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APS_2º_PERIODO_2020 - ok

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CURSO DE DIREITO
	
	ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
	
	ANO: 2020
	PERÍODO: 2º
	TURNO:
MANHÃ E NOITE
	CARGA HORÁRIA: 45h
	DATA ENTREGA: 04/11/2020
	PROFESSOR (A) RESPONSÁVEL: 
	· 
· OBJETO: Palestra “Código de Ética e Disciplina” – Palestrante: Paulo Afonso da Motta Ribeiro.
· Local de acesso: Site da OAB PR, link ESA – Escola Superior de Advocacia http://esa.oabpr.org.br – Acervo Digital - http://esa.oabpr.org.br/acervo-digital, link Ano 2013, Palestra: Código de Ética e Disciplina (vídeo 1, 2 e 3). Palestrante: Paulo Afonso da Motta Ribeiro.
· DATA ENTREGA:
· 
· MANHA: 04/11/2020 – Professor Responsável: André Mansur
· NOITE: 04/11/2020 – Professor Responsável: Vitor Costa
· 
· Alunos em dependência ou adaptação deverão produzir este trabalho individualmente e entrega-lo no dia 04/11/2020 na coordenação. Email de envio: trabalhos.coordenacao@yahoo.com.br
· No email deverá constar as informações básicas do aluno:
· Nome, Período de que se trata a dependência, período que esta cursando em 2020.2, Turno, nome da faculdade.
· No assunto do email escrever: APS dependência ou adaptação 
	
PROCEDIMENTOS E ORIENTAÇÕES:
1. Formar grupos de até 5 alunos e programar a exibição do vídeo e promover o debate sobre o tema proposto conforme as questões abaixo.
2. Eleger um relator do grupo para as anotações do debate.
3. Produzir um relatório do debate contendo as impressões e percepções do grupo sobre cada questão do debate (5 laudas).
4. Preencher a Ficha, estimando o tempo em horas investidas nas atividades 
5. previstas, tendo que completar o total de 45 horas.
6. Trabalho realizado em grupo, porem a entrega será individual.
7. Questões para o debate:
1. A ética pode ser relativizada?
2. O Estudo da Ética tem aplicação somente no Exame de Ordem?
3. Aborde sobre o tráfico de influência e emita a sua opinião
4. O que é um técnico jurídico?
5. Qual a diferença entre um técnico jurídico e o advogado? Qual a crítica que se faz ao técnico jurídico?
f) Qual a atitude que o advogado deve ter contra arbítrios do juiz ou do cartorário?
g) Deve-se estimular o litígio ou a conciliação?
h) O que é ganhar uma ação? 
i) O que é aventura judicial?
8. ATENÇÃO: Mesmo o trabalho sendo executado em grupo, a entrega será individual. Cada aluno deverá entregar um único documento contendo: a) capa com identificação da instituição (FAC), identificação da disciplina (APS) e do aluno; b) o objeto do trabalho; c) o relatório do debate; d) a ficha impressa, preenchida e assinada pelo aluno e pelo professor responsável.
	
PREENCHIMENTO DA FICHA ESPECÍFICA:
Local de acesso: www.faculdadecuritibana.edu.br / ALUNO / APS –ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA / FICHA DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
1. Cabeçalho: Preencher os dados de identificação conforme solicitado. No campo “Código da Atividade” informar o código _________ . 2. Data da Atividade: deve constar a data da atividade quando foi realizada.
3. Descrição da Atividade: Descrever suscintamente a atividade realizada.
4. Total de horas: Deve ser estimado um total de horas investidas em cada atividade. O total deve somar 45h.
5. Assinatura do aluno: Cada atividade deve ser assinada pelo aluno na linha correspondente.
6. Horas atribuídas (total): Esse campo é preenchido pelo professor.
7. Assinatura do Professor: Esse campo é assinado pelo professor.
8. Campo inferior direito: preenchido e assinado pelo professor e coordenador do curso.
Prof.Luiz Artur Dias
Coordenador
Aluna: Bruna Mailine Nogueira Morais dos Santos
Questões para o debate:
1. A ética pode ser relativizada?
A Ética não pode ser relativizada ou “domesticada” por facção, grupo, qualquer manifestação ideológica ou mesmo pelo Estado, em detrimento da sociedade, o que implicaria, no mínimo, uma contradição lógica. Por consequência, nenhum grupo pode arvorar-se em representar ou ser o porta-voz do sentimento ético do todo, sobretudo com o uso massivo de propaganda.
O exercício moral (ação cotidiana) também já se faz a partir das inclinações naturais em direção à realização do bem.
No âmbito de uma comunidade, ou de qualquer comunidade, não se pode atingir o bem em detrimento do todo.
A honestidade, a correção e a busca da realização da felicidade do todo pelo atingimento do bem comum constituem o denominador comum, último elemento de coesão que garante a inteligibilidade mínima propiciadora do diálogo entre os diferentes, sem o qual determinada comunidade perde a derradeira chance de ter uma identidade e razão de ser.
2. O Estudo da Ética tem aplicação somente no Exame de Ordem?
A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que praticamente excluem qualquer possibilidade de cultivo de relações éticas. É fácil verificar que o desejo obsessivo na obtenção, possessão e consumo da maior quantidade possível de bens materiais é o valor central na nova ordem estabelecida no mundo e que o prestígio social é concedido para quem consegue esses bens. O sucesso material passou a ser sinônimo de sucesso social e o êxito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Prevalece o desprezo ao tradicional, o culto à massificação e mediocridade que não ameaçam e que permitem a manipulação fácil das pessoas.
A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de "consciência moral", estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
O homem é um ser-no-mundo, que só realiza sua existência no encontro com outros homens, sendo que, todas as suas ações e decisões afetam as outras pessoas. Nesta convivência, nesta coexistência, naturalmente têm que existir regras que coordenem e harmonizem esta relação. Estas regras, dentro de um grupo qualquer, indicam os limites em relação aos quais podemos medir as nossas possibilidades e as limitações a que devemos nos submeter. São os códigos culturais que nos obrigam, mas ao mesmo tempo nos protegem.
Os problemas éticos, ao contrário dos prático-morais são caracterizados pela sua generalidade. Se um indivíduo está diante de uma determinada situação, deverá resolvê-la por si mesmo, com a ajuda de uma norma que reconhece e aceita intimamente, pois o problema do que fazer numa dada situação é um problema prático-moral e não teórico-ético. Mas, quando estamos diante de uma situação, como por exemplo, definir o conceito de Bem, já ultrapassamos os limites dos problemas morais e estamos num problema geral de caráter teórico, no campo de investigação da ética. Tanto assim, que diversas teorias éticas se organizaram em torno da definição do que é Bem. Muitos filósofos acreditaram que, uma vez entendido o que é Bem, descobriríamos o que fazer diante das situações apresentadas pela vida. As respostas encontradas não são unânimes e as definições de Bem variam muito de um filósofo para outro. Para uns, Bem é o prazer, para outros é o útil e assim por diante.
3. Aborde sobre o tráfico de influência e emita a sua opinião.
Tráfico de influência é um crime. No Código Penal, o artigo 332 explica:
“solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função”.
A palavra “tráfico” remete muito ao tráfico de drogas, não é mesmo? Pois então, o tráfico de drogas basicamente consiste em alguém que produz e quer revender um serviço/produto (ilícito) para outra pessoa, que tem os meios e o dinheiro para consumi-lo. No fim, acontecerá uma troca entre a pessoa que está vendendo o produto e a pessoa que pode precisar dele.
No tráfico de influência, o raciocínio é similar: nesse caso, as empresas ou entidades privadas atuam em alguma área e querem vender seus produtos; o poder público tem os meios, a necessidade de obter certos produtos e o dinheiro para comprá-los.
Porém, quando uma pessoa que representa essa empresa privada se aproveita de sua provável posição de prestígiopara persuadir um funcionário público em conceder vantagens ou benefícios a ela ou à sua empresa, ela está cometendo um crime. Assim como quando ela utiliza suas conexões com pessoas em altos escalões do governo para conseguir esses mesmos favores, pagamentos ou vantagens.
Na minha opinião o crime de tráfico de influência, o agente privado não precisa nem de fato ter conseguido alguma vantagem concreta para sua empresa. Basta que ele insinue a intenção de obtê-lo por meio de influência frente a um agente público. É chamado de crime formal: basta que o criminoso tenha agido de determinada forma para que o crime tenha acontecido, independentemente do fato de ter ou não alcançado o resultado que buscava.
Pode ser feito um paralelo com o homicídio: quando uma pessoa tenta matar outra, mas não consegue, o crime passa a ser outro – tentativa de homicídio. Isso porque o homicídio é um crime material: é necessário que um resultado seja obtido para ser considerado que o crime existiu.
4. O que é um técnico jurídico?
A área de atuação do técnico judiciário é bem vasta e ele pode verificar editais abertos em órgãos como Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal Regional do Trabalho, Tribunal de Justiça, entre outros.
O técnico judiciário na área administrativa, sem especialidade, deve ter concluído o ensino médio. Porém, caso sua função exija atividades específicas, como Tecnologia da Informação, Transportes, Segurança do Trabalho e Enfermagem, deve ter ensino técnico na área e, conforme for o caso, registro de classe.
A remuneração inicial do técnico judiciário é um dos maiores atrativos da profissão. Acrescentando salário base e gratificações, o servidor pode perceber vencimentos mensais aproximados a R$ 6 mil.
5) Qual a diferença entre um técnico jurídico e o advogado? Qual a crítica que se faz ao técnico jurídico?
Foi publicado o Decreto nº 9.235/2017, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação, nas modalidades presencial e à distância. Por meio dele, o MEC autoriza a abertura de cursos de Técnico e Tecnólogos em todos os cursos de graduação.
De acordo com o seu art. 40, § 3º, da Seção VIII Autorização de Cursos, “as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica somente poderão ofertar bacharelados e cursos superiores de tecnologia nas áreas em que ofereçam cursos técnicos de nível médio, assegurada a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional e educação superior.”
O curso de tecnólogo jurídico é de curta duração, em geral, dois anos e são realizados através do EAD (Educação à Distância). Após isso, seria permitido pela faculdade o aproveitamento dos créditos da graduação anterior em uma graduação em Direito, com integralização de horas-aulas do curso de tecnólogo mais o curso anterior, para ao fim de mais um ano de estudo o aluno sair com um diploma regular no curso de Direito.
No âmbito do mercado, é apontado que a profissão de técnico em serviços jurídicos só serviria para auferir lucro aos cursos, já que não prosperaria pelos seguintes fatores: não faria sentido contratar um tecnólogo quando um estagiário poderia realizar a mesma atividade com menor custo, tendo em vista que o contrato de estágio não é um contrato de trabalho e por isso o técnico já estaria em desvantagem; não se contrataria um técnico, se se considerar que os salários dos advogados estão bastante defasados, sendo mais vantajoso contratar um profissional habilitado para atuar na área jurídica; o risco de uma representação da OAB caso um técnico contratado, contra a lei, preste serviço em escritório consultaria jurídica sem ser advogado configurando crime de exercício ilegal da profissão; a saturação do mercado com bacharéis em Direito sem a carteira da OAB, que podem ganhar o mesmo que os técnicos.
Conforme a Classificação Brasileira de Ocupações, advogados peticionam em juízo, prestam assessoria jurídica e exercem advocacia empresarial, por exemplo.
Já os auxiliares de serviços jurídicos são “coadjuvantes” em audiências; cumprem determinações legais e judiciais; gerenciam atividades técnico-administrativas do cartório e da delegacia e organizam, expedem e registram documentos.
Mencionam ainda que esse tipo de área apresenta uma demanda que não pode ser ignorada: entre 2012 e 2015, mais de 13 mil pessoas se matricularam em 13 estados, sendo 4% na rede privada e 96% nas redes públicas, como o Centro Paula Souza, em São Paulo. O parecer também foi unânime.
6) Qual a atitude que o advogado deve ter contra arbítrios do juiz ou do cartorário?
O advogado tem o direito de examinar, obter cópias e ter vista em cartório de autos de prisão flagrante, inquérito policial e processo administrativo ou judicial. Com base no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região reafirmou o direito dos advogados de ter acesso aos autos.
O Estatuto da OAB traz um princípio que é uma das colunas mestras da advocacia forense:
"Art. 6º - Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos". Complementa o parágrafo único:
"As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da Justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade e condições adequadas a seu desempenho".
O art. 31, do capítulo VIII, do Estatuto da OAB, "Da Ética do Advogado", adverte que "O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia". Aduz o Código de Ética e Disciplina - CED - no art. 33, III, que o advogado deve abster-se de "abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega".
Rafael Bielsa tem um expressivo trecho, que merece lembrado: "O advogado deve respeito e consideração ao magistrado, e este deve exigir esse respeito, se não a título pessoal, pelo menos como representante da Justiça. A majestade da Justiça não admite ofensa, por mais leve que seja. Assim, pois, quando se fala de respeito ao magistrado, não se quer ditar uma regra escolar de boa educação ou urbanidade, mas significar uma obrigação, que é recíproca, de respeito à "justiça" e de respeito à "defesa". Com efeito, o magistrado, tanto pelo acervo de educação profissional jurídica, como pela solidariedade de fins, deve respeitar o advogado, o qual, por sua vez, não deve consentir nenhuma lesão a seu decoro profissional nem restrição a seu direito".
7) Deve-se estimular o litígio ou a conciliação?
Deve-se estimular, sem dúvidas, a conciliação entre as partes.
Na busca da preservação da paz social deve estimular a conciliação como forma de colocar término ao litígio. O art. 2.º, parágrafo único, inciso VI, do Código de Ética, diz que, " São deveres do advogado: estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios".
 Deve-se sempre estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios. Ou seja, o advogado deve prevenir o litígio (a desavença, o próprio processo judicial).
8) O que é ganhar uma ação? 
O cotidiano traz questões que, se discutidas judicialmente, podem trazer alguma reparação ou imposição de obrigações para que se respeite o exercício de um direito.
Sempre se tem notícia de alguém que conseguiu receber uma indenização, por exemplo, por receber um produto defeituoso e não conseguir trocar ou aquele colega de trabalho que obteve sucesso em uma ação contra o empregador. E quando se passa pela mesma situação, com base nas experiências de outras pessoas, pode acabar se concluindo que se trata de uma “causa ganha”.
É algo comum nos escritórios o fato de clientes, preocupados com o êxito, perguntarem se seu caso se trata de uma “causa ganha”. Na verdade o que se deve pensar é o seguinte: existe causa ganha?
Por questão de precaução, muitos advogadostrabalham com probabilidades. Analisam o caso, analisam casos anteriores, ou mesmo casos de outras pessoas e outros advogados e fazem uma análise a fim de se verificar a probabilidade. Vejam bem, probabilidade não é certeza.
9) O que é aventura judicial?
São processos judiciais que não dispõem do mínimo fundamento legal, que se contrapõem completamente aos fatos ocorridos no caso sob julgamento e que, tecnicamente, são conhecidos como “lides temerárias”.
As “aventuras jurídicas” acarretam prejuízos a muitas partes. Ao Poder Judiciário, que se vê obrigado a bancar o andamento de um processo manifestamente improcedente, no qual o juiz e demais serventuários perdem seu tempo que poderia ser melhor aproveitado em casos que realmente precisam da atuação deles. Aos advogados, que dispendem trabalho para a solução de processo cujo resultado já se sabe será improcedente. E, principalmente, à parte que foi acionada, a qual, além da perda do tempo, tem grande prejuízo financeiro, com a contratação de advogados, peritos, assistentes técnicos, convocação de testemunhas e tudo quanto for necessário para defender-se do processo que está calcado em ilegalidades.
Mesmo sabendo que não possuem razão, algumas pessoas arriscam-se numa aventura jurídica, buscando apenas irritar ou provocar a parte contrária; ou amedrontar seu adversário judicial, forçando um acordo financeiro; ou o desleixe do seu adversário, o qual, se não contestar a ação, será revel e a perderá na íntegra. Enfim, são vários os motivos que podem fazer com que uma pessoa desleal proponha uma ação deste tipo.
Em alguns casos, o advogado que defende esta parte desleal está envolvido na trama da aventura jurídica. Em outros, também é vítima do próprio cliente, pois apenas relata no processo aquilo que lhe foi passado e que consta nos documentos que são apresentados pelo seu cliente, sem ter conhecimento dos fatos reais.
Porém, existe punição para quem propõe uma lide temerária.
A parte que, de má-fé, propõe este tipo de processo, pode ser condenada, pelo juiz da causa, a indenizar a parte contrária, dentro do próprio processo, num valor equivalente a dez a vinte por cento do valor da causa. É a chamada pena por litigância de má-fé, prevista pelos artigos 16 a 18 do Código de Processo Civil, e, se houver a condenação, a parte lesada pode executar o patrimônio do ofensor no próprio processo que havia sido proposto por ela.
Ocorre que, muitas vezes, esta pena por litigância de má-fé não cobre os prejuízos causados à parte lesada e, se isto ocorrer, esta última pode ajuizar uma ação de reparação de danos contra o ofensor, para receber a diferença entre o prejuízo que teve para se defender na lide temerária, e o valor recebido como indenização por litigância de má-fé.
Além do que, a parte que propõe este tipo de ação, conforme cada caso, pode responder criminalmente por falsas alegações, documentos forjados utilizados na ação, entre outras hipóteses.

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