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CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 2 – Administração Senado Olá Pessoal! Chegamos à nossa segunda aula! E então, como estão os preparativos? Peço desculpas por eventual demora na resposta do fórum. Estive bastante ocupado preparando aulas. Prometo dedicação total ao fórum esta semana. Nossa aula de hoje tem os seguintes assuntos: Aula 02- 09/03 Fundamentos da Administração; Abordagem sistêmica; processo decisório; planejamento e estratégia; ética e responsabilidade; Sem mais delongas, passemos à aula. Sumário 1. Fundamentos da Administração. ............................................................................................. 3 1.1 Planejar . ................................................................................................................................ 3 1.2 Organizar . ............................................................................................................................. 3 1.3. Dirigir . ................................................................................................................................. 4 1.4. Controlar . ............................................................................................................................. 6 1.4.1 Componentes do Processo de Controle. ............................................................................. 6 1.4.2 Tipos de Controle. .............................................................................................................. 8 2. Abordagem Sistêmica . . . ...................................................................................................... 12 2.1 Teorias com ênfase no Ambiente. . . ................................................................................... 12 2.1.1. Teoria dos Sistemas . . . ................................................................................................... 13 2.2. Teoria da Contingência . . . ................................................................................................. 16 3.Processo Decisório. . . ............................................................................................................ 18 3.1 Modelo Clássico ou Racional de Tomada de Decisão . . . ................................................... 22 3.1.1. Identificação do problema ou oportunidade . . . .............................................................. 23 3.1.2. Diagnóstico . . . ................................................................................................................ 24 3.1.3. Geração de Alternativas. . . ............................................................................................. 25 3.1.4. Escolha de uma alternativa . . . ........................................................................................ 26 3.1.5. Avaliação da Decisão. . . ................................................................................................. 28 3.2 Racionalidade Limitada . . . ................................................................................................. 28 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 2 www.pontodosconcursos.com.br 3.3 Intuição . . . .......................................................................................................................... 28 3.4 Estilos de Decisão . . . .......................................................................................................... 28 3.5 Heurísticas de julgamento. . . .............................................................................................. 30 3.6 Método da Indagação Dialética . . . ..................................................................................... 30 3.7 Tomadas de Decisões sob condições Diversas . . . .............................................................. 31 4. Planejamento e Estratégia . . . ................................................................................................ 32 2.1 Balanced Scorecard (BSC) . . . ............................................................................................ 42 5. Ética e Responsabilidade . . . ................................................................................................. 48 5.1. Moral e Ética. . . ................................................................................................................. 49 5.2. Ética nas relações humanas e nos negócios. . . . ................................................................. 50 5.3 Ética e responsabilidade social. . . . ..................................................................................... 51 6. Lista de Questões . . . ............................................................................................................. 53 7. Gabarito . . . ........................................................................................................................... 60 8. Questões Comentadas . . . ...................................................................................................... 61 9. Bibliografia . . . ...................................................................................................................... 74 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 3 www.pontodosconcursos.com.br 1. Fundamentos da Administração 1.1 Planejar Planejar é o primeiro passo do Processo de Administrar, é pensar antes de agir ou preparar as maneiras mais adequadas para a ação. Dessa forma objetiva-se o melhor caminho para se atingir os resultados esperados. Stoner diz que planejar significa que os administradores pensam antecipadamente em seus objetivos e ações, e que seus atos são baseados em algum método, plano ou lógica, e não em palpites. São os plano que dão à organização seus objetivos e que definem o melhor procedimento para alcançá-los. De forma semelhante, Chiavenato afirma que o Planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser aquela que serve de base para as demais funções. O Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. O ato de planejar envolve sensibilidade ao mercado e à missão da organização além de vários métodos e técnicas que tornam o planejamento realmente eficaz. Assim a organização deixa de agir unicamente de maneira intuitiva e passa a atuar de forma profissional e focada facilitando seu desenvolvimento e sustentabilidade. 1.2 Organizar Organizar é o segundo passo do Processo de Administrar, consiste em procurar a melhor forma para executar o que foi planejado. Nesse momento é importante a eficiência das operações. Para Stoner organizar é o processo de arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros de uma organização, de modo que eles possam alcançar eficientemente os objetivos da mesma. Segundo Chiavenato organizar consiste em: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 4 www.pontodosconcursos.com.br 1. Determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos objetivos planejados (especialização). 2. Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamentalização). 3. Designar as atividades às específicas posições e pessoas (cargos e tarefas). Por isso, o processo de organizar exige racionalização do trabalho objetivando minimizar desperdícios e otimizar a produtividade para alcançar ótimos resultados. Organizar significa buscar a melhor maneira para agir. Vamos à uma questão ITEM 1. (UFF - 2009 - UFF - Assistente Administrativo) A alocação de recursos necessários para a realização das tarefas estabelecidas nos planos organizacionais é atribuição da função denominada: a) planejamento; b) organização; c) execução; d) controle; e) liderança.Pessoal, segundo Chiavenato, são quatro as funções administrativas: Planejamento - definir a missão, formula os objetivos. Organização - dividir o trabalho, alocar recursos. Direção - Designar pessoas, coordenar os esforços. Controle - Definir padrões, monitorar o desempenho. Desta forma, o gabarito é a alternativa B. 1.3. Dirigir Vamos analisar uma questão da FGV sobre esta função da Administração ITEM 2. (FGV- SENADO/2008/ANALISTA LEGISLATIVO – ADMINISTRAÇÃO) Os atores que têm papel especial na organização, que freqüentemente devem manter contato com diferentes stakeholders (pessoas ou organizações que têm algum interesse negocial com uma dada empresa) e, ainda, devem garantir o equilíbrio de exigências conflitantes são: (A) os acionistas da empresa. (B) a direção da empresa. (C) os empregados da empresa. (D) os clientes da empresa. (E) as comunidades locais. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 5 www.pontodosconcursos.com.br A direção é uma das quatro funções da administração e está relacionada com todas as atividades organizacionais que envolvem a interação entre administradores e trabalhadores. Dirigir significa orientar os esforços individuais para um propósito comum. As organizações existem para alcançar objetivos complexos e ambiciosos, que superam os limites da ação individual. O sucesso da organização depende da satisfação de necessidades, desejos e expectativas das pessoas que colaboram com a organização e trabalham nela. A compatibilização dos objetivos individuais dos membros organizacionais com o desempenho da empresa é um dos principais desafios de um administrador. Desta forma a direção da empresa tem papel especial na compatibilização de interesses. O gabarito é a alternativa B. Vamos à uma outra questão ITEM 3. (CESGRANRIO - 2009 - IBGE - Agente Censitário) O gerente de uma empresa executa a função administrativa de direção, cujas características a) definem objetivos para o desempenho organizacional futuro e estabelecem decisões sobre os recursos necessários para alcançá-los. b) envolvem atribuição de tarefas e autoridade, agrupamento das tarefas em departamentos e alocação de recursos em uma estrutura lógica. c) estabelecem padrões de desempenho que indiquem o progresso rumo aos objetivos de longo prazo. d) correspondem a uma adequada comunicação, habilidade de liderança e motivação para estimular colaboradores a se manterem alinhados aos objetivos organizacionais. e) monitoram atividades de forma a assegurar que os objetivos sejam atingidos, promovendo ações corretivas, quando necessárias Pessoal, a direção é a função administrativa que se refere ao relacionamento interpessoal do administrador com seus subordinados. Para que o planejamento e a organização possam ser eficazes, precisam ser contemplados pela orientação a ser dada às pessoas por meio de uma adequada comunicação, da habilidade de liderança e da motivação. Desta forma o gabarito é a alternativa D. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 6 www.pontodosconcursos.com.br 1.4. Controlar Na administração o processo de controle não tem o significado semântico de fiscalização. Controle administrativo segundo Maximiano “é o processo de produzir e usar informações para tomar decisões, sobre a execução de atividades e sobre os objetivos”. O processo de controle fornece informações para a tomada de decisões sobre os seguintes aspectos: • Quais objetivos devem ser atingidos por uma organização ou sistema. • O desempenho da organização ou sistema em comparação com os objetivos. • Riscos e oportunidades no trajeto desde o inicio das atividades até o objetivo. • O que deve ser feito para assegurar a realização dos objetivos. • A eventual necessidade de mudar o objetivo. 1.4.1 Componentes do Processo de Controle Maximiano elenca quatro elementos no processo de controle: padrões de controle, aquisição de informações, comparação e ação corretiva e recomeço do ciclo de planejamento. 1. Padrões de controle. São as definições extraídas dos objetivos ou resultdos esperados de um processo administrativo, necessárias para que se efetue o controle administrativo. São estes padrões que permitirão avaliar o desempenho e subsidiar a tomada de decisão. Os padrões de controle estão registrados nas ferramentas de planejamento: cronogramas, orçamentos, planilhas de recursos, especificações de qualidade, etc. 2. Aquisição de Informações. O processo de controle depende de informações sobre o andamento das atividades e o progresso em direção aos objetivos. Esta etapa é também chamada de monitoramento ou acompanhamento. Aqui deve ser definido que informação deve ser produzida, como e em que momento. 3. Comparação e ação corretiva. Esta é a etapa final do processo de controle. Neste momento comparam-se as informações coletadas sobre o desempenho real com o desempenho esperado. O resultado desta comparação pode indicar a necessidade de uma CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 7 www.pontodosconcursos.com.br ação corretiva para se garantir o alcance dos objetivos ou reforço da atividade como está. 4. Recomeço do ciclo de planejamento: A informação produzida pelo processo de controle deve realimentar o processo de planejamento. Muitas vezes só é possível planejar com base nas informações de controle. Chiavenato apresenta o processo de controle também com quatro etapas. Assim como Maximiano, argumenta que o processo de controle consiste em guiar a atividade exercida para um fim previamente determinado, que são os resultados esperados. As quatro etapas são: 1. Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho. 2. Avaliação ou mensuração do desempenho atual. 3. Comparação do desempenho atual com os objetivos ou padrões estabelecidos. 4. Tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou anormalidades. Vejamos como isto foi cobrado pela ESAF ITEM 4. (ESAF/ STN 2000) Tomando por base o processo de controle, identifique a opção que apresenta, de forma seqüencial, as fases deste processo. a) Definição da meta; padrão de medida; comparação entre planejado e executado; e decisão e ação. b) Identificação do problema; medidas corretivas; padrão de medida; e comparação entre planejado e executado. c) Definição da meta; identificação do problema; medidas corretivas; comparação entre planejado e executado; e decisão e ação. d) Identificação do problema; padrão de medida; medidas corretivas; e decisão e ação. e) Padrão de medida; medidas corretivas; comparação entre planejado e executado; e identificação do problema. O gabarito é a alternativa A. São parecidas com as quatro etapas elencadas por Chiavenato:1) Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho; 2) Avaliação ou mensuração do desempenho atual; 3) Comparação do desempenho atual com os objetivos ou padrões estabelecidos; 4)Tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou anormalidades. Todas as outras alternativas invertem a ordem correta do processo de controle. Vamos a mais uma questão da ESAF CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 8 www.pontodosconcursos.com.br ITEM 5. (ESAF/ ANEEL/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2004) No contexto da administração pública tradicional os modelos de controle focam insumos, o que não tem sido suficiente para atender os anseios de uma sociedade democrática, havendo uma tendência de modernização dos processos de controle no âmbito da gestão pública. Escolha a opção que indica corretamente a repercussão dessa tendência na administração da função pública. a) Avaliação focada na gestão de pessoas. b) Avaliação centrada na utilização de recursos. c) Avaliação focada em procedimentos. d) Avaliação centrada nos meios. e) Avaliação focada em objetivos, metas e indicadores. O gabarito é a alternativa E. Vimosem aula que a função controle para Chiavenato tem quatro etapas. Dentre estas etapas estão incluídos o estabelecimento de metas ou objetivos e avaliação, feito através de indicadores previamente estabelecidos. Todas as outras alternativas apresentam afirmativas equivocadas sobre o controle. 1.4.2 Tipos de Controle Maximiano e Chiavenato classificam o controle em três níveis: estratégico, tático ou gerencial e operacional. Maximiano chama o controle tático de controles administrativos, o que em minha opinião confunde com o próprio Controle Administrativo em sentido macro. . É o complemento ao planejamento 1. Controle estratégico estratégico. Baseia-se em informações a respeito de: • Grau de realização das missões, estratégias e objetivos estratégicos; • Adequação das missões, objetivos e estratégias às ameaças e oportunidades do ambiente; • Desempenho global da organização, medido por indicadores como a satisfação dos acionistas, clientes e imagem na sociedade; • Concorrência e outros fatores externos; • Eficiência e outros fatores internos. Uma técnica de controle estratégico consiste em montar um conjunto de indicadores que mostrem informações organizadas em categorias. Uma ferramenta importante neste sentido chama-se Balance Scorecard (BSC). Vejamos como funciona esta ferramenta. O Balanced Scorecard (BSC ) é uma metodologia baseada no equilíbrio organizacional e se fundamenta no balanceamento entre quatro diferentes perspectivas: Financeira, Perspectiva do cliente, Perspe demon Fonte O B todas o dire reduzi compo direcio sistem Fonte 2. CUR ectiva do nstrado n e : Chiavenato BSC busc as perspe ecioname ndo as á ortamento onados p ma de con e : Chiavenato Controle praticado RSO ON-L ww os proces o quadro o (2005) ca estrat ectivas q nto da áreas de o e nã para o fu tínua mo o (2005) Tático o os nas LINE – PRO ww.ponto sos inter o abaixo. tégias e ue afetam energia incompe o para uturo e nitoração u Contro áreas fu OFESSOR odosconcu rnos e Pe ações eq m o negó para áre etência. É o cont para a o. oles Admi uncionais R: MARCE ursos.com erspectiva quilibrada cio da or eas de m É um sis trole. Os estratégia inistrativo s como LO CAMA m.br a da Ino as e bala ganização maior co stema vo s indica a organi os. São Recurso ACHO ovação, c anceadas o, permit ompetênc oltado pa dores e zacional, os contr s Huma 9 omo em tindo ia e ra o estão em roles nos, CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 10 www.pontodosconcursos.com.br Marketing, Suprimentos, etc. Produzem informações especializadas e possibilitam a tomada de decisões nas áreas específicas. São exemplos de informações geradas por este tipo de controle: • Quantidade e qualidade dos produtos e serviços e produtividade(área de produção); • Taxas de rotatividade, absenteísmo e atrasos (Recursos Humanos); • Participação no mercado e desempenho do esforço promocional (área de marketing). 3. Controle Operacional: é o controle que focaliza as atividades e o consumo de recursos em qualquer área funcional. As principais ferramentas são cronogramas, orçamentos, diagramas de precedência, etc. Vamos olhar agora uma questão da CESPE ITEM 6. (CESPE/ABIN/ ANALISTA DE INFORMAÇÕES /2004) Apesar de permitir, quando bem escolhido e implementado, identificar problemas com relação ao cumprimento de metas e objetivos planejados, o sistema de controle não auxilia na verificação das estratégias da organização, nem tampouco na análise de suas políticas. A afirmativa está ERRADA! Vimos em aula que uma das etapas do processo de controle é a avaliação ou mensuração do desempenho atual e a comparação com os objetivos traçados. Agora vejamos uma questão da ESAF ITEM 7. ( ESAF / CGU 2004) O controle visa informar sobre determinada situação dando indicações se os objetivos estão sendo alcançados ou não, alimentando o processo decisório; dessa forma um determinado sistema pode ser avaliado e mantido dentro de um padrão de comportamento desejado. Escolha a opção que identifica corretamente aspectos relacionados ao processo de controle. a) O controle pode ocorrer em diferentes níveis hierárquicos: estratégico, administrativo/gerencial e operacional. b) Uma das formas de apresentar informações é por meio de relatórios verbais ou escritos, gráficos e mapas, telas de computador, escalas. c) As principais características de um sistema de controle eficaz são: foco estratégico, aceitação, precisão, rapidez, objetividade, ênfase na exceção. d) Os componentes ou etapas do controle são: definição de padrões de controle, obtenção de informações, comparação e ação corretiva, e revisão do planejamento. e) A função de finanças pode usar como informação para o controle índices relativos a lucro, retorno do investimento, margem operacional bruta, liquidez. A questão está solicitando que identifique corretamente os ASPECTOS relacionados ao PROCESSO de controle. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 11 www.pontodosconcursos.com.br O gabarito é a alternativa D. É a lista dos componentes ou elementos do controle que vimos em aula. Está correto. Reveja o tópico sobre os componentes do controle. A alternativa A está ERRADA. É mencionado onde pode ocorrer, mas não são aspectos do controle. A alternativa B está ERRADA. Mais uma vez, pede-se os aspectos do controle. Estas são forma de apresentar informações para o controle. A alternativa C está ERRADA. Nem sempre o controle apresenta foco estratégico, como vimos em aula. A alternativa E está ERRADA. A função de finanças é usada apenas como informação de elementos financeiros dando uma falsa impressão de estar sendo usada como Processo de Controle, mas não apresenta os aspectos. Agora observem esta questão da FCC ITEM 8. (FCC/TRT-PA_AP 8a REGIÃO/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO- ÁREA ADMINISTRATIVA) O processo administrativo possui quatro funções básicas − planejamento, organização, direção e controle. A função de controle é um processo cíclico composto de quatro fases: (A) análise dos resultados; definição de metas; ações de reforço para aplicação de boas práticas e acompanhamento. (B) definição de objetivos; acompanhamento da execução; avaliação e ações de melhoria. (C) acompanhamento da execução; identificação de inconformidades; definição de novos processos e implantação. (D) monitoração dos processos definidos; identificação de inconsistências; implantação e avaliação. (E) estabelecimento de padrões de desempenho; monitoração do desempenho; comparação do desempenho com o padrão e ação corretiva. O gabarito é a alternativa E. A questão é muito parecida com a questão da ESAF que vimos anteriormente. São os elementos do controle que vimos em aula, na perspectiva de Chiavenato: 1. Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho. 2. Avaliação ou mensuração do desempenho atual. 3. Comparação do desempenho atual com os objetivos ou padrões estabelecidos. 4. Tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou anormalidades. Vamos fechar este tópico com uma questão da ESAF ITEM 9. ( ESAF / CGU 2006) Indique se as frases a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F). ( ) O controle é uma das fases do processo administrativo destinado a obter informações sobre o ambiente da organização. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 12 www.pontodosconcursos.com.br ( ) São elementos do processo de controle a definição de padrões, a obtenção de informações, a comparação, a tomada de decisão e a ação. ( ) O controle só deve ser exercido no final da linha de produção visto que possibilita a prevenção de erros e o descarte de produtos fora do padrão. ( ) Asinformações relativas ao controle podem ser obtidas por meio de inspeção visual, dispositivos mecânicos, questionários, sistemas informatizados, gráficos, relatórios e mapas. Escolha a opção correta. a) F, V, F, V b) V, F, V, F c) F, F, V, V d) F, V, V, V e) V, V, F, F A primeira afirmativa é FALSA. O controle não é destinado a obter informações sobre o ambiente. É destinado a controlar atividades e resultados. A segunda afirmativa é VERDADEIRA: palavras parecidas com as que vimos em aula para o processo de controle. A terceira afirmativa é FALSA. O controle deve ser exercido em todos os momentos, no máximo de processos possível, e não apenas no final da linha. Se o controle for exercido, poderemos evitar a produção com erros e o descarte de produtos defeituosos. A quarta afirmativa é VERDADEIRA: estão corretos os métodos apresentados para obtenção de informações relativas ao controle. Desta forma o gabarito é a alternativa A. 2. Abordagem Sistêmica 2.1 Teorias com ênfase no Ambiente Estas teorias surgem na década de 1960 com a abordagem dos sistemas abertos. Nesta abordagem a organização é um sistema que interage dinamicamente com o ambiente externo. Estão incluídos nesta perspectiva a teoria dos sistemas e a teoria da contingência. O ponto de partida para a noção de ambiente nas teorias administrativas forma as idéias de Emery e Trist que argumentaram que o ambiente em torno da organização provê os recursos necessários para o seu funcionamento e recebe os produtos resultantes da organização. Concluiram então que este ambiente era fonte de ameaças e oportunidades. Desta premissa deduziram que era necessário conhecer este ambiente e ajustar o processo produtivo às demandas do ambiente. O ambiente pode ser simples ou complexo. Por exemplo, pode se referir a um posto de gasolina que tem poucos elementos constituintes de seu ambiente (alguns fornecedores, clientes, postos de CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 13 www.pontodosconcursos.com.br gasolina concorrentes) ou uma fábrica de automóveis inserida em um ambiente complexo ( inúmeros fornecedores, concorrentes em todo o país e no exterior, clientes dispersos geograficamente,etc). Vejamos as duas teorias incluídas nesta perspectiva. 2.1.1. Teoria dos Sistemas A teoria administrativa dos sistemas tem suas bases na Teoria Geral dos Sistemas (TGS) de Bertalanffy. A partir desta abordagem o ambiente externo passou a ser considerado no estudo das organizações. A preocupação anterior era estudar o interior da organização. A Partir da Teoria dos Sistemas passou-se a estudar as organizações de fora para dentro. A organização deixa de ser uma variável independente para ser uma variável dependente. Segundo o professor Chiavenato “um sistema é um conjunto de elementos dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre dados/energia/matéria para fornecer informações/energia/matéria”. Os sistemas podem ser fechados ou abertos. Nos sistemas fechados ou mecânicos as relações com o meio externo são conhecidas. Já nos sistemas abertos as relações com o meio externo não podem ser previstas pois estão em contínua interação e transformação. A Teoria dos Sistemas concebe as organizações como sistemas abertos. Isto significa que “elas estão em processo contínuo e incessante de trocas com o meio ambiente”. As organizações fazem parte de um sistema maior que é a sociedade. Desta forma ela interage com este meio externo realizando trocas, recebe insumos(entradas) e fornece resultados (saídas). Estas trocas não são exatamente conhecidas, pois realizam-se de forma dinâmica. Eis a diferença para os sistemas fechados (máquinas e equipamentos) em que as entradas e saídas são perfeitamente conhecidas. Abaixo listo as características das organizações como sistemas abertos: 1. Importação e Exportação: de um lado existe a importação de insumos (recursos, materiais, energia, etc.) e de outro a exportação de produtos ou serviços para abastecer o ambiente; 2. Homeostasia: é o princípio garantidor do equilíbrio dinâmico dos sistemas, com a manutenção do status quo interno. Garante o fluxo contínuo de entrada e saídas, e por conseguinte, a sobrevivência do sistema. Produz a rotina e a conservação do sistema. 3. Adaptabilidade: É o processo de ajustamento do sistema em face da retroação recebida das saídas. Desta forma pode-se alterar as entradas de forma que o status quo permaneça inalterado. De f 4. 5. t 6. Vej Font A Tavist Psic organi CUR forma co à inovaç ambiente Morfogên sistemas maneiras Negentro tendência degradaç processo energia d reserva p energia n Sinergia: organizaç realizado potencial a a esque te: Chiavena abordage ock cólogos izaçõe co RSO ON-L ww ntrária á ão em b e externo; nese: É abertos s estrutur opia ou e a à exau ção típica os sistem do meio para alime na entrad é o p ção, real s. O mente m ematizaçã ato (2005) em sistê e Soció omo siste LINE – PRO ww.ponto homeost busca do ; a princ s: capaci rais, como entropia stão e d dos siste mas abert externo entar sua a e saída processo lizando u resultad aiores do ão da org mica do ólogos da ema soc OFESSOR odosconcu tasia a ad ajustam cipal car idade de o decorrê negativa esaparec emas fec tos impor do que as estrutu ; de esfo um efeit do dos o que a si ganização Institut a Institu iotécnico R: MARCE ursos.com daptabilid mento do acterístic e modific ncia da a : entrop imento d chados. 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Susistema Social que é composto pelas pessoas, suas características físicas e psicológicas,as relações sociais entre as pessoas que executam uma tarefa e as exigências da organização para as situações de trabalho. Uma outra abordagem mais recente das organizações como sistemas abertos é a de Katz e Kahn. Os pressupostos das organizações para eles são: 1. As organizações são sistemas abertos. Realizam importação e exportação com o meio ambiente. Apresentam negentropia. Servem-se de um sistema de retroação negativa. 2. Estado firme e homeostasia dinâmica. A estabilidade do sistema é matinda constante para evitar a entropia (desaparecimento). 3. Diferenciação. Existem múltiplos papes e funções. 4. Equifinalidade. Existe mais de um modo, mais de um caminho, para se atingir o mesmo resultado. 5. Limites ou fronteiras. Existem barreiras entre o sistema e o ambiente. Estas definem o raio de ação do sistema. 6. Cultura e clima organizacional. É fruto das interações entre os diversos atores do sistema, tanto internos como externos. Cada organização cria sua própria cultura, como resultadode processos ímpares. 7. Eficiência e eficácia organizacional. Para os dois autores eficiência diz respeito ao quanto de entrada de uma organização resulta como produto e quanto é absorvido pelo sistema. Já a eficácia refere-se à maximização do rendimento para a organização. 8. Organização como um sistema de papéis. Uma organização é formada pelo conjunto de atividades diferenciadas realizadas por múltiplos atores. A Teoria dos Sistemas baseia-se no conceito de Homem Funcional. O indivíduo tem papéis dentro da organização e mantém expectativas com relação ao desempenho dos papéis das demais pessoas, dentro e fora da organização. A FGV cobrou isto! (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 16 www.pontodosconcursos.com.br Assinale a alternativa que apresente corretamente o tipo de homem focado pelas abordagens da Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações. (A) Homem organizacional. - (B) Homem econômico. (C) Homem social. (D) Homem funcional. (E) Homem administrativo Fácil! O gabarito é a letra D. A perspectiva sociotécnica está inserida na Teoria dos Sistemas. A Banca quis confundir os candidatos. As outras alternativas estão erradas. Recordando: Homem organizacional.- Modelo Burocrático e Teoria Estruturalista Homem econômico. Teoria Clássica Homem social. Teoria das Relações Humanas Homem administrativo- Teoria Comportamental 2.2. Teoria da Contingência Dois sociólogos ingleses, Burns e Stalker, em virtude de pesquisas relacionando práticas administrativas com o ambiente externo, classificaram as organizações industriais em dois tipos: organizações mecanísticas e organizações orgânicas. A perspectiva é sistêmica. As organizações mecanísticas são próprias de ambientes estáveis e permanentes enquanto as orgânicas são adequadas para condições ambientais de mudança e inovação. Isto caiu em questão da FGV! Vejamos: (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa que apresente uma característica dos sistemas mecânicos organizacionais. (A) Autoridade baseada no conhecimento. (B) Processo decisorial ad hoc. (C) Estrutura definitiva. (D) Comunicações quase sempre horizontais. (E) Ambiente instável Fácil, não? O gabarito é a letra C. Organizações mecanísticas ou mecânicas caracterizam-se por ter estrutura definitiva ou permanente.São estáveis. Todas as outras alternativas estão erradas, são características são dos sistemas orgânicos. Já na década de 1970, Lawrence e Lorsch inauguraram a teoria da contingência. Através dos resultados de suas pesquisas demonstraram que as organizações utilizam dois mecanismos básicos de CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 17 www.pontodosconcursos.com.br funcionamento: a diferenciação e a integração administrativas. A diferenciação diz respeito à sudivisão das organizações em departamentos com tarefas especializadas. Cada departamento reage somente à parte do ambiente que é relevante para sua atividade. As demandas de ambientes específicos corresponderão à departamentos na organização, com os quais se relacionarão. A integração é o processo oposto: do ambiente externo surgem pressões para que haja unidade de esforços entre os vários departamentos da organização. Chiavenato ressalta que os dois mecanismos são opostos e antagônicos. Quanto mais diferenciação existe na organização mais difícil é a solução de problemas. Contudo, as organizações que conseguem se diferenciar (processo típico do crescimento da organização) e ao mesmo tempo conseguem integrar todas estas partes garantirão sucesso. A abordagem contingencial manteve o foco nas tarefas, nas pessoas e na estrutura organizacional e agregou a perspectiva da sobrevivência e do crescimento em ambientes mutáveis. Nesta perspectiva tudo é mutável, tudo é relativo, tudo é contingente. O contexto ambiental é que vai ditar os rumos das operações das empresas. As que se adaptam são bem sucedidas. A Teoria da contingência baseia-se no conceito de Homem Complexo. A FGV cobrou a teoria da contingência! (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir. I. As organizações possuem natureza sistêmica. II. Existem princípios universais de administração. III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. O gabarito é a letra D. Vejamos as afirmativas. A afirmativa I está correta, uma vez que a natureza das organizações para a teoria da contingência é sistêmica. A afirmativa II está errada. É justamente o contrário. Nesta teoria tudo é contingencial, tudo é mutável, e portanto incompatível com princípios universais. A afirmativa III está correta, é o contexto ambiental que dita o rumo da organização. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 18 www.pontodosconcursos.com.br 3.Processo Decisório Segundo Maximiano (2008) decisão “é uma escolha entre alternativas ou possibilidades”. As decisões servem para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. Uma vez colocada em prática uma decisão, uma nova situação é gerada. Veja o quadro abaixo, esquematizado por Maximiano. As decisões, segundo Maximiano(2008) e Chiavenato (2005), são classificadas em dois tipos: 1. Decisões Programadas ou Estruturadas São as decisões tomadas com base nos históricos e experiências anteriores. Não é necessário realizar diagnóstico e criar alternativas, pois já há curso de ação pré-definido. Por exemplo, a política de trocas de peças defeituosas de uma organização. Se um cliente queixa-se de peças defeituosas compradas em uma determinada loja, o gerente já sabe como proceder para realizar a troca, aplicando os procedimento já estabelecidos pela organização. 2. Decisões não Programadas ou não Estruturadas São decisões requeridas para situações novas, não enfrentadas anteriormente pela organização. Estes problemas novos precisam de diagnóstico e de geração de soluções. Vejamos o quadro comparativo elaborado por Filipe Sobral e Alketa Pecci entre decisões programadas e não programadas: NOVA SITUAÇÃODECISÃOPROBLEMA EXECUÇÃO CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 19 www.pontodosconcursos.com.br DECISÕES PROGRAMADAS DECISÕES NÃO PROGRAMADAS Classificação da Decisão Rotineiras Recorrentes Programáveis Genéricas Singulares Inovadoras Específicas Natureza da Situação Bem definidas Estruturadas Ambíguas Desestruturadas Ambiente de Decisão Condições Estáticas Informação Confiável e Precisa Condições Dinâmicas Pouca informação disponível Método de Decisão Regras Procedimentos Políticas Julgamento e princípios do tomador de decisão Técnicas de Apoio à Decisão Modelos Matemáticos Planilhas Orçamentos Pesquisa Operacional Sistemas de apoio à decisão corporativa Simulações Análise de cenários Intuição Agora vejamos como este assunto foi cobrado pela FGV no ano passado ITEM 2. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) As alternativas a seguir apresentam técnicas de apoio à decisão programada, à exceção de uma. Assinale-a. (A) Modelos matemáticos. (B) Sistemas de apoio à decisão corporativa. (C) Planilhas. (D) Orçamentos. (E) Pesquisa operacional Vimos que as decisões programadas são aquelas voltadas para problemas rotineiros, determinadas por regras, procedimentos, hábitos e políticas. As técnicas utilizadas que servem de apoio à tomada de decisão são os modelos matemáticos, pesquisa operacional, processamento eletrônicode dados e orçamentos, conforme quadro de Sobral e Pecci. Já o Sistema de Apoio à Decisão é um sistema interativo, que proporciona ao usuário modelos decisórios e dados a fim de dar apoio à tomada de decisões não programadas. É uma das técnicas de apoio às decisões não programadas listadas no quadro de Sobral e Pecci. Também são técnicas de apoio à decisão nas decisões não programadas as simulações, análise de cenários e intuição. Desta forma o gabarito da questão é a alternativa B. Vejam esta outra questão, para consolidar o conceito ITEM 3. FCC - 2010 - BAHIAGÁS - Analista de Processos Organizacionais - Administração Nas organizações, as decisões rotineiras e as decisões causadas por variáveis diversas são denominadas, respectivamente, CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 20 www.pontodosconcursos.com.br a) contínuas e de informações gerenciais. b) de apoio a decisões e não-estruturadas. c) estruturadas e de apoio a decisões. d) recorrentes e de informações gerenciais. e) estruturadas e não-estruturadas. Pessoal, fácil , fácil! Não podemos esquecer temos dois tipos de decisões gerenciais: as programadas (estruturadas) e as não programadas (não estruturadas). As decisões programadas (estruturadas) caracterizam os problemas que são bem compreendidos, altamente estruturados, rotineiros e repetitivos e que se prestam aos procedimentos e regras sistemáticos. Assim, estas decisões são sempre semelhantes.sobre assuntos que já foram analisados antes, preexistentes. As decisões programadas (estruturadas) minimizam a necessidade de gerentes ou gestores exercitarem seus critérios para a tomada de decisão pelo fato do problema não ser novo. As decisões não programadas (não estruturadas) destinam-se àqueles problemas que não são bem compreendidos, carecem de estruturação, tendem a ser singulares e não se prestam aos procedimentos sistêmicos ou rotineiros. As decisões não-programadas demandam uma análise mais completa dos gerentes ou gestores pelo fato do problema ser novo, inesperado ou imprevisível; ou seja não há resposta ou solução pronta para determinada situação. Sendo assim, o gabarito é a alternativa E. Alguns outros autores citam outras tipologias de decisão. Vejamos alguns deles: Estratégico, Tático e Operacional Nível Estratégico: Envolve a alta cúpula de uma organização, como um conselho de diretores e um comitê executivo do presidente e principais executivos. Desenvolvem as metas globais, estratégias, políticas e objetivos da organização como parte de um processo de planejamento estratégico. Eles monitoram o desempenho estratégico da organização e sua direção geral no ambiente político, econômico e competitivo dos negócios. Por isto as fontes de informação são externas à organização, estão no ambiente externo. · Decisões estratégicas são aquelas que determinam os objetivos da organização como um todo, seus propósitos e direção. · As decisões tomadas nesse âmbito determinarão como a empresa se relacionará com o ambiente · Tarefa exclusiva da alta gerência. As decisões neste nível são tipicamente não Estruturadas - Envolvem situações de decisão onde não é possível especificar de antemão a maioria dos procedimentos de decisão a serem seguidos. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 21 www.pontodosconcursos.com.br Nível Tático: Referem-se a equipes de gerentes intermediários que desenvolvem planos de curto e médio prazo, programações e orçamentos e especificam as políticas, procedimentos e objetivos para as sub- unidades da organização. Eles também distribuem recursos e monitoram o desempenho de suas sub-unidades organizacionais, como departamentos, divisões, equipes de processo e outros grupos de trabalho. · São as decisões tomadas em um nível abaixo das estratégicas. · Tomadas pela gerência intermediária, como gerentes de divisão ou departamento. · Mais específicas e concretas do que as decisões estratégicas e mais voltadas para a ação. As decisões neste nível são tipicamente Semi-estruturadas. Alguns procedimentos de decisões podem ser pré-especificados, mas não o suficiente para levar a uma decisão definitiva recomendada. Nível Operacional: Referem-se aos membros das equipes autogerenciadas ou os gerentes de supervisões desenvolvem planos de curto prazo como os programas de produção semanal. Eles dirigem o uso dos recursos e o desempenho das tarefas de acordo com procedimentos e dentro dos orçamentos e programações que eles definem para as equipes e outros grupos de trabalho da organização. São tomadas no nível mais baixo da empresa e se referem ao curso de operações diárias. As decisões neste nível são tipicamente estruturadas. Envolvem situações em que os procedimentos a serem seguidos são especificados de antemão. As fontes de informação estão no ambiente interno. Vamos a uma questão da ESAF! ITEM 4. (ESAF/ EPPGG/2009) Considerando as diversas tipologias de decisões, pode-se afirmar, corretamente, que: a) dado o caráter pouco complexo dos problemas que enfrentam, as pequenas organizações costumam tomar, exclusivamente, decisões estruturadas. b) no nível operacional, todas as decisões são, necessariamente, não-estruturadas. c) em geral, as fontes de conhecimento necessárias à tomada de uma decisão estratégica são especializadas e externas à organização. d) as decisões tomadas para solucionar problemas singulares, que não são bem compreendidos nem se prestam a procedimentos rotineiros, caracterizam-se por serem semelhantes entre si. e) a decisão estratégica é, tipicamente, uma decisão estruturada. O gabarito é a letra C. Exatamente! Para as decisões estratégicas utilizam-se informações do ambiente externo. Muitas vezes contratam-se consultorias para dissecar estas informações e transformá-las em conhecimento. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 22 www.pontodosconcursos.com.br A letra A está ERRADA. As decisões estruturadas ou programadas não tem nada a ver com a complexidade dos problemas. Uma decisão será programada ou não em virtude de sua inovação. Se f uma situação nova a organização deverá reunir sua alta cúpula e traçar estratégias para resolvê-la. Uma vez resolvido o problema poderão ser adotadas ações para que existam procedimentos padrão para resolver problemas similares quando voltarem a acontecer. A letra B também está ERRADA. Não, as decisões são tipicamente não estruturadas no nível estratégico. A letra D também está ERRADA. Ora se os problemas são singulares, as decisões não podem ser semelhantes, são também singulares. Semântica pura! Cuidado com estas pegadinhas. A letra E também está ERRADA. As decisões estratégicas são tipicamente não estruturadas. 3.1Modelo Clássico ou Racional de Tomada de Decisão O processo de resolução de problemas tem cinco etapas principais, para Maximiano: 1. Identificação do problema ou oportunidade 2. Diagnóstico 3. Geração de alternativas 4. Escolha de uma alternativa 5. Avaliação da decisão Já Chiavenato lista sete etapas do processo decisório: 1. Percepção da situação que envolve algum problema 2. Análise e definição do problema 3. Definição de Objetivos 4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação 5. Avaliação e comparação destas alternativas 6. Escolha (seleção) da alternativa mais adequada (satisfatória) ao alcance dos objetivos 7. Implementação da alternativa escolhida. Vemos da comparação entre as etapas listadas pelos dois autores que, em regra, as etapas são iguais. Chiavenato as desdobra um pouco mais, em minha opinião, por puro preciosismo. Para auxiliar os tomadores de decisão existem técnicas associadas a cada uma destas etapas do processo decisório, conforme elaborado por Maximiano: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 23 www.pontodosconcursos.com.br FASE DO PROCESSO TÉCNICAS 1. IDENTIFICAÇÃODO PROBLEMA OU OPORTUNIDADE • Diagrama de Ishikawa • Princípio de Pareto 2. DIAGNÓSTICO 3. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS • Brainstorming • Brainwriting • MDPO ou Paradigma de Rubinstein 4. ESCOLHA DE UMA ALTERNATIVA • Análise de vantagens e desvantagens • Árvore de decisões • Análise do campo de forças • Ponderação de Critérios • Análise do ponto de equilíbrio 5. AVALIAÇÃO DA DECISÃO Fonte: Maximiano (2008) Iremos analisar cada etapa listada por Maximiano e as técnicas utilizadas em cada uma. 3.1.1. Identificação do problema ou oportunidade É a etapa em que é apresentado um desafio ou gerada uma situação de frustração. É o momento em que se percebe a ocorrência de um problema ou de uma oportunidade e que é necessário tomar uma decisão para solucioná-lo ou aproveitar a oportunidade. Filipe Sobral e Alketa Pecci chamam esta fase de identificação da situação. Vejamos uma questão da FGV ITEM 5. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009) Em um processo decisório, uma oportunidade diz respeito à(s) seguinte(s) fase(s): (A) identificação da situação. (B) diagnóstico da situação. (C) desenvolvimento de oportunidades. (D) avaliação de alternativas. (E) seleção e implementação. Conforme vimos, a fase em que se identifica uma oportunidade é a fase de identificação do problema ou oportunidade, ou chamam, Sobral e Peccci, identificação da situação. Então, o gabarito é a alternativa A. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 24 www.pontodosconcursos.com.br 3.1.2. Diagnóstico Nesta etapa são empreendidos esforços para entender o problema e identificar suas causas e conseqüências. Como citado no quadro inicial existem duas técnicas desenvolvidas para auxiliar os tomadores de decisão nestas duas primeiras etapas: Diagrama de Ishikawa e princípio de Pareto. Vejamos como funcionam as duas ferramentas. Diagrama de Ishikawa Também conhecido como espinha de peixe, tem por objetivo organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema. Originalmente a ferramenta foi concebida em torno de 4 causas principais: mão-de-obra, máquinas, métodos e materiais. Por isto foi denominado também de diagrama 4M. As pessoas encarregadas de estudar o problema listam embaixo de cada uma das quatro categorias as causas relacionadas, perguntado-se porque eles acontecem. Desta forma desdobra-se os problemas até encontrar as causas originais. Naturalmente a esquematização com as quatro categorias serve muito bem para um ambiente fabril. Para outros casos o diagrama pode ser adaptado criando-se outras categorias ou critérios de organização. Vejam abaixo os exemplos dos dois modelos. DIAGRAMA DE ISHIKAWA TRADICIONAL Fonte: Maximiano (2008) MÃO‐DE‐OBRA MÁQUINAS Por que ocorrem Problemas na Produção? MÉTODOS MATERIAIS CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 25 www.pontodosconcursos.com.br DIAGRAMA DE ISHIKAWA COM CRITÉRIOS ADAPTADOS Princípio de Pareto Fonte: Maximiano (2008) Princípio de Pareto Esta é uma técnica que permite selecionar prioridades dentre os problemas existentes. Segundo o princípio de pareto a maior parte dos efeitos ou conseqüências de problemas são causados pelo menor número de causas. Para Pareto 80% dos efeitos são causados por 20% dos problemas. Em outras palavras, poucas causas são significativas. Focalizar atenção nestas causas dará, portanto, uma resposta maior quando pensamos em resolução de problemas. Em termos práticos, uma forma de utilizar o princípio de Pareto, por exemplo, para responder a pergunta “Por que os clientes reclamam do serviços de uma empresa?” é listar as reclamações feitas e categorizá- las. As categorias com maior número de reclamações devem ser priorizadas para solução. 3.1.3. Geração de Alternativas Nesta etapa os problemas já estão identificados, resta então gerar alternativas para solucioná-los. Em alguns casos a solução não é simples. Por isto é preciso lançar mão de técnicas de geração de idéias para prover alternativas de solução dos problemas. Algumas destas técnicas estão listadas no quadro inicial: Brainstorming, Brainwriting e MDPO. Vejamos cada um deles. Brainstorming MOTORISTA VEÍCULOS Não é educado para Velhos e mal Dirigir com responsabili dade conservados Sem equipamentos Desconhece Legislação de segurança Por que ocorrem Acidentes de Insuficiente Sem conservação Trânsito? Sem equipamento Sem sinalização Sem treinamento FISCALIZAÇÃO VIAS CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 26 www.pontodosconcursos.com.br É uma técnica que consiste em reunir uma equipe responsável pela solução de um problema e, dentro de um período de tempo previamente estipulado, incentiva-se esta equipe a exprimir idéias ide idéias. A o final as idéias são sintetizadas e agrupadas em categorias. Somente então estas idéias serão avaliadas e criticadas. Brainwriting Técnica similar ao Brainstorming. A diferença é que as pessoas não exprimem as idéias verbalmente, mas por escrito. Cada pessoa anota uma idéia em uma folha de papel e em seguida passa para outra participante da sessão. Os participantes incluem novas idéias nas folhas recebidas. Quando as idéias se esgotam, procede-se como no Brainstorming. MDPO - Método de Delineamento de Problemas Organizacionais Esta técnica é também conhecida como Paradigma de Rubinstein. Consiste em organizar em um diagrama as relações de causa e efeito existentes em um problema. Nesta técnica as perguntas devem começar com “Como”. Por exemplo, “Como melhorar o atendimento de um Hotel?”. Pra responder a pergunta o primeiro passo é listar os efeitos desejados, ou seja, os indicadores de solução do problema. No cso do exemplo acima, um efeito possível a elevação da taxa de ocupação para 95%. Isto indicaria de certa forma que a avaliação do atendimento no hotel é boa. Em seguida, lista-se os fatores que podem ser manipulados e os que não são passíveis de manipulação. Voltando ao exemplo acima, um fator que é passível de manipulação é a localização do hotel. Mas temos alguns que podemos manipular, como a qualidade do atendimento, o valor das diárias e a limpeza dos apartamentos. Desta forma foram geradas alternativas de solução para o problema. 3.1.4. Escolha de uma alternativa Escolher uma alternativa dentre as soluções geradas é selecionar aquela que apresenta maiores vantagens na solução do problema. Iremos avaliar quatro técnicas que ajudam neste processo: Análise de vantagens e desvantagens, Árvore de decisões, Análise do campo de forças e ponderação de critérios. Ressalte-se que as técnicas são CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 27 www.pontodosconcursos.com.br auxílios para organizar o pensamento e racionalizar a tomada de decisão, porém a decisão é uma ação humana. Análise de Vantagens e Desvantagens É a maneira mais simples de avaliar as alternativas para resolução de problemas. Geralmente se utiliza um critério simples para esta avaliação, como a maior vantagem econômica advinda da decisão. Pode ser um lucro maior, uma economia maior de recursos, etc. Árvore de Decisões Esta é uma técnica de representação gráfica de alternativas. As alternativas identificadas são dispostas como ramos de uma árvore. Isto permite melhor visualização das alternativas disponíveis. O tomador de decisão terá à sua disposição todas as alternativas organizadas e a complexidade do problema resumida à sua frente. Análise do Campo de Forças É uma técnica para organizar idéias a respeito das forças que favorecem e dificultam uma decisão. É baseada no conceito de campo de forças de Kurt Lewin, que explica o comportamento como resultado entre a oposição de forças restritivas e forças propulsoras. Ponderação de Critérios A avaliação de alternativas é um processo onde estão presentes critérios implícitos e explícitos.Este método consiste em explicitar os critérios de forma racional, de forma que se possa ponderá-los, atribuir pesos a estes critérios. Objetivamente, consistem em listar as alternativas nas linhas de uma tabela e os critérios com seus pesos relativos nas colunas. Cada uma das soluções teria uma nota em cada critério. O somatório das notas, considerando-se os pesos, indicaria a melhor solução. Análise do ponto de equilíbrio Esta técnica utiliza a equação abaixo como pressuposto: CUSTO TOTAL= CUSTO FIXO + CUSTO VARIÁVEL É adequada para situações organizacionais que envolvam custos de operações. Permite aos tomadores de decisão identificar o volume de operações em que as receitas sejam iguais aos custos totais. Este é o ponto de equilíbrio.A partir deste ponto as operações de uma empresa passam a ser lucrativas. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 28 www.pontodosconcursos.com.br 3.1.5. Avaliação da Decisão É a última etapa do processo de resolver problemas. Consiste em implementar a decisão e avaliar seus efeitos. Aqui se reinicia o ciclo de resolver problemas, uma vez que uma decisão implementada pode gerar a necessidade de resolver outros problemas. 3.2 Racionalidade Limitada Decisões racionais são aquelas tomadas sem considerar emoções, sentimentos e crenças. Baseiam-se em informações e princípios de ordem lógica. No entanto, decisões deste tipo são encontradas em estado puro apenas para decisões programadas e para problemas de ordem técnica, como o orçamento de uma construção. Na maioria dos problemas a racionalidade total é pura utopia. Muitos problemas não podem ser resolvidos por meio de regras e, além disso nem sempre todas as informações estão disponíveis ao tomador de decisões. Por isto, em muitas situações, os que necessitam decidir, adotam a estratégia da racionalidade limitada, admitindo que não dominam todas as variáveis que agem sobre o fenômeno, mas que procuraram entender as características essenciais deste. Desta forma pode-se simplificar situações complexas e facilitar a tomada de decisão. 3.3 Intuição Em muitas situações não há informação suficiente para a tomada de decisão. Nestes casos o tomador de decisão lança mão da sua experiência e da aprendizagem para decidir. A decisão não é tomada de forma totalmente consciente e lógica. As decisões baseadas na intuição apresentam muitos riscos. Pessoas experientes podem ser levadas a tomar decisões sem ter identificada corretamente o problema e ter realizado o diagnóstico. 3.4 Estilos de Decisão Maximiano (2008) classifica os estilos de decisão segundo a forma de participação do grupo no processo decisório. Para este autor são três os estilos de decisão: autocráticas,, compartilhadas e delegadas. Decisões autocráticas são aquelas tomadas sem necessitar de discussão, informação ou participação dos demais membros do grupo. Visam acelerar o processo e em geral são aceitas normalmente pelo grupo e aqueles que tomam as decisões não esperaram CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 29 www.pontodosconcursos.com.br questionamentos com relação à decisão tomada. Em geral, são decisões de grupos de acionistas ou estratégicas. Decisões compartilhadas são aquelas que os gerentes tomam junto com sua equipe. Não são impostas, são discutidas. Podem ser consultivas ou participativas. Na forma consultiva o gerente ouve e decide pela melhor alternativa. Já na forma participativa as decisões são tomadas em conjunto com o grupo. Decisões delegadas são aquelas tomadas por uma equipe ou pessoas que recebeu poderes para isso. Segundo Maximiano, “as decisões delegadas não precisam ser aprovadas ou revistas pela administração”. A responsabilidade pela decisão é assumida por aquele que recebeu a delegação, pois ao receber tal delegação, constatou-se que este tinha suficiente maturidade e responsabilidade para tal. Chiavenato (2005) classifica os estilos de decisão considerando dois elementos: o volume de informações utilizados no processo de decisão e o número de alternativas consideradas. Com relação ao primeiro elemento o tomador de decisão pode ser maximizador de informações ou contentável, no sentido de desejar apenas o mínimo de informações necessárias. Já para o segundo elemento o tomador de decisões podem ser unidirecionados, no sentido de que se satisfazem com apenas uma solução ou multidirecionados, quando desejam desenvolver várias opções antes de decidir. A combinação das variações destes dois elementos formam cinco estilos de decisão: decisivo, flexível, hierárquico, integrativo e sistêmico. Estilo Decisivo é contentável e unidirecionado. Utiliza um mínimo de informações e uma única alternativa para decidir. Resolve imediatamente um problema e já passa para outro. Estilo Flexível é contentável e multidirecionado. Utiliza um mínimo de informações, mas quer analisar múltiplas alternativas. Estilo hierárquico é maximizador e unidirecionado. Deseja o máximo de informações para gerar análises detalhas e uma solução específica. Exerce controle com ênfase na qualidade para gerar a melhor solução. Estilo integrativo é maximizador e multidirecionado. Muitas informações para gerar muitas alternativas. Aqui existe ênfase na criatividade e na abertura para novas opções. Estilo sistêmico pode ser multidirecionado e unidirecionado ao mesmo tempo, por isto Chiavenato diz que é o mais complexo dos estilos citados. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 30 www.pontodosconcursos.com.br 3.5 Heurísticas de julgamento Esta é a denominação dada às estratégias de julgamento no processo decisório que levam os decisores a fazerem inferências erradas com base em pressuposições ou modelos mentais arraigados. Assim um tomador de decisão pode se precipitar por conta de uma determinada crença ou modelo mental e concluir erroneamente sobre uma situação e por conseguinte tomar a decisão errada. Pode-se dizer que neste modelo a empiria ou experiência tem lugar preponderante. 3.6 Método da Indagação Dialética Este método é também conhecido como “Advogado do Diabo”. Como o próprio nome diz, consiste em fazer contraposições dialéticas às crenças já estabelecidas quanto á decisão a tomar. Tomam-se as suposições já estabelecidas e então se constroem argumentos contrários tentando negar estas suposições. Estes argumentos irão construir soluções contrárias às geradas anteriormente. Vejamos uma questão da ESAF! ITEM 6. (ESAF/ ENAP/ADMINISTRADOR/2006) Assinale a opção incorreta. a) A indagação dialética é o método de análise em que um tomador de decisões determina e nega suas suposições, e em seguida cria contra-soluções baseadas nas suposições negativas. b) A tomada de decisões não-programadas acontece de acordo com políticas e regras estruturadas com o objetivo de solucionar problemas rotineiros e funcionais. c) O modelo racional de tomada de decisão consiste em examinar a situação, criar e avaliar alternativas para a solução de problemas, selecionar a melhor alternativa e realizar a sua implementação e o seu monitoramento. d) A heurística é um método de tomada de decisão que se desenvolve por linhas empíricas, usando regras empíricas para encontrar soluções ou respostas. e) O princípio de racionalidade limitada diz que os administradores tomam as decisões mais lógicas que podem, dentro das restrições impostas por informações e capacidades limitada e pela complexidade dos problemas. Atenção para o enunciado: pede-se a alternativa incorreta. O gabarito é a letra B. Como vimos em aula tomada de decisões não programada acontece em situações não rotineiras, em nível estratégico, para problemas ainda não vistos ou novos, que A letra A está CERTA. A letra C também está CERTA. O modelo Racional pressupõe que todas as informações estarão disponíveis e que poderemos realizar diagnóstico, gerar alternativas e escolher uma paraimplementar. A letra D também está CERTA. É o que vimos em aula, no modelo heurístico a tomada de decisão está baseada nos modelos mentais, na experiência, na empiria. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 31 www.pontodosconcursos.com.br A letra E também está CERTA. Também vimos isto em aula. A racionalidade total é uma utopia, pois nem sempre todas as informações estão disponíveis para o tomador de decisão. 3.7 Tomadas de Decisões sob condições Diversas Um problema pode ser definido como uma discrepância entre o que é (a realidade) e o que poderia ou deveria ser (planejado). Condições de certeza As variáveis de decisão e os resultados de cada curso de ação ou de solução em potencial são conhecidos de antemão. O Gerente poderá tomar decisão certa de que não haverá nenhum resultado não previsto. As decisões tomadas são decisões programadas. Somente são possíveis em situações mais simples onde todos os possíveis resultados são conhecidos. Condições de risco Risco é a condição na qual os resultados de qualquer decisão ou curso de ação não são conhecidos mas que provavelmente cairão dentro de uma amplitude conhecida. O risco é descrito em termos de probabilidade. Condições de incerteza Quando um gerente não consegue prever o resultado de uma decisão ou se o resultado pode ser previsto mas a probabilidade desse resultado ocorrer não pode ser prevista. Ocorre devido aos seguintes fatores: • Variáveis demais na situação; • Poucas variáveis, mas falta conhecimento sobre elas; • Variáveis demais e falta de conhecimento sobre elas. ITEM 7. UFF - 2009 - UFF - Assistente Administrativo As condições de uma tomada de decisão estabelecem como as informações necessárias para a decisão estão fundamentadas. Em uma decisão em condições de risco, as informações estão fundamentadas: a) em um conjunto de resultados previamente conhecidos; b) numa previsão estatística de resultados; c) em dados parciais ou incompletos; d) em dados irreais ou inexistentes; e) em pareceres jurídicos pertinentes Pessoal, vimos que a tomada de decisões em condições de risco estão fundamentadas em descrição probabilística, ou seja, em previsão estatística. Portanto, o gabarito é a alternativa B. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 32 www.pontodosconcursos.com.br Vamos encerrar este tópico com outra questão da ESAF do último concurso para EPPGG. ITEM 8. (ESAF/ EPPGG/2009) No contexto organizacional, ao participarmos de um processo decisório, é incorreto afirmar que: a) a racionalidade, por si só, insinua ser possível o domínio de fatores não controláveis e a eliminação de riscos e incertezas. b) em nossos dias, ao lado da racionalidade gerencial, também se aplicam elementos como os aspectos comportamentais, o senso comum, o juízo das pessoas e a negociação política. c) a estrutura dos canais de informação e de disseminação do conhecimento exerce grande influência sobre o processo decisório. d) o brainstorming é a técnica adequada para identificar problemas. e) no nível superior, há o predomínio das decisões estratégicas, que tratam das ligações entre a organização e o ambiente externo. O gabarito é a letra D. A afirmativa está incorreta. Vimos em aula que o brainstorming é uma técnica indicada para geração de alternativas. Para diagnóstico as ferramentas indicadas são Diagrama de Ishikawa e Princípio de Pareto. A letra A está CERTA. Como vimos em aula o modelo racional preconiza que todas as variáveis podem ser controladas. A letra B também está CERTA. . A intuição e a heurística são exemplos de aspectos comportamentais. O processo de negociação também pode ser incluído no rol de aspectos limitadores da racionalidade total, uma vez que pressupõe concessões. A letra C também está CERTA. Sim vimos isto no modelo de racionalidade limitada. A ausência de informação afeta a capacidade de tomada de decisão. A letra E também está CERTA. É isto mesmo na alta cúpula da organização predominam as decisões estratégicas, com insumos vindos do ambiente 4. Planejamento e Estratégia Planejamento Estratégico é o mecanismo pelo qual a organização interage com o ambiente. É esta estratégia que irá guiar o comportamento da organização frente aos desafios da dinâmica mutável. A estratégia é condicionada pela missão organizacional, pela visão do futuro e pelos objetivos da organização. Vejamos o que significam cada um deles. Para Peter Drucker “planejamento estratégico é o processo contínuo de sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas” CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 33 www.pontodosconcursos.com.br O planejamento deve maximizar os resultados da organização. Existem três tipos de planejamento: a) Estratégico; b) Tático; c) Operacional A diferença entre eles se refere ao nível hierárquico em que são elaborados, a abrangência em relação às unidades e o período para o qual se referem, como está demonstrado na tabela abaixo: Estratégico Tático OOperacional Prazo Longo Médio Curto Amplitude Toda a organização Determinado Setor Determinada Atividade Nível Hierárquico Alta Cúpula Gerências Setoriais Operacional Riscos Maiores Intermediários Menores O Planejamento Estratégico é um processo que estabelece objetivos a longo prazo para a organização. Aponta os caminhos a serem seguidos na interação com o ambiente. O planejamento estratégico é responsabilidade da alta cúpula da organização. O Planejamento Tático é a setorização, desdobramento do planejamento estratégico. Envolve apenas o setor específico para o qual se elabora o plano. Ele trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico. Ele é desenvolvido em níveis organizacionais intermediários, como as gerências de recursos humanos, de marketing, financeira, etc., tendo como principal função a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados. O horizonte de tempo é de médio prazo neste tipo de planejamento. Segundo Chiavenato, “os planos táticos referem-se a cada departamento ou unidade da organização e seu foco é no médio prazo, isto é, no exercício anual”. O Planejamento Operacional é o desdobramento do planejamento tático. Pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, dos planos de ação para implantação daquilo que foi estabelecido nos planos táticos. É neste nível que são estabelecidos os objetivos e estratégias operacionais, que definem as CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 34 www.pontodosconcursos.com.br ações específicas que permitem realizar os objetivos dos níveis anteriores. São planos desenvolvidos nos níveis mais baixos da organização para delinear as etapas de ação para realização das metas operacionais e para sustentar os planos táticos. O planejamento operacional é a ferramenta do gerente de departamento para as operações diárias e semanais. Seu horizonte de tempo é o curto prazo. Missão É a razão pela qual a organização existe, sua finalidade. Para definir a missão de uma organização é necessário responder a três perguntas: • Quem somos nós (a organização)? • O que fazemos? • Porque fazemos o que fazemos? A missão envolve descrever os objetivos da organização e geralmente está associada ao cumprimento de demandas da sociedade. É o propósito orientador das pessoas que trabalham em uma organização. Ela traduz a filosofia da organização, seus valores fundamentais. Segundo Kotler, uma missão bem definidadesenvolve nos funcionários um senso comum de oportunidade, direção, significância e realização. Uma missão bem explícita atua como uma mão invisível que guia os funcionários para um trabalho independente, mas coletivo, na direção da realização dos potenciais da empresa. Visão É a visão que a organização tem a respeito de si mesma e do seu futuro. Ela define a idéia de futuro da organização, para onde esta se imagina caminhando. É aquilo que a organização pretende ser no futuro. A Visão é um norteador estratégico. A partir de sua concepção são elaborados planos para se atingir aquilo que foi idealizado na visão. A visão deve ser desafiadora. Ela deve conduzir à mudança do status quo. Deve ser capaz de conduzir a organização de um patamar para outro mais elevado. Deve contagiar as pessoas que trabalham na organização e motivá-las para o atingimento dos objetivos planejados. A missão oferece as bases para a formulação da visão. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 35 www.pontodosconcursos.com.br Em conjunto, a missão e a visão proporcionam os elementos para formulação dos objetivos e da estratégia organizacional. Valores organizacionais Representam as crenças básicas na organização, aquilo em que a maioria acredita como posturas que devem ser cultivadas na empresa. Os valores servem como uma orientação e inspiração ao desenvolvimento do trabalho no dia-a-dia da empresa. Alguns exemplos genéricos de valores: Excelência; Inovação; Participação; Parceria; Serviço ao Cliente; Igualdade; Transparência; Criatividade. Vejam como a FGV cobrou este assunto: ITEM 10. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação ao planejamento estratégico, analise as afirmativas a seguir. I. A visão organizacional diz respeito à natureza da organização, sua razão de existir. II. Missão organizacional é um ponto futuro para o qual a organização deseja que as pessoas envolvidas dirijam seus esforços. III. Os valores constituem um conjunto de crenças básicas detidas pelos indivíduos em uma organização. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. O Gabarito é a letra C A afirmativa I está errada. Conforme vimos a Visão define a idéia de futuro da organização, para onde esta se imagina caminhando A Afirmativa II também está errada. Esta é a definição de visão. Perceberam que trocaram os conceitos das afirmativas I e II? A afirmativa III está correta. É exatamente a definição que vimos para valores. Não tem como errar uma questão desta! Objetivos Organizacionais Um objetivo é um resultado que se pretende alcançar dentro de um determinado período de tempo. A visão oferece as bases para a formulação dos objetivos organizacionais. Segundo Chiavenato, os objetivos devem atender a seis critérios: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 36 www.pontodosconcursos.com.br 1. Ser focalizado em um resultado a atingir e não em uma tarefa; 2. Ser consistentes, precisam estar ligados coerentemente com os outros objetivos e as demais metas da organização; 3. Ser específicos, ou sejam, bem definidos; 4. Ser mensuráveis, devem ser quantitativos e objetivos; 5. Ser relacionados com um determinado período de tempo; 6. Ser alcançáveis, precisam ser desafiadores, mas não impossíveis. Os objetivos podem ser classificados em três tipos: 1. Objetivos rotineiros: são os que cuidam do cotidiano da empresa e determinam o padrão de desempenho; 2. Objetivos inovadores: são os que incorporam inovação à organização; 3. Objetivos de aperfeiçoamento: são os que servem para alavancar os atuais resultados da organização. Segundo Felipe Sobral e Alketa Pecci, os objetivos organizacionais podem ser divididos em: objetivos estratégicos, objetivos táticos e objetivos operacionais. Os objetivos estratégicos referem-se à organização como um todo e buscam traduzir a missão em termos concretos. Já os objetivos táticos correspondem aos resultados esperados para as principais divisões ou departamentos da organização e são formulados pelos gerentes de nível médio (intermediários). Por fim, os objetivos operacionais definem os resultados específicos esperados de grupos e indivíduos e são formulados pelos supervisores de primeira linha e, às vezes, pelos funcionários. Estratégia Organizacional Uma estratégia refere-se ao comportamento da organização frente ao ambiente que a circunda. A estratégia procura aproveitar as oportunidades potenciais do ambiente e neutralizar as ameaças que rondam a organização. É o caminho escolhido pela organização para enfrentar as turbulências do ambiente externo. A estratégia envolve os seguintes aspectos: 1. É definida pelo nível institucional da organização, com ampla participação; 2. É projetada a longo prazo; 3. Envolve a organização como um todo; CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 37 www.pontodosconcursos.com.br 4. É um mecanismo de aprendizagem organizacional. Sãos seguintes os elementos constituintes do processo de planejamento estratégico: 1. Missão; 2. Visão; 3. Diagnóstico estratégico externo: é a análise do ambiente externo e o mapeamento das ameaças e oportunidades que circundam a organização; 4. Diagnóstico estratégico interno: é análise das forças e fraquezas da organização para competir no ambiente em que atua; 5. Fatores-chave de sucesso: modelo proposto por Ansoff na década de 1980 e que consiste em evidenciar as questões críticas para a organização, em resultado da análise dos diagnósticos interno e externo realizados através do modelo de Harvard de análise de SWOT (Forças, Fraquezas, Ameaças e Oportunidades). 6. Definição dos objetivos: Há autores que inserem os objetivos no processo de formulação da estratégia, como os seguidores do modelo de Harvard, e há outros que trabalham a definição dos objetivos como parte separada da formulação da estratégia, como os seguidores do modelo de Ansoff. De qualquer forma estes devem ser perseguidos pela organização. 7. Análise dos púbicos de interesse (stakeholders): a estratégia deve atender aos interesses e necessidades dos diversos grupos que influenciam ou são influenciados pela organização.O stakeholder é uma pessoa, grupos de pessoas ou organizações. São consumidores, empregados, funcionários, usuários, dirigentes, governos, instituições financeiras, opinião pública, acionistas. 8. Formalização do plano: um plano estratégico é um plano para a ação. Não basta a intenção, é necessário a implementação. 9. Auditoria de desempenho e resultados: trata-se de rever o que foi implementado, seus resultados, e decidir pelos novos rumos do processo. A FGV já cobrou este assunto no ICMS-RJ. Vejam: ITEM 11. (FGV- SEFAZ RJ/2009. FISCAL DE RENDAS) Um plano é a tradução formal de um planejamento organizacional. Ele pode variar em termos de abrangência e respectivo nível organizacional. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 38 www.pontodosconcursos.com.br Assinale a alternativa que apresente uma característica de nível operacional de um plano. (A) Objetivos gerais. (B) Forte orientação externa. (C) Foco em unidades ou departamento de uma organização. (D) Foco em tarefas rotineiras. (E) Definição das principais ações a serem empreendidas em cada unidade organizacional O gabarito é a letra D. Vejamos as alternativas. A letra A está errada. Os objetivos gerais estão relacionados à visão de futuro, e por isso dizem respeito ao nível estratégico. A letra B também está errada. Este item também está relacionado com o nível estratégico. É o nível estratégico que se relaciona com o ambiente externo e alimenta o planejamento da organização. A letra C está errada.
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