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em “famílias” de acordo com a tabela 22.1. Os filamentos intermediários podem formar conexões com os microtúbulos, acompanhando sua distribuição celular. Os microtúbulos são túbulos ocos formados por dímeros da proteína tubulina na sua forma α e β. São estruturas polarizadas, sendo a extremidade plus a que cresce mais rapidamente e a minus a de crescimento mais lento. Os microtúbulos são nucleados a partir de uma região específica da célula, o centro organizador de microtúbulos. A proteína característica desse centro organizador é a γ-tubulina. Todas as extremidades minus ficam voltadas para o centro organizador e as extremidades plus para a periferia celular. A incorporação de um dímero de tubulina a um microtúbulo em crescimento leva à hidrólise de uma molécula de GTP ligada à subunidade b desse dímero. A disponibilidade de dímeros ligados à GTP leva à formação de uma tampa de GTP que protege e confere ao microtúbulo uma tendência a crescer. Os microtúbulos são dotados de instabilidade dinâmica, crescendo e encolhendo a todo momento, redirecionando, assim, a forma e o deslocamento da célula. Os microtúbulos podem estar associados a proteínas acessórios que aumentam sua estabilidade através da formação de pontes entre as subunidades de tubulina. As cinesinas e dineínas são proteínas que se associam aos microtúbulos e são capazes de promover o deslizamento entre eles ou o transporte de organela e vesículas através do citoplasma, utilizando-os como trilhos. Cílios e flagelos são estruturas motoras de protozoários e tipos celulares como espermatozóides e epitélios ciliados que conjugam em sua estrutura microtúbulos e proteínas acessórias estruturais e motoras. Várias drogas interferem na dinâmica de polimerização e despolimerização dos microtúbulos e muitas delas são usadas na pesquisa e no tratamento de doenças como câncer e a gota. A seguir, listamos as principais características das proteínas e drogas que se ligam a microtúbulos. Os microfilamentos são filamentos formados por monômeros da proteína actina. São estruturas polarizadas, sendo a extremidade plus a que cresce mais rapidamente e a minus a de crescimento mais lento.Os microfilamentos são nucleados a partir de três monômeros de actina que se combinam a outras proteínas relacionadas à actina. Geralmente, as extremidades plus do filamento ficam voltadas para a periferia celular. A incorporação de um monômero de actina a um microfilamento em crescimento leva à hidrólise de uma molécula de ATP aprisionada no monômero de actina. Os microfilamentos são dotados de instabilidade dinâmica, crescendo e encolhendo a todo momento, redirecionando, assim, a forma e o deslocamento da célula. Os microfilamentos podem estar associados a proteínas acessórias que aumentam sua estabilidade através da formação de pontes entre as subunidades de actina. A tropomiosina (veja tabela 24.1) é uma dessas proteínas. A faloidina, embora seja uma toxina, também estabiliza os microfilamentos. As miosinas são proteínas que se associam aos microfilamentos e são capazes de promover o deslizamento entre eles ou o transporte de organelas e vesículas através do citoplasma, utilizando-os como trilhos. Filopódios e lamelipódios são estruturas motoras de protozoários e tipos celulares como fibroblastos, microfilamentos e proteínas acessórias estruturais e motoras. Várias drogas interferem com a dinâmica de polimerização e despolimerização dos microfilamentos e muitas delas são usadas na pesquisa. Além da via endocítica, o revestimento de clatrina também funciona no complexo de Golgi, concentrando o conteúdo de vesículas de secreção regulada ou que vão para os lisossomas. Os revestimentos de COP I e II funcionam selecionando a carga que será incluída em vesículas que brotam do retículo e do complexo de Golgi, mas não concentram o conteúdo. As vesículas possuem marcadores moleculares em sua face citoplasmática. Esses marcadores regulam a especificidade do tráfego e medeiam a fusão de vesículas. Os marcadores de vesículas do tipo SNARE promovem a fusão das membranas aproximando as bicamadas até que se fundam. Os marcadores Rab garantem a especificidade do tráfego e identificam os compartimentos.