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Embargos de terceiro resumo

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Art. 674 à 681 do CPC
 
 
Os embargos de terceiro são as ações atribuídas aquele que não é parte, para fazer cessar a constrição judicial que indevidamente recaiu sobre os bens do qual é proprietário ou possuidor.
 
· Estão sempre associados a uma outra ação, na qual foi determinada a apreensão indevida;
· Tem natureza de ação autônoma; 
 
Art. 676. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado.
 
Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta.
 
Requisitos específicos de admissibilidade
 
· Os embargos de terceiro tem natureza de ação e por isso deve observar as regras do procedimento comum:
 
Art. 319. A petição inicial indicará:
 
I - o juízo a que é dirigida;
 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
 
IV - o pedido com as suas especificações;
 
V - o valor da causa;
 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
 
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
 
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
 
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
 
 
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.
 
§ 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz.
 
§ 2º O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, o domínio alheio.
 
§ 3º A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal.
 
§ 4º Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de constrição aproveita, assim como o será seu adversário no processo principal quando for sua a indicação do bem para a constrição judicial.
 
· Só cabem embargos de terceiro com a finalidade de descontruir um ato de apreensão judicial ou afastar ameaça de que ele ocorra. (Art. 674, CPC)
 
Quem tem legitimidade ativa e passiva nos embargos de terceiro?
 
· Só tem legitimidade para opor embargos de terceiro aquele que não configura como parte no processo em que apreensão ocorreu ou foi determinada. E aquele que alegue ser proprietário ou possuidor do bem.
· O compromissário comprador também poderá opor embargos de terceiro. (ex: contrato de gaveta, compra e venda sem o devido registro)
 
SÚMULA N. 84
É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.
 
· Pode ter como legitimado ativo:
 
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
 
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.
 
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:
 
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843 ;
 
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;
 
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;
 
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.
 
· Pode ter como legitimado passivo (embargado)
 
· Aquele que está usufruindo da constrição.
· Aquele que indicou o bem a penhora/a constrição de forma indevida.
 
 
· O embargos de terceiro só serão acolhidos se a apreensão for indevida. Para tanto, é preciso não apenas a condição de terceiro, mas que não seja responsável pelo pagamento da dívida; (ex: sócio administrador da empresa executada)
 
Qual o prazo para contestar os embargos de terceiro? 
 
· 15 Dias úteis
 
Art. 679. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum.
 
 
Posso ajuizar o embargo de terceiro a qualquer tempo?
 
Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
 
Parágrafo único. Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz mandará intimá-lo pessoalmente.
 
· A partir do momento que eu protocolo o embargo de terceiro, o juiz pode suspender a constrição
 
 
· O juiz pode determinar que seja prestada uma calção idônea 
 
 
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido.
 
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.
 
 
Art. 680. Contra os embargos do credor com garantia real, o embargado somente poderá alegar que:
 
I - o devedor comum é insolvente;
 
II - o título é nulo ou não obriga a terceiro;
 
III - outra é a coisa dada em garantia.
 
Art. 681. Acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial indevida será cancelado, com o reconhecimento do domínio, da manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem ou do direito ao embargante.
 
Quando o juiz julgar procedente a ação
 
· Sentença negativa constitutiva
 
 
 
SÚMULA N. 303
Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários advocatício
 
 
Embargos de terceiro em caso de penhora de bens dos sócios
 
Nas execuções contra pessoas jurídicas, a penhora só pode recair sobre os bens dela e não dos sócios, que não configuram como parte. Porém, pode haver a desconsideração da personalidade jurídica da empresa e estender a responsabilidade patrimonial aos bens pessoais dos sócios, que poderão ser atingidos. 
 
· Mas se o juiz estender a responsabilidade patrimonial ao sócio e determinar a constrição dos bens dele, sem que tenha havido o prévio incidente de desconsideração da personalidade jurídica, o sócio poderá valer-se de embargos de terceiro. O mesmo vale em relação aos bens da empresa, na execução promovida contra o sócio, quando há desconsideração da personalidade jurídica.
 
Embargos de terceiro do adquirente em fraude à execução
 
· A fraude à execução, se reconhecida implica ineficácia da alienação, o que permite ao credor requerer a penhora do bem em mãos do adquirente, embora a execução não seja dirigida contra ele, mas contra o alienante.
· Se o adquirente quiser negar a fraude e, com isso, afastar a constrição, deverá valer-se de embargos de terceiro, já que ele não é partena execução.
· Requisitos para configurar fraude contra execução
 
· Tem ter sido ocorrido depois da citação do devedor
· Deve observar sumula 375 do STJ
 
SÚMULA N. 375
O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
 
· Se o bem alienado, for daqueles sujeito a registro a presunção da má-fé só existirá se a averbação, seja da penhora, seja da certidão expedida na forma do art. 828, CPC, tiver sido feita.
 
Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.
 
§ 1º No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas.
 
§ 2º Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, o exequente providenciará, no prazo de 10 (dez) dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não penhorados.
 
§ 3º O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a requerimento, caso o exequente não o faça no prazo.
 
§ 4º Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada após a averbação.
 
§ 5º O exequente que promover averbação manifestamente indevida ou não cancelar as averbações nos termos do § 2º indenizará a parte contrária, processando-se o incidente em autos apartados.
 
· Se o bem alienado não for sujeito a registro, cabe ao terceiro adquirente comprar que tomou as cautelas necessárias para a aquisição, na forma do disposto no art. 792, parágrafo 2º, do CPC, para demonstrar que agiu de boa fé.
 
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
 
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
 
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 ;
 
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
 
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
 
V - nos demais casos expressos em lei.
 
§ 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
 
§ 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.
 
§ 3º Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
 
§ 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.
 
SÚMULA N. 195
Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra credores.

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