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Sintese filme Eu, Daniel Blake

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Serviço Social
Ana Virginia Mendes Borges RA 28278217
Síntese do filme “Eu, Daniel Blake”
Disciplina Serviço Social na Contemporaneidade 
 Profa. Amanda Eufrasio
 
GUARULHOS - SP
Outubro / 2020
Introdução 
“Eu, Daniel Blake”, filme do diretor inglês Ken Loach, de 2016 (ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes), conta a história de um senhor inglês, de nome Daniel Blake, e apelidado como Dan, com 40 anos de trabalho como carpinteiro, que sofre um infarto e quase cai de um andaime, e tenta pedir um benefício de seguro social em razão de sua invalidez, já que, por decisão médica, está proibido de voltar ao trabalho.
A negação do pedido feito ao Estado de Bem-Estar Social do Reino Unido (a história se passa na cidade de Newcastle, a 450Km de Londres) ocorre nos primeiros minutos da trama. A partir de então, a história se desenvolve com Dan lutando para marcar a data da feitura do seu pedido de reconsideração (em relação ao benefício previdenciário negado), ao mesmo em que deve cumprir as exigências para manutenção do seguro-desemprego.
Analise do filme
No decorrer do filme, Dan sofre com a indiferença da funcionária terceirizada que analisa sua incapacidade para o trabalho, ignorando seu problema cardíaco e fazendo perguntas inúteis e impertinentes, alheias ao seu quadro pessoal específico. Ao final da perícia, o benefício é negado a Daniel pois ele só atinge 12 dos 15 pontos necessários à concessão do auxílio-doença.
O filme ainda mostra um labirinto de repartições burocráticas imposto para a obtenção do recurso administrativo, assim como uma diferenciação enigmática entre o benefício que deveria ser corretamente requerido: auxílio-doença ou seguro-desemprego, diferenciados por complexas regras jurídicas, ininteligíveis para a personagem.
Daniel, que depende de receber o benefício, se submete a inúmeras idas e vindas às agências governamentais, tudo fica ainda mais complicado pelo fato de estar em uma situação de exclusão digital.
Outro ponto forte mostrado no filme é a exigência de que Daniel, para obter o benefício de seguro-desemprego, comprove que está fazendo cursos de qualificação profissional, a exemplo de um esdrúxulo curso de elaboração de currículos, e que passa a semana procurando emprego, em um mercado de trabalho excludente para sua idade.
Também traz uma mensagem de solidariedade de classe e empatia, revelada na preocupação e amizade de seus ex-colegas de trabalho, bem como com seu relacionamento afetuoso com Katie, uma mãe solo em busca de amparo assistencial que ele conhece em uma de suas idas à repartição pública.
A cena da pichação no muro da repartição pública, demostra o desespero e indignação do personagem, ante o oceano de burocracias.
O filme se encerra de forma dramática, com Daniel falecendo no banheiro de um fórum durante a sessão de revisão administrativa do pedido de concessão do auxílio-doença, e em seu velório sua amiga Katie lê uma carta póstuma onde Dan revela que só queria ter sido tratado com dignidade. 
Conclusão
Criando uma analogia entre a história do filme e a realidade no Brasil, temos a semelhança com todo o sistema burocrático das repartições públicas daqui. Lembrando que vivemos um período de reforma previdenciária com perdas de direitos trabalhistas, entre outros. Onde o governo ultraliberalismo apresenta o projeto da “nova previdência” contra os trabalhadores, tendo por objetivo reduzir os recursos do seu financiamento e concentrando cada vez mais naqueles que, ativos, exercem o trabalho heterônomo. Para obter o corte nos recursos da previdência, propõe a elevação na quantidade de contribuições para os trabalhadores, bem como a postergação e redução do acesso aos benefícios. A proposta também pretende acabar com a estabilidade para parte dos futuros servidores públicos, ação que desestimula o servidor e causa impactos negativos no funcionalismo público e nas políticas que independem da posição partidária de quem está no governo.

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