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POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER pptx IST AULA 4[3[

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POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
Prof:Matheus Prates Santos
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Aspectos gerais
A terminologia infecções sexualmente transmissíveis (IST) foi adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2015 para substituir a expressão doenças sexualmente transmissíveis (DST). Esse novo termo esta em consonância com a nomenclatura adotada internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pela Organização Pan‑Americana da Saúde (Opas) e pela sociedade cientifica. Essa modificação ocorreu em função da possibilidade de transmissão de uma infecção por meio do contato sexual, mesmo que não haja sinais e sintomas (BRASIL, 2016e).
A transmissão das IST acontece, sobretudo, por via sexual e, eventualmente, por via sanguínea. Também podem ser transmitidas verticalmente, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. Essas infecções são causadas por mais de 30 agentes etiológicos, incluindo vírus, bactérias, fungos e protozoários. Podem se apresentar sob a forma de síndromes: corrimento uretral, corrimento vaginal, ulcera anogenital, verruga anogenital e doença inflamatória pélvica (DIP) (BRASIL, 2016e).  
Características das principais IST
Aspectos epidiomólogicos
As IST são consideradas um importante problema de saúde publica mundial em função de sua magnitude. Além disso, a presença de uma IST, como sífilis ou gonorreia, aumenta consideravelmente o risco de se adquirir ou transmitir a infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV). De acordo com as estimativas da OMS (2013), mais de um milhão de pessoas adquirem uma IST diariamente no mundo. Anualmente, estima‑se que 500 milhões de indivíduos no mundo são contaminados com uma IST curável, como a gonorreia, a clamídia, a sífilis e a tricotomias. Calcula‑se que 530 milhões de pessoas estejam infectadas com o vírus do herpes genital (HSV‑2, do inglês herpes simplex vírus tipo 2) e que mais de 290 milhões de mulheres estejam infectadas pelo papiloma vírus humano (HPV) (BRASIL, 2016a).
Aspectos epidiomólogicos
A infecção pelo HPV e responsável por 530 mil casos de câncer de colo uterino e por 275 mil mortes de mulheres em função dessa doença por ano. Além disso, a sífilis na gravidez causa cerca de 300 mil óbitos fetais e mortes neonatais anualmente e coloca 215 mil recém-nascidos (RN) sob o risco de morte prematura, baixo peso ao nascimento ou sífilis congênita (BRASIL, 2016b). 
No Brasil, as IST também são consideradas um problema de saúde publica. Estima‑se mais de 10 milhões de casos novos de IST passiveis de cura ao ano (LOWDERMILK, 2012). Segundo o Ministério da Saúde, no período de 2010 a junho de 2016, foram notificados um total de 227.663 casos de sífilis adquirida, dos quais 60,1% são homens. Em 2010, a razão de sexos era de 1,8 casos em homens para cada caso em mulheres; em 2015, foi de 1,5 casos em homens para cada caso em mulheres (BRASIL, 2016b). Veja a figura a seguir:
Estratégias de atenção à saúde
Para promover a vigilância epidemiológica das IST, a Portaria no 1.271, de 6 de junho de 2014, tornou obrigatória no Brasil a notificação dos casos de sífilis (adquirida, em gestante e congênita), de hepatite viral (B e C), de aids, de infecção pelo HIV e em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta aorisco de transmissão vertical do HIV (BRASIL, 2016e).
A organização de serviços para atenção as pessoas com IST acontece, na maioria dos municípios, mediante o agendamento de consultas. Para que haja a quebra da cadeia de transmissão das IST e do HIV, a unidade de saúde deve garantir, o mais breve possível, o acolhimento adequado e com privacidade. Nesse sentido, o Ministério da Saúde recomenda diferentes atividades a serem desenvolvidas no manejo operacional das IST conforme o nível de atenção em saúde.
Na ABS, as atividades a serem desenvolvidas são as seguintes (BRASIL, 2016e):
• garantir o acolhimento e realizar atividades de informação/educacao em saúde;
• realizar consulta imediata no caso de ulceras genitais, de corrimentos genitais masculinos e femininos e de verrugas ano genitais;
• realizar coleta de material serviço‑vaginal para exames laboratoriais;
• realizar testagem rápida e/ou coleta de sangue e/ou solicitação de exames para sífilis, HIV e
hepatites B e C, nos casos de IST;
• realizar tratamento das pessoas com IST e suas parcerias sexuais;
• seguir o protocolo do MS para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais;
• notificar as IST, conforme a Portaria vigente. Os demais agravos sao notificados de acordo com
recomendações dos estados/municipios, quando existentes;
• comunicar as parcerias sexuais do caso‑indice para tratamento, conforme protocolo;
• referir os casos suspeitos de IST com manifestações cutâneas extragenitais para unidades que
disponham de dermatologista, caso necessário;
• referir os casos de IST complicadas e/ou nao resolvidas para unidades que disponham de
especialistas e mais recursos laboratoriais;
Na ABS, as atividades a serem desenvolvidas são as seguintes (BRASIL, 2016e):
• referir os casos de dor pélvica com sangramento vaginal, casos com indicação de avaliação cirúrgica ou quadros mais graves para unidades com ginecologista e/ou que disponham de atendimento cirúrgico.
Atenção!
Essas unidades de saúde devem ter condições mínimas para o atendimento, além de estarem inseridas em uma rede de atenção que possibilite o encaminhamento para os níveis mais complexos, quando houver necessidade.
De acordo com o Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral as Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2016e), a prevenção
combinada das IST contempla diversas ações de prevenção e assistência, distribuídas em três áreas estratégicas:
• prevenção individual e coletiva;
• oferta de diagnostico e tratamento para IST assintomáticas;
• manejo de IST sintomáticas com uso de fluxogramas.
Atuação do enfermeiro
A abordagem das pessoas com IST deve compreender a anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame fisico para o diagnostico das IST. Durante o exame fisico, o profissional de saúde deve proceder a coleta de material biológico para exame laboratorial, quando indicado. Também devem ser realizados exames para triagem de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C sempre que disponível. A consulta clinica se finaliza com a prescrição e a orientação para o tratamento, além do estabelecimento de estratégia para seguimento e atenção as parcerias sexuais e o acesso aos insumos de prevenção das IST, como o preservativo (BRASIL, 2016e).
Para garantir a qualidade do atendimento e a adesão ao tratamento faz‑se necessário estabelecimento de uma relação de confiança entre o profissional de saúde e a pessoa com IST. Para tanto, e importante a promoção de atividades de educação em saúde, além de assegurar um ambiente privativo, proporcionando maior confidencialidade das informações.
Atuação do enfermeiro
Nesse contexto, destaca‑se a importância do papel do enfermeiro no manejo das IST, em consonância com a Portaria no 2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Politica Nacional da Atenção Básica e estabelece, entre outras atribuições especificas desse profissional, a realização de consulta de enfermagem, de procedimentos e de atividades em grupo. Estabelece, ainda, que o enfermeiro pode solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar os usuários a outros serviços quando houver necessidade, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão. Ademais, a Lei no 7.498, de 25 junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem, estabelece que cabe ao enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde publica e em rotina aprovada pela instituição de saúde.
Prevenção das IST
Lowdermilk(2012) destaca que um componente essencial da prevenção primaria das IST e o aconselhamento das mulheres com relação as praticas de redução de risco, incluindo o conhecimento de seu parceiro sexual, a redução no numero de parceiros sexuais, o sexo de baixo risco, a prevenção da troca de fluidos orgânicos e a imunização. A autora indica a orientação da população, sobretudo das mulheres, sobre as praticas de redução de risco, conforme apresentado no quadro a seguir:
preservativo
O uso do preservativo, masculino ou feminino, por pessoas sexualmente ativas e a maneira mais eficaz para a redução do risco de transmissão das IST. Constitui o único método que oferece dupla‑protecao, sendo eficaz na prevenção das IST e também para a contracepção. Desse modo, as orientações adequadas para a conservação e o uso correto e regular dos preservativos masculino e feminino devem fazer parte da abordagem profissional. Além disso, esses insumos devem ser disponibilizados como parte da rotina de atendimento na atenção em saúde (BRASIL, 2016e).
Os cuidados com o preservativo masculino incluem (BRASIL, 2016e):
• armazena‑lo longe do calor, observando‑se a integridade da embalagem, bem como o prazo
de validade;
• coloca‑lo antes da penetração, durante a ereção peniana;
• manter a extremidade do preservativo apertada entre os dedos durante a colocação, retirando
todo o ar do seu interior;
• desenrola‑lo ate a base do pênis, ainda segurando a sua ponta;
• utilizar apenas lubrificantes de base aquosa (gel lubrificante), pois a utilização de lubrificantes
oleosos (como vaselina ou óleos alimentares) danifica o látex, facilitando a sua ruptura;
• substitui‑lo imediatamente caso haja ruptura;
• retira‑lo apos a ejaculação com o pênis ainda ereto, segurando o preservativo pela base para que
não haja vazamento de esperma;
• não reutiliza‑lo e, apos o uso, descarta‑lo no lixo e não no vaso sanitário.
• armazena‑lo longe do calor, observando‑se a integridade da embalagem e prazo de validade;
• não utiliza‑lo juntamente com o preservativo masculino;
• pode ser colocado ate oito horas antes da relação e retirado com tranquilidade apos o coito, de preferencia antes de a mulher levantar‑se, para evitar que o esperma escorra do interior do preservativo;
• não colocar lubrificante, pois já vem lubrificado;
• a mulher deve escolher uma posição confortável (em pé com um dos pês em cima de uma cadeira, sentada com os joelhos afastados, agachada ou deitada) para coloca‑lo corretamente;
• o anel móvel deve ser apertado e introduzido na vagina – com o dedo indicador, deve‑se empurrar o anel o mais profundamente possível, para alcançar o colo do útero;
• a argola fixa (externa) deve ficar aproximadamente 3 cm para fora da vagina;
• durante a penetração, o pênis deve ser guiado para o centro do anel externo;
• deve‑se utilizar um novo preservativo a cada relação sexual.
Com relação aos cuidados com o preservativo feminino, destacam‑se (BRASIL, 2016e):
Manejo das IST
Segundo o Protocolo do Ministério da Saúde (BRASIL, 2016e), a atenção integral as pessoas com IST deve incluir o diagnostico de infecções assintomáticas (estratégias complementares) e sintomáticas.
O referido Protocolo preconiza que a oferta de diagnostico e tratamento para as IST assintomáticas deve ser a estratégia de triagem e tratamento das seguintes IST assintomáticas: sífilis latente recente e tardia, infecções por N. gonorrhoeae e C. trachomatis em mulheres, HIV e hepatites virais B e C. Por outro lado, o manejo de IST com a utilização dos fluxogramas deve abranger a detecção e o tratamento das IST que se apresentam sob a forma de ulceras genitais, corrimento uretral, corrimento vaginal, DIP e verrugas ano genitais.
ações a serem adotadas pelo profissionais de saúde
As ações a serem adotadas pelos profissionais de saúde durante as consultas ambulatoriais nos serviços de saúde para o diagnostico de infecções assintomáticas devem incluir, de modo geral (BRASIL, 2016e):
• Triagem para clamídia em gestantes de 15 a 24 anos, quando disponível.
• Triagem para sífilis, gonorreia, clamídia, hepatites virais B e C e HIV em pessoas com IST e populações‑chave (gays, homens que tem relação sexual com homens, profissionais do sexo, travestis/transexuais e pessoas que usam drogas), quando disponível.
• Testagem de rotina para diagnostico de HIV, sífilis e hepatite B durante o pré-natal e parto.
• Tratamento das infecções identificadas.
• Tratamento das parcerias sexuais para a(s) mesma(s) infecção(oes) apresentadas pelo caso índice, independentemente da presença de sinais ou sintomas.

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