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PRÁTICA SIMULADA III (PENAL)

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PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) 
 
Caso Concreto 
 
Descrição 
 
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das 
redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus 
amigos, parentes e colegas de trabalho. Além disso, também utiliza constantemente as 
ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no 
mundo contemporâneo. 
No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião 
à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de 
Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o 
convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil 
pessoal, para todos os seus contatos. 
Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está 
adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de 
seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, 
publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro. 
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o 
seguinte comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um 
idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar 
Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele 
trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava 
bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em 
que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo! 
Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu 
tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena 
em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, 
Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Pedro tentou 
disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa 
deixou de ser realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em 
Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o 
conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia 
ser visualizada. Passados quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu escritório de 
advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve assisti-
lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e 
Juizados Especiais Criminais. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso 
concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
Indique também o último dia para oferecimento da peça cabível. 
 
 
 
 
PEÇA CORRESPONDENTE: 
 
AO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CIDADE DE NITERÓI 
 
 
PEDRO, brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do documento 
de identidade nº____, CPF sob o nº _____, residente e domiciliado 
na cidade de Niterói, vem, por meio do advogado infra-assinado, com 
arrimo nos arts. 100, § 3º, 139 e 145 do Código Penal, bem como no 
art. 41 do Código de Processo Penal, dentro do prazo legal previsto 
nos arts. 38 do Código de Processo Penal e art. 103 do Código Penal, 
propor a presente 
 
 
 
Q U E I X A – C R I M E 
 
contra HELENA, brasileira, solteira, profissão _______, portador 
do documento de identidade nº____, CPF sob o nº _____, residente 
e domiciliada na Praia de Icaraí, Niterói/RJ, pelos fatos e 
fundamentos a seguir expostos. 
 
 
 
 I – FATOS 
 
 O QUERELANTE, no dia 19/04/2016, com vistas à 
comemoração do próprio aniversário, publicou um convite para tal 
comemoração, por meio de uma rede social existente na internet, no 
intuito de reunir parentes e amigos para festejar a data em uma 
famosa churrascaria de Niterói. 
 Naquele mesmo momento, a QUERELADA, vizinha e ex-
namorada do QUERELANTE, com animus diffamandi e animus 
injuriandi, por meio do perfil que ela possui na mesma rede social na 
qual foi feito o convite para o aniversário do QUERELANTE, publicou 
o seguinte comentário: 
“não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um 
idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha” 
 Com o intuito de prejudicar o QUERELANTE perante os 
colegas de trabalho, bem como de denegrir a reputação dele, a 
QUERELADA publicou ainda: 
“ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês 
passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava 
tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha 
teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” 
 De imediato, o QUERELANTE, do interior do apartamento 
dele e conectado à internet por meio de um tablet, na presença dos 
amigos Marcos, Miguel e Manuel, visualizou o comentário com as 
ofensas proferidas pela QUERELADA. 
 
II - CLASSIFICAÇÃO DO CRIME 
 
Assim agindo, incorreu a QUERELADA nos crimes tipificados nos 
arts. 139 e 140, c/c art. 70, todos do Código Penal. 
Por conseguinte, imperiosa se faz acolher a pretensão aqui exposta, 
deflagrando a ação penal e aplicando-se à QUERELADA as sanções 
penais cabíveis. 
 
III – PEDIDOS 
 
Assim sendo, requer prefacialmente: 
1. O recebimento da presente queixa-crime no rito sumaríssimo 
previsto na Lei n. 9.099/1995; 
2. a citação da querelada para responder à ação penal; 
3. a condenação da quelerada nas sanções penais previstas no art. 
139 e 140 do Código Penal c/c, aplicando-se o art. 387, IV, do Código 
de Processo Penal, para fixar mínimo valor indenizatório. 
 
Niterói, 26 de outubro de 2020. 
 
[nome do advogado] 
OAB/RJ n. XXXXX 
 
Rol de Testemunhas: 
1. Marcos, qualificado na fl. xx do Termo Circunstanciado em 
epígrafe; 
2. Miguel, qualificado na fl. xx do Termo Circunstanciado em 
epígrafe; 
3. Manuel, qualificado na fl. xx do Termo Circunstanciado em 
epígrafe; 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) 
 
Caso Concreto 
Descrição 
Mateus , de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como 
incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código 
Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, 
a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: No mês 
de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de 
Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela 
ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado 
constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez 
da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora 
não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a 
vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do 
fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos 
assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente 
mental, incapaz de reger a si mesma. 
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na 
fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara 
Criminal do Estado XXXX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para 
se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 18/11/2016. 
Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe 
procuração ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na ação 
penal em apreço. 
Disse, então, aseu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a 
namorava havia algum tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua 
mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que 
manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima não quis dar 
ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. 
Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da 
vítima e que a mesma poderia comparecer para depor a seu favor em juízo. 
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de 
advogado(a) constituído(a) pelo acusado, a peça processual, privativa de 
advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Indique, ainda, o último dia para 
oferecimento da peça cabível . 
 
PEÇA CORRESPONDENTE: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA 
CRIMINAL DA CIDADE DE XXXXXX 
 
Processo nº.: ___________/2016 
 
 
 
MATEUS, nacionalidade ____, estado civil _____, profissão 
_____, portador do documento de identidade nº____, incrito no 
CPF sob o nº _____, residente e domiciliado na (endereço), vem, por 
meio do advogado infra-assinado, cujo endereço encontra-se na 
procuração em anexo, apresentar 
 
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
com fundamento nos arts. 396 e 396-A do Código de Processo Penal, 
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
 
 
 
 I – FATOS 
 
 O Réu foi denunciado pela suposta prática do delito previsto no 
artigo 217-A, §1º, do Código Penal, por ter praticado conjunção carnal 
com a suposta vítima Maísa. 
De acordo a denúncia, não houve violência ou grave ameaça, mas a 
vítma seria vulnerável por sofrer de deficiência mental. 
A peça acusatória foi recebida por esse Juízo, tendo sido citado o 
DENUNCIADO para oferecer a presente resposta à acusação. 
 
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
A presente ação padece de evidente nulidade ab initio, uma vez que 
deveria ter sido rejeitada devido à falta de condição de 
procedibilidade, com fulcro no art. 395, inc. II, do CPP. 
Diferentemente do alegado na inicial, a suposta vítima é plenamente 
capaz, fato esse que, caso tivesse havido violência ou grave ameaça, 
desclassificaria a acusação para o tipo previsto no art. 213 do CP, que 
é crime de ação pública condicionada à representação. 
Diante da não existência de vulnerabilidade da vítima e mesmo que 
se pudesse enquadrar a conduta do réu no tipo previsto no art. 213 do 
CP, a presente ação deve ser declarada nula, diante da falta de 
representação, bem como a decadência de tal direito, levando-se em 
consideração a data do fato e data de início da ação, com fundamento 
no art. 103 do CP. 
Portanto, deve a ação ser anulada devido à falta de representação, 
com fulcro no art. 564, III, do CPP, com a consequente absolvição 
sumária do réu, de acordo com o disposto no art. 395 do CPP. 
 
 
III – PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: 
a) preliminarmente, a nulidade do feito desde o oferecimento da 
denúncia, considerando a ausência da condição de procedibilidade 
(Representação), e, conseguintemente, a rejeição da Denúncia, nos 
termos dos artigos 564, III, a, e 395, II, ambos do CPP; 
b) no mérito, a absolvição sumária por atipicidade, com fundamento 
no artigo 397, inciso III, do Código de Processo Penal; 
d) na hipótese de superação de todos os itens anteriores, a título de 
provas, a determinação de exame pericial de capacidade na vítima e a 
notificação das testemunhas adiante arroladas para que compareçam 
à audiência de instrução e julgamento. 
Local, 26 de outubro de 2020. 
 
[nome do advogado] 
OAB/RJ n. XXXXX 
 
Rol de Testemunhas: 
1. Olinda; 
2. Alda. 
 
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) 
Caso Concreto 
Descrição 
Mateus , de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como 
incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código 
Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, 
a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: No mês 
de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de 
Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela 
ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado 
constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez 
da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora 
não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a 
vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do 
fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos 
assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente 
mental, incapaz de reger a si mesma. 
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na 
fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara 
Criminal do Estado XXXX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para 
se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 18/11/2016. 
Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe 
procuração ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na ação 
penal em apreço. 
Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a 
namorava havia algum tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua 
mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que 
manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima não quis dar 
ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. 
Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da 
vítima e que a mesma poderia comparecer para depor a seu favor em juízo. 
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de 
advogado(a) constituído(a) pelo acusado, a peça processual, privativa de 
advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Indique, ainda, o último dia para 
oferecimento da peça cabível . 
 
PEÇA CORRESPONDENTE: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA 
CRIMINAL DA CIDADE DE XXXXXX 
 
Processo nº.: ___________/2016 
 
MATEUS, nacionalidade ____, estado civil _____, profissão 
_____, portador do documento de identidade nº____, incrito no 
CPF sob o nº _____, residente e domiciliado na (endereço), vem, por 
meio do advogado infra-assinado, cujo endereço encontra-se na 
procuração em anexo, apresentar 
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
com fundamento nos arts. 396 e 396-A do Código de Processo Penal, 
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
 
 I – FATOS 
 O Réu foi denunciado pela suposta prática do delito previsto 
no artigo 217-A, §1º, do Código Penal, por ter praticado conjunção 
carnal com a suposta vítima Maísa. 
De acordo a denúncia, não houve violência ou grave ameaça, mas a 
vítma seria vulnerável por sofrer de deficiência mental. 
A peça acusatória foi recebida por esse Juízo, tendo sido citado o 
DENUNCIADO para oferecer a presente resposta à acusação. 
 
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
A presente ação padece de evidente nulidade ab initio, uma vez que 
deveria ter sido rejeitada devido à falta de condição de 
procedibilidade, com fulcro no art. 395, inc. II, do CPP. 
Diferentemente do alegado na inicial, a suposta vítima é plenamente 
capaz, fato esse que, caso tivesse havido violência ou grave ameaça, 
desclassificaria a acusação para o tipo previsto no art. 213 do CP, que 
é crime de ação pública condicionada à representação. 
Diante da não existência de vulnerabilidade da vítima e mesmo que 
se pudesse enquadrar a conduta do réu no tipo previsto no art. 213 do 
CP, a presente ação deve ser declarada nula, diante da falta de 
representação, bem como a decadência de tal direito, levando-se em 
consideração a data do fato e data de início da ação, com fundamento 
no art.103 do CP. 
Portanto, deve a ação ser anulada devido à falta de representação, 
com fulcro no art. 564, III, do CPP, com a consequente absolvição 
sumária do réu, de acordo com o disposto no art. 395 do CPP. 
 
III - PEDIDOS 
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: 
a) preliminarmente, a nulidade do feito desde o oferecimento da 
denúncia, considerando a ausência da condição de procedibilidade 
(Representação), e, conseguintemente, a rejeição da Denúncia, nos 
termos dos artigos 564, III, a, e 395, II, ambos do CPP; 
b) no mérito, a absolvição sumária por atipicidade, com fundamento 
no artigo 397, inciso III, do Código de Processo Penal; 
d) na hipótese de superação de todos os itens anteriores, a título de 
provas, a determinação de exame pericial de capacidade na vítima e a 
notificação das testemunhas adiante arroladas para que compareçam 
à audiência de instrução e julgamento. 
Local, 28 de novembro de 2016. 
 
[nome do advogado] 
OAB/RJ n. XXXXX 
 
Rol de Testemunhas: 
1. Olinda; 
2. Alda. 
 
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) 
Caso Concreto 4 
Descrição 
Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Analisa, 
linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e trocarem 
beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, 
e Analisa, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge. 
Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado 
telefones e contatos nas redes sociais. 
No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre 
que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, 
tendo Jorge ficado em choque com essa constatação. 
O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da 
denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Analisa, 
ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. 
Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de 
idade, o Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes 
de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos 
do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime 
fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da 
agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP. 
O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de 
Curitiba, no Estado do Paraná, local de residência do réu. Jorge, por ser réu 
primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em 
liberdade. 
Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua 
primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para 
frequentar bares de adultos. 
As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam 
das fugas de Ana para sair com as amigas. 
As testemunhas de defesa, amigos de Jorge, disseram que o comportamento e 
a vestimenta da Analisa eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos 
e que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e 
que Jorge não estava embriagado quando conheceu Analisa. 
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito 
bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois 
acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 
(dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma 
oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. 
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que 
aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos 
meses após o ato sexual. 
O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge nos termos da denúncia. 
A defesa de Jorge foi intimada no dia 24 de abril de 2014 (quinta-feira). 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas 
pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo 
a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as 
teses jurídicas pertinentes. 
 
PEÇA CORRESPONDETE: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA xx VARA 
CRIMINAL DA CIDADE DE CURITIBA 
 
 
JORGE, nacionalidade ____, estado civil _____, profissão _____, 
portador do documento de identidade nº____, incrito no CPF sob o 
nº _____, residente e domiciliada na (endereço), vem, por meio do 
advogado infra-assinado, cujo endereço encontra-se na procuração 
em anexo, apresentar 
 
ALEGAÇÕES FINAIS NA FORMA DE MEMORIAIS 
 
Com fundamento no artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal, 
pelas razões de fato e de Direito a seguir expostas. 
 
 I – FATOS 
 
 O RÉU conheceu a VÍTIMA em um bar, e, no mesmo dia, 
praticou com ela, de forma consentida, sexo oral e vaginal. 
 Somente no dia seguinte, quando acessou uma rede social, foi 
que o RÉU descobriu que, apesar da aparência de adulta, a VÍTIMA 
possuía somente 13 anos. 
 EM SEGUIDA, o RÉU foi denunciado pela suposta prática do 
delito previsto no artigo 217-A, c/c art. 69, ambos do Código Penal. 
 Requer o Ministério Público a condenação do RÉU nos termos 
da inicial. 
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
ERRO DE TIPO 
 
É flagrante a ocorrência, no caso em questão, de erro de tipo. 
 As circunstâncias fáticas, consubstanciadas no local e horário 
nos quais o RÉU e a VÍTIMA se conheceram, ou seja, à noite em um 
bar, que, conforme imposição legal, só pode ser frequentado por 
maiores de 18 anos, evidenciam a falta de dolo do RÉU, que em 
nenhum momento desconfiou que a VÍTIMA pudesse ser menor de 
idade. 
 A própria vítima afirmou em depoimento que estava 
acostumada a fugir de casa para frequentar bares de adultos, o que 
influiu diretamente para que ela já soubesse se comportar e se vestir 
como uma pessoa adulta. 
Ademais, as testemunhas de defesa foram enfáticas ao dizer o 
comportamento e as vestimentas da VÍTIMA eram incompatíveis 
para uma adolescente de 13 anos, e que qualquer pessoa acreditaria 
se tratar de pessoa maior de idade. 
 
AUSÊNCIA DE CONCURSO MATERIAL DE CRIMES 
 
Comete grave erro o Ministério Público ao imputar ao réu a prática de 
2 crimes concurso material, pois observou o Princípio da 
Alternatividade, que é princípio básico do Direito Penal. 
O estupro de vulnerável é tipo penal misto alternativo. Dessa forma, 
ainda que praticada mais de um ato sexual no mesmo contexto 
fático, o agente deve responder por um único crime. 
 
AUSÊNCIA DE EMBRIAGUEZ PRÉ-ORDENADA 
 
Deve ser completamente afastada a agravante relativa à ocorrência de 
embriaguez pré-ordenada, pois não restou comprovado que o 
RÉU estivesse embriagado no momento do fato nem muito menos 
que se embriagou para supostamente cometer o crime. 
 
APLICAÇÃO DO REGIME SEMIABERTO 
 
É de conhecimento de todos a declaração de inconstitucionalidade, 
pelo Supremo Tribunal Federal, do artigo 2°, § 1° da lei 8.072/90 (Lei 
dos crimes hediondos), impondo ainda a análise do caso concreto e 
não somente a pena em abstrato. 
 No caso em questão, temos o réu primário, com bons antecedentes, 
empregado, residência fixa, portanto, não se mostrará razoável a 
aplicação do referido regime inicial, tendo em vista que, diante do 
reconhecimento de crime único, na REMOTÍSSIMA hipótese de 
condenação, a pena deverá ser fixada em 8 anos de prisão. 
 
III - PEDIDOS 
Ante o exposto requer: 
a. a absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CPP por 
ausência de tipicidade; 
b. caso não seja esse o entendimento para absolvição, que seja 
concedido o afastamento do concurso material de crimes, sendo 
reconhecida a existência de crime único;c. fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da 
agravante de embriaguez pré-ordenada e a incidência da atenuante da 
menoridade; 
d. fixação do regime semiaberto para início do cumprimento de 
pena, com base no art. 33, §2°, alínea “b”do CP, diante da 
inconstitucionalidade do art. 2°, § 1° da lei 8.072/90. 
Local e data. 
 
[nome do advogado] 
OAB/UF n. XXXXX

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