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Portfílio Geo Ambiental Projeto

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
Licenciatura em Geografia
PLANEJAMENTO AMBIENTAL
KARINA ASSUNTA MORO
Profa. Dra. Jucilene Galvão
BATATAIS -SP
2020
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento do trabalho tem como principal objetivo entender cada etapa de um planejamento ambiental, sua coleta, organização e analise de informações com procedimentos e métodos específicos , sendo assim é importante para que se possa fazer escolhas e tomar decisões a respeito de como utilizar os recursos disponíveis da melhor forma possível ,tornando viável e eficiente o alcance dos objetivos propostos, otimizando com agilidade tempo e recurso.
O numero de acidentes causados pelo mal planejamento ambiental faz com que atualmente a sociedade, as empresas publicas e privadas, governantes se preocupam mais com a preservação do meio ambiente em que vivem.
Assim sendo a construção de uma rodovia pode causar danos as áreas verdes, programas, planejamento adequado, uma boa gestão contribui muito para minimizar os prejuízos ambientais. Por meio desse trabalho vamos colocar as gestões, as etapas, os danos causados negativamente causado pela construção da rodovia dos Imigrantes (SP-60). Compreender também quais medidas e programas ambientais foram feitos para amenizar toda alteração sofrida.
PLANEJAMENTO AMBIENTAL: CONCEITOS
Planejamento ambiental é um processo organizado de obtenção de informações, reflexão sobre os problemas e potencialidades de uma região, definição de metas e objetivos, definição de estratégias de ação, definição de projetos, atividades e ações, bem como definição do sistema de monitoramento e avaliação que irá retroalimentar o processo. Este processo visa organizar a atividade socioeconômica no espaço, respeitando suas funções ecológicas, de forma a promover o desenvolvimento sustentável. Cascaes (2014, p. 41), descreve o “planejamento ambiental, como um processo que tem por proposito recuperar, preservar ou conservar o meio ambiente, ou mesmo tirar proveito da forma sustentável”.
O planejamento tem por finalidade importante ajudar e reparar inúmeros erros que o homem causou nas suas ações mal planejadas, sendo algumas dessas ações não poderem ser revertidos, afetaram muito o meio ambiente de uma forma geral, devido a essa necessidade de amenizar esses desastres e diminuir consideravelmente o desiquilíbrio ambiental e proteger o máximo o meio ambiente .
Podemos citar algumas finalidades do Planejamento ambiental:
- Preservação e conservação da fauna e da flora
- Manutenção de bancos genéticos
- Sustentação da biodiversidade
- Preservação de mananciais
- Qualidade de recursos hídricos
Para desenvolver um planejamento não podemos generalizar esse processo, pois para cada contexto e objetivo almejado usa-se um tipo ou instrumento próprio, ou seja, não existe padrões ou formulas para criar um planejamento, mas existem alguns passos que são bem aplicados e que ajudam a desenvolver um bom planejamento ambiental:
1. Identificar o recurso ambiental a ser estudado, por meio de um levantamento de dados do meio físico, biótico e socioeconômico.
2. Diagnosticar as peculiaridades do ambiente, avaliando a dinâmica especifica do ambiente de estudo.
3. Promover um levantamento da legislação ambiental geral e especifica ao estudo.
4. Prever ações e avaliar as consequências da implantação de cada uma delas.
5. Integrar e normalizar diferentes abordagens e metodologias ao planejamento do ambiente.
6. Avaliar o plano adotado, buscando concretizar ações e identificar susceptibilidades.
7. Reorganizar o plano de ação, suprindo carências encontradas com novas estratégias ou adequando-as às recentes alterações legais da matéria (CASCAES 
2014, p. 14).
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL:
Qualquer princípio ou atividade que se refere ao meio ambiente, devem ser respeitados conforme as normas, as leis e limites impostos pela legislação ambiental, deve-se cumprir o que foi estabelecido.
Os princípios são inúmeros, porém por Paulo Affonso Leme Machado (2009) existem os principais e que devem constar em qualquer Planejamento Ambiental.
São:
1) Princípio do direito ao meio ambiente equilibrado: Todos os processos referentes ao meio ambiente devem ter todos os processos e interações de uma maneira equilibrada e de uma maneira ordenada, tanto quanto o necessário à manutenção da boa qualidade de vida de todo o meio biótico e abiótico que o compõe. 
2) Princípio do direito à sadia qualidade de vida: notamos nesse princípio a importância de preservar o meio ambiente uma vez que um ambiente saudável é primordial para uma boa qualidade de vida.
3) Princípio do acesso equitativo aos recursos naturais: todo ser tem direito ao acesso aos recursos naturais que são fundamentais para sua existência e vivencia na proporção das suas necessidades.
4) Princípio usuário-pagador e poluidor-pagador: o princípio do poluidor-pagador ou seja o dano causado ao ambiente deve ser pago por aquele que o faz , pois os danos causados aquele que faz mal uso do meio ambiente deve ser pagos de alguma maneira pois o desequilíbrio do meio ambiente não tem dinheiro que pague mas de certa forma é uma punição . 
5) Princípio da precaução: esse princípio já prevê de uma certa forma os danos que podem ser causados uma vez que o meio ambiente não volta ao que era antes utiliza esse princípio como forma de se prevenir caso o dano ocorra.
6) Princípio da prevenção: semelhante ao princípio da precaução, porém, prevenção se dá em ações as quais se tem certeza científica sobre o dano ambiental. Ou seja, pelo princípio previne-se ações que comportem danos ao ambiente. 
7) Princípio da reparação: determina que os agentes responsáveis pelo desequilíbrio ambiental têm por responsabilidade e obrigação de quaisquer danos causados as vítimas que esses assumem as responsabilidades e indenizem aos efeitos negativos causados. 
8) Princípio da informação: todos os indivíduos da sociedade devem ter acesso completo a quaisquer informações do meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, incluindo informações sobre materiais e atividades perigosas em sua comunidade.
9) Princípio da participação: a sociedade junto com o Poder Público, Ministério Público, ou seja, órgãos responsáveis devem unir forças e atuar em conjunto no que se refere ao meio ambiente. 
10) Princípio da obrigatoriedade da intervenção do Poder Público: é de responsabilidade do Poder Público controlar o uso dos recursos naturais ambientais, devendo promulgar e aplicar leis eficazes sobre o meio ambiente e fazer com que elas sejam cumpridas.
A PRÁTICA DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL:
EMPREENDIMENTO
A construção da Rodovia Imigrantes tem por finalidade é um dos principais corredores do Brasil, e tem vital importância para a economia brasileira, pois liga a região metropolitana de São Paulo, uma das áreas de maior concentração populacional e industrial da América Latina, ao Porto de Santos e ao litoral do Estado, área de grande importância turística; Trata-se da maior obra rodoviária executada na América do Sul nos últimos anos.
 A obra será concluída em 2002 onde complementara a primeira rodovia feita em 1950. A segunda pista da Rodovia dos Imigrantes, será inaugurada em 2002, no Estado de São Paulo. A extensão total da ligação é de 7,5 km, com características de rodovias Classe 1A, com pista dupla. O eixo principal terá o sentido leste (Santos-Guarujá) / oeste (Guarujá-Santos). Inicia-se em ponte do viaduto na Pista Leste da Via Anchieta nas proximidades do Bairro Alemão/Av. Nossa Sra. de Fátima. Na extremidade mais próxima a área insular até a chegada a área continental, passando pelo estuário de Santos, o empreendimento será executado todo em ponte. 
Sua construção será dividida em etapas: primeiro, uma estada de serviço foi aberta, para dar acesso à serra; uma estrada de 39 quilômetros de extensão foi construída, em concreto e asfalto, com 300 metros de pontes metálicas.
Figura 1: Mapa referente a localização da Rodovia Imigrantes SP-160
Localização e levantamentos de dados do meio físico, biótico e antrópico:A pista descendente da rodovia dos Imigrantes inicia-se, em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista, no km 40, junto à interseção com a SP-041 (interligação Imigrantes-Anchieta, no Planalto), atravessa o desnível de 730m até seu término, no cruzamento com a SP-59 (interligação Imigrantes-Anchieta, na Baixada Santista), na altura do km 63, no município de Cubatão. É denominado Rodovia dos Imigrantes (SP-160), um dos principais acessos ao litoral paulista.
Figura 2-A ponte passando por entre a Mata Atlântica.
O empreendimento está localizado na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI 07 – Baixada Santista e intercepta diretamente as sub-bacias Ilha de São Vicente, Rio Jurubatuba, Rio Cabuçu. • Ao longo de todo empreendimento são interceptados 5 cursos d’água e o Estuário de Santos: Rio Lenheiros (área insular), Rio Sandi, afluente do Rio Diana, Rio Diana, afluente do Canal de Bertioga.
Na região do empreendimento a vegetação é característica do Bioma Mata Atlântica. A Área Diretamente Afetada do empreendimento está inserida em uma região com feições de manguezais, Floresta Ombrófila Densa (estágio inicial, médio e avançado) e Vegetação Antropizada, que abrange vegetação pioneira, vegetação hidrófila herbáceo-arbustiva, campo antrópico, bosque arbóreo e cultivos comerciais. Podemos encontrar várias espécies animais tais como aves, animais silvestres, repteis, anfíbios e mamíferos. 
Sobre a construção da obra: etapas e serviços: 
As etapas do licenciamento ambiental estruturam-se, dê acordo com o Decreto 99.274/90, em Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de Operação (LO). A concessão da LP para um empreendimento representa apenas que sua concepção e localização são ambientalmente viáveis. Entretanto, sua construção somente é autorizada mediante a obtenção da LI, para a qual terão que ser atendidas, pelo empreendedor, todas as exigências formuladas na etapa anterior do processo. Procedimento similar é adotado para o alcance da LO, que possibilita a operação da rodovia.
A LP da segunda pista da rodovia dos Imigrantes foi concedida à Dersa, em 1989, pelo DAIA, com base na Deliberação Comsena 038/89 que aprovou o EIA (TRÂNSITO, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES – TTC, 1988) e as conclusões do parecer técnico DAIA, de 30/10/89, da SMA referente à análise da viabilidade ambiental do empreendimento. Como essa pista interfere em áreas legalmente protegidas, a LP tem que ser autorizada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Assim, a permissão para desafeta o trecho do Parque Estadual Serra do Mar, atravessado pelo traçado e para construção da obra foi referendada pela Lei 9.444/96.
A Ecovias ficou responsável pela obtenção da LI. As características técnicas da pista descendente associadas ao planejamento da logística da obra e às variáveis ambientais do meio, sobretudo fatores do meio físico, implicaram pedidos de LI por segmentos do empreendimento. Os trechos Planalto e baixada, foram os primeiros submetidos à solicitação da LI. Parte da terraplenagem, no planalto, havia sido concluída concomitantemente à finalização da pista ascendente.
Figura 3 e 4 :Mostra a obra da Rodovia já em andamento.
A consolidação do projeto básico para os viadutos da Baixada encontrava-se em estágio mais adiantado do que no trecho Serra, cujo detalhamento do traçado iria requerer estudos complementares. Além disso, ambos os trechos estão localizados nos extremos do empreendimento e em regiões com fácil acesso, não necessitando do uso da estrada de serviço para sua execução.
O trecho Serra, será o último a ser licenciado, uma vez que carecia de uso de infraestrutura mais complexa e da recuperação da estrada de serviço, utilizada na construção da pista ascendente. O segmento também na Baixada, compreendido entre o km 59 e km 63, em que parte da terraplenagem havia sido realizada anteriormente, foi o último a ser licenciado. A construção deste trecho, que seria executada pelo Estado (DER), foi repassada à Concessionária Ecovias, somente no início de 2002, sendo as licenças concedidas, após análise de relatórios técnicos.
O projeto inicial prevê duas pistas com quatro faixas no trecho de planalto, e três pistas no trecho de Serra: uma pista ascendente com três faixas, uma pista descendente com duas que seria complementada com uma pista reversível com mais duas faixas. Na Baixada Santista haveria duas pistas de três faixas, com mais duas pistas com duas faixas para um ramal para Mongaguá.
Figura 5-A ampliação da Rodovia Imigrantes.
Todo o trabalho de terraplenagem como: O desmatamento, a execução de colchão drenante, a retirada de solos moles, carga e transporte de materiais, são serviços que completam o serviço de terraplanagem da obra. O trabalho de terraplenagem é essencial nesse tipo obra, por ter como característica terrenos bastante inundados alguns de seus trechos A implantação da sinalização de trânsito (pintura das faixas, colocação de placas, sinais luminosos, etc.), São informações que orientam os usuários no final da Rodovia construída. A imprimação de pavimento e pintura de ligação, entre outros, por exemplo, são serviços realizados após e decorrentes da pavimentação da rodovia.
Figura 6:Obras no município de São Paulo, caminhões, maquinas e homens trabalhando durante a construção da estrada.
Sobre a legislação ambiental do empreendimento como prevê a legislação brasileira, para realizar construções sobre áreas de mata nativa e APP, é necessário realizar reposições florestais.
O empreendimento foi realizado, por um planejamento que buscou pela preservação, de boa qualidade e manutenção do meio ambiente saudável, também cuidou para diminuir os efeitos negativos. Seguiu as normas, legislações e recomendações propostas pelos órgãos públicos e ambientais. Mas, impactos ambientais negativos de diferentes tipos e níveis e são decorrentes devido ao tamanho da obra. As etapas do licenciamento ambiental estruturam-se em Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).
Reconhecimento de possíveis danos inevitáveis e consequente do empreendimento 
Solos/Geologia/Geomorfologia: Aceleração dos processos erosivos alguns passos para a aceleração dos processos erosivos ao longo do empreendimento podem ocorrer e são, em geral, de efeito sinérgico com outros fatores, como o clima, a intensidade de chuvas, o grau de circulação de veículos pesados, o tempo de exposição, etc. Ou seja, pode haver aceleração local de processos erosivos, pois o preparo das áreas que serão pavimentadas, assim como das áreas auxiliares (empréstimos, canteiros de obras, acessos de serviços) envolvem desmatamento, retirada de tocos de árvores e remoção de terra, deixando o solo exposto a processos de erosão. Esse processo é praticamente restrito à faixa de domínio (proximidades) da rodovia.
Visual nas áreas de empréstimo: Durante a atual fase de pavimentação ocorrerá, portanto, o acréscimo das áreas de apoio (canteiro de obras, abertura de jazidas, caixas de empréstimo e bota-foras, novas vias e acessos secundários, acesso a corpos d´água, etc.), necessárias ao desenvolvimento do empreendimento e que ainda não foram implantadas. Neste contexto, a exploração de jazidas, principalmente para lavra de pedras, piçarras, solos e lateritas, poderão localmente alterar o relevo pela retirada de material, assim como a implantação de bota-foras, que serão locais de depósito de materiais (solo e rochas) não utilizados nas obras. O descarte desses materiais deverá ser realizado da melhor forma possível, pois poderá comprometer não só a paisagem local, mas também o leito estradal.
Alteração nas propriedades do solo: Durante as obras de pavimentação pode ocorrer contaminação dos solos por produtos químicos na estrada, no canteiro de obras e nas praças de manutenção. Uma das fontes de impactos sobre o solo são as usinas de asfalto. Esta contaminação pode ser ainda ocasionada pelo transporte de cargas e pelo tráfego de veículos, máquinas e equipamentos. As contaminações mais comuns são por combustíveis,solventes, asfalto, e lubrificantes e têm origem nas seguintes atividades: abastecimento; manutenção de equipamentos; limpeza de estruturas e maquinário; vazamento em equipamentos; derramamento ou transbordamento durante operações de carga e descarga de produtos; lavagem de pátio e escoamento.
Assoreamento de corpos hídricos: Este impacto até certo ponto é consequência do primeiro impacto apresentado “aceleração dos processos erosivos”, ou seja, as alterações que podem acontecer nos cursos de água que são atravessados pela rodovia ou que estejam próximas são assoreamento (entra As chances de que aconteça o assoreamento de rios e córregos aumentam com o início das obras de pavimentação, principalmente com a terraplenagem, a abertura de acessos, a implantação de pontes e bueiros e a instalação de sistemas de drenagem da de areia ou terra no rio) e a poluição por esgotos e por produtos químicos.
Hidrologia/Hidrogeologia Interrupção e/ou alteração do fluxo dos corpos d’água: Este impacto ocorre quando a quantidade de água que flui naturalmente na rede de drenagem é alterada por ação de um corte na drenagem, implantação de aterro, realização de escavação, etc. Ou seja, o material exposto pelas obras poderá ser transportado e depositado pelas águas pluviais a locais mais baixos, podendo até mesmo ir aos corpos hídricos. Ao atingir os corpos d’água, a porção do material assoreado, principalmente as partículas maiores depositam-se imediatamente no fundo, enquanto que a parte mais fina pode permanecer suspensão por um longo tempo, alterando outros parâmetros como: turbidez, temperatura, oxigênio dissolvido e condutividade, com potenciais impactos na biota.
Aumento da impermeabilização do solo e escoamento superficial, e diminuição da infiltração de água Impacto potencialmente decorrente de ações relacionadas com a obra de recuperação da rodovia, como asfaltamento, concretagem, etc., que reduzem a capacidade de infiltração da água no solo. Em face desta dificuldade, a água escoa com mais rapidez aumentando o fluxo hídrico de superfície.
Processos erosivos :Quando há perda da cobertura do solo, ou ocorre algum fator que aumente o fluxo líquido superficial à ação das gotas de chuva e do próprio fluxo de superfície tendem a agir sobre o solo. Quando o solo atinge um nível de saturação em água ou quando a intensidade de chuva é alta pode ocorrer um aumento potencial dos processos de erosão mecânica e/ou química.
Qualidade da água:
Alteração da qualidade da água :Destaca-se ainda durante a fase de operação a possibilidade de acidentes com vazamento de cargas, nas proximidades dos cursos d’água, podendo ser agravado quando a carga possui produtos químicos (cargas perigosas/tóxicas), podendo provocar a contaminação de águas superficiais e subterrâneas. Com a ocorrência deste impacto, poderá haver a contaminação da biota e alterações em sua diversidade, além do recurso permanecer temporariamente imprópria para banho e consumo. Esse impacto ocorrerá principalmente em função dos movimentos de terra durante as obras, na fase de implementação, durante a qual ocorre limpeza na faixa de domínio, implantação de canteiros e alojamentos, aterros, dentre outras atividades. Como consequência do assoreamento poderá também ocorrer à eliminação do curso d’água, durante as obras, por exemplo, em reduções de declividades. 38 Todos os corpos hídricos devem ser preservados, e o trecho referente a este estudo faz a interceptação de muitos corpos hídricos de primeira ordem, nas proximidades de suas nascentes, segundo mapa hidrográfico.
Meio Biótico 
De um modo geral, os impactos sobre a flora e as diferentes categorias taxonômicas da fauna composta pelos grupos de invertebrados, ictiofauna, hepertofauna, avifauna e mamíferos.
Retirada da cobertura vegetal: impacto encontra-se associado às etapas de topografia e cadastro, abertura de acessos, implantação de canteiros e alojamentos, e travessia de cursos de drenagem. Nesse processo será removida a vegetação existente dentro dos setores alvo das respectivas ações. As alterações advindas dessa fragmentação são: alterações na abundância de polinizadores e dispersores, exposição do solo que pode estimular processos erosivos e empobrecimento do solo pela remoção da camada orgânica. Com a perda da cobertura vegetal outro impacto possível é a eliminação do banco de sementes. O banco de sementes é considerado de fundamental importância no processo de regeneração natural. A remoção da cobertura vegetal expõe o solo às intempéries (chuva, luminosidade e temperatura), causando erosão e contaminação dos cursos d`água transpostos, e impede que os ciclos biológicos ocorram (processo de decomposição), resultando na eliminação de nutrientes para o solo. 
Perda da diversidade vegetal: Esse processo é ocasionado pela alteração das condições climáticas nas proximidades da faixa desmatada, devido à penetração do vento e dos raios solares, que provoca elevação de temperatura e diminuição da umidade no interior da floresta, provocando a morte de muitas espécies. Essas espécies serão gradativamente substituídas pelas espécies pioneiras ao longo do processo efeito de borda, devido às alterações climáticas no local.
Fauna Terrestre e Aquática
 Fauna terrestre :Afugentamento da fauna O ruído como fator ambiental afeta negativamente as populações naturais de fauna silvestre, impede o estabelecimento natural de lugares vitais (ninhos, grutas, refúgios), afeta a relação presa-predador e desloca algumas espécies que não toleram ruídos (grandes predadores, grandes ungulados e muitas espécies de aves) a perda de habitat é importante salientar que a perda de habitats pode ser crítica para uma espécie em função de sua importância para uma determinada etapa na ontogenia da espécie ou para a realização de evento importante em sua história de vida, p.ex. quando ocorre a destruição de sítios reprodutivos para várias espécies, o que será analisado a seguir para alguns grupos.
Modificações da rede de drenagem :A modificação da rede de drenagem natural pode gerar mudanças de habitat, com modificação do terreno e mudanças na ocupação natural estabelecida. Isso gera consequências severas às espécies de fauna, especialmente daquelas com maior associação com o ambiente aquático.
Risco de incêndios: As aberturas que ocorrem no dossel permitem incidência solar e consequentes modificações nos microclimas mais secos. Nas florestas da região Amazônica, o fogo se espalha como uma linha de chamas de movimento lento no sub-bosque sendo as bases de muitas árvores queimadas à medida que o fogo se prolonga.
Atropelamento da fauna silvestre :A taxa de mortalidade será diretamente proporcional ao número de carros que passam e a sua velocidade. Não há base para poder quantificar esta mortalidade nem prever as espécies a serem mais afetadas, uma vez que não há tráfego neste momento.
MEIO SOCIOECONÔMICO Ampliação e aumento de eficiência de transporte A utilização da rodovia agilizará o tempo de chegada em municípios e localidades. O aumento da demanda na utilização de transportes ocasionará a necessidade de criação de novas opções para o transporte intermunicipal.
O trafego de veículos se intensifica nas rodovias e estradas próximas a obra assim prejudica a qualidade de vida dos usuários. Neste caso o impacto é temporário. 
Diminuição das áreas produtivas é um impacto negativo que ocorre nas AID do empreendimento, devido a implantação da rodovia ocorre uma diminuição nas áreas produtivas para a agropecuária. 
Devido as laborações realizadas no período de implantação da obra, em especial nas atividades que interferem na estrutura do solo e na topografia, ocorrem impactos ao patrimônio cultural, histórico e arqueológico.
Planos e ações ambientais utilizados com a finalidade de reduzir os danos ao meio ambiente
Os programas ambientais devem atender todos os afetados pelo empreendimento, de forma direta ou mesmo indireta.
 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (PCS)
 PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS (PCA)
 PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTALDAS OBRAS
 PROGRAMA DE PLANEJAMENTO DE TRAVESSIAS E PROTEÇÃO À FAUNA
 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA
 PROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DE FAUNA
 PROGRAMA DE CONTROLE DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO MONITORAMENTO E RESGATE DA FLORA.
 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE PLANTIOS COMPENSATÓRIOS E
RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA.
 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PARA A FASE DE OBRAS (PGR)
 PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA A FASE DE OBRAS (PAE)
 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
 PROGRAMA DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO AMBIENTAL DA MÃO DE OBRA.
 PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
 PROGRAMA DE PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL
 PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA OPERAÇÃO PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS (PCA).
Esse programa garante o cumprimento das especificações técnicas e normas ambientais:
 Apresenta medidas para controle de processos de dinâmica superficial (erosão, assoreamento de cursos d’água, recalques) e de inundações.
 Como realizar o gerenciamento de resíduos sólidos e Efluentes.
 Como realizar o gerenciamento de tráfego das obras e de infraestruturas locais.
 Apresenta ações para o remanejamento de interferências de serviços públicos para evitar incômodos à população.
PROGRAMA DE PLANEJAMENTO DE TRAVESSIAS E PROTEÇÃO À FAUNA
Foco principal: Otimizar, sistematizar e aprimorar procedimentos específicos além de monitorar a efetividade das travessias de fauna propostas. As áreas onde os trabalhos terão prioridade compreendem, todo o trecho que será utilizado por caminhos de serviços e os locais prioritários.
PROGRAMAS DE PROTEÇÃO À É PROPOSTA A IMPLEMENTAÇÃO:
• Conforme apresentado no diagnóstico ambiental, haverá intervenções pontuais nos ecossistemas locais, uma vez que apenas as áreas onde serão alocados os pilares irá ocorrer a supressão, totalizando 33,5 hectares de intervenção, ou seja, apenas 45 % da ADA.
Focos principais:
 evitar cortes de fragmentos e de árvores isoladas além dos limites de intervenção autorizados;
 evitar intervenções em áreas de preservação permanente fora dos limites autorizados;
 preservar espécies da flora nativa e fragmentos remanescentes.
Para atingir essas metas devem ser realizados treinamentos com as equipes de obras e também com os responsáveis pelo corte da vegetação. Outro fator importante é a execução dos procedimentos de controle de erosão e assoreamento, nas áreas onde já tiver sido realizado o corte da vegetação, evitando acidentes ambientais no entorno das obras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Para que se tenha uma boa qualidade de vida para as futuras gerações estar preocupados com o meio ambiente principalmente porque muitos danos causados em um empreendimento seja ele qual for danos esses causados ao meio ambiente não tem volta não pode ser corrigido, importantíssimo o planejamento Ambiental. 
Nesse empreendimento escolhido podemos observar uma preocupação muito grande em manter o equilíbrio do meio ambiente embora podemos ver que alguns danos são inevitáveis para o meio ambiente e em quem vive nele, mas podemos ver a preocupação do começo ao termino da rodovia de sempre preservar todos os meios tanto físico , biótico e antrópico e também no cumprimento das leis do Direito ambiental colocadas em pratica no desenvolvimento de tal projeto .
As empresas de empreendimento são responsáveis por manter sempre o melhor planejamento para o determinado local, seguindo sempre as leis, padrões e normais estabelecidos para que saia tudo certo e os danos sejam os menores possíveis e se tiver se responsabilizarem fazendo o certo para os prejudicados.
Realizar cada etapa do planejamento e construção foi muito importante e esclarecedor nos dá a visão de todos os instrumentos que temos a disposição para se preservar e recuperar o meio ambiente alterado pela necessidade do homem ao utiliza-lo a benéfico próprio usando toda técnica e métodos e que juntos com o planejamento correto irão para o único proposito que existe em uma construção “ Preservar a Natureza “.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
 Figura 1: Localização da Rodovia Imigrantes. Disponível em:
<https://mapasapp.com/brasil/sao-paulo/sao-paulo-sp/vila-guarani/rodovia-dos-imigrantes >.Acesso em 02/06/2020.
Figura2: Ponte passando por entre a Mata Atlântica. Disponível em : <https://viatrolebus.com.br/2015/12/40-anos-da-rodovia-imigrantes-a-principal-rota-entre-baixada-e-sp/> .Acesso em 05/06/2020.
Figura 3 e 4:Imagens da rodovia no início da construção. Disponível em: <https://www.juicysantos.com.br/vida-013/nostalgia-santista/conheca-a-historia-da-construcao-das-rodovias-anchieta-e-imigrantes/>.Acesso em 05/06/2020.
Figura 5: A ampliação da Rodovia Imigrantes. Disponível em : <https://www.dersa.sp.gov.br/empreendimentos/rodovia-dos-imigrantes/> Acesso em 05/06/2020.
Figura 6:Obras no município de São Paulo, caminhões, maquinas e homens trabalhando durante a construção da estrada. Disponível em : <http://abides.org.br/analise-dos-estudos-aos-impactos-ambientais-da-pista-descendente-a-rodovia-dos-imigrantes-e-solucoes-mitigadoras/ >Acesso em 06/06/2020.
<https://www.ecovias.com.br/noticias/obras> Acesso em 06/06/2020.
<https://www.ecodebate.com.br/2013/04/17/analise-dos-estudos-aos-impactos-ambientais-da-pista-descendente-a-rodovia-dos-imigrantes-e-solucoes-mitigadoras/>Acesso em 06/06/2020.
<https://exame.com/brasil/onde-o-concreto-convive-com-o-verde-m0116424/>Acesso em 06/06/2020.
<http://www.jgpconsultoria.com.br/projrefer/dupimigrant/index.php?>Acesso em 06/06/2020.
 
<https://alfonsin.com.br/impacto-ambiental-faz-parte-dos-desafios-da-gesto/>Acesso em 06/06/2020.

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