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Reclamação Trabalhista_Direito de Trabalho

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO 
DA 2ª VARA DO TRABLAHO DA CIDADE DE GOIÂNIA/GO – TRIBUNAL 
REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO. 
 
Processo n.º 0010001-10.2017.518.0002 
Reclamante: ALBANO MACHADO 
Reclamada: MARIA JOSÉ PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA JOSÉ PEREIRA, brasileira, casada, do lar, 
inscrita no CPF sob o n. 055.222.345-61, com endereço de e-mail (...), 
residente e domiciliada na Rua Girassol, nº. 380, apartamento 301, Bairro 
Mendanha, Goiânia/GO, CEP n.º 74.100-000, por intermédio de seu advogado 
abaixo assinado, conforme procuração anexa, vem a nobre presença de 
VOSSA EXCELÊNCIA apresentar 
CONTESTAÇÃO À AÇÃO TRABALHAISTA 
Interposta por ALBANO MACHADO, brasileiro, casado, 
profissão – cuidador de idosos, inscrito no CPF sob o n. 123.456.789-00, com 
endereço de e-mail (...), residente e domiciliado na Alameda do Riacho, nº. 
125, Bairro Vila Paris, em Goiânia/GO, CEP 74.000-000, pelos fatos e 
fundamentos jurídicos abaixo: 
I – DA JUSTIÇA GRATUITA: 
Que, a reclamada é pessoa física e vem passando por 
sérios problemas financeiros, assim sendo, desde já requer a gratuidade da 
justiça, uma vez que não tem condições de arcar com a presente demanda 
sem por em risco o seu sustento e o de seus familiares. 
Assim, desde já, requer-se a concessão por este MM. 
Juízo da Justiça Gratuita. 
II – SINTESE DOS FATOS DA INICIAL: 
Que, o trabalhador Albano Machado ora reclamante, 
ajuizou reclamação trabalhista contra a Sra. Maria José Pereira, ora reclamada, 
por quem foi contratado para cuidar de seu marido enfermo. 
Na ação judicial ele pleiteia o seguinte: recebimento de 
horas extras decorrentes da extrapolação da jornada máxima diária de oito 
horas; pagamento em dobro dos domingos e feriados trabalhados; pagamento 
de uma hora extra por dia em razão da inobservância do intervalo intrajornada; 
reversão da justa causa em dispensa imotivada com o pagamento das verbas 
rescisórias que lhe foram sonegadas; indenização por danos morais; 
honorários advocatícios. 
É a síntese. 
III – DO MÉRITO: 
A) QUANTO A JORNADA DE TRABALHO: 
Que a jornada de trabalho do reclamante era 
absolutamente legal e encontrava-se registrada no seu contrato de trabalho 
como jornada de 12 X 36 horas, não havendo assim qualquer ilegalidade no 
presente contrato. 
B) DO PAGAMANTE EM DOBRO DE DOMINGOS E 
FERIADOS: 
Que o descanso semanal remunerado aos sábado e 
domingos é apenas preferencial, e não obrigatório, ponde em contratos 
específicos tais como os da jornada de 12 X 36, serem tais descansos 
realizados em outros dias da semana, exatamente no intervalo de trinta e seis 
horas, desta forma, não há falar-se em pagamento em dobro pelos domingos e 
feriados trabalhados, exatamente, pela característica da jornada adotada no 
presente caso. 
C) PEDIDO DE PAGAMENTO DE UMA HORA EXTRA 
PELA NÃO CONCESSÃO DA HORA DE DESCANSO 
INTRAJORNADA. 
Que, tal afirmativa é mentirosa e inverídica uma vez que o 
reclamante tinha bem mais que uma hora de descanso por dia, uma vez que o 
paciente (esposa da reclamada), depois do almoço dormia por quase duas 
horas de relógio, tendo o reclamante esse tempo para almoçar e descansar 
das suas atividades. 
Assim, não há falar-se em quebra do contrato de trabalho 
ou de não concessão de descanso intrajornada. Desta feita, não faz jus a hora 
extra pleiteada, nem seus reflexos. 
D) DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA: 
O Reclamante foi pego trabalhando bêbado no serviço, 
isso em conjunto com as várias desavenças entre patrão e empregado, 
desembocaram na sua dispensa por justa causa. 
O Art. 482, “f”, da Consolidação das Leis do Trabalho – 
CLT, afirma categoricamente que o empregado pego bêbado no trabalho 
poderá ser dispensa por justa causa. 
Desta forma, mais do que justa a dispensa do reclamante, 
sem o pagamento das verbas indenizatórias. 
E) DOS DANOS MORAIS: 
O Reclamante vem pleitear supostos danos morais em 
desfavor da Reclamada, mas não conseguiu demonstrar em qualquer momento 
de sua peça, quais os atos ilícitos praticados pela reclamada que pudessem 
gerar os supostos danos morais vindicados. 
O art. 818, da CLT e o art. 373, I, do CPC, asseveram que 
é ônus probante do autor, provar os fatos constitutivos de seu direito. Desta 
sorte, não conseguiu o reclamante demonstrar de forma inequívoca que houve 
ofensa a um dos direitos imateriais do trabalhador. 
F) DA MULTA DO ART. 477, § 8º E DOS HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS: 
Não cabe falar-se em multa do 477, § 8º, quando da 
rescisão por justa causa, do art. 482, “f”, da CLT, desta sorte, só caberia tal 
indenização se a dispensa por justa fosse revertida, coisa que temos certeza 
não ocorrerá pelas provas a serem apresentadas nos autos, em sede de 
audiência de instrução. 
No que tange aos honorários advocatícios podemos 
perceber que o art. 791-A, da CLT, que trata sobre os honorários do advogado 
em primeiro grau na justiça trabalhista, encontra-se suspenso, por ADI 
interposta junto ao Supremo Tribunal Federal, não podendo ser aplicada até o 
julgamento da referida ação. 
IV – DOS PEDIDOS: 
Diante de todo o exposto, requer-se: 
a) Que seja concedido os benefícios da gratuidade da 
justiça para a reclamada; 
b) Que seja julgada a presente ação improcedente em 
todos os seus pleitos, bem como, ao final seja 
condenado o reclamante ao pagamento das custas e 
demais consectários legais. 
V – DAS PROVAS: 
Requer-se provar o alegado por todos os meios de provas 
admitidos em direito, especialmente, pela oitiva de testemunhas, prova pericial 
e outros documentos que se fizerem necessários. 
Nestes Termos, 
Espera-se Deferimento. 
Goiânia/GO, 31 de agosto de 2017. 
 
Advogado (a) OAB (...).

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