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Biologia – Resumo Vida e composição química dos seres vivos Vida: conjunto de características que mantém os seres em constante atividade. Ciclo vital: nascimento, crescimento, reprodução, envelhecimento e morte. • A célula é a unidade morfológica (formadora) e fisiológica (de funcionamento) dos seres vivos. Principais células • Eucariontes e procariontes: 3 componentes básicos que são a membrana plasmática (envoltório da célula), o citoplasma (material fluido preenchendo seu interior) e o material genético. • Eucarionte: material genético separa-se do citoplasma por uma estrutura membranosa (carioteca ou envelope nuclear, constituindo o núcleo). • O núcleo é ausente em células procarióticas (as que formam o corpo de bactérias em geral). Metabolismo: fornece matéria e energia para o organismo se manter em atividade. Sésseis ou fixos: animais que não se movimentam (esponjas). Seleção natural: os seres vivos sofrem adaptações, as características de um grupo de indivíduos são selecionadas pelas condições do ambiente e, ao longo das gerações, as “vantajosas” são mantidas e as “não vantajosas” tendem a ser eliminadas. Reprodução: sexuada ou assexuada (divisão binária ou cissipariedade: divisão gerando sempre novos indivíduos iguais). Composição química das células Substâncias orgânicas: ácidos nucleicos, proteínas, carboidratos (como a glicose) e lipídios; se caracterizam pela associação de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio; Substâncias inorgânicas: água e sais minerais; Célula animal é composta de: 75% água, 4% lipídios, 4% outras substâncias, 2% carboidratos, 15% proteínas; A química das células Substâncias inorgânicas Água: solvente universal, de acordo com a sua capacidade de dissolução na água, as substâncias são classificadas como: • Hidrofílicas: “amigos da água”; • Hidrofóbicas: “medo da água”; A água é classificada como uma molécula polar (possui uma região eletricamente negativa ‘oxigênio’ e outra eletricamente positiva ‘hidrogênio’), moléculas que não possuem polaridade são chamadas apolares e não se dissolvem na água. Sais minerais: geralmente se encontram dissolvidos na água, formando íons, são essenciais para o metabolismo. Temos por exemplos: cálcio, fósforo, potássio, sódio, entre outros. • Cálcio: está envolvido em diversas funções celulares, além disso faz parte da constituição óssea e participa dos processos de coagulação sanguínea e contração muscular; • Fósforo: faz parte das moléculas de ácidos nucleicos entre outros compostos importantes para a célula; • Sódio e potássio: envolvidos na transmissão de impulsos nervosos pelos neurônios e em outros processos celulares. Os animais obtêm sais minerais pela alimentação e a deficiência ou excesso no seu consumo pode causar distúrbios no metabolismo, os seres humanos e outros animais não são os únicos organismos que necessitam de sais minerais (plantas por ex.). Substâncias orgânicas Carboidratos: também chamados de glicídios ou hidratos de carbono, os carboidratos são compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio (CH2O). Carboidratos mais simples são monossacarídeos, cujas moléculas têm de 3 a 7 átomos de carbono, são eles: • Glicose e frutose: chamados de hexoses por apresentarem 6 átomos de carbono; • Ribose e desoxirribose: chamados de pentoses por apresentarem 5 átomos de carbono (presentes nos ácidos nucleicos); • Dissacarídeos: são formados a partir da união de dois monossacarídeos (por exemplo: lactose=glicose+galactose; maltose=glicose+glicose; sacarose=glicose+frutose). Os açúcares simples como a glicose e a frutose são solúveis em água, o açúcar comum de cana que é um dissacarídeo também é solúvel em água, os polissacarídeos são moléculas grandes (macromoléculas) formadas por vários monossacarídeos ligados entre si elas são solúveis em água. Lipídios: moléculas constituídas principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio e sua natureza é hidrofóbica (mistura heterogênea). Existem vários tipos de lipídios: óleos e gorduras, fosfolipídios, ceras e esteroides. • Óleos e gorduras são importantes substâncias de reserva de energia em diversos organismos. • Fosfolipídios são lipídios associados a um grupo fosfato, estão presentes na membrana plasmática de todas as células. • Ceras são comuns, em certas plantas e se encontram na superfície de folhas, atuando como um revestimento que impede a perda de água do corpo. • O esteroide mais conhecido é o colesterol, presente na membrana plasmática de células animais dando-lhe estabilidade, é utilizado pelo corpo humano na produção de hormônios sexuais como estrógeno e testosterona. Proteínas: polímeros constituídos de monômeros chamados aminoácidos, compõem-se de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. As proteínas fazem parte da estrutura das células e também participam de quase todas as reações químicas que ocorrem dentro delas. Existem 20 tipos diferentes de aminoácidos, no entanto, existem milhares de tipos de proteínas, cada proteína possui um número e uma sequência específica de aminoácidos. Elas podem ter diferentes formas, que estão relacionadas a diferentes funções: • Proteínas estruturais: queratina (pelos e unhas), colágeno (tendões e ligamentos); • Proteínas de defesa: anticorpos; • Proteínas transportadoras: hemoglobina do sangue (transporte de oxigênio e gás carbônico); • Hormônios: insulina e glucagon, hormônios relacionados com a manutenção de taxa adequada de glicose no sangue; • Enzimas: proteínas que aceleram reações químicas das células e do organismo. Ácidos nucleicos: estão relacionados à transmissão de características hereditárias, além disso comandam e controlam todas as atividades das células. Estão presentes em todos os seres vivos e são substâncias complexas, formadas pela repetição de um grupo de moléculas menores (nucleotídeos). Cada nucleotídeo é constituído por um grupo de fosfato (ácido fosfórico), uma molécula de açúcar e uma de base nitrogenada, o fosfato possui fósforo em sua composição e os açúcares são pentoses. Bases nitrogenadas são substâncias que, além de oxigênio e hidrogênio (característica geral das bases), possuem também nitrogênio, são elas: • Bases púricas: adenina (A) e guanina (G); • Bases pirimídicas: citosina (C ), timina (T) e uracila (U). São dois tipos de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA). Seus nomes derivam-se da pentose que ocorre em cada um, o açúcar presente no nucleotídeo do DNA é a desoxirribose; já o açúcar presente no RNA é a ribose. • DNA: citosina, guanina, adenina, timina e possui dois filamentos emparelhados constituindo uma dupla hélice; modelo de DNA estabelecido pelos cientistas James Watson e Francis Crick (1953). • RNA: citosina, guanina, adenina, uracila e cadeia simples. As cadeias de DNA estão ligadas de acordo com um emparelhamento específico das bases nitrogenadas, sendo adenina complementar a timina e guanina complementar a citosina. Se em uma amostra de DNA fosse observado 20% de citosina em sua composição, a proporção de guanina seria de 20% e não haveria uracila porque essa base nitrogenada não se encontra em nucleotídeos de DNA. A pentose e o fosfato compõem o “corrimão” da dupla-hélice e os degraus da escada correspondem às bases nitrogenadas emparelhadas e unidas por ligações de hidrogênio. O DNA possui capacidade de autoduplicação, a dupla-hélice é formada por um filamento “novo” (construído a partir de nucleotídeos livres) e um filamento proveniente da molécula original, sendo assim, a duplicação do DNA é semiconservativa. 1. Segmento de molécula de DNA; 2. As duas cadeias da molécula inicial se separam a servem de molde para a formação de duas moléculas idênticas de DNA, pelo emparelhamento de novos nucleotídeos; 3. Formam-se duas moléculas de DNA com sequências idênticas de nucleotídeos. Na célula eucariótica, moléculasde DNA se encontram principalmente no núcleo onde fazem parte dos cromossomos; o RNA se encontra no núcleo onde é sintetizado e também no citoplasma onde participa de várias funções e faz parte da composição de ribossomos, importantes na síntese de proteínas. Em células eucarióticas encontram-se organelas membranosas (por ex.: mitocôndrias, responsáveis pela respiração aeróbia) no interior dessa organela se encontram DNA, RNA e ribossomos, nas plantas e em outros organismos fotossintetizantes encontram-se também os cloroplastos, um tipo de organela responsável pela realização de fotossíntese. Em células procarióticas não se encontram organelas membranosas nem núcleo, nelas o DNA localiza-se em uma região do citoplasma chamada nucleoide, nesses casos o DNA é uma molécula circular. Muitas das células procarióticas apresentam moléculas menores de DNA, também circulares, chamadas plasmídeos (estes se encontram dispersos no citoplasma), as moléculas de RNA estão presentes tanto no citoplasma quanto formando os ribossomos. Os vírus não possuem estrutura celular (acelulares) e só manifestam funções vitais quando penetram uma célula hospedeira, atuando assim como parasitas intracelulares. O material genético dos vírus é o ácido nucleico, a presença desses ácidos é o principal critério para considerá-los seres vivos, pois ele comanda a reprodução, é responsável por armazenar as informações genéticas e transmiti-las aos descendentes, processo verificado em todos os seres vivos. Ecologia É o estudo de todas das relações dos seres vivos entre si e com o ambiente. Conjuntos da biosfera: floresta, lago, rio, mar, etc. Cada um desses conjuntos pode ser considerado um ecossistema (conjuntos dinâmicos, seus componentes interagem permanentemente). Um ecossistema possui fatores bióticos: podem ser físicos, químicos ou geológicos (água, ar, solo, luz, calor, substâncias químicas, etc.) e também fatores abióticos: conjunto de seres vivos. População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie em uma determinada área geográfica. Comunidade: conjunto de populações. Habitat: lugar em que um organismo ocupa no ecossistema. Nicho ecológico: descrição de seu modo de vida. Cadeia alimentar: sequência de seres vivos em que um serve de alimento para outro. Planta (1º nível trófico) – gafanhoto (2º) – sapo (3º) – ave de rapina (4º); • Produtores ocupam o primeiro nível trófico; Herbívoros: consumidores primários (2º); Carnívoros que se alimentam de herbívoros: consumidores secundários (3º); Carnívoros que se alimentam de carnívoros (4º), etc. Um organismo pode ocupar mais de um nível trófico, por exemplo os onívoros (omnis=tudo): se alimentam de plantas, herbívoros e carnívoros, podendo participar de diversas cadeias alimentares e assim ocupando diferentes níveis tróficos. Decompositores: se alimentam de elementos mortos provenientes de diferentes níveis tróficos, degradando tanto produtores quanto consumidores. Fluxo de energia e ciclo da matéria Todos os seres precisam de matéria-prima e de energia para a realização de suas atividades vitais. Os produtores (autótrofos) sintetizam seu próprio alimentos orgânico a partir de matéria não- orgânica e esse alimento é utilizado por eles e por heterótrofos (consumidores), que não são capazes de executar essa função. Os principais produtores são fotossintetizantes, a energia luminosa (sol) é transmitida aos demais seres vivos. Essa energia diminui conforme passa de um consumidor a outro, visto que parte dela é utilizada na realização de processos vitais do organismo. Desta forma, sempre resta uma parcela menor de energia para o nível seguinte, na transferência de energia entre os seres não há reaproveitamento, portanto diz-se que essa transferência é unidirecional (fluxo de energia). A matéria pode ser reciclada, os decompositores decompõem organismos mortos de todos os níveis tróficos e liberam minerais e outras substâncias inorgânicas que podem ser utilizadas pelos produtores. • Pirâmide de números: indica o número de indivíduos de cada nível trófico. • Pirâmide de biomassa: quantidade de matéria orgânica por unidade de área. • Pirâmide de energia: leva-se em consideração a biomassa acumulada. Ciclos biogeoquímicos A biogeoquímica é uma ciência que estuda a troca de matéria entre os componentes bióticos e abióticos dos ecossistemas. Os seres vivos mantêm constante troca de matéria com o ambiente, os elementos químicos são retirados do ambiente, utilizados pelos organismos e novamente devolvidos ao ambiente, num processo que constitui os ciclos biogeoquímicos. Ciclo da água: a água está em constante mudança de estado físico e há permanente troca dessa substância entre rios, lagos, mares, solos, atmosfera e seres vivos. A água presente sob forma líquida na superfície da Terra sofre evaporação e passa para a atmosfera. Com o resfriamento nas camadas mais altas da atmosfera, os vapores de água condensam-se, formam nuvens e depois voltam à superfície terrestre sob a forma de chuva. Havendo resfriamento excessivo, ainda na atmosfera os vapores de água podem sofrer condensação e sem seguida solidificação, dando origem à neve ou ao gelo, que podem cair na superfície terrestre constituindo a nevada e o granizo. Os seres vivos absorvem ou ingerem água, pois ela é fundamental para sua sobrevivência. Parte da água presente no corpo dos seres vivos retorna ao meio ambiente pela respiração, pela excreção e principalmente pela transpiração. A água participa de vários processos dentro do corpo dos seres vivos, seja como solvente ou como reagente ou produto de reações químicas. Como reagente, a água participa, por exemplo, da fotossíntese, e seus átomos de hidrogênio serão incorporados à matéria orgânica que fica disponível para os produtores e, por meio da cadeia alimentar, para os consumidores e decompositores. Pela respiração, parte da água não retorna ao meio ambiente. As plantas liberam parte da água que absorvem, principalmente pela transpiração, processo importante não só para resfriar o corpo da planta, como também para a condução da seiva bruta até as folhas. Os animais liberam, por meio da transpiração, da excreção e da fezes, parte da água que absorvem ou ingerem. Ciclo do carbono Consiste na fixação desse elemento pelos seres autótrofos por meio da fotossíntese ou da quimiossíntese, processos que incorporam o carbono das moléculas de CO2 do meio a moléculas orgânicas que ficam disponíveis para os produtores e, através da cadeia alimentar, para os consumidores e decompositores. Por meio da respiração ou da fermentação, o CO2 retoma para o meio ambiente. O gás carbônico também é liberado para a atmosfera na queima de combustíveis fósseis, representados pelo carvão mineral e derivados de petróleo, como gasolina e óleo diesel. Ciclo do oxigênio O oxigênio é um gás liberado pelos organismos fotossintetizantes e utilizado na respiração celular, processo que resulta na produção de gás carbônico. O O2 produzido pode participar também da formação da camada de ozônio O3, cuja presença na atmosfera é de extrema importância para os seres vivos, pois atua como filtro da radiação ultravioleta, nociva quando em excesso. A camada de ozônio vem sendo progressivamente destruída, principalmente pela ação de gases conhecidos por clorofluorcarbonos (CFC’s), usados em sprays (aerossóis), condicionadores de ar, geladeiras, espumas plásticas, componentes eletrônicos e produtos. Em função do comportamento das massas de ar na atmosfera, houve maior concentração desses gases em certas regiões, causando maior destruição da camada de ozônio nesses lugares. A maior delas fica sobre a Antártida, onde a camada de ozônio tornou-se menos espessa, formando o que ficou conhecido como “buraco de ozônio”. Com a crescente redução da emissão dos CFC’c espera-se que até o final de 2040 esse “buraco” jáesteja menor. Ciclo do nitrogênio O nitrogênio (N2) é um gás presente na atmosfera na proporção aproximada de 79%. Apesar disso, só é utilizado de forma direta por alguns microrganismos. O aproveitamento do nitrogênio pela generalidade dos seres vivos depende de sua fixação, que pode ser feita por radiação ou biofixação, sendo este último processo o mais importante.
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