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2 
 
 
ATENÇÃO! Não podemos confundir erro de tipo com erro de proibição 
 
 
 
ERRO DE TIPO: ESPÉCIES 
 
ERRO DE TIPO: ESPECIAL 
 
O erro recai sobre os dados principais do tipo. 
 
Se avisado do erro, o agente para de agir criminosamente. 
 
PREVISÃO LEGAL: art. 20 “caput” C.P. 
 
 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL 
 
 (ART. 20 “CAPUT” C.P.) 
 
“Erro sobre elementos do tipo 
 
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime 
culposo, se previsto em lei.” 
 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL 
 
 CONCEITO: o agente ignora ou erra sobre elemento constitutivo do tipo legal. 
 
EXEMPLO: Caçador que atira contra um arbusto pensando que lá se esconde um veado. Ao se aproximar, perce-
be que matou alguém. 
 
 
 
 
 
 
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3 
CONSEQUÊNCIAS: 
 
 
 
ERRO DE TIPO ACIDENTAL 
 
Recai sobre dados secundários do tipo. 
 
Quando avisado do erro, o agente corrige os caminhos ou sentido da conduta para continuar a agir de forma ilíci-
ta. 
 
1- ERRO SOBRE O OBJETO 
 
PREVISÃO LEGAL? 
 
CONCEITO: o agente se confunde quanto ao objeto material (coisa) por ele visado, atingindo objeto diverso. 
 
EXEMPLO: Fulano, querendo subtrair um relógio de ouro, por erro, acaba furtando um relógio dourado. 
 
CONSEQUÊNCIAS: 
 
 
 
ERRO DE TIPO ACIDENTAL 
 
2- ERRO SOBRE A PESSOA 
 
PREVISÃO LEGAL: art. 20, § 3º, C.P. 
 
ERRO SOBRE A PESSOA 
 
(ART. 20, § 3º, C.P.) 
 
“Erro sobre a pessoa 
 
 
 
 
 
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4 
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste 
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.” 
CONCEITO: equivocada representação do objeto material (pessoa visada) pelo agente. Em decorrência do erro, o 
agente acaba atingindo pessoa diversa. 
 
OBS.1: 
OBS.2: 
OBS.3: 
 
Exemplo: Fulano quer matar seu pai (vítima virtual), porém, representando equivocadamente a pessoa que entra 
na casa, acaba matando o seu tio (vítima real). 
Atenção: 
 
CONSEQUÊNCIAS: 
 
ERRO DE TIPO ACIDENTAL 
 
3- ERRO NA EXECUÇÃO (“aberratio ictus”) 
 
PREVISÃO LEGAL: art. 73, C.P. 
ERRO NA EXECUÇÃO -“ABERRATIO ICTUS” 
 
 (ART. 73, C.P.) 
 
“Erro na execução 
 
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que 
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-
se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia 
ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.” 
 
CONCEITO: Por acidente ou por erro no uso dos meios da execução, o agente acaba atingindo pessoa diversa da 
pretendida. 
 
EXEMPLO: Fulano mira seu pai, mas por falta de habilidade no manuseio da arma, acaba atingindo um vizinho 
que passava do outro lado da rua. 
 
CONSEQUÊNCIAS: 
 
a) “Aberratio ictus” com resultado único: 
b) “Aberratio ictus” com resultado duplo (ou unidade complexa): 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 
 
ATENÇÃO! A DOUTRINA DIVIDE ESSA ESPÉCIE DE ERRO EM DUAS MODALIDADES: 
 
a) 
b) 
 
 
ERRO DE TIPO ACIDENTAL 
 
4- RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (“aberratio criminis “/ “delicti”) 
 
PREVISÃO LEGAL: art. 74 C.P. 
 
RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO -“ABERRATIO CRIMINIS “/ “DELICTI” 
 
( art. 74 C.P. ) 
 
“Resultado diverso do pretendido 
 
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resulta-
do diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre tam-
bém o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.” 
 
OBS.: 
 
CONCEITO: Por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente atinge bem jurídico distinto daquele 
que pretendia atingir. 
 
EXEMPLO: Fulano quer danificar o carro de Beltrano. Atira uma pedra contra o veículo, mas acaba atingindo o 
motorista, que vem a falecer. 
 
- Fulano responde por homicídio culposo. 
 
 
 
 
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CONSEQUÊNCIA: 
 
CUIDADO! A regra do art. 74 C.P. deve ser afastada quando o resultado pretendido é mais grave que o resultado 
produzido – hipótese em que o agente responde pelo resultado pretendido na forma tentada. 
 
Ex.: Fulano quer matar Beltrano. Atira uma pedra contra a cabeça de Beltrano, mas acaba atingindo o veículo da 
vítima. 
 
Obs.1: 
Obs.2: 
 
 
 
ERRO DE TIPO ACIDENTAL 
 
5- ERRO SOBRE O NEXO CAUSAL 
 
PREVISÃO LEGAL: não tem (é criação da doutrina). 
 
CONCEITO: o agente produz o resultado desejado, mas com nexo causal diverso do pretendido. 
 
MODALIDADES: a doutrina divide esta espécie de erro em duas modalidades: 
 
1- Erro sobre o nexo causal em sentido estrito 
 
Ocorre quando o agente, mediante 1 só ato, provoca o resultado visado, porém com outro nexo. 
 
Ex.: “A” empurra “B” de um penhasco para que morra afogado (nexo visado). “B”, na queda, bate a cabeça numa 
rocha e morre em razão de traumatismo craniano (nexo real). 
 
2- Dolo geral / erro sucessivo / “aberratio causae” 
 
O agente, mediante conduta desenvolvida em pluralidade de atos, provoca o resultado pretendido, porém com 
outro nexo. 
 
Ex.: “A” dispara (nexo visado) contra “B” (1º ato). Imaginando que “B” está morto, joga seu corpo no mar (2º ato). 
“B” morre afogado (nexo real). 
 
CONSEQUÊNCIA: 
 
ERRO DE TIPO: QUESTÕES IMPORTANTES 
 
ERRO DE SUBSUNÇÃO 
 
PREVISÃO LEGAL: 
 
CONCEITO: 
 
CUIDADO! Não se confunde com erro de tipo ou erro de proibição 
 
 
 
 
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a) Não se confunde com erro de tipo, pois não há falsa percepção da realidade (o agente sabe que falsifica che-
que, p.ex.). 
 
b) Não se confunde com erro de proibição, pois o agente conhece a ilicitude do seu comportamento (sabe que 
falsificar cheque é comportamento ilícito, p.ex.). 
 
Exemplos: 
 
- Documento público por equiparação. 
- Conceito de funcionário público para fins penais. 
 
CONSEQUÊNCIAS: 
 
ERRO PROVOCADO POR 3º 
 
 (art. 20, § 2º C.P.) 
 
“Erro determinado por terceiro 
 
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.” 
 
CONCEITO:. No erro determinado por 3º, temos um erro induzido. 
 
(≠ erro de tipo, o agente erra por conta própria) 
 
Atenção! 
 
Ex.: 
 
CONSEQUÊNCIA: responde pelo crime o terceiro que determina o erro (no nosso exemplo, o médico responde 
por homicídio doloso na condição de autor mediato) 
 
# E o agente provocado? 
 
 
 
 
CRIME COMISSIVO 
 
O Direito Penal protege determinados bens jurídicos proibindo condutas consideradas desvaliosas. 
 
Conclusão: 
 
 
 
 
 
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CRIME OMISSIVO 
 
O Direito Penal também protege bens jurídicos proibindo a inação de condutas valiosas. 
Conclusão: 
 
Omissão que viola um tipo mandamental. 
 
A norma mandamental que determina a ação valiosa pode decorrer: 
 
a) Do próprio tipo penal: o tipo incriminador descreve a omissão 
b) De cláusula geral: o dever de agir está descrito numa norma geral 
 
CRIME OMISSIVO 
 
# E se o agente desconhece que tem o dever de agir? 
 
CRIME OMISSIVO 
 
CRIME OMISSIVO PRÓPRIO/ PURO 
 
A conduta omissiva está descrita no próprio tipo penal incriminador. 
 
- Para a sua caracterização basta a não realização da conduta valiosa descrita no tipo. 
Ex.: Omissão de socorro (art. 135 C.P.) 
 
CRIME OMISSIVO PRÓPRIO/ PURO 
OMISSÃO DE SOCORRO (ART. 135 C.P.) 
 
“Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses 
casos, o socorro da autoridade pública: 
 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e tri-
plicada, se resulta a morte.” 
 
CRIMEOMISSIVO 
 
CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO/ IMPURO 
 
O dever de agir está acrescido no dever de evitar o resultado. 
 
Art. 13, § 2º CP: HIPÓTESES DE DEVER JURÍDICO 
 
a) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância 
 
CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO/ IMPURO 
 
O dever de agir está acrescido no dever de evitar o resultado. 
 
Art. 13, § 2º CP: HIPÓTESES DE DEVER JURÍDICO 
 
b) De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado 
 
CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO/ IMPURO 
 
O dever de agir está acrescido no dever de evitar o resultado. 
 
Art. 13, § 2º CP: HIPÓTESES DE DEVER JURÍDICO 
 
 
 
 
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c) Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
 
 
 
 
 
 
2º REQUISITO DO FATO TÍPICO: RESULTADO 
 
ATENÇÃO: Da conduta pode advir 2 resultados 
 
1- Resultado naturalístico 
2- Resultado jurídico 
 
RESULTADO NATURALÍSTICO 
 
Modificação no mundo exterior (perceptível pelos sentidos) provocada pelo comportamento do agente. 
 
Cuidado! Não são todos os crimes que possuem resultado naturalístico. 
 
Classificação doutrinária do crime quanto ao resultado naturalístico: 
 
a) Crime material (tem resultado naturalístico descrito no tipo, sendo indispensável sua ocorrência para a consu-
mação) 
b) Crime formal (tem resultado naturalístico descrito no tipo, sendo dispensável sua ocorrência para a consuma-
ção) 
c) Crime de mera conduta (não tem resultado naturalístico descrito no tipo) 
 
RESULTADO JURÍDICO 
 
Lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. 
 
Cuidado! Todos os crimes (material, formal ou de mera conduta) possuem resultado normativo. 
 
Classificação doutrinária do crime quanto ao resultado normativo: 
 
1- Crime de dano: quando a consumação exige efetiva lesão ao bem jurídico. 
 
Ex.: Art. 121 C.P. 
 
 
 
 
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Cuidado! O crime de dano não é necessariamente material. 
 
2- Crime de perigo: a consumação se contenta com a exposição do bem jurídico a uma situação de perigo. 
 
A doutrina moderna divide o crime de perigo em 3 espécies: 
 
 
 
OBS.: CRIME DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE 
 
- Se de perigo abstrato: basta o motorista embriagado conduzir o veículo automotor, mesmo que de forma normal. 
- Se de perigo concreto: é necessário o motorista embriagado conduzir o veículo de forma anormal, gerando risco 
para alguém. 
- Se de perigo abstrato de perigosidade real: é necessário o motorista embriagado conduzir o veículo de forma 
anormal, dispensando prova do risco para alguém. 
 
3º REQUISITO DO FATO TÍPICO: NEXO CAUSAL 
 
(art. 13, “caput”, C.P. ) 
 
“Relação de causalidade 
 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Conside-
ra-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.” 
 
Relação de causalidade: é o vínculo entre conduta e resultado. 
 
É a relação de produção entre a causa eficiente e o efeito ocasionado. 
 
Busca aferir se o resultado pode ser atribuído objetivamente ao sujeito ativo como obra do seu comportamento 
típico. 
 
 “Relação de causalidade 
 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Conside-
ra-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.” 
 
Obs: 
 
O art. 13 caput do C.P. adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais / teoria da equivalência das 
condições / teoria da condição simples / teoria da condição generalizadora / teoria da “conditio sine qua non” 
Para o art. 13, “caput”, todo fato sem o qual o resultado não teria ocorrido é considerado causa. 
 
Adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais (é causa, toda ação ou omissão sem a qual o resultado 
não teria ocorrido) 
 
# Como saber se o fato foi determinante para o resultado? 
 
Trabalha-se com outra teoria (teoria da eliminação hipotética dos antecedentes causais) 
 
 
 
 
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TEORIA DA ELIMINAÇÃO HIPOTÉTICA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS 
 
Método empregado no campo mental da suposição ou da cogitação, através do qual causa é todo fato que, su-
primido mentalmente, o resultado não teria ocorrido como ocorreu ou no momento em que ocorreu. 
 
1ª Pergunta: Causa da morte? 
De acordo com o art. 13, “caput” do C.P., causa é toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
 
2ª Pergunta: Como saber qual ação ou omissão foi determinante para o resultado? 
 
Através do método da eliminação hipotética. 
 
Fórmula: 
 
Causa (objetiva) = teoria da equivalência + teoria da eliminação hipotética 
 
Atenção: essa fórmula é criticada, pois do ponto de vista objetivo, regressa ao infinito. 
 
A imputação do crime, no entanto, não regressa ao infinito, pois é indispensável a CAUSALIDADE PSÍQUICA (se 
o agente agiu com dolo ou culpa) – evitando responsabilidade penal objetiva. 
 
Fórmula: 
 
Imputação do crime (não regressa ao infinito) = causalidade objetiva (regressa ao infinito) + causalidade psíquica 
(dolo/culpa – filtros que evitam o regresso ao infinito da imputação do crime) 
 
Logo veremos que a teoria da imputação objetiva foi criada para evitar o regresso ao infinito no conceito de causa, 
não se contentando com o filtro do dolo e da culpa. 
 
1 - (Cespe – Juiz de Direito Substituto – MA) Com relação ao que dispõe o Código Penal brasileiro sobre o 
erro de tipo, assinale a opção correta. 
 
A) Se o erro de tipo for evitável, isenta-se de pena o agente. 
B) O erro de tipo inevitável exclui o dolo e a culpa. 
C) Sendo inevitável o erro de tipo, exclui-se a culpabilidade. 
D) Se o erro de tipo for evitável, diminui-se a pena de 1/6 a 1/3 em relação ao total legalmente estipulado. 
 
2- (TJ/RS – Juiz de Direito Substituto – RS) Considere as assertivas abaixo sobre o instituto do erro, assi-
nalando as corretas. 
I. O instituto do erro de proibição é uma exceção à norma de que ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando 
que não a conhece. 
II. A clássica distinção no Direito Penal entre erro de fato e erro de direito é mantida, com nomenclatura diversa, 
com a adoção da distinção entre erro de tipo e erro de proibição. 
III. O erro relativo à pessoa, sendo acidental, não isenta de pena, não se considerando na apreciação do fato con-
creto as condições e qualidades da vítima real, e sim as daquela que o agente pretendia atingir. 
 
3 - (PUC – PR – Juiz de Direito Substituto – PR) Analise as situações abaixo sobre a teoria do erro. Em 
seguida, marque a alternativa CORRETA: 
 
I. Kelston, empresário do ramo de produtos odontológicos, conhece uma garota em uma festa. A garota exibia 
uma compleição física avantajada e disse ter 18 anos de idade, além disso monstrou-se muito desinibida sexual-
mente, o que levou Kelston a acreditar na idade da menina. Nesta mesma noite, resolveram ir a um local reserva-
do, de pleno consentimento, onde praticaram atos libidinosos diversos da conjunção carnal, quando foram detidos 
por policiais que, ao solicitarem a identidade da garota, verificaram que ela tinha 13 anos de idade. Kelson foi pre-
so por estupro de vulnerável, situação que o assustou, já que havia acreditado verdadeiramente que a garota ti-
nha 18 anos de idade. 
 
 
 
 
 
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4 - (PUC – PR – Juiz de Direito Substituto – PR) Analise as situações abaixo sobre a teoria do erro. Em 
seguida, marque a alternativa CORRETA: 
 
II. As descriminantes putativas, seja as que incidam sobre os pressupostos fáticos de uma causa de justificação, 
seja as que recaiam sobre os limites autorizadores de uma excludente de ilicitude, são tratadas como erro de pro-
ibição. 
 
5 - (PUC – PR – Juiz de Direito Substituto – PR/ 2012) Analise as situações abaixo sobre a teoria do erro. 
Em seguida, marque a alternativa CORRETA: 
 
III. Quando o erro do agente recai sobre os pressupostos fáticos de uma causa de justificação é erro de tipo, ao 
passo que, se incidir sobre os limites autorizadores, há erro de proibição. 
 
6- (PUC – PR – Juiz de Direito Substituto – PR)Analise as situações abaixo sobre a teoria do erro. Em 
seguida, marque a alternativa CORRETA: 
 
IV. Jango, policial federal, ao tentar prender traficante de drogas, é recebido a tiros. Jango reage à injusta agres-
são do traficante; entretanto, um dos disparos de Jango atinge Flor, criança de 2 anos de idade que estava brin-
cando no quintal da casa dela, próximo ao local onde ocorreu a troca de tiros. 
 
7 - (PUC – PR – Juiz de Direito Substituto – PR) Analise as situações abaixo sobre a teoria do erro. Em 
seguida, marque a alternativa CORRETA: 
 
V. Aparício, sujeito movido por ódio a Jandira, proprietária de uma loja de roupas, ao saber que a moça se encon-
trava em frente do estabelecimento comercial, vai até o local de carro. Ao ver Jandira, com dolo de lesão corporal, 
Aparício arremessa contra ela um objeto cortante; entretanto, ele erra o alvo (Jandira), mas acaba acertando a 
vitrine da loja por inobservar dever de cuidado objetivo, provocando danos de grande monta. 
 
8- (PUC – PR – Juiz de Direito Substituto – PR) Analise as situações abaixo sobre a teoria do erro. Em 
seguida, marque a alternativa CORRETA: 
A) A situação “V” constitui erro diverso do pretendido ou aberratio criminis, já que Aparício deseja um crime (lesão 
corporal), mas acabou resultando em outro crime (dano). Na situação “I” Kelston incorre em erro de tipo incrimina-
dor e, independentemente de ser vencível ou invencível, não será responsabilizado pelo ato. 
B) A situação “IV” é exemplo de aberratio ictus, ou erro na execução em legítima defesa, e, neste caso, Jango se 
encontra amparado pela excludente de ilicitude em relação à morte de Flor. A situação “I” é exemplo de erro de 
tipo incriminador e, no caso do Magistrado entender ser invencível, será excluído o dolo e a culpa de Kelston; 
entretanto, se entender ser o caso de erro vencível, Kelston será punido pelo delito sexual na sua forma culposa. 
C) A situação “II” é atribuída ao entendimento da teoria extremada da culpabilidade. A situação “III” é atribuída ao 
entendimento da teoria limitada da culpabilidade. A situação “I” constitui exemplo de erro de tipo incriminador e, 
independentemente de ser vencível ou invencível, Kelston não será responsabilizado pelo ato. 
D) A situção “V” é exemplo de erro na execução ou aberratio ictus, já que Aparício errou na execução de sua con-
duta, ou seja, desejava lesão corporal, mas acabou praticando crime de dano. A situação “I” é exemplo de erro de 
proibição, já que Kelston desconhecia a idade da garota com quem manteve atos libidinosos. 
E) A situação “III” é atribuída ao entendimento da teoria extremada da culpabilidade; a situação “I” constitui erro de 
tipo incriminador e, independentemente de ser vencível ou invencível, Kelston não será responsabilizado pelo ato. 
A situação “V” não é caso de erro diverso do pretendido e, na situação “IV”, o entendimento majoritário da doutrina 
inclina-se pela punição de Jango por homicídio culposo de Flor. 
 
9 - (Cespe – Juiz de Direito Substituto – ES) Acerca do erro no direito penal, assinale a opção correta. 
 
A) O erro sobre elemento essencial do tipo, escusável ou inescusável, exclui o dolo, mas permite a punição a 
título de culpa. 
B) Suponha que, em troca de tiros com policiais, certo traficante atinja o soldado A, e o mesmo projétil também 
atinja o transeunte B, provocando duas mortes. Nesse caso, ainda que não tenha pretendido matar B, nem aceito 
sua morte, o atirador responderá por dois homicídios dolosos em concurso formal imperfeito. 
C) Considere que um indivíduo pretenda assassinar uma criança de doze anos de idade e, para executar seu 
plano, posicione-se na janela de sua residência e acerte um disparo na cabeça de um adulto inocente. Nesse 
caso, o referido indivíduo responderá por homicídio doloso em sua forma simples, sem incidência de causa espe-
cial de aumento de pena. 
 
 
 
 
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D) Considere a seguinte situação hipotética. Braz pretendia furtar um colar extremamente valioso e, para tanto, 
dirigiu-se a uma joalheria e executou sua ação com sucesso. Em seguida, ao tentar vender o objeto, ele se certif i-
cou de haver furtado bijuteria de valor irrisório. Nessa situação, Braz deverá responder pelo delito de furto e, caso 
seja primário, fará jus à causa especial de diminuição de pena relativa ao furto privilegiado. 
E) Caracterizada a ocorrência de erro de proibição indireto inescusável, o agente responderá pelo crime doloso, 
com pena diminuída de um sexto a um terço. 
 
QUESTÃO 10 - ESCRITA: 
 
Uma senhora, de 65 anos, cultiva pé de maconha no quintal de sua casa, imaginando ser planta ornamental. Pra-
tica crime? Justifique a resposta. 
 
QUESTÃO 11 - ESCRITA: 
 
Explique, também com exemplos, o crime de conduta mista.

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