de reposição da natureza.
E) a base do desenvolvimento sustentável consiste
 no controle do uso dos recursos naturais, sem
 que, todavia, seja necessário frear os ímpetos de
 consumo.
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxOTowMDoxNCAtMDMwMA==
Assinale a alternativa em que se verificam,
respectivamente, os sinônimos dos vocábulos
destacados nos fragmentos abaixo.
“(...) toda essa única maravilha se espreme sobre
uma camada ÍNFIMAdo planeta.”
“A vida, ou a biosfera, torna-se uma reserva ainda
mais ENCLAUSURADA(...).”
A) íntima – afastada.
B) inexplorada – fechada.
C) volumosa – solitária.
D) importante – enjaulada.
E) diminuta – isolada.
Questão 04
Ao desenvolver a oração reduzida destacada em:
“A estimativa é que, em 2030, será necessário o
equivalente a duas Terras PARA GARANTIR O
PADRÃO DE VIDA DA HUMANIDADE”, com as
devidas alterações no período, verificamos o uso
correto da conjunção, sem que se altere o sentido
original, em:
A) “A estimativa é que, em 2030, será necessário o
equivalente a duas Terras, contanto que se
garanta o padrão de vida da humanidade.”
B) “A estimativa é que, em 2030, será necessário o
equivalente a duas Terras, ainda que se garanta o
padrão de vida da humanidade.”
C) “A estimativa é que, em 2030, será necessário o
equivalente a duas Terras, a fim de que se garanta
o padrão de vida da humanidade.”
D) “A estimativa é que, em 2030, será necessário o
equivalente a duas Terras, por mais que se
garanta o padrão de vida da humanidade.”
E) “A estimativa é que, em 2030, será necessário o
equivalente a duas Terras, ao passo que se
garanta o padrão de vida da humanidade.”Questão 06
No trecho a seguir: “Em 1976, os 4 bilhões de
habitantes QUE então povoavam o planeta
consumiam recursos equivalentes a uma Terra, ou
seja, a natureza conseguia repor tudo O QUE lhe era
tirado.”, as três palavras destacadas são,
respectivamente, segundo uma análise morfológica:
A) pronome relativo; pronome demonstrativo;
pronome relativo.
B) conjunção adverbial; artigo definido; conjunção
integrante.
C) conjunção integrante; pronome demonstrativo;
pronome relativo.
D) pronome relativo; pronome oblíquo; conjunção
adverbial.
E) conjunção integrante; artigo definido; conjunção
integrante.
Questão 05
A locução conjuntiva destacada no período a seguir:
“Medida em relação ao universo, a Terra é
MENOR QUE a menor partícula do átomo comparada
a seu núcleo.”, possui a mesma relação de sentido
que o apresentado em:
A) Se não pudermos escolher nossos amigos, quem
poderá?
B) A euforia do treinador era tanta que o tenista
sentiu-se envaidecido.
C) As aulas transcorriam, como foram previstas pela
direção do curso.
D) O atleta olímpico era tão rápido quanto um corpo
celeste em queda.
E) Como estava adoentado, não pôde comparecer
ao evento do clube.
Questão 07
27
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxOTowMDoxNCAtMDMwMA==
Assinale a alternativa em que o fenômeno da crase
esteja corretamente identificado:
A) Refiro-me àquilo. Entretanto, não posso
esclarecer o quê.
B) Chegaremos à tempo no aeroporto, não se
preocupe.
C) As condições miseráveis do povo, levaram-no à
ferozes denúncias.
D) Semana passada, nós assistimos à espetáculos
surpreendentes.
E) Respondi à todas as correspondências recebidas
Questão 11
Dado o seguinte fragmento do texto: “(...) as
empresas TÊM adotado, VOLUNTARIAMENTE,
cada vez mais os selos de certificação. (...).”,
responda às questões 9 e 10 abaixo:
A regra de acentuação do verbo TER, observada no
fragmento acima, incide também na alternativa:
A) Não permitiremos a ida de nossos filhos ao show,
ainda que ENTENDÊSSEMOS os seus motivos.
B) Gostaria que FÔSSEIS à exposição do artista
italiano, as obras dele são singulares.
C) Não DÊ tanta importância aos comentários feitos
ao seu trabalho, ele está magnífico.
D) Sairemos mais tarde da festa, porque os nossos
amigos VÊM pernoitar em nossa casa.
E) Os méd icos recomendaram que nos
PRECAVÊSSEMOS durante a viagem, devido à
forte gripe.
Questão 09
A circunstância ident i f icada no advérbio
“VOLUNTARIAMENTE” só NÃO é a mesma que a
apresentada em:
A) CALMAMENTE, os clientes aproximavam-se das
prateleiras.
B) As mulheres passavam, SUAVEMENTE, as mãos
nos tecidos.
C) Os consumidores PROVAVELMENTE comprarão
os novos produtos.
D) Apesar do tumulto, os clientes enchiam
ALEGREMENTE as sacolas.
E) Os meninos despediam-se, TRISTEMENTE, dos
últimos dias de aula.
Questão 10
Ao finalizar o texto, na primeira oração: “Portanto,
fique de olho nas estampas ‘verdes’(...)”, o autor
refere-se:
A) às leis trabalhistas relativas à produção.
B) aos selos de certificação dos produtos.
C) aos inúmeros requisitos socioambientais.
D) às empresas poluidoras e irresponsáveis.
E) aos produtos de procedência orgânica.
Questão 08
responda às questõesLeia o texto abaixo e
propostas.
Texto 2:
Atentos ao poder de escolha de um
consumidor mais consciente dos impactos do
consumo para o planeta, as empresas têm adotado,
voluntariamente, cada vez mais os selos de
certificação. (...). Nas prateleiras, eles funcionam
como uma sinalização para uma escolha
responsável. Sua presença na embalagem significa
“siga em frente” na hora de levá-lo para casa: o
produto atendeu a uma série de processos e
requisitos socioambientais ao ser produzido. Mas não
basta conquistar o selo. Per iodicamente as
empresas devem comprovar que mantêm as práticas
corretas. A extração adequada de matéria-prima, o
uso racional de recursos naturais, a proteção à
biodiversidade, o respeito às leis trabalhistas são
alguns dos requisitos para obter certificações.
Portanto, fique de olho nas estampas “verdes” e não
entre na contramão do consumo consciente.
Uma sinalização para o consumo sustentável
( . Junho/Julho de 2011 – p. 87)Revista Nova Escola
28
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxOTowMDoxNCAtMDMwMA==
Dada a forma como o título foi elaborado, pode-se
dizer que se depreende a ideia geral de:
A) comparação.
B) explicação.
C) causalidade.
D) consequência.
E) proporção.
Questão 12
Observando-se os verbos empregados na
construção dos períodos a seguir: “(Você) não
RESISTE ao design” e “O lixo PARECE mágico...”,
pode-se classificá-los quanto à transitividade verbal,
respectivamente, como:
A) transitivo direto – transitivo indireto.
B) transitivo indireto – verbo de ligação.
C) verbo intransitivo – verbo de ligação.
D) transitivo indireto – transitivo direto.
E) verbo intransitivo – transitivo direto.
Questão 13
Considerando-se o trecho a seguir e as preposições
nele destacadas: “SOBRE o vidro, as informações
vão de quatro mil anos ATÉ um milhão de anos.”,
identifique os sentidos por elas reproduzidos,
respectivamente:
A) matéria – destino.
B) conteúdo – lugar.
C) meio – tempo.
D) assunto – limite.
E) modo – fim.
Questão 14
A ocorrência da mesóclise vincula-se às regras de
colocação pronominal. Assinale a alternativa abaixo
em que ela se justificaria.
A) Por que arrumou para ir ao trabalho, se hoje é
feriado? (se)
B) Em tratando de festejos, todas as doações serão
bem-vindas. (se)
C) O professor repreendeu-o, desgastando com
aborrecimentos desnecessários. (se)
D) Comemoraria o Natal na minha casa, caso não
estivesse tão cansada. (se)
E) Ficamos contemplando as nuvens, que
locomoviam lentamente. (se)
Questão 15
responda às questõesLeia o texto abaixo e
propostas.
Texto 3:
O processo é longo. Você se apaixona por um
produto, não resiste ao design, compra, leva para
casa, usa e descarta. Para onde ele vai?
“O lixo parece mágico”, diz Valéria Rodrigues
Garcia, diretora de estudos e pesquisas do
Procon – SP. “Você joga fora e seu metro quadrado
está limpo, mas as ruas não.” As vias reúnem coisas
que vão de cocô de cachorro a sofás que não prestam
para estar dentro de casa. “O consumidor deveria
perguntar ao fabricante por que o sofá não dura mais
que dois anos”, afirma Valéria.
Segundo a diretora da entidade, para mudar a
alta produção de lixo, o consumidor deveria planejar
suas compras e ter uma ideia de quanto vai consumir
para evitar o desperdício.
Outras saídas, no plano individual, seriam
“exigir que os comerciantes apresentassem
alternativas melhores para as embalagens, que os
produtos tivessem maior qualidade e durabilidade”,
de acordo com Valéria.
“No plano coletivo, é preciso haver uma
política pública que faça as empresas serem
responsáveis pelo lixo que produzem.”
O tempo de decomposição de cada resíduo
varia de fonte para fonte e, como diz Valéria, não é
muito confiável. Sobre o vidro, as informações vão de
quatro mil anos até um milhão de anos. Os dados
sobre embalagens PET também variam: de cem anos
a tempo indeterminado.
Quanto mais você compra, mais lixo você tem
( – 05 de junho de 2011)Folha de S. Paulo
29
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6OGFjYzo0ZmU2:RnJpLCAyMyBPY3QgMjAyMCAxOTowMTozNiAtMDMwMA==
CONHECIMENTOS GERAIS:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa
feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de
sua volumosa obra, , e isso o
incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa
de uma apresentação de em que a
memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida”
em vez de alternar com “enlouquecida”. Foi uma pequena
aula de português das tantas que tive por osmose com o
Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não
se deve repetir palavras impunemente.
O começo de nossa amizade foi muito difícil para
mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de
escrever para o venerado João minhas pernas