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análise crítico-reflexiva sobre o documentário SICKO: SOS SAÚDE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA 
DISCIPLINA: SÁUDE PÚBLICA 
DISCENTE: CLARA VIRGÍNIA ARAÚJO SILVA 
SEMESTRE SUPLEMENTAR 2020.5 
• Análise crítico-reflexiva com base no documentário “SiCKO: SOS Saúde” 
SiCKO: SOS Saúde é um documentário estadunidense dirigido, produzido e 
protagonizado por Michael Moore, lançado em 2007, ou seja, há mais de uma década atrás e 
ainda assim consegue nos trazer uma problemática bastante atual: os sistemas de saúde ao redor 
do mundo. 
No Brasil, temos o SUS, um sistema de saúde do tipo universal cuja grandiosidade e 
importância são desconhecidas para muitos dos brasileiros. Utilizado por todos, o SUS garante 
aos cidadãos o direito à saúde de qualidade, desde à atenção básica até o atendimento 
especializado. Tudo isso de forma gratuita. 
Nos Estados Unidos, um dos países visitados por Moore para o desenvolvimento do 
documentário, não existe sistema de saúde universal. Sem plano de saúde, não se tem acesso a 
qualquer tipo de tratamento, seja ele básico ou especializado. E muitos cidadãos vivem assim, 
sem qualquer amparo por parte do governo, torcendo apenas para não adoecer. E esse não é o 
maior problema. As empresas que oferecem os planos são abusivas, dificultando o acesso até 
mesmo para aqueles que podem pagar. E os que não podem, são negligenciados. 
Uma lista infinita de doenças congênitas ou pré-existentes limita o acesso às pessoas, que 
muitas vezes não são aprovadas no sistema simplesmente por serem julgadas gordas ou magras 
de mais. Sem falar que, ao necessitar de algum tratamento, o usuário, mesmo pagando, corre o 
risco de ser deparar com mais um "negado", que é o que acontece na maioria dos casos. Ou 
seja, você paga pelo serviço, mas não pode adoecer, pois os planos não cobrem a maioria dos 
gastos. 
É chocante e revoltante, mas é real. A ideia do governo de criar um sistema de saúde universal 
ainda assusta muita gente, que enxerga a "socialização da medicina" como característica de um 
governo comunista. Os médicos que atendem através dos planos de saúde são orientados a 
reduzir ao máximo os custos financeiros para as companhias, o que explica o fato de muitos 
tratamentos serem recusados, até mesmo para os cidadãos que pagam pelo serviço. As 
companhias lucram, e a população padece. 
Moore visitou outros países para destacar a importância de um sistema de saúde universal para 
garantir a qualidade de vida dos cidadãos. Canadá, Inglaterra e França são países que possuem 
sistema de saúde universal, e é nítido o quanto isso contribui para que os habitantes se sintam 
acolhidos e amparados em situações de enfermidades. Esses países são adeptos da democracia 
e enxergam a saúde como elemento fundamental para garantir a qualidade de vida de todos que 
ali vivem. 
Em Cuba, um país comunista, cuja fama faz crer, nos Estados Unidos, que socializar algo como 
a medicina é algo negativo, o que se encontra é um cenário completamente diferente. Os 
cidadãos tem a acesso à medicina de qualidade gratuita, como nos outros países citados. 
Alguns aspectos dos sistemas de saúde desses países podem ser destacados como o atendimento 
médico a domicílio em caso de emergência, a isenção de pagamento de medicamentos para 
pessoas de até 16 anos de idade e com mais de 60 anos, a garantia da chegada em casa do 
hospital em segurança para pessoas que não possuem veículo próprio, entre outros, são aspectos 
que nos permite fazer uma comparação com o nosso sistema de saúde, que apesar de ser 
gratuito (o que é muito bom), ainda pode melhorar bastante. A população deve cobrar mais e 
fazer parte do planejamento, até por que, os beneficiados seremos nós. 
O SUS é um sistema de saúde universal que permite que muitas pessoas consigam assistência 
médica, mesmo que não possua condições financeiras, assim como nesses outros países. 
Porém, ele enfrenta muitos desafios desde que foi criado, como o desvio constante de verbas. 
Somente uma pandemia, como essa que estamos vivenciando, para nos fazer perceber o quanto 
o nosso sistema é frágil e o quanto um modelo assistencial de saúde gratuito é necessário; o 
quanto ele nos ampara e o quanto estaríamos a mercê da morte não fosse por ele.

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